A defesa de Conrad Murray, acusado de ser o responsável pela morte de Michael Jackson, voltou atrás nesta quarta-feira. Os advogados do médico desistiram do argumento de que o cantor havia ingerido sozinho a dose do anestésico propofol, causa da morte, enquanto ele não estaria por perto.
Murray desiste, assim, de seu principal argumento de defesa. A decisão dos advogados do médico foi anunciada ao juiz que conduz o processo um dia após o laudo da autópsia indicar que Michael não poderia ter tomado sozinho a dose fatal de propofol.
Murray, no entanto, continuará alegando inocência.
Caso seja condenado por homicídio, o médico pode pegar até quatro anos de prisão, além de perder sua licença profissional.
Efeito 'trivial'
Um dos advogados de Murray, Michael Flanagan, anunciou ter encomendado um estudo técnico sobre os efeitos da ingestão de propofol no organismo humano.
Flanagan disse que o propofol, um poderoso anestésico receitado por Murray para combater a forte insônia de Michael, tem efeitos que poderiam ser considerados 'triviais'.
A decisão da defesa muda o rumo do processo.
Outro advogado de Murray, Ed Chernoff, disse durante a sessão de abertura do julgamento, no último dia 27 de setembro, que a defesa tentaria mostrar que Michael teria ingerido por si mesmo a dose de propofol que o levou à morte.
Nesta terça-feira, o chefe do departamento de medicina legal de Los Angeles, Christopher Rogers, disse acreditar que o Murray acabou administrando, por erro, uma dose exagerada de propofol a Michael.
'As circunstâncias, sob meu ponto de vista, não mostram que houve automedicação de propofol', disse.
O músico morreu em junho de 2009, em sua casa em Los Angeles, na Califórnia.
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