GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Governo viu 'ingratidão' em protestos, diz ministro 'Fizemos tanto por essa gente e agora eles se levantam contra nós', afirma Carvalho, citando a sensação do Planalto durante as manifestações de junho

O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, admitiu ontem que o governo e movimentos sociais aliados ficaram "perplexos" com os protestos de junho do ano passado, quando milhares de pessoas foram às ruas do País.
"Houve quase que um sentimento de ingratidão, de dizer: 'fizemos tanto por essa gente e agora eles se levantam contra nós'", afirmou Carvalho, ao participar de uma conferência no Fórum Social Temático Crise Capitalista, Democracia, Justiça Social e Ambiental, em Porto Alegre.
Carvalho disse também que "a direita inicialmente fez festa" por entender que as manifestações se configuravam como contrárias à administração federal. As declarações do ministro foram feitas na Conferência Contra o Capital, Democracia Real, da qual também participaram, como palestrantes, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), e representantes de ONGs do Brasil, França, Marrocos e África do Sul.
Os protestos de meados de 2013, que tiveram início em São Paulo, como reação ao aumento da tarifa do transporte coletivo, espalharam-se pelo País e passaram a abrigar pautas diversas, entre elas manifestações contra o uso de dinheiro público para a realização da Copa do Mundo.
Para o ministro, as políticas de distribuição de renda e estímulo ao consumo do governo federal não foram acompanhadas na mesma velocidade por um debate sobre um modelo de desenvolvimento diferenciado. "É evidente que, junto com melhor emprego e melhores salários, vem a consciência de novos direitos", disse.
Ao falar da "perplexidade" e da incompreensão em algumas esferas do governo com as manifestações, Carvalho disse que o governo se esforçou para compreender a realidade, dialogou com os novos movimentos e respondeu com programas de melhorias da mobilidade urbana.
O Palácio do Planalto e o PT estão mobilizados para tentar evitar atos de repressão policial violentos com potencial de gerar uma nova onda de manifestações durante a Copa do Mundo. Questionado sobre um protesto ocorrido no dia anterior na capital gaúcha por passe livre e contra o Mundial, o ministro destacou que a ação policial não foi violenta.
"Temos de dialogar. Só não pode ter a atitude de se encastelar e achar que repressão resolve", afirmou. "Não podemos permitir pessoas infiltradas, que não acredito que sejam manifestantes efetivos."
'Hora de sair'. No início da noite, Carvalho participou de outro evento do Fórum Social e sugeriu que prepara sua saída do governo. "Eu falo como quem está no governo há 12 anos. Já está na hora de sair", afirmou, ao participar da mesa redonda Os Movimentos Sociais Populares e o Futuro da Democracia.
Antes, o ministro criticou a imprensa e adversários políticos, que, segundo ele, "criminalizaram" o PT no julgamento do mensalão. Ele reiterou a defesa do financiamento público de campanhas eleitorais. "Trataram de criminalizar toda a nossa conduta, nos transformando quase em inventores da corrupção, enquanto nós sabemos que o problema nosso foi reeditar, infelizmente, em parte aquilo que eram os usos e costumes da política", comentou em um trecho do discurso.

Entre 2006 e 2013, ocorreram 843 protestos no mundo; só 8,9% usaram violência A conclusão foi de quatro pesquisadores da Friedrich Ebert Stiftung – New York Office, que coordenaram um levantamento recém-publicado para medir o nível da temperatura política nas ruas mundiais

Entre 2006 e 2013, ocorreram 843 protestos no mundo, espalhados por 87 países que abrangem 92% da população mundial. O período foi um dos mais agitados da história mundial e a efervescência política dos últimos oito anos pode ser comparada a 1848 (época da Primavera dos Povos e da onda de protestos na Europa central e oriental), a 1917 (período da Revolução Russa) e a 1968 (ano lendário marcado pelas lutas dos direitos civis dos Estados Unidos pelos movimentos pacifistas e de contracultura).
A conclusão foi de quatro pesquisadores da Friedrich Ebert Stiftung – New York Office, que coordenaram um levantamento recém-publicado para medir o nível da temperatura política nas ruas mundiais.
Em junho do ano passado, enquanto o Movimento Passe Livre liderava as manifestações contra o aumento das passagens de ônibus em São Paulo, partidos de oposição marchavam na Índia contra o preço dos combustíveis. Os sul-coreanos defendiam nas ruas a liberdade de expressão. Na Etiópia, manifestantes clamavam um basta à corrupção e à liberdade política.
Um mês antes, na Turquia, protestos que começaram de maneira pacífica contra a derrubada de árvores, se disseminaram pelo país depois da ação truculenta da polícia, dinâmica semelhante à verificada no Brasil. O mundo, como poucas vezes na história, se agitava em busca de se transformar.

