A sonda OSIRIS-REx, lançada em 2016 pela NASA, tem como destino final o asteroide Bennu, descoberto em 1999. A missão envolve não somente o pouso no cometa — o que deve acontecer em julho de 2020 —, como também a coleta de até 4,5 quilos de rocha espacial antiga, selando os minerais em uma cápsula e enviando-a de volta à Terra. Agora, a sonda registrou a primeira imagem, à distância, do asteroide em questão.
A imagem foi captada a 1,4 milhão de quilômetros de distância (algo equivalente a seis vezes a distância entre a Terra e a Lua). Como podemos ver, o asteroide ainda está muito longe da sonda para que os cientistas já consigam identificar quaisquer coisas a seu respeito, mas o registro da imagem confirma que a OSIRIS-REx está no caminho certo.
Em dezembro deste ano, a sonda começará a orbitar o asteroide mais de perto, a 7 km de sua superfície. Esse voo orbital fará com que os cientistas da missão possam mapear sua superfície rochosa em busca do local de pouso ideal. O Bennu é particularmente interessante pois, se comparado com muitos dos 780 mil asteroides conhecidos do Sistema Solar, ele pode conter recursos naturais valiosos para o futuro da exploração espacial.Ainda, o asteroide pode ser bem antigo e muito bem preservado, contendo fragmentos cósmicos mais antigos do que o nosso Sistema Solar e, por isso, entender como Bennu se formou pode melhorar a nossa compreensão sobre nosso quintal espacial.
Para Dante Lauretta, pesquisador da missão na Universidade do Arizona, um dos maiores interesses é descobrir se o Bennu tem depósitos de argila, porque dentro da argila á água, e como a água é composta por hidrogênio e oxigênio, esse material pode servir como combustível. "Um dia, talvez, Bennu possa servir como um depósito de combustível" para futuras missões espaciais, disse.
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