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ator Vinícius Romão, preso desde o dia 10 acusado de ter assaltado a copeira Dalva Moreira da Costa, no Méier, na Zona Norte do Rio, é inocente. Nesta terça-feira, Dalva prestou novo depoimento na 25º DP (engenho Novo) e admitiu que se enganou ao fazer o reconhecimento de Vinícius. Após ouvir a copeira, o delegado Niandro Lima afirmou que comunicaria o erro ao Tribunal de Justiça. Antes de receber o comunicado da autoridade policial, a Justiça do Rio determinou a soltura do ator.
“Ela admitiu a hesitação no primeiro reconhecimento dele, o que é natural, porque foi uma ação violenta e ela pode ter se confundido. Entrarei com um pedido de habeas corpus em favor do Vinícius, com a cópia do depoimento anexada”, disse Lima.
Dalva chegou à delegacia por volta das 12h30. Ela disse que, depois de ter apontado Vinícius como o homem que roubou sua bolsa, teve dúvidas sobre o reconhecimento. A mulher afirmou que pensou em ir à polícia para admitir o engano, mas não tinha dinheiro para passagem.
Vinícius, que trabalhou na novela Lado a Lado, da Rede Globo, foi preso quando saía de um shopping, onde trabalha como vendedor. De acordo com os amigos, ele saiu da loja depois das 22h e caminhava para casa, a cerca de 20 minutos dali, quando foi abordado por PMs, que ordenaram que ele deitasse no chão. Vinicius foi revistado e levado algemado para a 25ª DP (Engenho Novo). Lá, foi reconhecido pela vítima, que tinha sido assaltada naquela noite a 600 metros de onde o ator foi preso.
O jovem, que se formou em psicologia no fim do ano, está preso na Casa de Detenção Patrícia Acioli, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, desde o dia 11. O caso ganhou repercussão depois que amigos e familiares usaram as redes sociais para denunciar o caso e tentar provar que Vinícius era inocente.
Liberdade provisória - Na tarde desta terça-feira, o juiz Rudi Baldi Loewenkron, da 33ª Vara Criminal, determinou que o ator responda ao processo em liberdade. Para o juiz, que ainda não foi comunicado sobre o erro no reconhecimento de Vinícius Romão, não havia justificativa para que o ator permanecesse preso. “O indiciado não apresenta o perfil corriqueiro de autores de crimes dessa espécie. É uma pessoa que trabalha, estuda e tem endereço fixo”, concluiu na sentença.