GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Fashion Rio




A Jornalista Angelina Vieira e o fotógrafo Roberto Rodrigues do Blog do Guilherme Araújo estiveram na noite de ontem na Fashion Rio que vai de 15 a 19 de abril, a Marina da Glória respira tendências, moda e arte na edição primavera/verão 13/14 do Fashion Rio, e a Ipanema marca presença com uma exposição da artista plástica e designer Mana Bernardes.
O consultor de negócios e políticas Guilherme Araújo já confirmou a sua presença no encerramento na noite do dia 19/04.











 



Ana Beatriz Barros lança linha de biquínis inspirados em Ibiza e Florianópolis

A top Ana Beatriz Barros faz enorme sucesso nas passarelas de todo o mundo e longe delas, gosta de passar o tempo se bronzeando em alguma praia. Mesmo nascida no interior de Minas Gerais, na cidade de Itibira, a modelo tem grande paixão pelo mar e possui uma coleção invejável de 100 modelos de biquínis, distribuídos entre os closets de seus apartamentos de São Paulo, Nova York e Londres - onde mora com o namorado, o egípcio Karim El Chiat.


Em entrevista, Ana Beatriz Barros comenta sobre seu amor pelas roupas de banho e sobre a decisão de transpassar, lançando uma linha própria de beachwear no segundo semestre de 2013, em parceria com a marca Dimmy - que tem a top como garota-propaganda há duas estações. "Eu já queria desenvolver minha própria label, e eles buscavam a mesma iniciativa. Foi um acordo feito na hora certa", declarou.
Com seis modelos coloridos e bem tropicais, ela dá detalhes sobre como surgiu as ideias e de suas preferências: "Amo os modelos cortininha, principalmente os de cores neutras e estampas geométricas. Compro sem nem ao menos passar pelo provador. A inspiração (para sua marca) foi o encontro entre Ibiza, Saint Tropez e Floripa. Não gosto de biquínis grandes das americanas, quis uma coleção com a cara do Brasil".

Guilherme Araújo entrevista Adriane Galisteu completa 40 anos e fala sobre sexo: 'Estou dando um show!'