Algumas informações importantes aparecem nesse retrato e permitem discutir diferentes aspectos das manifestações:
1) Os países de alta renda foram os que mais se rebelaram, com 304 manifestações, o que representa 36% dos protestos. Na sequência, aparecem a América Latina e Caribe (141 casos), leste da Ásia / Pacífico (83), África Subsaariana (78), leste e norte da África (77), protestos globais (70), Europa Central e Ásia (43) e sul da Ásia.
Nesse sentido, fica a pergunta: educação e renda estimulam a crítica política? O ex-presidente Lula chegou a justificar as Jornadas de Junho como efeito da melhora das condições sociais no Brasil, um aparente contrassenso. A pesquisa não permite nenhuma conclusão a respeito, mesmo porque a Europa e os Estados Unidos foram epicentros de crises econômicas nos anos da pesquisa. Mas indica que a relação pode fazer sentido.
2) A violência foi uma tática pouco usada nos protestos. Ficou concentrada em 75 (8,9%), o que indica que a chamada tática black bloc não chega a ser popular. Em outros 33 eventos, os manifestantes fizeram greve de fome ou praticaram agressões contra si próprios – exemplos são manifestantes que ateiam fogo no próprio corpo. Apesar de a forma tradicional de protestos ainda predominar, com 437 eventos sendo levados a cabo por marchas e comícios, existem novidades nas manifestações. As chamadas ações diretas, com ocupação de ruas, praças e prédios ocorreram em 219 protestos. Alguns dos mais famosos foram os do Brasil, Egito, Espanha e Nova York, com Ocuppy Wall Street. Nessas ações diretas também são contabilizadas as ações de hackers e as invasões nos computadores e sistemas normalmente dos alvos dos protestos.
Em São Paulo, tanto a ação direta, a desobediência civil e a violência contra o patrimônio foram táticas usadas pelos movimentos populares em junho. A ponto de desnortear a polícia, que acabou perdendo o controle diante das câmeras ao espancar manifestantes rendidos, causando comoção nacional. Nesse sentido, a depredação e as táticas black blocs, se hoje estão altamente desgastadas, foram estratégicas para incendiar as ruas do Brasil em junho.
3) Houve sucesso em 37% das reivindicações. Talvez uma das vitórias mais retumbantes foi a redução das tarifas de ônibus em diversas cidades brasileiras, conquista do MPL em junho. A proporção de resultados positivos é alta, já que muitas das demandas são questões políticas de médio e longo prazo e ainda seguem em discussão.
4) Mais da metade dos protestos (488 ou 57%) foi por justiça econômica e contra medidas de austeridade para diminuir os gastos do governo, como as manifestações ocorridas basicamente depois da crise europeia. O fracasso da representação política ou dos sistemas políticos aparecem em seguida (376 ou 44%). Também houve demandas voltadas à justiça global, com críticas ao FMI e Banco Mundial (311 ou 36%) e pelos direitos de pessoas ou de grupos, com questões relacionadas a terra, cultura, legislação digital, minorias, etc (302 ou 35%).
Cada um que faça a sua própria leitura dos dados no link abaixo para o trabalho. Eu arrisco uma. A atual geração parece que vem chegando de fato para mudar o mundo. São jovens que nasceram e cresceram em grandes cidades, rodeados pelas culturas de rede social. Essa aliança por meio de contatos virtuais, aliás, é a ferramenta para potencializar essas mudanças ou pelo menos as reivindicações. Resta agora lutarmos para que as transformações sejam no sentido de aprimorar a democracia, garantindo direitos individuais e diminuindo as injustiças.

Qual é o futuro dos black blocs no ano da Copa?

