GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sábado, 9 de junho de 2012

Família acusa polícia de executar mecânico na UPP do Fogueteiro


Irmã de Jadson, Cleisiane, foi impedida de abraçar corpo do irmão, morto pelos policiais 
O mecânico Jadson Lessa dos Santos, de 20 anos, foi morto na tarde desta sexta-feira no Morro do Fogueteiro, na Tijuca. Familiares acusam policiais da UPP de terem executado o jovem, sem dar chances de que documentos fossem apresentados. Já a Polícia Militar afirma que Jadson era um criminoso e atirou contra os agentes que patrulhavam a comunidade.
Ensanguentada, a irmã de Jadson, Cleisiane Lessa, de 28 anos, contou que o irmão havia ido a um bar comprar biscoito para as filhas. Quando ouviu-se o tiroteio, todos os moradores que estavam na região Largo da Raia correram. No corre-corre, ela afirma que Jadson foi atingido.
- Ele estava caído no chão e nem deram chance de ele dizer que era trabalhador. Ajoelharam ele no chão e atiraram na cabeça dele. Desfiguraram o meu irmão. Eu tentei abraçá-lo pela última vez, mas eles me agrediram. Arrastaram meu irmão já morto como se fosse um bicho e jogaram na viatura - relembrou Cleisiane.
Por nota, a Coordenadoria de Polícia Pacificadora informou que policiais da UPP Coroa/Fallet/Fogueteiro “depararam-se com um bando em atitude suspeita em um beco no Morro do Fogueteiro. Ao ver os policiais, Jackson Lessa dos Santos, teria atirado contra a patrulha, armado com uma pistola 9 mm, iniciando uma breve troca de tiros”. Afirmam que com ele foi apreendida uma pistola 9 mm, um rádio transmissor e uma quantidade ainda não contabilizada de crack, maconha, cocaína e haxixe.
Familiares e vizinhos negam que Jadson tivesse envolvimento com o tráfico e acusam os policiais de terem desconfigurado a cena do crime, levando o corpo de Jadson para o Hospital Souza Aguiar para forjar o material contra ele.
- Ele (Jadson) já estava morto. Levaram para o hospital para não ter cena do crime, plantar essas coisas e dizer que ele é bandido. Sempre fazem isso. Ele era trabalhador, sim - afirma Michelle Oliveira, comadre de Jadson.
O jovem não tinha antecedentes criminais. A 6ª DP (Cidade Nova) investiga o caso.

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