GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 3 de dezembro de 2016

'Sextortion': cresce o crime de extorsão sexual na internet

Cases of "sextortion," a growing online practice in which criminals obtain sexual photos of their victim and then threaten to expose the images if the victim doesn't send more or comply with other demands, are on the rise according to two lawmakers trying to pass laws against the practice.: Casos de "sextortion", o abuso sexual na internet, crescem nos EUAEle ameaçou mulheres do seu apartamento. E também de uma lanchonete. Ele fez isso até dentro de uma loja de departamento. Ryan Vallee, de New Hampshire, que hoje tem 22 anos, teve como primeiros alvos suas colegas de escola, invadindo as contas de e-mail e das redes sociais de adolescentes para roubar fotos delas nuas e depois ameaçar expô-las na internet se não mandassem mais fotos íntimas.
Depois de invadir a conta do Facebook e do Gmail de uma adolescente em 2012 e roubar fotos sexualmente explícitas, Vallee mandou uma mensagem dizendo “se você não quer que eu coloque isto como foto do seu perfil no Facebook, tire o sutiã…. Você tem 15 minutos…. Eu invadi sua conta uma vez e vou fazer de novo”.
Vallee invadiu as contas de mais oito mulheres no ano seguinte. O que ele fez é conhecido como 'sextortion', uma prática online que está aumentando e na qual os criminosos obtêm fotos de cunho sexual de suas vítimas e depois ameaçam expor as imagens se elas não mandarem mais ou atenderem a outras exigências. “É uma ameaça, mas ao invés da recompensa financeira há abuso sexual”, diz a advogada do Brooklyn Carrie Goldberg, que representa legalmente vítimas da prática.
Quando Vallee se declarou culpado no final de agosto, foi pelos crimes de fraude por computador e roubo de identidade, já que a 'sextortion' não está tipificada como crime. Este é um lapso que duas parlamentares americanas estão tentando mudar com a 'Interstate Sextortion Prevention Act', um projeto de lei que foi apresentado em julho como parte de uma onda crescente de repúdio a esta prática. “Temos visto que estes casos estão explodindo”, diz a deputada Katherine Clark, integrante do partido democrata de Massachusetts e co-responsável pelo projeto de lei, junto com a deputada republicana de Indiana Susan Brooks. Katherine contou à Newsweek que o maior problema da falta de uma lei federal é que não há uma punição consistente para os criminosos. Predadores que usam de 'sextortion' para abusar de menores podem ser acusados de pornografia infantil e ir para a cadeia por um bom tempo, mas quem aborda mulheres adultas recebe punição muito menor“O Departmento de Justiça tem atentado mais à 'sextortion', e está muito inclinado a criar um estatuto federal que possa ser usado”.
A proposta de lei de prevenção à 'Sextortion' é apenas um exemplo da importância cada vez maior do crime. Em abril, a Justiça americana declarou que este tipo de crime se tornou “uma grande ameaça nos últimos anos”. A Brookings Institution produziu um detalhado relatório sobre o crime em maio, uma investigação de 80 casos e declarou: “pela primeira vez na história do mundo,  conectividade internacional com a internet significa que você não precisa nem estar no mesmo país que uma pessoa para ameaçá-la sexualmente”.
Agentes de cumprimento da lei locais também apontaram um crescimento do problema. Uma detetive de polícia de Sacramento, chamada Christie Hirota, disse à Newsweek que as queixas de 'sextortion' cresceram ao menos 50% desde que ela ingressou na força-tarefa de combate a crimes contra crianças em 2012. Christie relatou ter atendido vítimas de até 9 anos e descreve como os predadores seduzem as vítimas para ganhar sua confiança e obter fotos nuas. “Eles começam a conversar e em algum momento a criança manda uma imagem para a pessoa, talvez apenas do peito”, diz a policial. “O adulto então pede mais fotografias—querem foto da genitália—e dizem ‘se não mandar, vou mandar para todos os seus amigos’”.
Philip Caputo, 27, usou desta estratégia para fazer com que uma menina de 13 anos de San Antonio, no Texas, fosse uma espécie de escrava sexual. Da Califórnia, o homem mandou para ela fotos de cunho sexual com outra jovem e disse que ela precisava tirar e mandar para ele fotos similares e então ameaçou: “se você não mandar, vou fazer mal à sua família”, de acordo com documentos da Justiça Federal americana.
A garota obedeceu, mas Caputo continuou ameaçando e exigindo fotos e vídeos cada vez mais explícitos todos os dias do ano de 2013. A garota contou às autoridades que Caputo fez ela “viver com medo”. Quando agentes especiais do FBI fizeram uma busca nas contas de e-mail de Caputo, encontraram mais de 1.600 fotos de menores sexualmente explícitas. Ele se declarou culpado de exploração sexual de menores e pornografia infantil em maio e recebeu uma pena de 15 anos no dia 7 de novembro.
Vallee, que é de New Hampshire, foi preso em maio suspeito de 'sextortion' depois de ter pago fiança pelas primeiras acusações. Ele confessou sua culpa no meio do ano e deve ser preso em janeiro, com um acordo que estipula sua pena entre quatro e oito anos.
Quando Vallee começou a praticar crimes cerca de cinco anos atrás, muitos policiais e agentes federais não tinham conhecimento do crime e de como se deveria proceder para processar os criminosos. Goldberg diz que seu primeiro caso de cliente por sextortion foi uma garota de 17 anos do Michigan em 2014, que relatou a pressão de um molestador da internet que pedia suas fotos nuas e continuamente a ameaçava. Quando Goldberg contatou as autoridades federais e locais, ambas disseram a ela que nada podia ser feito. “Ninguém queria tocar no assunto, ela diz“. A luta contra a extorsão sexual mudou dramaticamente…. Naquela época, dois anos e meio atrás, não tínhamos o amparo da lei. Mas hoje nós temos”.

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