Desde junho, fomos atingidos por uma onda de novidades que até agora estamos tentando assimilar. Eu me lembro de cobrir a terceira manifestação de rua de junho, quando vi pela primeira vez um grupo de manifestantes subindo a Avenida Brigadeiro Luís Antonio a quebrar deliberadamente vidraças de bancos. Antes, alguns mascarados já haviam destruído as janelas de um ônibus. Achei que eram arruaceiros.
Eu não compreendi, em um primeiro momento, o significado daquela situação. Depois me explicaram que se tratava de tática Black Bloc. Passadas algumas semanas, ficou evidente que a desobediência urbana e a reação às investidas policiais pela depredação se tornaram estratégia nas ruas.
Se não houvesse as ações diretas, não ocorreria o massacre praticado diante das câmeras pela PM na quarta manifestação de junho. Como resultado, dificilmente o preço da tarifa de ônibus seria reduzido e as manifestações não teriam o mesmo apelo em São Paulo e no restante do Brasil. É impossível negar: a tática Black Bloc foi uma grande novidade nas ruas e uma estratégia eficiente em junho.
Em um segundo momento, no entanto, com a chegada de julho e os protestos das Copas das Confederações, uma segunda geração Black Bloc começou a encher as passeatas. A depredação parecia ser, acima de tudo, manifestação de raiva acumulada. O movimento deixava de ter demanda clara. Black blocs chegavam para "aloprar" eventos esportivos, protestos em defesa dos índios, greve de professores.
A tática de ação direta foi se desgastando e as cenas de vandalismo saturaram a população. A morte trágica do jornalista da Band talvez tenha sido a gota d'água. Qual deve ser o futuro dos black blocs? Creio que se pode dizer duas coisas:
1) Os protestos contra a Copa são altamente provocadores e transformadores. Acusam políticos de todos os partidos. Talvez continuem por serem relevantes. Sinalizam um basta ao circo dos políticos. É a cara da geração atual de manifestantes;
2) A tática Black Bloc, no entanto, visivelmente se desgastou entre os próprios manifestantes. Táticas White Blocs (pacifistas) de manifestações ou Pink Blocs (festivas e lúdicas) talvez devessem entrar na pauta. É momento de inovar. De novo.

Black bloc de SP vai radicalizar na Copa

Mesmo após o uso de um rojão causar a morte do cinegrafista Santiago Andrade em um protesto no Rio, os adeptos da tática black bloc, em São Paulo, prometem radicalizar durante as manifestações contra a Copa do Mundo e não descartam nem mesmo ataques contra delegações de times estrangeiros.
"Nossa tática nunca foi ferir civis, mas, se não formos ouvidos, a gente vai dar susto em gringo. Não queremos machucar, mas se for preciso ?tacar? (coquetel) molotov em ônibus de delegação ou em hotel em que as seleções vão ficar, a gente vai fazer", disse, em entrevista ao Estado, o estudante Pedro (nome fictício), adepto da tática em São Paulo.
Segundo ele, as ações são discutidas pelos black blocs, que estão organizados no que chamam de células - pequenos grupos de até 30 pessoas que participam dos protestos juntos. "A gente evita falar pelo Facebook. Essas estratégias combinamos pessoalmente ou pelo Whatsapp. Para te dar essa entrevista, eu tive de consultar os outros adeptos", contou.
Em São Paulo, são pelo menos dez células. "No total, devem ser uns 300 participantes que são realmente ativos, mas, na Copa, tenho certeza de que o número será maior. Acho que vão ser mais de mil", afirma.
De acordo com o manifestante, o objetivo é mostrar para os estrangeiros que o País não tem segurança e fazê-los desistir de ficar no Brasil. "Se uma seleção sentir que há risco de vida, eles vão querer continuar aqui? Não somos contra a Copa do Mundo nem contra o futebol. A nossa luta é por uma educação e uma saúde melhores", afirmou o jovem, morador de Itaquera, na zona leste.
Ele disse que a morte do cinegrafista da Band foi uma fatalidade e que os responsáveis pela ação não são black blocs.
Pedro revelou ainda que, embora os adeptos da tática não tenham reuniões periódicas nem uma liderança, eles estão se preparando juntos para os protestos contra a Copa, até mesmo com treinamento físico. "Todo mundo deve se preparar porque a Polícia Militar vai vir em peso. A gente está se preparando com treinos de artes marciais como Krav Magá, Jiu-jítsu e Muay Thai", disse.
O próximo grande ato contra a Copa está programado para o sábado, dia 22, em várias cidades do País. Pelo Facebook, mais de 10 mil pessoas já confirmaram presença na manifestação da capital paulista.
Diversidade. Ao contrário das manifestações de junho, que tiveram como principal articulador o Movimento Passe Livre (MPL), os protestos contra a Copa não têm um único organizador e reúnem os mais diversos movimentos sociais, desde militantes da área da saúde até os chamados hackerativistas, como os integrantes do Anonymous. Esses grupos formaram o coletivo Se Não Tiver Direitos Não Vai Ter Copa.
Para I.G., integrante do movimento Contra Copa 2014 que divulga os atos nas redes sociais, os atuais protestos agrupam muitos manifestantes de junho que se sentiram "abandonados" após o MPL conseguir a redução da tarifa de ônibus em várias cidades do País.
"Me senti órfão do MPL porque eles abandonaram as ruas. Foi assim que outros protestos horizontais foram aparecendo e começou a se criar grupos de afinidade. Os protestos agora são horizontais, populares e sem interferência de partidos e sindicatos", disse.
Os manifestantes contra a Copa prometem atuar em várias frentes, até mesmo fora das ruas. "O que posso dizer é que vamos apoiar os protestos de rua com ações virtuais que ainda não podem ser ditas", afirmou um integrante do Anonymous. A invasão de páginas oficiais está prevista. 