Prestes a completar 40 anos, Adriane Galisteu assume que ganhar o título de "quarentona" não é tão prazeroso. Mas também "não é a pior coisa do mundo". Com mais de 30 anos de carreira, a apresentadora tem jogo de cintura para lidar com a chegada da idade e faz questão de aproveitar todos os momentos da vida. Em conversa com o Blog do Guilherme AraújoAdriane fala sobre seu aniversário, relacionamento, e ainda revela qual o grande sonho que ainda quer realizar na carreira.
"Está longe de ser uma delícia fazer 40 anos, mas não tem outra saída, não é? Mas não tenho medo da idade. Gosto de aniversário, de comemorar, quero ficar velha e continuar assoprando as velinhas do bolo com pessoas queridas em volta. Hoje vejo a minha vida, tudo o que construí... O que mais posso querer? Sou uma pessoa muito feliz", afirma a loura, que faz aniversário na próxima quinta-feira (18). A apresentadora também garante que nunca vai encrencar quando alguém questionar a sua idade. "Eu jamais vou omitir minha idade e não concordo com isso".
Galisteu vai festejar a data viajando na companhia do filho, Vittorio, de 2 anos, da mãe, Emma, e da babá da criança. Seu marido, o empresário Alexandre Iódice, não poderá acompanhar a família por causa de compromissos profissionais. "Minha opção para comemorar aniversário sempre é viajar. Vou para Miami no dia 21 (de abril). Para não dizer que a data vai passar em branco, no dia, vou jantar com os familiares".
Para chegar aos 40 com os inúmeros elogios sobre sua aparência, não há milagre. Os cuidados com a pele são muitos. Galisteu admite que é fã de cremes e também recorre a uma dermatologista. "Tenho muitos na bancada do banheiro. Nunca durmo com a pele suja. Não importa a hora que vou para a cama, tenho um ritual para a limpar a pele. Conforme a idade vai chegando, o número de cremes vai aumentado. Passo no rosto, na celulite e, se inventarem mais, vou comprar e usar. Pode ser até de cotovelo", brinca.
Alimentação, corpo e beleza
Para manter a boa forma, a apresentadora é adepta da corrida e tem uma alimentação muito regrada. Ela pratica o exercício na esteira que tem em casa, já que com o trabalho na TV, a rotina fica muito puxada e não tem tempo para frequentar uma academia. "O pique dos 40 não é o mesmo que dos 30, né? Corro em casa mesmo, até para ficar mais perto do Vittorio. Na alimentação, evito junk food, gordura e bebo muita água. Se exagero num dia, como menos no outro. É a lei da compensação". Nos anos de 1995 e 2011 ela tirou a roupa nas páginas da revista masculina "Playboy". Aos que gostariam de vê-la nua novamente, Adriane dispara: "Duas vezes tá bom, né?".
Sem comer carne vermelha há mais de 10 anos e quase nunca ingerir bebida alcoólica, Galisteu encontra dificuldade em cortar o chocolate. "Eu amo chocolate. Não consigo comer um bombom só. Quando como, quero a caixa inteira. Fiz uma promessa e fiquei sem comer chocolate por sete anos, mas voltei. Agora quero fazer a promessa de novo", conta. "Para não dizer que não bebo nenhuma bebida alcoólica, muito de vez em quando, bebo um champanhe e só", completa.
Dona de madeixas loiras e longas, a apresentadora não acha que tem a obrigação de aderir cabelos curtos por causa da idade. "Meu cabelo desse tamanho me proporciona muitas coisas. Posso fazer um coque, deixar solto, enfim, fazer vários penteados e eu gosto muito disso".
Casamento e maternidade
Adriane é casada com o empresário Alexandre Iódice no civil desde junho de 2010. Na época, ela estava grávida de sete meses de Vittorio. Em outubro do mesmo ano, a artista fez a cerimônia religiosa em um spa de São Paulo e aproveitou a ocasião para batizar o filho, que estava com apenas três meses.
"A minha relação com o Alê é muito saudável, estável. É muito bom se relacionar com alguém quando você já tem uma certa experiência. Já tinha sido casada uma vez , mas agora é totalmente diferente. Ele gosta de mim do jeito que eu sou. E também o que difere a nossa relação é o nosso filho. Quando o Alê viaja é sempre um chororô, a gente sente muita saudade, porque somos muito unidos". A apresentadora também garante que o sexo fica melhor com a maturidade. "Estou dando um show! Se eu pudesse, me penduraria pela casa inteira. Com o passar dos anos, tudo melhora".
Para conciliar a vida de apresentadora com a maternidade, Adriane conta com a ajuda de uma babá. "O Vittorio tem uma babá, mas ele nunca fica sozinho com ela. Minha mãe ou minha sogra sempre está junto também. Minha mãe me ajuda muito. Ela rejuvenesceu bastante com a chegada do Vittorio", diz. Galisteu ainda tem vontade de ter mais um filho. "Já entreguei nas mãos de Deus".
À frente do reality show "Quem quer casar com meu filho?", da Band - que tinha estreia prevista para este mês, mas só deve ir ao ar em agosto -, a apresentadora diz que não quer nem pensar quando Vittorio tiver uma namorada. "Olha, não estou preparada para isso não. É claro que quero ser uma sogra bacana, mas o mais importante é ver o meu filho feliz. Eu olho para ele e já acho que ele está grande demais", reflete dando risada.
Carreira
Além do reality show, Adriane também apresentará o programa "Paixões Perigosas", no canal pago "Investigação Discovery", com estreia prevista para o dia 24 de maio. Ela também acaba de lançar o livro "Mãe, você é tudo para mim", em comemoração ao Dia das Mães deste ano.
Mesmo com uma carreira extensa na TV, Galisteu disse que não vai desistir de correr atrás do seu grande sonho. "Quero ser líder de audiência. Ter um programa de entretenimento com auditório. Eu apresento estes programas, mas essa não é minha marca", finaliza.
Por: Guilherme Araújo

