GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 14 de outubro de 2012

CNJ já investiga compra de sentença judicial por Marcio Lacerda



Conselho Nacional de Justiça investiga juiz que teria vendido sentença e fraudado tramitação processual para favorecer Marcio Lacerda em 2008 

Em 2008, Marcio Lacerda ofereceu perante o Juizado Especial Criminal de Belo Horizonte denúncia contra o Novojornal, tendo em vista matéria publicada informando que Lacerda teria recebido recursos do Mensalão. A matéria fundamentava-se no relatório de movimentação financeira da CPI dos Correios instalada no Congresso Nacional, em Brasília, que apurou o esquema criminoso montado por Marcos Valério.

Sabidamente a representação tinha o objetivo de permitir que o então candidato utilizasse o fato para alegar em sua campanha política que se tratava de uma inverdade e que por este motivo estaria processando o diretor responsável do Portal Jornalístico. Embora para alguns juristas trata-se de uma prática desprovida de qualquer ética, a verdade é que a maioria dos Políticos, principalmente em período eleitoral, a utiliza.

Porém, diante da juntada no processo da documentação que fundamentara a matéria com a argüição da Exceção da Verdade, instrumento legal que permite seja provado que o noticiado correspondia a verdade, o processo passou a tramitar dentro da mais completa ilegalidade em clara desobediência ao que determina a lei.

Principais patrocinadores de Lacerda, entram em cena o esquema criminoso montado junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) a “Gangue dos Castros”.  Com a ajuda de integrantes do Ministério Público, hoje comprovadamente participantes do esquema, o Juiz Christiano de Oliveira Cesarino, [pouco depois em ascensão vertiginosa promovido para comarca de Nova Serrana por “merecimento”] desconheceu a exceção da verdade, dando andamento ao feito de maneira irregular, como agora investigado pelo CNJ.

Nem mesmo uma decisão do Tribunal de Justiça o Juiz Cesarino respeitou, proferindo sentença condenatória fundamentada em certidão falsa apresentada por Lacerda e parecer irregular do Ministério Público, pois feito por promotora impedida por suspeição. Na época, Novojornal recorreu e a nova juíza que assumiu no lugar de Cesarino, suspendeu o processo.

Comprovando que seu intuito era de litigar de má fé, denúncia semelhante na época foi apresentada na Justiça Eleitoral mineira onde Marcio Lacerda foi derrotado.

O poder da “Gangue dos Castros” em setores da justiça mineira é tamanho que há mais de um ano tramita no TJMG reclamação por descumprimento de decisão do Tribunal contra o Juiz Cesarino sem que qualquer decisão seja tomada.

Além das provas juntadas no processo na época, novas provas comprovam o envolvimento de Lacerda ao esquema criminoso do Mensalão. Recentemente Delúbio Soares, tesoureiro do PT, em entrevista a Revista Piauí, confirmou ter repassado mais de R$ 1 milhão diretamente para Marcio Lacerda. Igualmente em transcrição de gravações de conversas do advogado Joaquim Engler, o tesoureiro de Azeredo, Claudio Mourão, confirma o repasse.

Com base nestas provas, o diretor responsável de Novojornal apresentou denúncia perante o TRF-1 contra Lacerda por envolvimento no Mensalão, a Procuradoria Geral da República acolheu. (leia matéria)
O CNJ promete o julgamento do Juiz Cesarino ainda para este ano, enquanto que o TJMG nada informa a respeito da tramitação da reclamação.

Documentos que fundamentam esta matéria





PARA ENTENDER O JULGAMENTO DO “MENSALÃO”




Ao se encerrar o processo penal de maior repercussão pública dos últimos anos, é preciso dele tirar as necessárias conclusões ético-políticas.

Comecemos por focalizar aquilo que representa o nervo central da vida humana em sociedade, ou seja, o poder.

No Brasil, a esfera do poder sempre se apresentou dividida em dois níveis, um oficial e outro não-oficial, sendo o último encoberto pelo primeiro.

O nível oficial de poder aparece com destaque, e é exibido a todos como prova de nosso avanço político. A Constituição, por exemplo, declara solenemente que todo poder emana do povo. Quem meditar, porém, nem que seja um instante, sobre a realidade brasileira, percebe claramente que o povo é, e sempre foi, mero figurante no teatro político. 

Ainda no escalão oficial, e com grande visibilidade, atuam os órgãos clássicos do Estado: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e outros órgãos auxiliares. Finalmente, completando esse nível oficial de poder e com a mesma visibilidade, há o conjunto de todos aqueles que militam nos partidos políticos.

Para a opinião pública e os observadores menos atentos, todo o poder político concentra-se aí.

É preciso uma boa acuidade visual para enxergar, por trás dessa fachada brilhante, um segundo nível de poder, que na realidade quase sempre suplanta o primeiro. É o grupo formado pelo grande empresariado: financeiro, industrial, comercial, de serviços e do agronegócio.

No exercício desse poder dominante (embora sempre oculto), o grande empresariado conta com alguns aliados históricos, como a corporação militar e a classe média superior. Esta, aliás, tem cada vez mais sua visão de mundo moldada pela televisão, o rádio e a grande imprensa, os quais estão, desde há muito, sob o controle de um oligopólio empresarial. Ora, a opinião – autêntica ou fabricada – da classe média conservadora sempre influenciou poderosamente a mentalidade da grande maioria dos membros do nosso Poder Judiciário.

Tentemos, agora, compreender o rumoroso caso do “mensalão”.

Ele nasceu, alimentou-se e chegou ao auge exclusivamente no nível do poder político oficial. A maioria absoluta dos réus integrava o mesmo partido político; por sinal, aquele que está no poder federal há quase dez anos. Esse partido surgiu, e permaneceu durante alguns poucos anos, como uma agremiação política de defesa dos trabalhadores contra o empresariado. Depois, em grande parte por iniciativa e sob a direção de José Dirceu, foi aos poucos procurando amancebar-se com os homens de negócio.

Os grandes empresários permaneceram aparentemente alheios ao debate do “mensalão”, embora fazendo força nos bastidores para uma condenação exemplar de todos os acusados. Essa manobra tática, como em tantas outras ocasiões, teve por objetivo desviar a atenção geral sobre a Grande Corrupção da máquina estatal, por eles, empresários, mantida constantemente em atividade magistralmente desde Pedro Álvares Cabral.