Pressionado, PSOL muda evento de cidade

Obrigado, nos últimos dias, a se defender de acusações de envolvimento com grupos radicais que provocam tumulto e depredação, o PSOL adiou em uma semana e mudou do Rio para São Paulo o lançamento da candidatura do senador Randolfe Rodrigues (AP) para presidente da República e da ex-deputada Luciana Genro (RS) a vice.
A festa aconteceria amanhã (17) na Câmara Municipal carioca e foi transferida para a Câmara paulistana, no dia 24. O presidente nacional do partido, Luiz Araújo, nega que a mudança tenha ocorrido para evitar exposição do PSOL na cidade onde ocorreu a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Band. "O que aconteceu foi que paramos toda a organização do evento para responder às acusações e aos ataques que sofremos. Isso consumiu nossa capacidade de mobilização."
Preocupada em não ter a imagem do partido vinculada aos grupos radicais, a direção nacional do PSOL tirou do site oficial um artigo do secretário de Organização, Edilson Silva, em outubro, que critica a criminalização do movimento black bloc e defende o diálogo com seus integrantes.
No texto, Silva diz que o black bloc "é algo progressivo, politicamente moderno, trazido pelas mãos da dialética da história". "Para quem quer mudar o mundo de verdade, não deve parecer utópico ou ingênuo demais querer ver os movimentos e partidos de esquerda coerentes, como o PSOL, dialogando com a tática black bloc (...)", afirma o dirigente.
Luiz Araújo informou que, por não ser a posição oficial do PSOL, mas a opinião de um militante, o partido decidiu tirar o texto do ar. "Queremos evitar mais mal entendidos", disse o presidente.
Acusações. Dias depois de o cinegrafista ser atingido, em protesto no centro do Rio, o advogado Jonas Tadeu Nunes, que defende os dois manifestantes investigados pela morte, disse ter ouvido da ativista Elisa Quadros, a Sininho, que os rapazes tinham ligação com o deputado estadual Marcelo Freixo, um dos principais líderes do PSOL no Estado. Freixo negou categoricamente envolvimento.
O mesmo advogado acusou, sem citar nomes, partidos políticos de pagar jovens para promoverem atos de vandalismo nas manifestações. Em depoimento à polícia, um dos investigados, Caio Silva de Souza, disse acreditar que partidos que levam bandeiras para os protestos pagam os manifestantes e citou PSOL e o PSTU.
Já pré-candidato a presidente, Randolfe Rodrigues acredita que os ataques ao PSOL fazem parte de uma ofensiva para "criminalizar todo tipo de manifestação que critique os negócios em torno da Copa" e diz que o partido não deixará as ruas. "Apoiamos manifestação, mobilização de rua e condenamos a violência, seja do Estado, seja de manifestante", diz.

Brasil já vive a crise climática global Ano de 104 já é marcado com extremo de temperaturas e precipitações

