O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, avaliou que a aliança Marina-Eduardo Campos muda a disputa eleitoral. "Não vai ser mais uma disputa entre a memória do governo Fernando Henrique Cardoso e a memória dos governos Lula e Dilma Rousseff". "Vai ser uma disputa sobre o futuro, o que é que os candidatos e coalizões políticas dizem que vão fazer do que conquistamos até agora. É uma mudança do padrão da disputa política", acrescentou, em conversa com jornalistas. Depois de ficar sem partido após a Justiça Eleitoral negar registro à Rede, Marina Silva anunciou, no último sábado, 05, apoio à candidatura do governador de Pernambuco à Presidência da República.
Ainda na avaliação de Tarso, "quem esvazia num primeiro momento sua potencialidade eleitoral" é o senador Aécio Neves (PSDB-MG), "que aparentemente não tem para onde se mover". "Mas a gente não sabe ainda o grau de integração entre Marina, Heráclito (Fortes, que deixou o DEM e se filiou ao PSB) e o Eduardo Campos. Isso temos que examinar quando eles apresentarem o programa de governo. É cedo para ter um diagnóstico", ressaltou.
Lula
Tarso disse que sua opinião foi externada ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com quem o governador se encontrou nesta segunda em São Paulo. "Lula apenas ouviu", ressaltou. Participaram também da reunião o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, o deputado estadual Rui Falcão, o ex-secretário de Política Econômica Luiz Gonzaga Belluzzo e o senador Wellington Dias (PT). O objetivo do encontro foi discutir a "conjuntura econômica".
Sem impacto
Já o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, afirmou nesta segunda, que acredita que a filiação de Marina não trará impactos para as alianças da presidente Dilma Rousseff. Questionado se essa novidade no cenário eleitoral para 2014 foi uma surpresa, o pedetista afirmou que não.
Dias participou da abertura do Seminário de Promoção de Política Nacional do Emprego e Trabalho Decente da região Centro-Oeste. O objetivo do evento é debater a proposta de criação de um Sistema Único de Emprego e Trabalho Decente, nos moldes do Sistema Único de Saúde e do Sistema Único de Assistência Social, e ainda discutir a campanha nacional do Trabalho Decente na Copa, numa parceria com o Fórum Nacional do Trabalho e a Organização Internacional do Trabalho.
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