Quanto à classe média conservadora, cujas opiniões influenciam grandemente os magistrados, não foi preciso grande esforço dos meios de comunicação de massa para nela suscitar a fúria punitiva dos políticos corruptos,  e para saudar o relator do processo do “mensalão” como herói nacional. É que os integrantes dessa classe, muito embora nem sempre procedam de modo honesto em suas relações com as autoridades – bastando citar a compra de facilidades na obtenção de licenças de toda sorte, com ou sem despachante; ou a não-declaração de rendimentos ao Fisco –, sempre esteve convencida de que a desonestidade pecuniária dos políticos é muito pior para o povo do que a exploração empresarial dos trabalhadores e dos consumidores.

E o Judiciário nisso tudo?

Sabe-se, tradicionalmente, que nesta terra somente são condenados os 3 Ps: pretos, pobres e prostitutas. Agora, ao que parece, estas últimas (sobretudo na high society) passaram a ser substituídas pelos políticos, de modo a conservar o mesmo sistema de letra inicial.

Pouco se indaga, porém, sobre a razão pela qual um “mensalão” anterior ao do PT, e que serviu de inspiração para este, orquestrado em outro partido político (por coincidência, seu atual opositor ferrenho), ainda não tenha sido julgado, nem parece que irá sê-lo às vésperas das próximas eleições. Da mesma forma, não causou comoção, à época, o fato de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tivesse sido publicamente acusado de haver comprado a aprovação da sua reeleição no Congresso por emenda constitucional, e a digna Procuradoria-Geral da República permanecesse muda e queda.

Tampouco houve o menor esboço de revolta popular diante da criminosa façanha de privatização de empresas estatais, sob a presidência de Fernando Henrique Cardoso. As poucas ações intentadas contra esse gravíssimo atentado ao patrimônio nacional, em particular a ação popular visando a anular a venda da Vale do Rio Doce na bacia das almas, jamais chegaram a ser julgadas definitivamente pelo Poder Judiciário.

Mas aí vem a pergunta indiscreta: – E os grandes empresários? Bem, estes parecem merecer especial desvelo por parte dos magistrados. 

Ainda recentemente, a condenação em primeira instância por vários crimes econômicos de um desses privilegiados, provocou o imediato afastamento do Chefe da Polícia Federal, e a concessão de habeas-corpus diretamente pelo presidente do Supremo Tribunal, saltando por cima de todas as instâncias intermediárias.

Estranho também, para dizer o mínimo, o caso do ex-presidente Fernando Collor. Seu impeachment foi decidido por “atentado à dignidade do cargo” (entenda-se, a organização de uma empresa de corrupção pelo seu fac-totum, Paulo Cezar Farias). Alguns “contribuintes” para a caixinha presidencial, entrevistados na televisão, declararam candidamente terem sido constrangidos a pagar, para obter decisões governamentais que estimavam lícitas, em seu favor. E o Supremo Tribunal Federal, aí sim, chamado a decidir, não vislumbrou crime algum no episódio.

Vou mais além. Alguns Ministros do Supremo Tribunal Federal, ao votarem no processo do “mensalão”, declararam que os crimes aí denunciados eram “gravíssimos”. Ora, os mesmos Ministros que assim se pronunciaram, chamados a votar no processo da lei de anistia, não consideraram como dotados da mesma gravidade os crimes de terrorismo praticados pelos agentes da repressão, durante o regime empresarial-militar: a saber, a sistemática tortura de presos políticos, muitas vezes até à morte, ou a execução sumária de opositores ao regime, com o esquartejamento e a ocultação dos cadáveres.

Com efeito, ao julgar em abril de 2010 a ação intentada pelo Conselho Federal da OAB, para que fosse reinterpretada, à luz da nova Constituição e do sistema internacional de direitos humanos, a lei de anistia de 1979, o mesmo Supremo Tribunal, por ampla maioria, decidiu que fora válido aquele apagamento dos crimes de terrorismo de Estado, estabelecido como condição para que a corporação militar abrisse mão do poder supremo. O severíssimo relator do “mensalão”, alegando doença, não compareceu às duas sessões de julgamento. 

Pois bem, foi preciso, para vergonha nossa, que alguns meses depois a Corte Interamericana de Direitos Humanos reabrisse a discussão sobre a matéria, e julgasse insustentável essa decisão do nosso mais alto tribunal.

Na verdade, o que poucos entendem – mesmo no meio jurídico – é que o julgamento de casos com importante componente político ou religioso não se faz por meio do puro silogismo jurídico tradicional: a interpretação das normas jurídicas pertinentes ao caso, como premissa maior; o exame dos fatos, como premissa menor, seguindo logicamente a conclusão.

O procedimento mental costuma ser bem outro. De imediato, em casos que tais, salvo raras e honrosas exceções, os juízes fazem interiormente um pré-julgamento, em função de sua mentalidade própria ou visão de mundo; vale dizer, de suas preferências valorativas, crenças, opiniões, ou até mesmo preconceitos. É só num segundo momento, por razões de protocolo, que entra em jogo o raciocínio jurídico-formal. E aí, quando se trata de um colegiado julgador, a discussão do caso pelos seus integrantes costuma assumir toda a confusão de um diálogo de surdos.

Foi o que sucedeu no julgamento do “mensalão”.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Estudo sugere que mulheres estressam mais com más notícias