Calor extremo e seca no Sudeste brasileiro. Nevascas e frio intenso na costa leste dos Estados Unidos. Ondas de calor no Alasca e na China em pleno inverno. Enchentes na Inglaterra. Temperaturas escaldantes e incêndios florestais por toda a Austrália. Tudo isso acontecendo ao mesmo tempo; e não é por acaso, segundo os meteorologistas.
"Todos esses eventos estão conectados dentro de um sistema climático global", disse ao Estado a pesquisadora Maria Assunção da Silva Dias, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo. Um sistema que, segundo ela - e a esmagadora maioria dos cientistas - está sendo alterado pelo acúmulo de gases do efeito estufa lançados na atmosfera pelo homem nos últimos 150 anos.
Treze dos 14 anos mais quentes já registrados pelo homem ocorreram nos últimos 14 anos, com a exceção de 1998. O ano passado foi o sexto mais quente. E o clima de 2014 parece ter começado fora dos trilhos também, com eventos extremos de temperatura e precipitação - para mais ou para menos - espalhados por todos os continentes.
O foco dessas perturbações atuais, segundo Assunção, está do outro lado do mundo. Mais especificamente no norte da Austrália e no sul da Indonésia, onde está chovendo muito, e na região central do Oceano Pacífico, onde está chovendo pouco.
Isso altera os padrões das correntes de jato (ventos fortes de altitude) nos dois hemisférios; o que altera os padrões de chuva típicos desta época, tornando o tempo extremamente estável e persistente em regiões de latitudes mais altas. O clima parece que "estacionou" nessas regiões, intensificando todos os efeitos. Um cenário que demonstra claramente como as mudanças climáticas são um problema global, que afetará todos os países, independentemente de sua posição geográfica ou situação econômica, dizem os especialistas.
Os modelos globais de previsão climática variam bastante entre si, mas todos preveem um aumento na ocorrência de eventos climáticos extremos nas próximas décadas, por causa do aquecimento global. "Os extremos vão ficar mais intensos e ocorrer com mais frequência", resume Assunção.
Ligação. O que está acontecendo agora, portanto, é exatamente o que os cientistas do clima preveem que começará a ocorrer com mais frequência daqui para a frente. Estabelecer uma relação direta de causa e efeito entre o aquecimento global e um evento climático qualquer, porém, é extremamente difícil.
"Sempre que há algum fenômeno extremo em curso as pessoas perguntam se isso tem a ver com o aquecimento global, mas essa é uma pergunta muito difícil de responder", explica o meteorologista Marcelo Seluchi, coordenador-geral de pesquisa e desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
A resposta, segundo ele, depende de um análise estatística do comportamento do clima ao longo de várias décadas, para ter certeza de que se trata de uma mudança sistemática e não apenas de flutuação pontual. "Mesmo dez anos é pouco tempo", avalia Seluchi, com a ressalva de que não é possível esperar por essa certeza para começar a agir, pois já será tarde demais para reverter o processo. O economista Nicholas Stern coloca os fatos de forma contundente. "A mudança climática está aqui, agora", diz o título de um artigo escrito por ele, manchete do jornal britânico The Guardian, anteontem, com uma foto do Rio Tâmisa transbordando sobre Londres.

Comandante de UPP se fere em novo tiroteio na Rocinha

O comandante das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) do Rio, coronel Frederico Caldas, ficou ferido durante novo tiroteio ocorrido no fim da manhã deste domingo, 16, na Favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul.
De acordo com o comando das UPPs, Caldas "caiu e bateu a cabeça quando tentava se abrigar". A corporação afirma que o coronel "se feriu por conta da queda, e não por estilhaço ou por disparo de arma de fogo".
Um jornal comunitário da Rocinha chegou a divulgar no Facebook, por volta de 12h40, que Caldas e a comandante da UPP local, major Priscila de Oliveira, tinham sido baleados quando se preparavam para dar uma entrevista. A Assessoria de Imprensa das UPPs negou a informação. Caldas foi levado para o Hospital Central da Polícia Militar e ainda não há informações sobre o estado de saúde do coronel. Priscila não está ferida, segundo a PM.
Policiais dos batalhões de Choque e de Operações Especiais (Bope) fazem incursões no morro em busca de traficantes. Em tiroteio ocorrido na madrugada, pelo menos dois homens ainda não identificados ficaram feridos e um suspeito foi preso. Bases da UPP foram atacadas. Um carro da PM também foi metralhado.

Alckmin reforçará combate às drogas perto da Paulista Além da assistência ambulatorial aos dependentes, governador ressaltou ação policial contra traficantes

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta manhã de domingo, 17, que vai reforçar o combate ao tráfico de drogas na região da Avenida Paulista em resposta à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo que mostrou a situação de feira livre no comércio de entorpecentes na Rua Peixoto Gomide. A reportagem flagrou vendedores oferecendo em voz alta maconha, comprimidos de ecstasy, cartelas coloridas de LSD e gotas de GHB - anestésico também usado como estimulante sexual.
"O Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) já foi acionado, terá uma ação grande e vigorosa nesta região, como fazemos em todas as regiões do Estado", afirmou o governador. Alckmin disse ainda que a conduta do governo estadual é sempre apoiar os dependentes químicos. "Dependência química é doença e precisa de tratamento", disse.
A atuação do Centro de Referência de Álcool, Tabaco e outras Drogas (Cratod) foi citada como exemplo. "O Centro está funcionando 24 horas por dia, no Bom Retiro, e recebe quem precisar para tratamento ambulatorial, internação e comunidade terapêutica." Segundo Alckmin, o Centro conta com 1,3 mil leitos hospitalares voltados a dependentes químicos.
Além da assistência ambulatorial aos dependentes, Alckmin ressaltou a importância da ação policial contra os traficantes. "O tráfico de drogas é crime e precisa ser combatido. É o que a polícia faz, que é prender criminosos", disse.
O governador participou hoje, na capital paulista, do início das obras de construção de 804 moradias de um empreendimento no bairro do Jaraguá.

