GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 15 de abril de 2012

Banco de sêmen - entenda como funciona


Banco de sêmen  entenda como funciona
Quando você vê uma mulher gestante, costuma pensar na possibilidade de ela ter tido problemas para engravidar? Provavelmente não. Isso porque se tem a idéia de que engravidar é simples.
Mas não é tão fácil assim. Infelizmente, existem muitos casais que sofrem com o drama da infertilidade ou ainda doenças que impedem a geração de vida a partir de gametas próprios. Somado a todas as técnicas de fertilização, existem os bancos de sêmen, que ajudam na geração de novas vidas. Pacientes com câncer, por exemplo, e que terão de realizar tratamentos como quimioterapia ou radioterapia, podem ficar estéreis. Hoje, eles podem recorrer à medicina reprodutiva para garantir a geração de filhos, no futuro. “O banco de sêmen pode ser utilizado por pacientes que buscam pela criopreservação do próprio espermatozóide após receberem um diagnóstico com câncer”, explica o especialista em medicina reprodutiva Assumpto Laconelli Júnior, de São Paulo.
Segundo ele, homens que apresentam um quadro de azoospermia (ausência de espermatozóide na ejaculação) e vasectomia também podem recorrer ao banco de sêmen. Parceiros com HIV sorodiscordantes, quando somente o homem ou a mulher é portador do vírus, também têm a possibilidade de gerar filhos sem contaminar o feto, a partir do banco.
Em São Paulo, a colheita desse sêmen pode ser realizada no Hospital Israelita Albert Einstein, um dos mais tradicionais do país nessa área, e também em clínicas de reprodução assistida como o Fertility - Centro de Fertilização Assistida, dirigido por Assumpto. “Para a coleta do material, é necessário uma abstinência sexual de no mínimo dois dias e no máximo cinco. A coleta é feita em ambiente laboratorial, por masturbação”, conta. Os bancos de sêmen desses locais também oferecem a possibilidade de fertilização in vitro, para casais inférteis.
No entanto, não são apenas casais com problemas para gerar filhos que procuram os bancos de sêmen. “Nos últimos anos, detectamos um crescimento no índice de mulheres solteiras que procuram o banco de sêmen para uma maternidade independente”, Edson Borges Junior, especialista em medicina reprodutiva, diretor da Clínica Fertility.
Assumpto ressalta que, para ser um doador, é necessário ter entre 18 e 40 anos e ser totalmente saudável. Ele diz ainda que o voluntário deve procurar a clínica para realizar uma série de entrevistas e exames laboratoriais. “Afastadas as possibilidades de doenças sexualmente transmissíveis e aquelas de incidência familiar genética, o sêmen é armazenado em um tanque de nitrogênio líquido em uma temperatura inferior a 196°C”, diz.
É importante ressaltar que existe uma triagem rígida para selecionar quem pode ser um doador de esperma. “O centro utiliza critérios rigorosos para a seleção, e de cada 10 voluntários, apenas dois são aproveitados”, conta Assumpto. Apesar de existir uma triagem entre os interessados em se tornar doador, não existe burocracia - basta que a pessoa queira - e também não há remuneração.
Se um casal optar por usar o sêmen de um voluntário, de maneira alguma saberá quem foi o doador. “A identidade dele é um segredo médico. Durante o processo de doação é informada a identidade médica do voluntário, nunca sua identidade civil”, completa Edson. A resolução 1358/92 do Conselho Federal de Medicina de 30 de setembro de 1992, determina que a doação de gametas (espermatozóide e óvulos) deva ser totalmente anônima.
Estima-se que a mulher tem de 50% de chance de engravidar se fizer a fertilização in vitro até os 35 anos. Segundo a Rede Latino Americana de Reprodução Assistida, essa chance diminui com o passar dos anos, ficando em apenas 10% se a pessoa tiver mais de 45 anos. No caso de inseminação artificial, a chance cai para 35% no caso de mulheres até 35 anos. E diminui para 20% para quem tem mais de 40 anos. Para quem tem mais de 45 anos, a estimativa é quase nula. Estes números são referentes à utilização de banco de sêmen, onde a fertilidade é maior.

“A infertilidade conjugal está presente em 15% dos casais com idade reprodutiva. E em 40% dos casos, as dificuldades são em decorrência de complicações masculinas”, afirma Assumpto. Segundo ele, os problemas mais comuns vão desde varicocele, uma dilatação do conjunto de veias que drenam o sangue utilizado pelo testículo, infecção seminal, disfunção hormonal, pouca mobilidade dos espermatozóides e, até mesmo, vasectomia.

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