Uma pesquisa realizada no Canadá sugere que más notícias, por exemplo as que detalham assassinatos, afetam mais as mulheres do que os homens.
As mulheres pesquisadas produziram mais hormônios relativos ao estresse ao serem expostas a notícias negativas. Esses efeitos não foram observados nos homens.
O estudo, feito com 60 pessoas, foi publicado no periódico especializado PLoS One.
Os pesquisadores da Universidade de Montréal juntaram recortes de jornais com notícias de acidentes e assassinatos e também histórias mais neutras, sobre estreias de filmes, por exemplo.
Homens e mulheres leram os recortes com as notícias negativas e neutras e foram submetidos a exames para detectar os níveis do cortisol, hormônio relacionado ao estresse, durante todo o período do estudo.
'Apesar de as notícias por si só não terem aumentado os níveis de estresse, elas fizeram com que as mulheres ficassem mais reativas, afetando as respostas psicológicas delas a situações estressantes que ocorreram depois', afirmou Marie-France Marin, uma das pesquisadoras da Universidade de Montréal.
Nos homens, os níveis de cortisol não se alteraram.
Para a pesquisadora, 'é difícil evitar as notícias, levando em conta a variedade de fontes de notícias por aí'.
'E se essas tantas notícias forem ruins para nós? Certamente parece ser o caso', acrescentou.
Ameaça aos filhos
Os cientistas sugeriram que as mulheres podem identificar melhor possíveis ameaças aos filhos, o que afeta a forma como elas reagem ao estresse.
'Segundo estudos envolvendo autoavaliações, mulheres afirmaram que, em média, 'reagem mais ao estresse' do que homens', afirmou o professor Terrie Moffitt, do Instituto de Psiquiatria no King's College de Londres.
'Este estudo acrescenta novas e fascinantes provas de mudança no hormônio do estresse depois de um desafio experimental.'
'Os pesquisadores do estresse enfrentam um verdadeiro quebra-cabeça dos gêneros. Como grupo, as mulheres parecem reagir mais a fatores estressantes, mas elas vivem mais do que os homens', disse Moffitt.
'Como as mulheres conseguem neutralizar o efeito do estresse em seus sistemas cardiovasculares? Uma resposta para essa pergunta poderia melhorar a saúde de todos', afirmou.
No entanto, outros especialistas afirmaram que o estudo da Universidade do Canadá é pequeno, então seriam necessários mais testes e exames para chegar a suas conclusões.

Com tática polêmica, página de Obama no Facebook é 'curtida' por 1 mi em um dia


A página do presidente americano Barack Obama no Facebook registrou um grande aumento no número de pessoas que o 'curtem', em resposta a uma campanha lançada pelo político nas mídias sociais.
A equipe de Obama comprou propagandas no espaço 'histórias patrocinadas', o que faz com que sua página seja promovida no Facebook de diversos usuários - mesmo aqueles que não desejam necessariamente ver esse tipo de mensagem.
Em apenas um dia, a página do presidente americano, que concorre à reeleição no próximo mês, foi 'curtida' por mais de um milhão de pessoas. Antes disso, a média diária era de 30 mil.
Mas para alguns analistas, esse tipo de estratégia pode frustrar e até mesmo afastar os eleitores.
Protestos
Tanto Obama quanto seu rival nas eleições, o republicano Mitt Romney, estão intensificando suas campanhas nas mídias sociais.
Os dois estão presentes em diversas plataformas - como o serviço de músicas Spotify, de compartilhamento de imagens Pinterest e de publicação de fotos Instagram. Romney costuma publicar em sua conta no Instagram imagens de sua casa e de sua família.
Mas agluns internautas já começaram a protestar contra as mensagens e propagandas que recebem de Obama via Facebook.
'Por que Barack Obama está no meu 'feed de notícias'', escreve no Facebook uma jovem internauta do Estado de Illinois.
'Estou ficando cansado de todos esses anúncios do Obama na minha página no Facebook', reclama outro usuário.
Um internauta, em uma mensagem para Obama na conta do presidente americano no Twitter, exige: 'Pare de se promover no meu Facebook e no meu Twitter. Eu nunca o 'curti' ou o 'segui'.'
Para a socióloga Sandra Gonzalez-Bailon, do Oxford Internet Institute (OII), a campanha política nas mídias sociais está passando por um período de transição, e algumas pessoas vão precisar de tempo para se adaptar a nova realidade.
'Antes, as pessoas discutiam política em espaços físicos, agora a esfera pública foi repaginada', diz ela.
Videogames
Nas eleições de 2008, a campanha de Obama foi elogiada por inovar nas redes sociais, conseguindo atrair eleitores mais novos - muitos deles que votavam pela primeira vez.
Desta vez, a sua campanha tentou inovar novamente, de forma ainda mais agressiva. Uma das táticas é fazer compras específicas no Facebook ou no Twitter. Por exemplo, as plataformas podem exibir propagandas pagas dos candidatos toda vez que alguém faz uma busca pela palavra 'debate' nas redes.
O próprio Obama tem ido às redes para fazer campanha. Ele costuma responder a perguntas de internautas no site Reddit. A tática divide opiniões: alguns dos usuários adoraram a oportunidade de trocar ideias com o presidente; já os críticos dizem que tudo não passa de um golpe de publicidade.
Outra nova fronteira explorada por Obama são anúncios em video games. O principal jogo eletrônico de futebol americano dos Estados Unidos - o EA's Madden NFL 13 - tem propagandas do site da campanha de Obama. Até mesmo o jogo clássico Tetris, também da EA, possui anúncios do presidente.
A campanha de Romney também está investindo em jogos de videogame.
As duas campanhas apostaram que a estratégia de 'inundar' o mundo digital com suas mensagens seria um sucesso. No entanto, uma pesquisa da Universidade da Pennsylvania mostra que isso pode não ser verdade.
Dos 1.503 internautas americanos entrevistados pelos pesquisadores, 86% disseram que não querem receber mensagens políticas feitas 'sob medida' para eles, e 70% afirmaram que ver anúncios políticos de candidatos que eles já apoiam diminui as chances de votarem neles.
'Nós temos um 'cabo de guerra' de atitudes - a rejeição ampla e enfática de propaganda política feita 'sob medida' puxando de um lado, e do outro o uso cada vez maior de anúncios políticos deste tipo, sem que se divulgue como e quando as campanhas estão usando informações dos indivíduos', diz Joseph Turow, que conduziu o estudo.
Para Gonzalez-Bailon, os políticos - e qualquer um que usa redes sociais para fazer propagandas - precisam saber que existe um limite, que não pode ser cruzado. Este limite é a privacidade das pessoas, que podem se sentir 'invadidas' pela propaganda.
A socióloga lembra de um incidente nas eleições italianas de 2004, quando a campanha do então premiê Silvio Berlusconi enviou mensagens de texto para centenas de telefones celulares de eleitores, lembrando a data do pleito. O processo causou revolta entre alguns italianos.
'Receber uma mensagem de texto no seu telefone celular é uma forma ainda mais séria de transgressão da esfera privada do que ver um anúncio no seu Facebook', diz ela.

Barbosa diz que trabalhará conforme as regras no comando do Supremo e do CNJ


O ministro Joaquim Barbosa, que foi eleito hoje (10) para a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) até 2014, disse que sua gestão não terá muitas novidades. O ministro assume o cargo em novembro, com a aposentadoria compulsória de Carlos Ayres Britto ao completar 70 anos.
Barbosa disse que vai dar mais detalhes sobre sua gestão no futuro, mas que 'com certeza não haverá turbulências nem grandes inovações. Vocês já devem ter percebido, eu gosto de agir by the books [segundo as regras, em tradução livre do inglês], nada além disso', comentou com jornalistas, no final da sessão de hoje.
Perguntado sobre como pretende gerir o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), do qual também será presidente, Barbosa disse que fará uma atuação pontual. 'É caso a caso. Eu não afastei nenhuma vírgula, do meu comportamento normal no Tribunal, de quase dez anos, no caso do mensalão. Não inovei absolutamente nada', completou.
O futuro presidente do STF diz que não houve surpresa na sua eleição, pois ela já era aguardada segundo a tradição do STF de escolher os mais antigos para administrar o Tribunal. No entanto, considerou um 'fato extraordinário' o fato de ser o primeiro presidente negro da Corte, em um país que vem formando maioria populacional negra.
Sobre o fato de estar em evidência devido ao julgamento da Ação Penal 470, da qual é relator, Barbosa diz que recebe as demonstrações de reconhecimento 'com muita gratidão', mas que isso é 'fruto do trabalho da própria Corte'. Barbosa ainda descartou a hipótese de ir para a política. 'De forma alguma, eu nunca fiz política. Não é agora que vou fazê-lo'.

CALCINHA BEGE OU TIPO CUECA: QUAL DELAS É A PIOR?


Calcinha cueca ou bege o que é pior
Foto: 212 Images Inc/Corbis

Fato: as mulheres raramente estão prontas para situações de emergência. Você acorda e acha que será mais um dia típico, casa-trabalho, trabalho-casa. Então coloca aquela calcinha básicabege ou tipo cueca sem o menor medo de ser feliz.
Mas aí o telefone toca no meio do dia e seu amigo (o famoso P.A., sabe?) liga chamando você para sair e jogar conversa fora. Não dá tempo de passar em casa, mas como é só um papo, a calcinha bege vai junto. Só que, em meio a conversa, o clima esquenta e o sexo é iminente. E quando o gato arranca sua roupa cheio de desejo, lá está ela: a bendita calcinha que muitos homens abominam.
"Bege, por si só, já é uma cor sem brilho, sem graça, e a mulher que veste uma dessas prendas para encontrar o parceiro tem que repensar muito quais são as suas intenções com ele", dispara o jornalista e fotógrafo Hugo Perez, de 34 anos. "Vamos ser sinceros: a coisa não está fácil e quando a garota consegue um encontro ainda sai de casa usando uma calcinha assim?!"
Se a peça é a calcinha tipo cueca, o rapaz também não perdoa. "O nome já diz: CUECA!!! Poxa, qual mulher acha que ficará sexy usando uma calcinha formato cueca? Mas uma vez, considero uma falta de senso comum e bom gosto da mulherio que sai com o namorado, ficante ou amante achando que vai conseguir alcançar algum tipo de sucesso vestidas desse jeito. Só pode ser autossabotagem!"
Já o supervisor de operações Anderson Grecco, de 27 anos, acha que isso não passa de uma frescura machista. "’Na hora do vamos ver’ o cara está pouco se importando com a cor, estilo, se a mulher está de calcinha, seja ela como for. Tem muito cara que nem está vendo a cara da pessoa e vai reclamar da calcinha? Ah, pra cima de mim? Corta essa!"
Apesar de afirmar não se importar com isso, Anderson concorda com Hugo e diz que a calcinha bege não é tão estimulante quanto uma vermelha ou fio dental. Mas se a pretendente se apresentar usando a peça, tudo bem. "Não faço cara feia, jamais. Se alguma coisa na relação der errada, pode vir o descontentamento. Mais com relação à calcinha, não", garante.
Se você faz parte do time que não aprova a peça, Hugo sugere dois caminhos para suavizar o cenário. Se o casal começou a sair há pouco tempo e o cara quer tocar no assunto sem deixar a mulher chateada, pode presenteá-la com uma calcinha diferente. "Porém, se o lance se tornar corriqueiro e se há a confiança entre o casal, seja sincero e fale na lata o que rola de errado nessa situação."
Anderson não vê problema no homem falar que desaprova o tipo de calcinha usada pela mulher, mas acha que a conversa exige cautela. "Você tem que levar de uma forma muito suave e entrar na questão de vaidade sexual, apetite, entende? Pode ser totalmente constrangedor sua parceira perceber uma insatisfação sua com um acessório que ela usa, no caso a lingerie. Mais com jeitinho consegue."

AROMATIZADOR DE AMBIENTES - FAÇA O SEU


Aromatizador de ambientes faça o seu
Todo mundo gosta da casa com um cheirinho gostoso. Mas, e se ao invés de comprar um produto pronto você fizesse sua própria fórmula? Há várias opções de aromas, no qual você vai encontrar o que mais tem a ver com você e a sua casa.

E o melhor: é muito simples de fazer um aromatizador de ambientes caseiro.
Você vai precisar de:
· 1 garrafa de vidro (dessas de colocar azeite)
· 1 recipiente de vidro para o preparo
· Água mineral
· Álcool de cereais
· 20ml de essência da sua preferência
· Palitos de churrasco (corte as pontinhas)
Pegue o recipiente de vidro e coloque a água mineral e o álcool de cereais em quantidade equivalente à metade da garrafinha de vidro que você escolheu.
Acrescente os 20 ml da essência escolhida (podem ser até três essências, mas respeitando a quantidade de 20 ml para uma garrafa pequena e o dobro para uma garrafa grande) e misture bem com um palito, mas suavemente.
Agora basta despejar o conteúdo na garrafinha e mergulhar os palitos de um lado e depois do outro.
Seu aromatizador está pronto e irá perfumar sua casa enquanto houver líquido na garrafinha. Viu como é simples? Para o aroma ficar mais intenso vire as varetas todos os dias. Se você quer algo mais suave, utilize apenas uma essência.

DÉBORA NASCIMENTO REVELA O SEGREDO PARA TER CACHOS SEMPRE BONITOS


Débora Nascimento revela seus segredos de beleza

A atriz que interpreta a Tessália em Avenida BrasilDébora Nascimento, contou em um ensaio publicado na revista Cabelos e Cia que se sentia feia na época da adolescência. Mas confessa que vaidade não era o seu forte.

"Nesse período eu não cuidava da aparência", revela.
Débora pesava 20 quilos a mais e não cuidava do cabelo, que era loiro escuro e vivia preso.
O tempo passou e hoje ela se preocupa muito mais com o visual por conta da profissão. Além das atividades físicas que pratica, a atenção com os cabelos hoje é redobrada.
Para cuidar dos cachos, a atriz acredita que proteção e hidratação são essenciais. Ela também não abre mão do protetor solar capilar quando vai à praia e hidrata os fios todas as noites com um óleo especial.
A morena revela um dos seus segredos de beleza capilar: "Evito lavar os cabelos com água muito quente, e no final do banho dou uma ducha gelada neles".
Outros segredos de beleza e cuidados com os fios você pode conferir no nosso Especial Cabelosque já está no ar. Confira!

ELES ACHAM QUE MANDAM


Eles acham que mandam
Já experimentou ser submissa para variar? Você pode até gostar
Falar em regras ou dar conselhos quando o assunto é relacionamento amoroso, e mais precisamente, sexo dos bons, é sempre relativo, cada um tem a sua artimanha, seu jeito, etc. Mas, há algumas verdades que devem ser lembradas: para conquistar um homem faça ele se sentir poderoso, para conquistar uma mulher faça com que ela se sinta a mais amada de todas.

É uma questão de autoestima, e é claro, que não é simples ou para por aí, mas faz efeito. Vamos tomar por base a receitinha de dois sucessos literários, no melhor estilo 'sexy hot' do momento, os romances '50 Tons de Cinza' e Toda Sua. Ambos estão sendo espancados pela crítica, por mostrarem romances, transas e pessoas fora da realidade. Pode ser mesmo uma anedota, conto da carochinha, isso parece ser o que menos importa.
Nosso ponto aqui é a submissão sexuale osadomasoquismo que permeiam as tramas e unem os amantes. Mulheres indefesas, inexperientes e prontas para serem aprendizes no sexo e se sujeitarem a tudo que seus amantes, ou algozes querem fazer com elas.
Vamos combinar, essas mocinhas não estão sofrendo impunemente. Elas estão gostando muito, e porque não, fazendo isso para agradar seus homens. Elas querem que eles se sintam poderosos e presos a elas, ao menos naqueles momentos. Elas podem até fingir serem mocinhas submissas, e nem por isso serão menos poderosas. Viu só? Esse pode ser um dos motivos do sucesso retumbante desses livros.
Como seres complexos, as mulheres, principalmente as que já tomaram as rédeas da sua vida, trabalham e se desdobram, enfim, aquelas que mal têm tempo de namorar, podem ter encontrado um momento de ternura com um pouco de submissão para relaxarem. Um pouco, de 'deixa comigo sua linda'.
Homens ricos, bons de cama, bem dotado e que proporcionam orgasmos múltiplos, sempre com tudo do 'bom e do melhor', leia-se: perfeição não existe; e nem esse tipo de homem. Eles merecem ficarem onde estão - na literatura. No mundo real, as mulheres brincam de dar poder e de tomá-lo quando acham mais conveniente, do jeito delas.
Em '50 Tons', a virgem Anastasia aceita ser escrava sexual de Christian, homem poderoso e mais velho que vai levar a brincadeira e terrenos nunca antes explorados. Em 'Toda Sua', Eva se submete a Gideon, que já anuncia, com o corpo todo, que vai possuí-la depois de ela cair aos pés dele, literalmente.
A mensagem é clara, as mulheres podem até gostar de gentileza, mas, ela não precisa existir na hora do sexo, quando menos carinho e mais chicotinho, melhor.
E vocês concordam?

LAQUEADURA OU VASECTOMIA EXIGEM MUITA REFLEXÃO


Contraceptivos cirúrgicos exigem muita reflexão
Com o passar dos anos e a maior necessidade do controle de natalidade, diversos métodos contraceptivos foram desenvolvidos, oferecendo às mulheres opções variadas de evitar agravidez. Um dos mais tradicionais é o cirúrgico, a laqueadura nas mulheres e a vasectomia nos homens. Porém, como também são os mais definitivos, é preciso refletir muito antes de tomar a decisão.

"Os métodos contraceptivos podem ser divididos em comportamentais, de barreira, dispositivo intrauterino (DIU), métodos hormonais e cirúrgicos. A escolha por um desses métodos deve ser personalizada, levando em consideração inúmeros fatores que serão analisados por um especialista", explica o ginecologista André de Paula Branco, médico credenciado da Paraná Clínicas Planos de Saúde Empresariais.
A contracepção cirúrgica é tão séria que é regulamentada por lei, só podendo ser realizada seguindo algumas determinações, por exemplo, só podem ser aplicados em pessoas com capacidade civil plena e com mais de 25 anos ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que observado o prazo mínimo de 60 dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, visando desencorajar a esterilização precoce.
"Em virtude do grande índice de arrependimentos, a primeira contraindicação do método é a falta de certeza por parte do casal sobre o fim da fertilidade. Embora exista uma possibilidade de reversão, essa chance é pequena e deve-se encarar esse método como irreversível", detalha Dr.André, que completa. "Ainda é proibida a esterilização cirúrgica durante o parto ou aborto, salvo situações de extremo risco à mãe, fato que deve ser documentado e assinado por, pelo menos, dois médicos."
Como opção sempre são recomendados os métodos contraceptivos hormonais, que oferecem resultados muito satisfatórios e seguros, mas dependem da paciente. "A eficiência dos métodos hormonais depende muito da paciente, pois mulheres que engravidaram usando contraceptivos acabaram, em sua grande maioria, esquecendo-se de tomar um comprimido ou atrasaram a aplicação do método injetável", salienta o especialista.
Conheça os contraceptivos cirúrgicos:
Laqueadura - O método consiste no corte ou ligamento cirúrgico das trompas uterinas, que fazem o caminho dos ovários até o útero, impedindo o encontro com os espermatozóides. É um procedimento seguro que pode ser feito de várias maneiras, sendo necessária internação ou anestesia geral ou local.
    Vasectomia - É um procedimento cirúrgico que interrompe a circulação dos espermatozóides produzidos pelos testículos e conduzidos para os canais da uretra. É o mais seguro, mas muitos homens se recusam a fazer porque imaginam que possa provocar distúrbios da ereção. A vasectomia torna o homem estéril, mas não interfere na produção de hormônios masculinos nem em seu desempenho sexual.
    É importante ressaltar que boa parte dos homens não se incomoda que as mulheres façam laqueadura, que é uma cirurgia muito mais invasiva, mas fogem da vasectomia como o diabo da cruz.

    Transferida de hospital, menina blogueira faz Paquistão repensar relação com Talebã


    A menina paquistanesa Malala Yousafzai, de 14 anos, baleada por membros do Talebã por defender a educação feminina, foi transferida nesta quinta-feira de helicóptero para um hospital militar mais bem equipado, segundo autoridades do país.
    O ataque contra a menina blogueira, que narrava o cotidiano no vale do Swat, área de atuação do Talebã, motivou uma série de protestos em vários setores da sociedade paquistanesa contra o grupo extremista. Analistas apontam que um consenso mais amplo contra o Talebã pode estar sendo gestado no país.
    Malala está em estado crítico após ter sido baleada na cabeça e no pescoço na terça-feira, depois de sair da escola, na região do vale do Swat, bastião de extremistas no Paquistão.
    Médicos disseram que Malala ainda está inconsciente, mas moveu seus braços e pernas na noite passada. Um deles informou à agência France Presse que a menina tem '70% de chance de sobrevivência'.
    'Ela teve melhoras neurológicas significativas, mas os próximos dias serão críticos (para sua recuperação)', disse outro médico.
    Agora, ela será tratada na UTI de um hospital militar da cidade de Rawalpindi.
    Outras duas estudantes foram feridas no episódio, e uma continua em estado grave. O ataque a Malala provocou uma onda de protestos e críticas ao Talebã, que disse ter alvejado a menina por ela 'promover o secularismo' e ser pró-Ocidente.
    Um porta-voz do grupo radical disse que ela não será poupada caso sobreviva.
    Em entrevista à BBC Urdu, a seção paquistanesa do Serviço Mundial da BBC, Ehsanullah Ehsan, porta-voz do Talebã, reiterou as ameaças à vida da menina e disse que 'é uma regra muito clara da Sharia (a lei islâmica) que qualquer mulher, que por qualquer meio tenha um papel na guerra contra os mujahedins (termo pelo qual os militantes são conhecidos), deveria ser morta'.
    'Diário de uma estudante'
    Malala tornou-se conhecida ainda em 2009, aos 12 anos, quando manteve o blog Diário de uma estudante paquistanesa na BBC Urdu.
    Os depoimentos de Malala na época podem ser lidosaqui(em inglês).

    Malala, em foto de arquivo
    Na época ela comentava os impactos na comunidade das medidas do Talebã, que naquele ano havia fechado mais de 150 escolas para meninas, e explodido outras cinco no vale de Swat.
    O clima já era tenso na época e havia uma ameaça constante de que escolas de meninas pudessem ser alvo de ataques. Malala relatava na época que muitas de suas colegas haviam se mudado com suas famílias para cidades maiores como Lahore, Peshawar e Rawalpindi.
    'Eu tive um sonho terrível ontem com helicópteros do Exército e o Talebã. Tenho tido esses sonhos desde o início da operação militar em Swat. Minha mãe fez meu café da manhã e eu fui para a escola. Estou com medo de ir à escola porque o Talebã emitiu um alerta banindo todas as meninas de frequentarem as escolas', dizia um post da garota no dia 3 de janeiro de 2009.
    'Na volta da escola para casa, ouvi um homem dizendo 'eu vou te matar'. Eu acelerei o passo e depois de um tempo olhei para trás para ver se ele ainda me seguia, mas para o meu alívio ele estava falando com alguém no celular e deve ter ameaçado outra pessoa pelo telefone'.
    Para M Ilyas Khan, correspondente da BBC em Islamabad, a vida famíliar jamais será a mesma, e é provável que ela tenha que viver sob proteção policial ou seja forçada a buscar asilo político no exterior.
    Nova posição frente ao Talebã
    O ataque motivou uma série de protestos nas ruas de várias cidades do Paquistão e pode ter impactos na relação entre governo, parlamentares e o Talebã.
    'A inabilidade do governo de reconstruir (as escolas) juntou-se à sua ambivalência em relação ao Talebã, o que deu espaço aos militantes para levarem a cabo atos de sabotagem com impunidade. A questão é: isso vai mudar a partir de agora?' questiona o correspondente.

    Malala sendo tratada (© Foto: AP)
    'A tentativa de assassinato contra Malala Yousafzai chocou e irritou a nação. Há relatos do Parlamento sugerindo que um consenso mais amplo contra o Talebã pode estar sendo discutido - algo que os políticos paquistaneses nunca atingiram antes', acrescenta.
    O presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, disse que o ataque contra Malala não afetará a luta do país contra os militantes islâmicos e em favor da educação feminina. O governo também ofereceu uma recompensa do equivalente a cerca de R$ 200 mil reais por quem oferecer pistas sobre os agressores de Malala.
    Já o diretor do Comitê Independente de Direitos Humanos do Paquistão, Zohra Yusuf, disse que 'esse trágico ataque contra uma criança tão corajosa' envia uma mensagem assustadora para todos que lutam para as mulheres e meninas paquistanesas.
    O crime também foi criticado pela maioria dos partidos políticos paquistaneses, celebridades de TV e outros grupos de direitos humanos, como a Anistia Internacional.
    A campanha articulada de Malala em prol da educação de meninas lhe rendeu admiradores e reconhecimento dentro e fora do país. Ela apareceu em TVs nacionais e internacionais falando de seu sonho de um futuro em que a educação no Paquistão prevalecesse.

    Para músico do Andaraí, 'viver de samba não rende luxo'


    Junior de Oliveira começou a batucar pratos e panelas lá pelos cinco anos de idade. O menino que viria a se tornar percussionista nasceu com samba na veia, neto do compositor Silas de Oliveira.
    Aos 34 anos, Junior é um de muitos jovens sambistas cariocas ganham a vida seguindo na tradição do samba no Rio.
    O músico toca semanalmente no Samba do Trabalhador, roda de samba criada por Moacyr Luz há sete anos no Andaraí, zona norte do Rio, e pelo menos uma vez por mês com o DNA do Samba, grupo composto por outros jovens sambistas que são herdeiros de bambas.
    'Hoje em dia tem muito samba', diz Junior. O cachê de músico não é alto, 'mas dá para segurar a onda (até o fim) do mês'.
    Ele dá aulas de percussão quando pode para complementar a renda e leva uma vida sem luxos. Mora no apartamento da mãe, na Vila da Penha, zona norte do Rio, mas divide o tempo entre a cidade - onde se concentram as oportunidades de trabalho no samba - e o interior de São Paulo, onde moram sua mulher e uma de suas duas filhas.
    'Minha ambição é continuar tocando com humildade e simplicidade, respeitando todo mundo e esperando as coisas acontecerem', diz.

    BANCO DE SÊMEN - ENTENDA COMO FUNCIONA

    Banco de sêmen  entenda como funciona

    Quando você vê uma mulher gestante, costuma pensar na possibilidade de ela ter tido problemas para engravidar? Provavelmente não. Isso porque se tem a idéia de que engravidar é simples.
    Mas não é tão fácil assim. Infelizmente, existem muitos casais que sofrem com o drama dainfertilidade ou ainda doenças que impedem a geração de vida a partir de gametas próprios. Somado a todas as técnicas de fertilização, existem os bancos de sêmen, que ajudam na geração de novas vidas.
    Pacientes com câncer, por exemplo, e que terão de realizar tratamentos como quimioterapia ou radioterapia, podem ficar estéreis. Hoje, eles podem recorrer à medicina reprodutiva para garantir a geração de filhos, no futuro. “O banco de sêmen pode ser utilizado por pacientes que buscam pela criopreservação do próprio espermatozóide após receberem um diagnóstico com câncer”, explica o especialista em medicina reprodutiva Assumpto Laconelli Júnior, de São Paulo.
    Segundo ele, homens que apresentam um quadro de azoospermia (ausência de espermatozóide na ejaculação) e vasectomia também podem recorrer ao banco de sêmen. Parceiros com HIVsorodiscordantes, quando somente o homem ou a mulher é portador do vírus, também têm a possibilidade de gerar filhos sem contaminar o feto, a partir do banco.
    Em São Paulo, a colheita desse sêmen pode ser realizada no Hospital Israelita Albert Einstein, um dos mais tradicionais do país nessa área, e também em clínicas de reprodução assistida como o Fertility - Centro de Fertilização Assistida, dirigido por Assumpto. “Para a coleta do material, é necessário uma abstinência sexual de no mínimo dois dias e no máximo cinco. A coleta é feita em ambiente laboratorial, por masturbação”, conta. Os bancos de sêmen desses locais também oferecem a possibilidade de fertilização in vitro, para casais inférteis.
    No entanto, não são apenas casais com problemas para gerar filhos que procuram os bancos de sêmen. “Nos últimos anos, detectamos um crescimento no índice de mulheres solteiras que procuram o banco de sêmen para uma maternidade independente”, Edson Borges Junior, especialista em medicina reprodutiva, diretor da Clínica Fertility.
    Assumpto ressalta que, para ser um doador, é necessário ter entre 18 e 40 anos e ser totalmente saudável. Ele diz ainda que o voluntário deve procurar a clínica para realizar uma série de entrevistas e exames laboratoriais. “Afastadas as possibilidades de doenças sexualmente transmissíveis e aquelas de incidência familiar genética, o sêmen é armazenado em um tanque de nitrogênio líquido em uma temperatura inferior a 196°C”, diz.
    É importante ressaltar que existe uma triagem rígida para selecionar quem pode ser um doador de esperma. “O centro utiliza critérios rigorosos para a seleção, e de cada 10 voluntários, apenas dois são aproveitados”, conta Assumpto. Apesar de existir uma triagem entre os interessados em se tornar doador, não existe burocracia - basta que a pessoa queira - e também não há remuneração.
    Se um casal optar por usar o sêmen de um voluntário, de maneira alguma saberá quem foi o doador. “A identidade dele é um segredo médico. Durante o processo de doação é informada a identidade médica do voluntário, nunca sua identidade civil”, completa Edson. A resolução 1358/92 do Conselho Federal de Medicina de 30 de setembro de 1992, determina que a doação de gametas (espermatozóide e óvulos) deva ser totalmente anônima.
    Estima-se que a mulher tem de 50% de chance de engravidar se fizer a fertilização in vitro até os 35 anos. Segundo a Rede Latino Americana de Reprodução Assistida, essa chance diminui com o passar dos anos, ficando em apenas 10% se a pessoa tiver mais de 45 anos. No caso de inseminação artificial, a chance cai para 35% no caso de mulheres até 35 anos. E diminui para 20% para quem tem mais de 40 anos. Para quem tem mais de 45 anos, a estimativa é quase nula. Estes números são referentes à utilização de banco de sêmen, onde a fertilidade é maior.
      “A infertilidade conjugal está presente em 15% dos casais com idade reprodutiva. E em 40% dos casos, as dificuldades são em decorrência de complicações masculinas”, afirma Assumpto. Segundo ele, os problemas mais comuns vão desde varicocele, uma dilatação do conjunto de veias que drenam o sangue utilizado pelo testículo, infecção seminal, disfunção hormonal, pouca mobilidade dos espermatozóides e, até mesmo, vasectomia.