Conclusão da vida

Após anos de vida eu chego a seguinte conclusão: 

Gente falsa não fala, insinua. 
Não conversa, fera intriga. 
Não elogia, adula. 
Não deseja, cobiça. 
Não colabora, interfere. 
Não participa, se infiltra. 
Não sorri, mostra os dentes. 
Não caminha, rasteja pela sabotando a felicidade alheia e sobre de seus restos.

Datafolha diz que carioca aprova manifestações, mas não apoia os black blocs Pesquisa também questionou a ação da polícia nos protestos

Pesquisa realizada pelo Datafolha após a morte do cinegrafista Santiago Andrade, atingido por um rojão quando cobria a passeata, mostra que a maioria dos cariocas aprova manifestações, mas reprova as práticas de vandalismo ou uso de máscaras. De acordo com a pesquisa, 56% dos moradores do Rio concordam com os protestos, 40% são contrários e 4% são indiferentes ou não respondem.
A maior parte dos entrevistados (95%) se dizem contrários ao vandalismo, que na pesquisa incluia a ação dos black blocs. Além disso, os cariocas foram questionados sobre a participação de partidos nas manifestações, na qual 84% disseram reparar a participação nas manifestações. As mais citadas forma PSOL (7%), PT (7%) e PSTU (5%).
Na ocasião, a polícia também foi avaliada. Apenas 8% dizem considerar a PM "muito eficiente", 49% a consideram "pouco eficiente", e 40% "nada eficiente". O Datafolha ouviu 645 moradores do Rio com 16 anos ou mais entre os dias 13 e 14. A margem de erro é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos.

'Coringa' volta a atacar, mas é 'rendido' pela própria mãe Repreendido na rua, ativista desiste de entrevista, mas faz novas denúncias

Nos quadrinhos, o malvado Coringa só temia o Batman. Na vida real, para Cleyton Carlos Silbernagel, 24 anos, ativista que se fantasiava como o vilão em manifestações no Rio, bastou uma bronca da mãe para que desistisse de conversar pessoalmente com O DIA. “Cleyton, o que está fazendo? Não vai dar entrevista nenhuma!”, ralhou, antes de surgir em uma bicicleta rosa e levar o filho de volta para casa. Pouco antes, ele postou no Facebook a foto da mãe expulsando uma equipe de reportagem de sua casa.
Mais cedo, pela internet, e longe do olhar materno, Coringa, que diz ser amigo de Caio Silva de Souza, apontado como responsável por acender o rojão que matou o cinegrafista da Band Santiago Andrade, voltou a disparar contra líderes de vários partidos e outros manifestantes. Em entrevista ao DIA, garantiu que parlamentares do Psol deram dinheiro a manifestantes subordinados à militante Elisa Quadros, a Sininho, em encontros secretos promovidos na Aldeia Maracanã e na Uerj.
A mãe de Cleyton o abordou na rua, quando ele daria nova entrevista ao DIA. Antes, havia expulsado de casa uma equipe de reportagem

Coringa afirmou que o deputado federal Anthony Garotinho (PR) pagou R$ 1.200 para que bombeiros e ‘manifestantes profissionais’ acampassem em frente à casa do governador Sérgio Cabral. “Pessoas ligadas ao PR me ofereceram R$ 400 para aderir a manifestações”, disse.
Segundo ele, o filho da deputada estadual Janira Rocha (Psol), João Pedro, seria um dos líderes do movimento ‘Anonymous’ e teria incentivado Caio a praticar ações violentas em manifestações, além de equipar radicais em protestos.
Em entrevista, os vereadores do Psol Renato Cinco e Jefferson Moura negaram as reuniões secretas e disseram que atos violentos não fazem parte de seus históricos de luta. O presidente estadual do partido, Rogério Alimandro, fez coro com os parlamentares. “Somos socialistas. Não nos reunimos e incentivamos manifestantes anarquistas. Estudamos uma ação jurídica”, afirmou.
Janira negou que o filho se envolva com grupos extremistas. Anthony Garotinho não quis falar com a reportagem.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Isso é uma vergonha

Acabei de ver um marronzinho de dentro de uma pick up escolhendo o carro em que ia aplicar multa no Centro de Caraguá... Isso é uma vergonha... O que é para educar esta sendo para penalizar... Isso é uma industria de arrecadação... Eu parei o meu carro do outro lado da rua para esperar uma pessoa e fiquei observando como estes agentes de trânsitos estão trabalhando. Atenção senhor secretario de transito, passou da hora do senhor tomar as medidas legais para coibir esta arbitrariedade em Caraguatatuba.