Preço para investir em ação varia conforme a corretora; veja opções


Um levantamento recente da ONG Proteste apontou uma diferença acima de 550% nos custos totais das corretoras de valores, o que mostra a necessidade de uma pesquisa cuidadosa do investidor. A corretora de valores é a prestadora de serviços necessária para comprar e vender ações na Bolsa.
Para ajudar o investidor, a reportagem do Blog do Guilherme Araújo fez um levantamento de custos entre as maiores corretoras do mercado em volume de negócios, conforme pesquisa da consultoria A.T. Kearney, atualizada até setembro do ano passado.
O levantamento levou em conta dois custos principais, que oscilam bastante de empresa para empresa: a taxa de corretagem, cobrada a cada operação de compra ou de venda, e a taxa de custódia, cobrada mensalmente, a partir do momento em que o investidor compra e mantém ações em sua conta na corretora.
As taxas variam bastante. Na mesma corretora, pode haver taxas de corretagem distintas para operações feitas por meio do canal home broker (Internet) e pela mesa de operações (telefone). E há planos de corretagem que premiam com taxas mais baratas investidores que operam com certa regularidade.
E além dessas taxas, há os emolumentos (taxas) da BM&FBovespa e os impostos sobre as operações, que são os mesmos para todas as corretoras. 
Não existe uma tabela oficial de corretagem, mas há a chamada "tabela Bovespa", que muitas corretoras usam, com taxas que variam entre R$ 2,70 e R$ 25,21.

VEJA A TABELA BOVESPA

Valor negociado no diaCorretagem sobre a ordemValor adicional (1 x ao dia)
Até R$ 135,07-R$ 2,70
R$ 135,08 até R$ 498,622%-
R$ 498,63 até R$ 1.514,691,5%R$ 2,49
R$ 1.515,70 até R$ 3.029,381%R$ 10,06
Acima de R$ 3.029,380,50%R$ 25,21
A taxa de custódia da BM&FBovespa é de R$ 6,90 por mês e cada corretora opta por cobrar ou não o cliente. Algumas corretoras isentam o investidor conforme o volume de operações mensal. 

Reclamações

A pesquisa do Blog do Guilherme Araújo também levou em conta outros fatores para auxiliar no processo de escolha: o total de "reclamações fundamentadas" na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e o selo de qualidade operacional, estabelecido pela BM&FBovespa (a empresa que administra a Bolsa de Valores).
A CVM, o órgão oficial responsável por fiscalizar o mercado financeiro, atende milhares de investidores todos os anos. Esses atendimentos –consultas, dúvidas ou reclamações-- às vezes derivam para processos administrativos contra os participantes do mercado, que podem resultar em sanções.
O órgão publicou neste ano um boletim de atendimento, com as corretoras e distribuidoras de valores com o maior número de processos administrativos abertos, e dados relativos ao ano passado.
O relatório, no entanto, tem suas limitações: não há uma ponderação do total de processos pelo volume de clientes de cada participante. 

Selo de qualidade

No início do ano passado, a BM&FBovespa passou a conceder "selos de qualidade" para algumas corretoras de valores. A adesão ao programa é voluntária.
O Programa de Qualificação Operacional avalia as participantes do mercado para certificar a qualidade dos serviços conforme cinco categorias: foco no mercado agropecuário, foco em liquidação e custódia, foco no investidor profissional (alto volume de operações), foco no mercado corporativo e foco no atendimento a pessoa física pela Internet.
Para esse levantamento, foi considerado somente a última categoria (Home Broker). As corretoras passam por revisões periódicas da certificação a cada trimestre.

