GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Igreja, o tempo e a prevaricação

Por Genivaldo Tavares de Melo

Quando aferimos todos os sons com a Bíblia Sagrada, que dispensa adjetivos por ser e conter a Palavra de Deus, concluímos que o tempo não é de conciliação, mas, de confusão e no meio dessa confusão, JESUS reconhece quem são suas ovelhas e as protege.

A igreja católica, agora, sob a égide de um papa de origem jesuíta, se fortalece e promete ir de encontro aos pobres e cumprir o trabalho de evangelização, mas, sempre tem e oferece mediadores entre o único mediador (JESUS) e Deus.

1 Timóteo. 2.5 - “Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”.

Hebreus. 12.23-24 -  “... e a Jesus, o Mediador de uma nova aliança e ao sangue da aspersão que fala mais alto do que o de Abel”.

Como dizer para os fiéis e devotos de milhares de santos que todos eles merecem a devida “vênia” todavia, foram transformados em usurpadores de um poder que só pertence a Jesus, ele recebeu do Pai.

As igrejas neopentecostais, surgiram no cenário evangélico há 25 ou 30 anos. Levantar a história de como surgiram, não é algo tão complicado e o que passou na cabeça de cada líder desbravador desse novo movimento. Puro desejo de afastar-se das igrejas que já não tinham a resposta que o povo queria? Como o dinheiro e o desejo de ter mais que o ser, tomou conta desse movimento pelas pregações sempre voltadas à prosperidade e passando a ideia que contribuição é fundamental para tudo, até para a salvação? Chegamos a pensar que sim. Tudo é muito sugestivo e termina sempre com gordas arrecadações.

Podemos afirmar que o saudoso pastor Manoel de Melo, oriundo da Assembleia de Deus, onde serviu como diácono, foi o “marco” entre a tradição e o novo. Dizia-se que muitos dos empregados em emissoras de rádio, aprenderam a conduzir um trabalho evangélico, de tanto vê-lo pregar nas emissoras e cada um dos interessados, foram lá e abriram a sua.

As igrejas adequadas surgiram para ajuntar um rebanho diferente; muitos gostariam de se converter ao evangelho, mas, as igrejas não tinham resposta para eles, pois, jamais deixariam o pagode, o samba ou qualquer outro ritmo ao som da percussão. As igrejas viviam sob a batuta do 2x2, 4x4 ou 6x8, influência das igrejas nórdicas, dos missionários suecos e aí, surgiram igrejas para pagodeiros, artistas, esquiadores e tantas outras.

MAS A BÍBLIA CONTINUA SENDO A MESMA.

As igrejas tradicionais e a pergunta: as Assembleias de Deus, da qual faço parte, já pode ser contada entre as tradicionais? Considerava-se “tradicionais”, igrejas não pentecostais, as primeiras a aportarem nas terras brasilianas.

DEUS NÃO TEM COMPROMISSO COM A BANDEIRA DA IGREJA OU ELA VAI E FAZ OU DEUS LEVANTA OUTROS E ATÉ PEDRAS QUE CLAMEM. Se alguma coisa está errada, a culpa é toda nossa que não mantivemos o calor do Espírito na nossa trajetória; outros interesses ocuparam o lugar dos sonhos e projetos.

MAS A BÍBLIA, CONTINUA SENDO A MESMA.

Se Deus não mudou e a Bíblia continua sendo a mesma, o que ou quem mudou? Por mais que tentem, mudem as traduções, as cores da capa, as interpretações de rodapé, os textos auxiliares, a hermenêutica e os hermeneutas, a Palavra de Deus continua firme como âncora, tem o seu cumprimento, e é para os fiéis a palavra da verdade. Pulem, dancem, gritem, uivem, mas ela nos dá o tom certo, só erra que quer e quem tiver interesses mesquinhos e escusos.

