O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, confirmou nesta sexta-feira (23) que os 4.000 médicos cubanos que chegarão ao País seguirão as leis trabalhistas de Cuba. De acordo com Padilha, o acordo segue as normas da OMS (Organização Mundial de Saúde).
— O Ministério da Saúde segue exatamente, nesse acordo com a Organização Panamericana de Saúde, o que a OMS estabelece para essas parcerias: tem que seguir as leis trabalhistas do País que faz a doação dos médicos e seguir o Código Civil, Penal e Ético do País que recebe os médicos. Então essa regra, está sendo seguida à risca.
Segundo a pasta, o governo brasileiro vai repassar à Opas o valor de R$ 10 mil por médico, mesmo salário que receberão os profissionais contratados pelo Mais Médicos. A Opas repassará o dinheiro ao governo de Cuba, que fará o pagamento aos profissionais. A suspeita é de que parte do valor ficará com o governo cubano, que pagará menos aos médicos.
Segundo Padilha, esse tipo de acordo já foi fechado por Cuba com outros 58 países. O ministro afirmou que os médicos são experientes , mais de 80% têm mais de dez anos de profissão e que grande parte deles atuou no Haiti junto ao governo brasileiro.
Médicos chegam ao Brasil
Desembarcaram nesta sexta-feira (23), em Brasília, cinco profissionais vindos de Portugal, selecionados pelo programa Mais Médicos. Até domingo mais 18 chegam à capital do País.
Eles fazem parte do grupo de 244 profissionais selecionados pelo programa Mais Médicos, que chegam ao País de hoje até domingo (25) em oito capitais (Brasília, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Salvador e Belo Horizonte).
Nessas cidades, os médicos vão passar por três semanas de treinamento em universidade federais, onde aprenderão sobre saúde pública e língua portuguesa. Após essa etapa, eles receberão autorização provisória para trabalhar no País por três anos e serão encaminhados aos municípios selecionados. A previsão é que eles passem a atender a população a partir do dia 16 de setembro.