GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

IRPF: Receita intima 158 mil contribuintes

A Receita Federal intimou 158.094 contribuintes pessoas físicas com indícios de infrações na Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Segundo o subsecretário de fiscalização da Receita, Caio Cândido, a maior parte das fraudes foi identificada em declarações entregues em 2011, com o ano-base de 2010. Segundo ele, todas as investigações foram abertas este ano até o dia 15 de abril.
A Receita espera abrir mais 200 mil fiscalizações, nas quais já estarão declarações entregues em 2012. Entre as principais irregularidades estão omissão de rendimento por profissionais liberais; declaração falsa de pagamentos de médicos no exterior, de pensões alimentícias e para previdência privada.
O subsecretário disse que a verificação dos dados da declaração começa no momento da emissão dos dados para a Receita. Se o contribuinte, por exemplo, apresentou o nome de uma entidade de previdência privada com CNPJ que não existe, a declaração sequer é recebida pelo Fisco. A previsão da Receita é que as operações deste ano devem somar valores em torno de R$ 6 bilhões que o governo tentará recolher para os cofres públicos.
No ano passado, a Receita fiscalizou 385.151 contribuintes pessoas físicas, que levaram a autuações no valor de R$ 5,8 bilhões (imposto, multa e juros). Os principais focos foram donos de empresas, profissionais autônomos, funcionários públicos, aposentados, profissionais técnicos e profissionais liberais.

Denúncia contra 3 acusados no caso Grazielly é aceita

A Justiça de Bertioga, na Baixada Santista, acatou na última quinta-feira denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), por meio da Vara da Infância e Juventude, contra três dos quatro acusados pelo envolvimento na morte de Grazielly Almeida Lames, de 3 anos, morta no sábado de Carnaval após ser atingida por uma moto aquática pilotada por dois adolescentes na Praia de Guaratuba.
O quarto acusado, o caseiro Erivaldo Francisco de Moura, que levou a moto aquática até o mar, não teve a denúncia acatada pelo juiz Rodrigo Moura Jacob, da Vara Distrital de Bertioga, sob a alegação de que ele apenas havia cumprido ordens. Cabe recurso do MP à decisão judicial.
Além do caseiro, a promotora de justiça de Bertioga, Rosana Colletta, havia oferecido denúncia por homicídio culposo e por lesão corporal culposa (ambos sem intenção) contra José Augusto Cardoso Filho, proprietário da embarcação e padrinho do adolescente V.A.C, 13, que pilotava a moto aquática. Ela entendeu que Thiago Veloso Lins, proprietário da marina onde a moto aquática estava guardada, e o mecânico Ailton Bispo de Oliveira, também deveriam ser responsabilizados pelo crime contra Grazielly e a banhista Andréia dos Santos Silva, que foi atropelada e atingida na perna momentos antes da criança.
Caso sejam condenados, os acusados devem cumprir pena de dois meses a um ano de detenção para o crime de lesão corporal culposa e de um a três anos de prisão para o crime de homicídio culposo. Em sua denúncia, a promotora havia solicitado à Justiça aumento de um terço da pena pela omissão de socorro de Grazielly contra o padrinho e o caseiro. O mesmo pedido havia sido feito contra o mecânico e o dono da marina, por ignorarem um defeito na moto aquática que foi detectado pela perícia. A oxidação de uma peça teria feito com que o aparelho trafegasse em velocidade acelerada. O problema não teria sido diagnosticado pelo mecânico.
O adolescente V.A.C., de acordo com a promotora, deverá responder medida socioeducativa. Em entrevista no mês passado, ela havia afirmado que ele poderá prestar serviços comunitários em unidades hospitalares. Para o advogado da família de Grazielly, José Beraldo, a decisão judicial 'vai de encontro à literatura jurídica'. 'O juiz entendeu que o caseiro não teve culpa, já que cumpria ordens do patrão. Mas se o Ministério Público desejar, poderá entrar com recurso contra a decisão.'
O advogado iniciou nesta sexta-feira os procedimentos para exigir uma indenização de R$ 15 milhões por danos morais em favor da família de Grazielly. Beraldo afirmou que serão exigidos R$ 5 milhões do pai do adolescente V.A.C., R$ 5 milhões do padrinho e da madrinha do menor e outros R$ 5 milhões do Estado, 'pela demora no socorro da vítima'.

