GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Primo de Bruno se "emocionou" ao descrever em detalhes a morte de Eliza Samudio, diz delegada


A delegada Ana Maria Santos, que depôs nesta terça-feira (20) como testemunha no júri do caso Eliza Samudio, afirmou que Jorge Rosa, primo do goleiro Bruno, se emocionou ao narrar como a vítima foi morta. Menor à época dos fatos, Rosa confessou pelo menos em dois depoimentos, à Polícia Civil e à Justiça, ter participado da morte de Eliza, a qual descreveu com detalhes.
Dias depois, ele voltou atrás e negou o que tinha relatado. Afirmou, na época, ter feito a confissão sob pressão. Questionada hoje pelo promotor Henry Castro, a delegada, que participava das investigações do caso e colheu o depoimento de Rosa em junho de 2010, disse que a versão narrada por ele tinha “bastante credibilidade”.
“Sem dúvida nenhuma [tinha credibilidade]. Pela riqueza de detalhes, pelo tanto que ele se emocionou ao fazer a narrativa. Aquilo, inclusive, nos atingiu durante o depoimento”, disse. “Me passou bastante credibilidade.”

De acordo com a versão de Rosa, Eliza e o filho foram levados na Land Rover de Bruno do Rio de Janeiro para Minas Gerais, acompanhada por Luiz Henrique Romão, o Macarrão, Sérgio Rosa Salles, primo de Bruno, além dele próprio.

No caminho, se encontraram com um homem –que para a acusação é Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, em uma moto roxa, que os levou até um sítio. No local, Macarrão teria segurado as mãos da vítima, e o homem teria a estrangulado até a morte.

“Ele me disse: ‘olha, doutora, o homem com cabelo grisalho, com problema no dente, pegou na mão dela [Eliza], perguntou se ela usava droga e pediu a Macarrão que amarrasse a mão dela. Macarrão fez e, segundo ele, a chutou, e estando ela com as mãos amarradas, aquele senhor deu uma volta nela dando uma gravata. Ele falou que esse momento em que ela era apertada --ele dizia que era horrível lembrar daquilo--, ela foi perdendo fôlego, começou a arregalar os olhos, e os olhos ficarem vermelho de sangue, a língua saiu para fora, começou a sair espuma da boca e ela caiu ao chão morta.’”

O primo teria dito ainda que tanto Macarrão, quando Sérgio Rosa Salles ficaram assustados com a violência da morte. Horas depois, Bola teria dito para que todos ficassem tranquilos que ele daria um fim nos restos mortais de Eliza. Em seguida, ele teria jogado uma mão humana em direção aos cães rotweiller.

Segundo a delegada, o jovem lhe disse, durante o depoimento, que “aquelas lembranças perturbavam seu sono e o seu dia”. “Ele deu sinais de estar perturbado. Chegou a segurar na minha mão durante o depoimento.”

Nenhum comentário: