Convidado da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no fim da tarde desta segunda-feira (25/8), a falar sobre suas propostas para o desenvolvimento econômico do estado, Marcelo Crivella, candidato do a governador, citou como prioridades de seu governo o investimento em infraestrutura e planejamento:
- Precisamos resolver definitivamente o problema de escassez de água na Baixada Fluminense; precisamos priorizar a transformação dos trens urbanos em metrô de superfície; e precisamos adensar nossas cadeias produtivas, levando emprego para onde as pessoas moram e moradia para onde as pessoas trabalham - enumerou Crivella.
Ainda sobre infraestrutura, Crivella empolgou a seleta platéia, composta de empresários e formadores de opinião, ao citar a necessidade de se investir na Transbaixada. O projeto desenvolvido pela Coppe, da UFRJ, está pronto e orçado em cerca de R$ 200 milhões.
- Investir em mobilidade urbana é fundamental! Há 30 anos, transportávamos 500 mil passageiros por dia nos trens; hoje, continuamos transportando os mesmos 500 mil. Precisamos chegar a 2 milhões, essa tem que ser nossa meta no governo! - frisou Crivella.
Ao ser questionado sobre a marca que teria um eventual governo Crivella, o candidato do PRB não titubeou:
- A saúde. Precisamos encontrar um grande maestro capaz de gerenciar essa área. Não podemos errar neste setor, que mexe com a vida das pessoas. É inadmissível a falta de atendimento nos hospitais, o descaso com a vida das pessoas. Sem falar da roubalheira hedionda que grassa nesse setor primordial - afirmou Crivella.
Em certo momento de sua exposição, Crivella afirmou que não é possível o estado pensar em ter desenvolvimento econômico sem um completo desenvolvimento político:
- Vivemos um retrocesso civilizatório absurdo. Hoje, a República são os partidos, a representação, o voto, e ele está em completo descrédito. Vemos alianças espúrias e campanhas milionárias, e candidatos com propostas mirabolantes, verdadeiros engodos para enganar o povo, já que eles sabem que não conseguirão viabilizá-las - observou Crivella.
Ao finalizar sua participação, Crivella pediu um voto de confiança e deu a direção que pretende imprimir a seu governo:
- Eu ando nas ruas e percebo o quanto as pessoas demonstram asco e nojo pela classe política. Espero que possamos fundar um novo marco institucional no estado, sem preconceitos e pautado na competência. Eu quero ser o timoneiro desse novo tempo da política fluminense, com idealismo e renúncia - finalizou Crivella.