A temperatura subiu ontem no Senado durante audiência pública com juristas para discutir os aspectos legais do novo Código Florestal. A senadora Kátia Abreu (PSD, ex-DEM), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e o senador Pedro Taques (PDT-MT) trocaram farpas depois que o pedetista saiu em defesa do procurador da República Mário José Gisi, um dos convidados para debater a reforma do código. A votação do código está programada para hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O clima esquentou depois que Kátia subiu o tom ao se dirigir ao procurador: “O senhor é procurador, ganha mais de R$ 20 mil por mês, pode pagar 160% acima do preço pelos (produtos) orgânicos”, provocou. Antes, Gisi havia rebatido uma manifestação da senadora, contrária à redução das áreas de produção agrícola. Ela havia alegado que a fome não se combate com palavras e, sim, “no cabo da enxada e com o trator”. Gisi rebateu: “Esse modelo de produção (defendido por Kátia) é o do trator, da terra arrasada e do agrotóxico”. Ele citou uma pesquisa segundo a qual cada brasileiro consome 5 litros de agrotóxicos por ano.
Depois que Kátia acusou o procurador de criticar os defensivos agrícolas porque podia comprar orgânicos, o senador Pedro Taques interveio, pedindo respeito ao regimento interno do Senado a fim de que os convidados para os debates sejam tratados com urbanidade. “Esse debate emocional não deve ser trazido para o Senado. Eu não jurei respeitar o estatuto da CNA”, alfinetou, insinuando que Kátia estava lá como representante do agronegócio e não como senadora.
“E o senhor não deveria ter jurado o corporativismo de ficar aqui defendendo a sua turma”, devolveu Kátia, lembrando que Taques era procurador da República e membro do Ministério Público Federal, assim como o convidado. “Quem tem turma é vossa excelência!”, retrucou o pedetista. “Corporativista”, encerrou Kátia. Na saída, o relator do código, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), cumprimentou discretamente o Pedro Taques: “Vou te dar luvas de boxe de presente”, brincou.
O clima esquentou depois que Kátia subiu o tom ao se dirigir ao procurador: “O senhor é procurador, ganha mais de R$ 20 mil por mês, pode pagar 160% acima do preço pelos (produtos) orgânicos”, provocou. Antes, Gisi havia rebatido uma manifestação da senadora, contrária à redução das áreas de produção agrícola. Ela havia alegado que a fome não se combate com palavras e, sim, “no cabo da enxada e com o trator”. Gisi rebateu: “Esse modelo de produção (defendido por Kátia) é o do trator, da terra arrasada e do agrotóxico”. Ele citou uma pesquisa segundo a qual cada brasileiro consome 5 litros de agrotóxicos por ano.
Depois que Kátia acusou o procurador de criticar os defensivos agrícolas porque podia comprar orgânicos, o senador Pedro Taques interveio, pedindo respeito ao regimento interno do Senado a fim de que os convidados para os debates sejam tratados com urbanidade. “Esse debate emocional não deve ser trazido para o Senado. Eu não jurei respeitar o estatuto da CNA”, alfinetou, insinuando que Kátia estava lá como representante do agronegócio e não como senadora.
“E o senhor não deveria ter jurado o corporativismo de ficar aqui defendendo a sua turma”, devolveu Kátia, lembrando que Taques era procurador da República e membro do Ministério Público Federal, assim como o convidado. “Quem tem turma é vossa excelência!”, retrucou o pedetista. “Corporativista”, encerrou Kátia. Na saída, o relator do código, senador Luiz Henrique (PMDB-SC), cumprimentou discretamente o Pedro Taques: “Vou te dar luvas de boxe de presente”, brincou.