Chuvas não ajudam e índice do Sistema Cantareira diminui Segundo dados no site da Sabesp, volume de água armazenado caiu para 18,6%

As chuvas dos últimos dias ainda não tiveram efeito positivo sobre as reservas de água do Sistema Cantareira. Segundo dados disponíveis no site da Sabesp, neste sábado, 15, o índice que mede o volume armazenado do sistema que abastece quase metade da Grande São Paulo diminuiu para 18,6% da capacidade, ante 18,7% de sexta-feira.
No entanto, a pluviometria do dia aumentou de 10,6 milímetros (mm) para 18,9 milímetros. No mês até hoje, o indicador avançou de 12,6 mm para 31,6 mm. A média histórica de chuvas para o mês é de 202,6 mm.
O cálculo considera a manutenção das vazões de afluência dos rios e da captação de água da Sabesp e dos municípios do Consórcio das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), entidade que representa as demais empresas e cidades que também utilizam o Sistema Cantareira para abastecimento de água. O total do volume de chuvas necessário soma 1.000 milímetros, praticamente o dobro do que costuma chover entre fevereiro e março.
O desempenho se repete no sistema Alto Tietê, que abastece a Zona Leste e alguns municípios da Grande São Paulo. O nível de armazenamento diminuiu de 40,4% para 40,2%, ao mesmo tempo que a pluviometria do dia avançou de 5,9 mm para 10,7 mm, acumulando no mês um total de 6,4 mm. A média histórica de chuvas para o mês nesse sistema é de 194,3 mm.
O sistema que apresenta hoje, conforme a Sabesp, as melhores condições é o Sistema Rio Claro, que abastece bairros da Zona Leste da capital paulista, assim como parte dos municípios de Ribeirão Pires, Mauá e Santo André. O nível de armazenamento subiu de 89,8% para 94,1%. A pluviometria do dia avançou de 11 mm para 84,2 mm e no mês até hoje, a pluviometria está em 143 mm. A média histórica de chuvas para o mês nesse sistema é de 244 mm.

Discurso contra gastos esconde fragilidade política

O habitual conflito entre o Executivo e o Legislativo ganhou um componente adicional com os crescentes sinais de fragilidade econômica do País. Trata-se do discurso cada vez mais utilizado pelo governo de que sua base aliada deve evitar aprovar projetos que aumentem os gastos públicos. Ou, como se convencionou chamar, a "pauta-bomba" de medidas com impacto fiscal.
Amparado em argumentos econômicos, o discurso mostra a dificuldade do governo em negociar com uma base aliada tão ampla e fragmentada em partidos de diferentes matizes. A tática visa, ainda, reverberar um compromisso com a austeridade fiscal quando críticos no mercado financeiro e no setor produtivo questionam a forma como a União cumpre a meta de economia do setor público. O governo nega descontrole fiscal.
Ocorre que boa parte do aumento de gastos começou no Executivo. Só no ano passado, o Palácio do Planalto submeteu ao Congresso medidas provisórias que representam R$ 96,4 bilhões em gastos ou renúncia de receita, ao mesmo tempo que vetou benefícios aprovados por deputados e senadores, como o fim da multa adicional de 10% do FGTS. A título de comparação, a economia para pagar juros da dívida, o superávit primário, ficou em R$ 75 bilhões, uma diferença de mais de R$ 20 bilhões.
A surpresa do governo com a conta das usinas térmicas e a renúncia de impostos maior, na realidade, do que o previsto inicialmente, acabou limitando a margem de manobra da equipe econômica. Essa é uma das explicações para o esforço do governo no fim do ano passado para evitar novas leis impondo gastos aos cofres públicos. A "pauta-bomba" do Legislativo implicaria despesas adicionais de R$ 60 bilhões, um dinheiro de que o País não dispõe.
A crise de confiança na economia tem origem nos gastos. O Congresso ajudou aprovando as medidas provisórias.

