Afastada da TV desde o fim da novela "Salve Jorge" (2012), Narjara Turetta vem enfrentando novamente dificuldades financeiras. Para pagar as contas no final do mês, a atriz deixa o orgulho de lado e aceita outros trabalhos não ligados à atuação. Nesta quinta-feira (11), por exemplo, ela está trabalhando como recepcionista dos participantes de um fórum de economia no Rio de Janeiro.
Narjara foi convidada pelo ex-ministro do Planejamento, João Paulo dos Reis Veloso, que preside o evento. "Nos conhecemos na igreja e viramos grandes amigos. Desde 2009, sempre que tem o fórum, ele me convida. Além do cachê, que ajuda muito no pagamento das contas, faço bons contatos no evento ao receber autoridades e pessoas importantes", festeja ela, sem especificar o valor recebido pelo trabalho.
O Fórum Nacional do Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE) busca discutir soluções para os principais problemas do Brasil. Nesta edição, por exemplo, o evento já recebeu o assessor especial da presidência da República, Marco Aurélio Garcia, e os cineastas Arnaldo Jabor e Luiz Carlos Barreto, entre outros.
"Eles estão acostumados a me ver na TV e, por isso, ficam surpresos quando me encontram. Mas comigo não tem isso. Corro atrás mesmo, não espero cair nada do céu. Não à toa, vendi côco na praia de Copacabana por sete anos", relembra Narjara, de 47 anos, que ficou conhecida nacionalmente ao atuar no seriado "Malu Mulher" como a filha da personagem de Regina Duarte.
"Espero novos convites para atuar na TV, mas não quero depender só disso. Também faço dublagens, ministro workshops e estou com projetos de peças", conta ela, que recentemente teve que internar a mãe, Maria Antônia, de 78 anos, em um hospital público do Rio de Janeiro para tratar uma neuropatia diabética. A doença é causada por uma diabetes mal cuidada.
A atriz estima hoje em dia uma dívida de aproximadamente R$ 50 mil com um banco que fez empréstimo anos atrás. "Mais da metade disso são juros. Na realidade, não devo tudo isso. Um advogado, inclusive, já está recorrendo", conta ela, que mora de aluguel com a mãe em um apartamento em Copacabana, na Zona Sul do Rio.
"Com o dinheiro que ganho, o foco é pagar o aluguel", diz Narjara, que, mesmo com a dificuldade financeira, não pensa em deixar o bairro e se mudar para a Zona Norte da cidade e, assim, pagar um aluguel mais em conta. "Vivo aqui há 18 anos. E também cuido da minha mãe sozinha. Me mudar com ela doente não seria viável".
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