CONFIRA OS CUSTOS DE CADA CORRETORA

CorretorasCustosReclamações CVMSelo BM&FBovespa
ÁgoraTaxa de corretagem: R$ 20 (home broker); R$ 40 (mesa de operações) /Taxa de Custódia: R$ 6,9015Home broker
AtivaCorretagem: R$ 15 (home broker); tabela Bovespa (mesa) /Custódia: R$ 6,9010Home broker
BradescoCorretagem: 0,10% a 0,25% sobre valor da ordem (home broker); tabela Bovespa (mesa) /Custódia:R$ 10,80 a R$ 21,6011Home broker
CGD InvestimentosCorretagem: R$ 15,99 por ordem, R$ 7,99 (daytrade e m. fracionário) ; tabela Bovespa (mesa) /Custódia: R$ 6,90 (isenção a partir de uma ordem por mês)7Home broker
CS Hedging GriffoSegue a tabela Bovespa. Corretagem: entre R$ 2,70 e R$ 25,21 /Custódia: R$ 6,90--
EasynvestCorretagem: R$ 10 (exigência de três ordens por mês); 0,5% do valor da ordem ou R$ 50 (mesa);sem cobrança de custódia--
GradualCorretagem: R$ 10 (home broker); Tabela Bovespa (mesa)/Custódia: R$ 1016Home broker
HSBC CorretoraCorretagem: R$ 18 (home broker); 0,5% da ordem mais R$ 25,21 (mesa) /Custódia: R$ 6,90 (home broker, isenta a partir de uma operação mensal); R$ 25 (mesa)-Home broker
IcapCorretagem: R$ 5 a R$ 20 no home broker, conforme plano /Custódia: R$ 10 ou isento, conforme plano15-
Itaú CorretoraCorretagem: R$ 10 mais 0,3% do valor da operação (home broker); R$ 8 mais 0,2% (daytrade) /Custódia: R$ 10,8013Home broker
Mirae AssetCorretagem: R$ 2,90 (home broker); R$ 9 (celular); tabela Bovespa (mesa); Custódia: R$ 105-
Octo Investimentos (Rico)Corretagem: R$ 9,80 (home broker); R$ 4,40 (para mercado fracionário, via home broker); Tabela Bovespa (mesa) /Custódia: R$ 9,80 (isento a partir de duas operações mensais)5-
SocopaCorretagem: R$ 7 (home broker); tabela Bovespa (mesa)/ Custódia: R$ 10 (isento a partir de uma operação por mês, para home broker)--
SpinelliCorretagem: R$ 16,90 (home broker); R$ 5,90 (m. fracionário, via home broker); tabela Bovespa (mesa); não cobra taxa de custódia-Home broker
UM InvestimentosCorretagem: R$ 14 (home broker); tabela Bovespa (mesa)/ Custódia: R$ 13,7512 
TOVCorretagem: R$ 2 (home broker); R$ 5 (mesa) /Custódia: R$ 1515 
XP InvestimentosCorretagem: R$ 14,90 (home broker, no plano econômico; no plano mais caro, vale a tabela Bovespa); tabela Bovespa (mesa)/ Custódia: R$ 6,90 a R$ 14,9040Home broker
Fonte: A.T. Kearney; corretoras; CVM e BM&FBovespa.

