Intenção é apresentar ao governador Geraldo Alckmin durante a próxima visita à região um ofício solicitando a urgência do início das discussões dentro da RMVale
Representantes das secretarias de Meio Ambiente das quatro cidades do Litoral Norte se reuniram na tarde de terça-feira com o objetivo de buscar alternativas à destinação do lixo produzido na Região. O intuito do grupo é solicitar ao governador Geraldo Alckmin a inclusão como prioridade do Conselho da recém criada Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVale) a solução para resíduos sólidos.
Além do ofício que deverá ser entregue ao chefe de Estado na próxima vinda dele à Região - programada para o final deste mês, os representantes farão um protocolo de intenções que deverá ser assinado pelos quatro prefeitos para a criação do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos e que deverá ser encaminhado às quatro Câmaras Municipais para a ratificação dos vereadores. Também será pleiteada junto ao Governo do Estado a reedição da comissão técnica com representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb – e prefeituras para buscar solução regionalizada para o lixo.
“As quatro cidades já sofrem muito com a questão dos resíduos. E com o aumento populacional e de turistas o volume de produção está cada vez maior e por isso mesmo precisamos tomar atitudes para solucionar o problema e de uma forma conjunta unindo forças”, disse o secretário de São Sebastião, Eduardo Hipólito.
A medida de se reunirem para tentar buscar uma alternativa com relação ao lixo do litoral surgiu um dia depois do acidente envolvendo um caminhão de transbordo na altura do quilômetro 71 da Rodovia dos Tamoios. Em menos de uma semana este foi o segundo acidente envolvendo o mesmo tipo de carga. “Este é sem dúvida uma preocupação grande, tem todo o impasse da estrada e os últimos episódios com as carretas do transbordo demonstram a fragilidade deste tipo de ação praticada pelas cidades. Além disso, a política nacional de resíduos sólidos prevê que em 2012 todos os municípios do Brasil terão de fazer um plano para os seus detritos. Isto só não terá de ser resolvido municipalmente se encontrarmos uma solução regional para, ai sim, substituí-la pelo plano municipal”, destacou Hipólito.
Com relação aos municípios aptos a receber o novo aterro regional a secretária de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Caraguatatuba, Maria Inez Fanzzini, disse que baseado em informações da Cetesb somente São Sebastião e Caraguatatuba poderiam receber os investimento. “É muito difícil dizer qual das quatro receberia o investimento. O fato é que segundo a própria companhia apenas Caraguá e São Sebastião estariam de acordo com as normas ambientais, no entanto, atualmente aqui na nossa cidade [Caraguá] não há área disponível porque nossa legislação não permite. Talvez nesta circunstância São Sebastião pudesse receber”, disso.
A secretária relembrou ainda que o encaminhamento adequado aos resíduos das cidades vem sendo discutido há mais de dez anos. “Discutimos esta questão há muitos anos, mas, no inicio do século 21 fizemos um grupo nomeado pelo governador que tinha a incumbência de apresentar a proposta. E nós chegamos a fazer isso. O trabalho ficou estagnado quando chegamos a formação do consórcio”, destacou.
Falta de informação sobre a diferença entre aterro e lixão pode ser um dos entraves
Na avaliação da secretária de Meio Ambiente de Caraguatatuba, Maria Inez Fanzzini, a falta de informação com relação a diferença de se construir um aterro sanitário no lugar de um lixão – como era bastante comum no passado – pode ser considerado um dos principais problemas a serem enfrentados e, principalmente, desmistificados.
A questão veio à tona justamente porque no final do ano passado a Câmara de Vereadores de Caraguatatuba discutiu durante as sessões plenárias a destinação do lixo e as condições de a cidade receber apenas os materiais produzidos internamente.
“Muita gente ainda confunde o aterro sanitário a um lixão. Para muitos, a compreensão ainda está muito ligada à questão do lixão, mas, se imaginarmos hoje que o lixo gera emprego e renda. Uma unidade de tratamento de resíduos seja ele aterro incinerador fatalmente irá gerar emprego na Região. Além de impostos dos que depositam, dos que levam os materiais embora e dos que trabalham na empresa que atua na área”, enfatizou.
O lixão é um grande espaço destinado apenas a receber lixo. Isso significa que nada é planejado para “abrigar” os resíduos de forma menos agressiva ao meio ambiente. Não há tratamento para o chorume – líquido liberado pela decomposição do lixo – que contamina o solo e a água. Já no aterro sanitário, o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base de argila e lona plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo. Diariamente o material é aterrado com equipamentos específicos para este fim. Existem também tubulações que captam o metano, gás liberado pela decomposição de matéria orgânica. (J.C.)
