A fraude de R$ 2,5 bilhões sofrida pelo Banco Panamericano foi encontrada há pouco mais de cinco semanas por técnicos do Banco Central. O problema foi detectado quando eram analisadas operações de crédito vendidas pela financeira do Grupo Silvio Santos aos grandes bancos de varejo. Na análise feita pelo BC, foi constatado que essas instituições haviam adquirido operações do Panamericano em número menor que o declarado pela financeira do empresário Silvio Santos. É como se o comprador declarasse a aquisição de 10 carteiras, mas o vendedor registrava a venda de 50 operações.
Ao se deparar com a diferença de números, técnicos do BC passaram a avaliar carteira por carteira para encontrar a causa do problema. Foi um trabalho de mais de um mês. 'Chegamos à conclusão de que o Panamericano havia vendido operações e não havia dado baixa no balanço. Por isso, o volume declarado era muito maior que o efetivo', diz fonte que acompanhou o processo. O erro se repetiu em várias carteiras especialmente de crédito consignado e financiamento de veículos.
Diante do problema, os administradores do Panamericano foram convocados para prestar esclarecimentos ao BC. De pronto, os gestores da financeira admitiram o problema. 'Eles reconheceram que mantinham no balanço um ativo que já havia sido vendido', afirma a mesma fonte. Ao reconhecer a falha, o controlador do Panamericano, o empresário e apresentador de TV, Silvio Santos, tomou a frente das negociações para recuperar a saúde financeira da instituição financeira.
A venda de carteiras é um negócio comum entre bancos de pequeno e grande porte. No segmento de crédito, as instituições são separadas em dois grandes grupos. No primeiro, chamado de 'originador', ficam as casas de menor porte - como o Panamericano - que têm pessoal de vendas pulverizado e abrangência capaz de gerar grande volume de empréstimos e financiamentos.
Uma vez realizada a operação, a instituição menor vende a operação aos grandes bancos, que passam a administrar a carteira. Esse grupo é chamado de 'gestor' ou 'administrador'. A operação é lucrativa porque o banco pequeno que vende recebe parte do valor total antecipadamente e pode reinvestir o dinheiro em novas operações de crédito. Para o grande, a compra é vantajosa porque ele ganha a rentabilidade dos empréstimos e tem custo administrativo muito menor que a despesa para se oferecer o mesmo crédito em suas próprias agências.
Ao se deparar com a diferença de números, técnicos do BC passaram a avaliar carteira por carteira para encontrar a causa do problema. Foi um trabalho de mais de um mês. 'Chegamos à conclusão de que o Panamericano havia vendido operações e não havia dado baixa no balanço. Por isso, o volume declarado era muito maior que o efetivo', diz fonte que acompanhou o processo. O erro se repetiu em várias carteiras especialmente de crédito consignado e financiamento de veículos.
Diante do problema, os administradores do Panamericano foram convocados para prestar esclarecimentos ao BC. De pronto, os gestores da financeira admitiram o problema. 'Eles reconheceram que mantinham no balanço um ativo que já havia sido vendido', afirma a mesma fonte. Ao reconhecer a falha, o controlador do Panamericano, o empresário e apresentador de TV, Silvio Santos, tomou a frente das negociações para recuperar a saúde financeira da instituição financeira.
A venda de carteiras é um negócio comum entre bancos de pequeno e grande porte. No segmento de crédito, as instituições são separadas em dois grandes grupos. No primeiro, chamado de 'originador', ficam as casas de menor porte - como o Panamericano - que têm pessoal de vendas pulverizado e abrangência capaz de gerar grande volume de empréstimos e financiamentos.
Uma vez realizada a operação, a instituição menor vende a operação aos grandes bancos, que passam a administrar a carteira. Esse grupo é chamado de 'gestor' ou 'administrador'. A operação é lucrativa porque o banco pequeno que vende recebe parte do valor total antecipadamente e pode reinvestir o dinheiro em novas operações de crédito. Para o grande, a compra é vantajosa porque ele ganha a rentabilidade dos empréstimos e tem custo administrativo muito menor que a despesa para se oferecer o mesmo crédito em suas próprias agências.