Emoção

A sessão do dia 01 de março foi marcada pela emoção dos parlamentares por conta da trágica perda do filho do vereador Junior Reis, de apenas 11 anos de idade, que faleceu vítima de um atropelamento.  Antes de dar início aos trabalhos foi feito um minuto de silêncio.
        O primeiro a subir à tribuna foi o vereador Nivan Almeida. Com a voz embargada, ele falou sobre o sentimento de solidariedade em prol do amigo de bancada. “É muito duro para um pai perder um filho. Estive o tempo todo ao lado do Junior Reis neste momento tão difícil. Aproveito para agradecer todo apoio dos nobres vereadores que também estiveram ali”, disse Nivan.
          Logo depois, foi a vez do vereador Grande prestar suas condolências. “A vida é tão importante, mas, infelizmente, às vezes, o destino é ingrato. Nesse caso, por exemplo, tirou do nosso convívio um menino na flor da idade”, declarou Grande. Por outro lado, em sua fala, o vereador aproveitou para ir em defesa dos funcionários terceirizados, que prestam serviços para a Casa Legislativa. De acordo com o parlamentar, eles estão sendo injustiçados. “As pessoas humildes e carentes são sempre massacradas. É um absurdo não terem recebido as férias ainda. Isso é uma falta de respeito. Temos que chamar o presidente, que, infelizmente, não está aqui, para tomar uma providência. Estou falando isso aqui, pois sou um homem destemido, meu segurança é Deus”, finalizou Grande.
          O vereador Moacyr da Ambulância, que presidia a sessão, pediu a parte e defendeu o atual governo Legislativo. “Essa Casa está em dia com a empresa, que nos presta serviço. Se há injustiça entre os colegas, isso vai acabar. Vou tomar minhas providências. Temos aqui um trabalho sério, transparente e independente”, afirmou.
           Da mesma forma defendeu Josemar Padilha.  “Não se deve colocar dúvida sobre esta Casa. O que o vereador está passando é um problema pessoal. É muito grave a forma como fala”, argumentou.
           Quem também fez questão de registrar seus sentimentos em relação ao vereador Junior Reis foi Ademir Martins. “Meus pêsames à família Reis. Que Deus continue os abençoando”, destacou o parlamentar. Em seu discurso, Ademir Martins ainda fez críticas ao aumento da falta de segurança em Duque de Caxias, principalmente nos bairros Jardim Anhangá e Imbariê. Ele responsabilizou a implantação das UPPs no Rio de Janeiro. “Estamos vivendo os piores momentos. Os bandidos de lá, vieram para cá e quem sofre é o povo. Recentemente um PSF (Programa Saúde da Família), no Jardim Anhangá, foi assaltado, assim como a Faetec, em Imbariê”, enumerou.
         Solidário ao amigo, o vereador Nivan pediu uma parte e disse que devem convocar o comandante do 15º BPM para que este apresente um planejamento mais eficaz em prol da segurança na cidade. “A Baixada Fluminense precisa de um policiamento extensivo. Temos que ter segurança para ir e voltar”, enfatizou Nivan.
             Já o vereador Josemar Padilha criticou a falta de medicamentos na rede pública do município. “O secretário de Fazenda esteve aqui fazendo a prestação de contas do Poder Executivo e se orgulhou ao dizer que a Prefeitura economizou cerca de R$ 2 milhões em medicamentos, sendo que há pessoas que precisam ir à Justiça para ter acesso a um determinado remédio. Um pai,por exemplo, recorreu à imprensa recentemente para tentar conseguir na Secretaria de Saúde um medicamento que custa R$ 89,00 para sua filha, que é diabética. Isso é uma vergonha. Outra questão que me deixou indignado foi uma Emenda que apresentei para a Prefeitura ampliar o benefício da anistia do IPTU aos imóveis construídos nas ruas que não são pavimentadas nos bairrosCapivari e Chácara Rio Petrópolis, mas  o prefeito teve a coragem de vetar. Isso é uma vergonha”, indignou-se.
         Após Josemar Padilha, foi a vez do vereador Moacyr da Ambulância prestar seus sentimentos em prol do amigo, Junior Reis. “Neste momento, separo a ideologia política da amizade. Peço a Deus que conforte ele e sua família”, disse. Logo em seguida, Moacyr criticou o descaso do Governo do Estado em relação à constante falta de água em Duque de Caxias. “É inadmissível passar o carnaval, sob um forte sol, sem uma gota de água nas torneiras. Agora pergunto: Falta água no local onde eles moram? Quem mais paga é o pobre e os maiores fraudadores de água são os ricos e poderosos. Temos que mudar isso”, criticou.

           Quem também compareceu à sessão foi a vereadora e líder de Governo, Fatinha, Gaete e os vereadores Orlando Silva e Marcelo do Seu Dino.