Representantes das secretarias de Meio Ambiente das quatro cidades do Litoral Norte se reuniram na tarde de terça-feira com o objetivo de buscar alternativas à destinação do lixo produzido na Região. O intuito do grupo é solicitar ao governador Geraldo Alckmin a inclusão como prioridade do Conselho da recém criada Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte (RMVale) a solução para resíduos sólidos.
Além do ofício que deverá ser entregue ao chefe de Estado na próxima vinda dele à Região - programada para o final deste mês, os representantes farão um protocolo de intenções que deverá ser assinado pelos quatro prefeitos para a criação do Consórcio Intermunicipal de Resíduos Sólidos e que deverá ser encaminhado às quatro Câmaras Municipais para a ratificação dos vereadores. Também será pleiteada junto ao Governo do Estado a reedição da comissão técnica com representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – Cetesb – e prefeituras para buscar solução regionalizada para o lixo.
“As quatro cidades já sofrem muito com a questão dos resíduos. E com o aumento populacional e de turistas o volume de produção está cada vez maior e por isso mesmo precisamos tomar atitudes para solucionar o problema e de uma forma conjunta unindo forças”, disse o secretário de São Sebastião, Eduardo Hipólito.
A medida de se reunirem para tentar buscar uma alternativa com relação ao lixo do litoral surgiu um dia depois do acidente envolvendo um caminhão de transbordo na altura do quilômetro 71 da Rodovia dos Tamoios. Em menos de uma semana este foi o segundo acidente envolvendo o mesmo tipo de carga. “Este é sem dúvida uma preocupação grande, tem todo o impasse da estrada e os últimos episódios com as carretas do transbordo demonstram a fragilidade deste tipo de ação praticada pelas cidades. Além disso, a política nacional de resíduos sólidos prevê que em 2012 todos os municípios do Brasil terão de fazer um plano para os seus detritos. Isto só não terá de ser resolvido municipalmente se encontrarmos uma solução regional para, ai sim, substituí-la pelo plano municipal”, destacou Hipólito.
Com relação aos municípios aptos a receber o novo aterro regional a secretária de Meio Ambiente, Agricultura e Pesca de Caraguatatuba, Maria Inez Fanzzini, disse que baseado em informações da Cetesb somente São Sebastião e Caraguatatuba poderiam receber os investimento. “É muito difícil dizer qual das quatro receberia o investimento. O fato é que segundo a própria companhia apenas Caraguá e São Sebastião estariam de acordo com as normas ambientais, no entanto, atualmente aqui na nossa cidade [Caraguá] não há área disponível porque nossa legislação não permite. Talvez nesta circunstância São Sebastião pudesse receber”, disso.
A secretária relembrou ainda que o encaminhamento adequado aos resíduos das cidades vem sendo discutido há mais de dez anos. “Discutimos esta questão há muitos anos, mas, no inicio do século 21 fizemos um grupo nomeado pelo governador que tinha a incumbência de apresentar a proposta. E nós chegamos a fazer isso. O trabalho ficou estagnado quando chegamos a formação do consórcio”, destacou.
Falta de informação sobre a diferença entre aterro e lixão pode ser um dos entraves
Na avaliação da secretária de Meio Ambiente de Caraguatatuba, Maria Inez Fanzzini, a falta de informação com relação a diferença de se construir um aterro sanitário no lugar de um lixão – como era bastante comum no passado – pode ser considerado um dos principais problemas a serem enfrentados e, principalmente, desmistificados.
A questão veio à tona justamente porque no final do ano passado a Câmara de Vereadores de Caraguatatuba discutiu durante as sessões plenárias a destinação do lixo e as condições de a cidade receber apenas os materiais produzidos internamente.
“Muita gente ainda confunde o aterro sanitário a um lixão. Para muitos, a compreensão ainda está muito ligada à questão do lixão, mas, se imaginarmos hoje que o lixo gera emprego e renda. Uma unidade de tratamento de resíduos seja ele aterro incinerador fatalmente irá gerar emprego na Região. Além de impostos dos que depositam, dos que levam os materiais embora e dos que trabalham na empresa que atua na área”, enfatizou.
O lixão é um grande espaço destinado apenas a receber lixo. Isso significa que nada é planejado para “abrigar” os resíduos de forma menos agressiva ao meio ambiente. Não há tratamento para o chorume – líquido liberado pela decomposição do lixo – que contamina o solo e a água. Já no aterro sanitário, o lixo é depositado em local impermeabilizado por uma base de argila e lona plástica, o que impede o vazamento de chorume para o subsolo. Diariamente o material é aterrado com equipamentos específicos para este fim. Existem também tubulações que captam o metano, gás liberado pela decomposição de matéria orgânica. (J.C.)