RIO - Na bela paisagem da Baía de Guanabara na Praia da Bica, na Ilha do Governador, a realidade vista de perto é aterradora. Nesta sexta-feira, milhares de peixes mortos apareceram na praia, que há anos sofre com a poluição que afasta banhistas e causa prejuízos ao comércio do bairro.
De acordo com o biólogo Mário Moscatelli, não é descartada uma mortandade provocada pela sujeira na Baía, principalmente depois de um período de chuvas. Mas como conta o comerciante Antonio Rodrigues, pescador e dono de um quiosque na Praia da Bica, a aparição de uma grande quantidade de peixes mortos ali é comum no período anterior à Semana Santa.
Segundo ele, as traineiras que pescam na Baía têm capacidade, em média, para oito toneladas de peixe. Principalmente nesta época do ano (mas também em outros períodos), eles deixam na embarcação apenas os peixes com melhor valor de mercado. E descartam no mar, geralmente próximo à Ilha do Governador, aqueles que não serão vendidos tão facilmente.
— Por isso, as espécies que aparecem aqui são as de menor valor, como as sardinhas de boca torta — diz Rodrigues. — É ruim para todos. Nós, comerciantes, perdemos clientes. O meio ambiente e também os pescadores são prejudicados — completa.
Opinião compartilhada por Moscatelli, na hipótese de os peixes terem sido descartados das traineiras.
— É um suicídio para os pescadores, pois esses peixes, além de servirem, por exemplo, para rações, serviriam de alimentos para outros peixes — diz o biólogo.
De acordo com o biólogo Mário Moscatelli, não é descartada uma mortandade provocada pela sujeira na Baía, principalmente depois de um período de chuvas. Mas como conta o comerciante Antonio Rodrigues, pescador e dono de um quiosque na Praia da Bica, a aparição de uma grande quantidade de peixes mortos ali é comum no período anterior à Semana Santa.
Segundo ele, as traineiras que pescam na Baía têm capacidade, em média, para oito toneladas de peixe. Principalmente nesta época do ano (mas também em outros períodos), eles deixam na embarcação apenas os peixes com melhor valor de mercado. E descartam no mar, geralmente próximo à Ilha do Governador, aqueles que não serão vendidos tão facilmente.
— Por isso, as espécies que aparecem aqui são as de menor valor, como as sardinhas de boca torta — diz Rodrigues. — É ruim para todos. Nós, comerciantes, perdemos clientes. O meio ambiente e também os pescadores são prejudicados — completa.
Opinião compartilhada por Moscatelli, na hipótese de os peixes terem sido descartados das traineiras.
— É um suicídio para os pescadores, pois esses peixes, além de servirem, por exemplo, para rações, serviriam de alimentos para outros peixes — diz o biólogo.