Mercadante assume Casa Civil para fazer ponte com campanha de Dilma Ministro da Educação, petista será anunciado para um dos cargos mais importantes do governo só em fevereiro, mas nesta segunda já despachava em gabinete do Palácio do Planalto

Mercadante assume Casa Civil para fazer ponte com campanha de Dilma

A presidente Dilma Rousseff começou ontem a desenhar a reforma ministerial do último ano de seu governo, escolhendo "intocáveis" para postos-chave, que não serão substituídos caso ela venha a ser reeleita em outubro. Nessa lista estão o ministro da Educação, Aloizio Mercadante (PT), que será o novo titular da Casa Civil e fará a ponte com a campanha petista, e o empresário Josué Gomes da Silva (PMDB), prestes a assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Dez ministros devem deixar os cargos para concorrer às eleições. Na reforma, Dilma tenta uma equação que agregue apoio para conquistar o segundo mandato e desemperrar o que está parado na gestão. O anúncio das trocas na Esplanada será em fevereiro.
Mercadante despachou informalmente ontem no gabinete da Casa Civil, no Palácio do Planalto, já que a atual titular, Gleisi Hoffmann, está em férias. Também petista, Gleisi deixará o cargo para disputar o governo do Paraná. Na vaga de Mercadante entrará o atual secretário executivo do Ministério da Educação, José Henrique Paim.
Depois de despachar no gabinete da Casa Civil, Mercadante foi ao Palácio da Alvorada, residência oficial da presidente, para uma reunião de cinco horas da qual participaram o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma. A reforma ministerial foi um dos temas principais.
Pessoal. A presidente adotou como critério para as futuras trocas não apenas a ampliação do arco de alianças partidárias para a campanha da reeleição, mas também indicações de sua cota pessoal. Na prática, ela quer pôr em cargos estratégicos vários "gerentes" para tocar as principais áreas e mostrar serviço.
Após a disputa vitoriosa de 2010, Dilma compôs a equipe com nomes apadrinhados por Lula. Mas, dois anos depois da "faxina" que derrubou sete ministros suspeitos de corrupção, ela quer impor um estilo próprio ao governo. Tem, no entanto, enfrentado dificuldades, já que o PMDB do vice, Michel Temer, não se conforma em não ter o seu espaço ampliado, das atuais cinco para seis pastas.
O atual secretário da Saúde de São Bernardo do Campo, Arthur Chioro (PT), será ministro da Saúde. Chioro substituirá Alexandre Padilha, que deixará a pasta para concorrer ao governo de São Paulo pelo PT. Filho do vice-presidente José Alencar, Josué deverá assumir em fevereiro o Ministério do Desenvolvimento, hoje dirigido por Fernando Pimentel (PT), que deixará a pasta para concorrer ao governo de Minas Gerais.
Recém-filiado ao PMDB, Josué preside a Coteminas e Dilma avalia que a experiência dele é fundamental para aproximar os empresários do governo. Representantes da indústria criticam a gestão Dilma e vários deles já se reuniram com Lula para expor as queixas ao que chamam de "centralismo" da presidente.
O encontro de ontem de Dilma com Lula também serviu para fazer um balanço sobre a montagem dos palanques estaduais. Dirigentes do PMDB já decidiram conversar com Lula, a partir da próxima semana, para expor as preocupações. Até agora, só há acordo entre PT e PMDB para três palanques: Distrito Federal, Pará e Amazonas.
O PMDB não deve ganhar o Ministério da Integração Nacional, que já foi controlado pelo PSB do governador Eduardo Campos, provável adversário de Dilma na eleição, mas pode ser "compensado" com outra pasta. Apesar dos protestos do PMDB, que quer emplacar o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) na Integração, Dilma vai oferecer ao partido a Secretaria de Portos.
No "xadrez" planejado pela presidente, o PMDB ganha Portos, mas perde o Ministério do Turismo, que deve ir para Benito Gama, presidente do PTB. A Integração fica sob comando do novo aliado PROS, do governador do Ceará, Cid Gomes, e o Ministério da Ciência e Tecnologia, hoje com o PT, pode ir para o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab.
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, deve permanecer na equipe. Dilma conversou ontem com o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), que deixará o cargo para disputar o governo do Rio. Segundo a assessoria de Crivella, Dilma aceitou o pedido do ministro de ficar na pasta até abril, último prazo para candidatos às eleições deixarem os cargos. Dilma teria assegurado a Crivella que a Pesca continua com o PRB. O PT quer "puxar" o ministro para vice na chapa liderada pelo senador Lindbergh Farias na disputa fluminense, mas ele resiste.
Além de Lula, Dilma e Mercadante, participaram da reunião o ex-ministro Franklin Martins – que será coordenador de comunicação da campanha presidencial – e Giles Azevedo, chefe de gabinete do governo. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo (PT), também é cotado para integrar a equipe da campanha de Dilma.