      Barbosa chega à presidência do STF em meio à fama e à tensão com colegas


      Alçado à presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em votação simbólica, o ministro Joaquim Barbosa chegou ao comando da corte no momento em que ganha notoriedade no Brasil e no exterior.
      Primeiro presidente negro do Supremo, ele é relator do julgamento do mensalão, no qual já condenou 22 dos 25 réus que tiveram seus casos analisados até agora, entre os quais o ex-ministro José Dirceu.
      Sua postura tem sido elogiada nas ruas: no último domingo, enquanto votava no Rio, Barbosa foi abordado por moradores que queriam ser fotografados ao seu lado.
      Nos últimos dias, o ministro ainda estampou capas de revistas e foi citado por jornais estrangeiros. Para o 'New York Times', ele está emergindo do julgamento como uma espécie de 'herói político'.
      As posições de Barbosa no processo têm sido acompanhadas pela maioria dos ministros. O placar folgado das votações, porém, contrasta com as tensas relações que Barbosa mantém com alguns membros da corte.
      Durante o julgamento, ele já trocou farpas com dois colegas: o revisor do processo, Ricardo Lewandowski, e o ministro Marco Aurélio Mello.
      Num dos bate-bocas entre o relator e o revisor, Marco Aurélio interveio em defesa de Lewandowski e disse que Barbosa não estava 'respeitando a instituição'.
      Posteriormente, o ministro afirmou a jornalistas que estava preocupado com a perspectiva de que Barbosa assumisse a Presidência da corte.
      Em resposta, Barbosa insinuou que o colega ingressara no Supremo por ser primo do ex-presidente Fernando Collor, que o nomeou.
      Apesar da preocupação expressa por Marco Aurélio, Barbosa foi eleito pelos colegas presidente do órgão nesta quarta-feira sem qualquer contestação. A tradição do Supremo recomenda que a presidência da corte seja ocupada pelo ministro há mais tempo na casa e que ainda não tenha ocupado o cargo.
      Nomeado para o STF em 2003 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Barbosa, de 58 anos, assumirá a presidência do tribunal em 22 de novembro, quando o atual ocupante do cargo, Ayres Britto, completará 70 anos e se aposentará. Barbosa ficará no posto por dois anos.
      Infância pobre
      Nascido em Paracatu (MG), ele se formou em direito na Universidade de Brasília e fez mestrado e doutorado na Universidade de Paris-II.
      Barbosa é professor licenciado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e autor de dois livros sobre direito - um sobre o funcionamento do Supremo, editado na França, e outro sobre o efeito de ações afirmativas nos Estados Unidos.
      Antes de ingressar na corte, o ministro ocupou diversos cargos na administração federal, entre os quais o de procurador da República (entre 1984 e 2003), chefe da consultoria jurídica do Ministério da Saúde (1985-88) e oficial de chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979), chegando, inclusive, a servir na embaixada do Brasil na Finlândia.
      Críticas e discussões
      Ricardo Lewandowski | Crédito da foto: Agência Brasil
      "Ricardo Lewandowski
      Antes do julgamento, Barbosa já se envolvera em outras discussões com membros da corte e fora objeto de comentários depreciativos de colegas.
      Em 2007, a ministra Carmen Lúcia foi flagrada por jornalistas ao enviar uma mensagem para Lewandowski em que citava a nomeação de Barbosa para a relatoria do processo do mensalão: 'Esse vai dar um salto social com o julgamento', escreveu a ministra.
      Em 2009, durante um bate-boca na corte, o então presidente do STF, Gilmar Mendes, afirmou que Barbosa não tinha 'condições de dar lição a ninguém'. Barbosa respondeu: 'Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar'.
      Em outro episódio, Cezar Peluso, que deixou o Supremo no fim de agosto, disse em entrevista que o colega tinha 'receio de ser qualificado como alguém que foi para o Supremo não pelos méritos, que ele tem, mas pela cor'.
      Barbosa respondeu a crítica em outra entrevista. Ele afirmou que Peluso deixaria a 'imagem de um presidente do STF conservador, imperial, tirânico, que não hesitava em violar as normas quando se tratava de impor à força a sua vontade'.
      A cor da pele de Barbosa também tem sido evocada por críticos do ministro que não pertencem ao tribunal.
      Condenado no julgamento do mensalão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex-deputado Roberto Jefferson disse em entrevista em agosto que Barbosa fora indicado para a corte por ser negro. 'Tenho para mim que (ele) foi para o STF na cota racial, e não por notório saber jurídico.', disse Jefferson.
      No livro em que conta sua experiência como conselheiro de Lula no Planalto, Frei Betto também escreveu que a cor de Barbosa influenciou sua escolha para o Supremo. Em anotação feita em 2003, ele diz que ter sido procurado pelo então ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, em busca de uma indicação de 'um negro com perfil para ocupar vaga no STF'.
      Segundo Betto, Lula queria nomear um negro para a Corte. 'Lembrei-me de Joaquim Barbosa. O ministro ficou de convocá-lo para uma entrevista', escreveu.
      'Má fé'
      Porém, para Luiz Felipe de Alencastro, professor de história do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne, dizer que Barbosa foi escolhido para o Supremo principalmente por ser negro 'é uma declaração de má fé'.
      'Ele é um procurador concursado e um dos raros ministros da Suprema Corte com doutorado no exterior', diz à BBC Brasil.
      Ainda que defenda as credenciais de Barbosa para ocupar o cargo independentemente de sua cor, Alencastro afirma que a Constituição brasileira favorece explicitamente a adoção de ações afirmativas que ampliem a representatividade de negros e mulheres em postos chave da administração federal.
      Ele diz que a nomeação de mulheres, política intensificada pela presidente Dilma Rousseff, raramente é contestada. 'Mas quando se trata de um negro, isso vira uma excentricidade, ou um absurdo'.

      Condenação de petistas mostra que Brasil quer responsabilização de políticos, diz FT


      Uma reportagem do jornal Financial Times nesta quinta-feira afirma que os brasileiros estão 'comemorando' a condenação de figuras políticas de grande expressão no caso do Mensalão, e que muitos estão cobrando maior responsabilização ('accountability', em inglês) de seus líderes.
      Na terça-feira, a maioria dos juízes condenou integrantes do alto escalão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva - como José Dirceu e José Genoino - por envolvimento no escândalo de compra de apoio político no Congresso. O STF só definirá as penas dos culpados no fim de todo o processo do Mensalão. Eles poderão pegar de dois a 12 anos de prisão.
      'Os brasileiros estavam comemorando o que muitos veem como um ponto de virada no estado de direito na segunda maior economia de mercado emergente do mundo quando a Suprema Corte deu o primeiro veredicto de culpado contra um grupo de políticos de alto escalão', escreve o correspondente do jornal em São Paulo, Joe Leahy.
      'O forte posicionamento tomado pelos juízes no caso conhecido como 'Mensalão' acontece após demandas por maior responsabilização e melhores serviços públicos. Isso acontece depois de décadas de crescimento econômico e a emergência de uma nova classe média baixa que, cada vez mais, espera melhores padrões de educação, segurança e infraestrutura.'
      O jornal também destaca que um aspecto importante do julgamento do Mensalão é que o STF está 'fortemente ocupado' com juízes indicados durante a gestão do PT, o que demonstraria a independência da Corte ao condenar petistas.
      O Financial Times diz ainda que 'muitas das instituições e mecanismos de controle previstos na constituição, que foram elaborados depois da ditadura, estão amadurecendo agora, desde a Polícia Federal ao Ministério Público, passando pela independência do Judiciário.'
      Analistas políticos brasileiros ouvidos pelo Financial Times dizem que o desafio do Brasil agora, no combate à corrupção, é acabar com desvios em campanhas eleitorais.