Conheça a dura rotina de trabalho dos tripulantes de cruzeiros


No ano passado, mais de três mil brasileiros foram contratados para trabalhar nos transatlânticos que navegaram pelo país durante o verão. Além da questão financeira, a oportunidade de viajar e conhecer novos lugares é um dos motivos que mais atraem as pessoas para este tipo de emprego.
A vida de um tripulante, porém, está longe de ser fácil. O dia a dia dentro de um navio é marcado por trabalho duro, relações difíceis com os chefes e poucas horas de folga. Quem já esteve (como hóspede) em um cruzeiro pode dizer: muitos dos funcionários da embarcação parecem seres onipresentes, servindo turistas de manhã, no almoço, à tarde e à noite.
Há também, é lógico, o lado bom de ter um emprego em alto-mar: como tripulante, é possível economizar dinheiro (os funcionários não pagam alimentação, hospedagem ou transporte), conhecer destinos paradisíacos e participar de animadas "festas de cabine" - que, apesar de proibidas em boa parte dos transatlânticos, são realizadas rotineiramente a bordo.
  • A paranaense Micheli Souza foi camareira em diversos cruzeiros no mundo. "Trabalhava de segunda a segunda, às vezes em turnos de 15 horas, e ganhava cerca de US$ 900 por mês"
Todos os ex-funcionários de cruzeiros com os quais o UOL falou, entretanto, concordaram em um ponto: há sempre um momento em que dá vontade de largar a cansativa rotina marítima e voltar para casa. Mas, curiosamente, poucos o fazem.
Navegando com Schettino
Entre 2009 e 2011, o estudante paulista Ivan Muniz, 24 anos, trabalhou em diversos cruzeiros da companhia Costa. Sempre desempenhando a função de garçom de bar, ele visitou mais de 40 portos ao redor do mundo e, por pouco, escapou do naufrágio do navio Concordia ocorrido em janeiro de 2012.
"Trabalhei no Concordia três meses antes do acidente. Tenho muitos conhecidos que estavam no navio quando ele afundou, e uma amiga peruana morreu na tragédia", relembra Ivan. "Lembro de ter cruzado com o capitão Schettino algumas vezes. Ele era bem antipático, não dava papo para ninguém".
Ivan conta que chegava a trabalhar mais de 11 horas por dia. "Em cruzeiros no Brasil, minha carga horária atingia quase 15 horas diárias. Os brasileiros bebem muito a bordo e eu tinha que estar lá para servi-los". Além de um salário mensal de 800 euros, ele ganhava 10% do valor de cada bebida vendida, e raramente folgava um dia inteiro. "Eu conseguia folgar apenas algumas horas e, se coincidia de o navio estar atracado, descia para conhecer a cidade".
Muitos de seus chefes eram rudes com os subalternos. "Tive supervisores filipinos e hondurenhos que, por alguma razão, não gostavam muito de brasileiros. Vi chefes humilhando funcionários com xingamentos e até pensei em pedir demissão por causa de um superior que não gostava de mim. Cheguei a ouvir frases como 'você é brasileiro e não é bem-vindo aqui'".
Ivan admite, porém, que alguns de seus compatriotas não eram dedicados no trabalho e frequentemente infringiam as regras do cruzeiro. "Uma vez, meu companheiro de quarto chegou à nossa cabine às 7 da manhã com uma passageira. Eu estava saindo para meu turno e depois descobri que um segurança do navio (quase todos eles são ex-militares israelenses e uma de suas funções é vigiar a tripulação) havia invadido o quarto e pego os dois no flagra".
Mesmo percebendo que havia tensões entre as diferentes nacionalidades dentro do navio, Ivan afirma que festas da tripulação eram frequentes. "O pessoal deixava o quarto escuro, fazia as luzes dos coletes salva-vidas começarem a piscar e improvisavam uma espécie de discoteca. Era um momento bem divertido para todo mundo".
Sacrifícios e recompensas
Para o gerente de produto e operações portuárias da Royal Caribbean na América Latina, Diego Dantas, as dificuldades enfrentadas por brasileiros dentro de transatlânticos são perfeitamente contornáveis. "Os brasileiros tendem a se destacar em muitos serviços a bordo, pois são simpáticos, flexíveis e comunicativos, e isso às vezes gera conflitos com outras nacionalidades", diz ele. "E é normal que haja choque culturais dentro do navio. Muitas vezes os brasileiros não entendem o tom das ordens dadas por chefes estrangeiros e acabam ficando ofendidos".
Diego também acha que, no Brasil, as pessoas já sabem mais sobre os detalhes da vida a bordo. "Antes, quando o mercado de cruzeiros era pouco conhecido por aqui, as pessoas pensavam que trabalhar em navio era como tirar férias remuneradas. É lógico que acabavam se decepcionando, pois a rotina em alto-mar pode ser bem cansativa".
Hoje, segundo ele, os brasileiros já entram nas embarcações mais preparados para o trabalho que os aguarda. "Muitos dos tripulantes que vêm do Brasil ainda encaram o serviço apenas como uma aventura, mas aqueles que querem fazer carreira e trabalham para isso têm grandes chances de subir de cargo".