As cartas escritas as igrejas da Ásia, foram reais, ditadas pelo próprio Senhor a João na Ilha de Patmos e retratavam os conflitos e o pecado das igrejas naquele tempo, todavia, coincidência ou não, a Palavra de Deus é essencialmente profética, encontramos semelhanças quanto o tempo e o estado de prevaricação das igrejas do nosso século. Quando falamos em prevaricação,[latim, praevaricare) verbo transitivo que significa deixar de fazer o que deve ser feito, corromper, abusar do poder, ocasionar a corrupção, fazer alguma coisa com dolo no exercício do poder entre outros], não significa que tudo esteja perdido e que essas igrejas, inclusive a católica, não tenha dado uma enorme contribuição à vida social do pais, a quem o governo deve ser muito grato, pois, já teríamos nos tornado, uma tocha de fogo em conflitos sociais, suicídios, crimes em maior escala que o visto, enlouquecimento das pessoas e outros males.

Falamos de salvação e quer queiram ou não, há regras a serem vistas e cumpridas. Sabemos que pelo bem da moralidade, muitas regras humanas foram atreladas e não se podem chamá-las de injustas, pois, o que se vê nas práticas sociais, são abusivas.

Quanto a usos e costumes, que invadiram as igrejas, temos dois grupos: Aqueles que não dão a menor importância a esses costumes e os que se importam, mas, pela densidade populacional e impossibilidades de controle, optaram por dourar a pílula com uma exortação aqui e outra ali, com respeito a algumas regras comportamentais.

As duas últimas igrejas da Ásia, na ordem das cartas escritas, temos: A Igreja de Filadélfia e Laodiceia. A igreja de Filadélfia (Apocalipse 3.7) o Senhor fala de obras, de porta aberta que combina com a porta do capítulo 4.1, de pouca força que é a característica da igreja fiel diante dos desafios da sociedade moderna, os que são da Sinagoga de Satanás, comparados aos exploradores do evangelho, pregadores do "traga meu dinheiro" e da insaciabilidade, dos que guardaram a palavra da paciência; pois, paciência é o que resta para nós e finalmente a promessa: “Eis que venho sem demora”.

A Igreja de Laodiceia, que tanto inspira pregadores que chamam o nosso tempo de “Era de Laodiceia”. Para esta, e aqui não digo que qualquer semelhança é mera coincidência, promete vomitá-la da sua boca, caso não se arrependam, porque, não são frias nem quentes. Espero que alguém não tente me convencer que as manifestações emocionais de gritinhos histéricos de glórias a Deus e aleluias, seja sintoma de calor bíblico e espiritual. Minha inteligência se sentirá agradecida e nisso se inclui as chamadas “línguas estranhas” de muitas igrejas e até do movimento carismático católico.

MUITA CONFUSÃO, MAS, A BÍBLIA É A MESMA.

A Bíblia possui regras para a salvação que não podem ser desprezadas. Chamamos esse conjunto de regras, de “doutrinas” e “doutrinas fundamentais”. O maior problema de entender a Bíblia não é entender a Bíblia, é tentar excluir tudo aquilo que confronta nossos prazeres e interesses pessoais, a ganância e o orgulho de cada um.

Nem vou gastar tempo e espaço, citando textos isolados, recomendo a leitura direta para este assunto, as cartas de Paulo a Timóteo e o seu discurso aos anciãos de Éfeso em Atos 20:17-37.

Fonte: Pr. Genivaldo Tavares de Melo

Genivaldo Tavares de Melo, 65 anos, é pastor jubilado. Pastoreou por 36 anos Assembleias de Deus, ministério Belenzinho, na região oeste da cidade de São Paulo. Trabalha desde os 10 anos na esfera secular. Membro da comunidade UBE Blogs nas plataformas Ning e Facebook.

Observação de Eliseu Antonio Gomes: A abordagem do tema deste artigo é muito boa e importante. Acredito que temos muito a crescer com a reflexão da leitura. Por quê? Pelo conhecimento bíblico do autor, seu desprendimento do orgulho denominacional, larga experiência como pastor entre as ovelhas de Deus. 

O assunto neopentecostais é bastante profundo. As figuras que aparecem na televisão em programas religiosos, como líderes de ministérios neopentecostais, não são exatamente o espelho do povo imenso que estão nas congregações. A imagem pública desse pessoal na TV criou um estereótipo. Infelizmente, nem todos que abordam o assunto vão pesquisar a realidade em pessoa. Contentam-se com pesquisas prontas de Paulo Romero e companhia. Se se multiplicassem mais análises próprias como esta e menos cópias, tudo seria muito mais interessante no cenário cristão.

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