  • Arquivo pessoal
    Entre 2009 e 2011, o estudante Ivan Muniz trabalhou em diversos cruzeiros da Costa. Sempre desempenhando a função de garçom de bar, ele visitou mais de 40 portos ao redor do mundo
Certos postos dentro dos transatlânticos, vale lembrar, têm mais privilégios que outros. Camareiras e garçons são, de acordo com Diego, alguns dos cargos mais pesados. Outros, como funções de entretenimento, de cassino e de lojas, permitem que o empregado tenha mais tempo de folga e possa conhecer o portos visitados pelos navios.
Balé e joias
A paulista Leticia Assis, por exemplo, trabalhou como bailarina em cruzeiros pela Europa e Ásia entre 2006 e 2009. "Eu fazia shows durante a noite, com duração de duas horas, cinco vezes por semana. Era uma função que tinha tantos privilégios como os oficiais. Outros tripulantes trabalhavam muito mais do que eu", conta ela. "Meu trabalho era fácil, não tinha muito do que reclamar". 
Letícia ganhava 1.100 dólares por mês e passou alguns sustos durante sua viagem. "Em uma ocasião, alguém tocou o alarme de abandonar o navio às 3 da manha. Pensei que estávamos afundando, foi desespero total. Apesar de todo o treinamento que recebemos, ficamos sem reação. Por sorte, era alarme falso".
Outro emprego muito cobiçado dentro dos cruzeiros foi exercido pela paulista Deborah Pinheiro: entre 2012 e 2013, ela trabalhou em uma loja de joias do navio Monarch of the Seas, da Royal Caribbean. "Quis ter uma experiência de vida diferente e conhecer novos lugares", diz ela. "Por seis meses, fiz uma rota entre a Flórida e as Bahamas. Gostei muito do que vivi, as instalações reservadas aos empregados eram confortáveis, mas a rotina era difícil: você tem hora pra acordar, mas não tem hora pra dormir. A cada dia o trabalho termina em um horário diferente, tudo depende de como estão indo as vendas".
  • Getty Images
    Em 2012, mais de três mil brasileiros foram contratados para trabalhar em cruzeiros pelo país
Deborah chegou a fazer turnos de 15 horas por dia, quebrados por uma pausa de 45 minutos para o almoço. Ela tinha que estar na loja todos os dias da semana. "Era engraçada a reação dos passageiros quando terminávamos de trabalhar às 2 da manhã e no dia seguinte lá estavamos nós novamente às 8 e meia da manhã abrindo as lojas. Eles olhavam incrédulos e diziam: 'Nossa, você de novo'? 'Vocês não descansam nunca'"?
Deborah conseguia tirar uma média de 1.200 dólares por mês, entre salário e comissões e, apesar de quase haver desistido várias vezes do trabalho, afirma que indicaria a experiência para quem cogita labutar em alto-mar.
A paranaense Micheli Souza segue a mesma linha: mesmo com diploma universitário, ela foi camareira em diversos cruzeiros no mundo. "Trabalhava de segunda a segunda, às vezes em turnos de 15 horas, e dificilmente tirava mais do que 900 dólares por mês. Mas havia momentos bons, em que fazíamos festa com a tripulação e podíamos descer do navio para conhecer um lugar novo. E é impressionante como ganhamos uma grande auto-confiança, após vencer os desafios do dia a dia".  
Hoje, a maioria das pessoas no Brasil conseguem trabalho em transatlânticos através de empresas recrutadoras. No processo, têm de pagar por cursos de capacitação (que custam algumas centenas de reais) e também para tirar o certificado STCW, que comprova que o tripulante está apto a trabalhar em cruzeiros. O documento chega a custar R$ 850.
Abaixo, algumas agências que realizam recrutamento e capacitação para trabalhos em cruzeiros:
Infinity Brazil - www.infinitybrazil.com.br
Fatto Brazil - www.fattobrazil.com
New Crew - www.newcrew.com.br
Work at Sea - www.workatsea.com.br

Presidentes das federações veem "preço de mercado" em prédio superfaturado por Marin


José Maria Marin, presidente da CBF, se exalta durante reunião da Fifa e do COL da Copa 2014
Os presidentes das federações reunidos em assembleia da CBF nesta terça-feira consideraram normal o valor superfaturado pago por Marin na futura sede da entidade, no Rio de Janeiro . O valor pago foi de R$ 70 milhões, por oito salas comerciais e 6.642,83 metros quadrados na Barra da Tijuca, sendo que a mesma empreiteira negociou com outros intermediários cinco salas por R$ 12 milhões.

"Não há o que contestar nesse valor, a diretoria da confederação examinou três avaliações de empresas renomadas do mercado imobiliário e concluiu que 70 milhões representava o valor real de mercado", disse Hélio Cury, presidente da federação do Paraná.

O assunto não estava na pauta da assembleia, mas foi levantado pelos participantes para que o presidente da CBF pudesse dar esclarecimentos. Todos os 27 presidentes de federações presentes na reunião concordaram com Marin e não contestaram o valor do prédio. 

Marin anunciou a compra do imóvel no dia 27 de junho de 2012, já pelo valor de R$ 70 milhões. A compra, no entanto, só foi formalizada em 31 de agosto.