Bispos na CNBB estão assustados com queda do nº de católicos

Bispos na CNBB estão assustados com queda do nº de católicos
"Bispos discutem como garantir a perseverança dos católicos e reconquistar os que deixaram a Igreja"

Ainda na expectativa dos dados coletados pelo Censo de 2010, os 335 bispos que participam da 50ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) estão assustados com a queda no número de católicos no País. Percentagem caiu de 83,34% para 67,84% nos últimos 20 anos.
Esses números poderão ser ainda maiores segundo as informações coletadas pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), diz a previsão do padre jesuíta Thierry Lienard de Guertechin, do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento (Ibrades), organismo vinculado à CNBB.
Padre Thierry apresentou ao episcopado um quadro das religiões baseado em levantamento da Fundação Getúlio Vargas e das Pesquisas de Orçamentos Familiares do IBGE, resultado de entrevistas com 200 mil famílias realizadas antes do censo. 'Com certeza, há algumas distorções que espero serem corrigidas pelas estatísticas do IBGE, que ouviu cerca de 20 milhões de brasileiros', disse o diretor Ibrades.
Os dados até agora disponíveis subestimam a queda da percentagem de católicos e o crescimento de igrejas evangélicas pentecostais. 'Perdemos o povo, porque, se o número absoluto de católicos cresce, caíram os números relativos, que dizem a verdade', alertou o cardeal d. Cláudio Hummes, ex-prefeito da Congregação do Clero no Vaticano e ex-arcebispo de São Paulo. 'Não basta fazer uma bela teologia em pequenos grupos, se os católicos que foram batizados não são evangelizados', disse o cardeal na missa dos bispos, na manhã desta sexta-feira, na Basílica de Aparecida.
Lembrando que o papa Bento XVI está preocupado com a perda da fé ou descristianização em todo o mundo, a começar pela Europa, d. Cláudio afirmou que 'é preciso começar pelo começo' no esforço para garantir a perseverança dos católicos e reconquista daqueles que abandonaram a Igreja.
De acordo com os dados apresentados pelo padre Thierry, os evangélicos representam 21,93% da população, enquanto 6,72% declaram não terem religião e 4,62% dizem praticar religiões alternativas. Em sua avaliação, essas porcentagens teriam de ser analisadas com mais rigor, porque refletem um quadro confuso na denominação das crenças. O termo católico aparece em sete igrejas, incluindo a Igreja Católica Romana, enquanto os evangélicos são identificados com mais de 40 denominações.
O grupo mais numeroso depois dos católicos é o da Assembleia de Deus, com 5,77%. 'O número de seguidores de Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, que aparece com 1% nas pesquisas é na realidade maior', estima padre Thierry. Ele alerta também para outro fator de distorção, que é a multiplicidade da prática religiosa, as pessoas ouvidas nas pesquisas declaram terem uma religião, mas frequentam mais de uma igreja. Isso ocorre com evangélicos e também com espíritas que se dizem católicos.
A prática religiosa pelos batizados é outra coisa que preocupa dos bispos. Os católicos praticantes - aqueles que vão à missa, recebem os sacramentos e participam da comunidade - são apenas 5%, ou cerca de 7 milhões num universo estimado em pouco mais de 130 milhões de fiéis. Entre os evangélicos, a porcentagem é maior. Padre Thierry dá valor relativo ao alto índice de católicos nas últimas décadas do século 19, quando a sua participação na população ultrapassava 99%.
É bom lembrar a perseguição sofrida na época pelas religiões afro-brasileiras e os preconceitos sofridos pelos protestantes, diz o diretor do Ibrades. Ao recuar ainda mais na formação religiosa do povo brasileiro, padre Thierry lembra os cristãos-novos ou judeus convertidos à força ao catolicismo, que também eram perseguidos.

PF indicia superintendente da Funasa em PE e mais 12

A Polícia Federal indiciou nesta sexta o superintendente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Recife, Alcio Pitt, o secretário municipal de obras do município de Arcoverde e mais 11 pessoas - entre engenheiros, empresários e funcionários públicos - por suspeita de fraudes relacionadas a obras públicas em Pernambuco.
Deflagrada pela PF, Receita Federal e Controladoria Geral da União (CGU), a Operação Resgate é fruto de uma investigação iniciada há três anos. De acordo com a PF, os envolvidos participavam das diversas fases de execução de obras públicas de pequeno e médio porte em municípios do interior pernambucano - da captação de recursos a aprovação de projetos básicos, incluindo licitações fraudadas e superfaturamento nos preços e materiais empregados nas obras, que eram fiscalizadas por integrantes do grupo.
Nas obras fiscalizadas pela CGU, o prejuízo ao erário público é estimado em R$ 2 milhões, mas o desfalque total aos cofres públicos pode ultrapassar os R$ 20 milhões, de acordo com a PF-PE.
Não foi decretada nenhuma prisão. A Operação também incluiu o cumprimento de mandados de busca e apreensão e sequestro de bens em seis municípios pernambucanos - Caruaru, Macaparana, Paudalho, São Benedito do Sul, Arcoverde e Recife.
A Funasa no Recife não se pronunciou sobre o assunto. A prefeitura de Arcoverde se colocou à disposição para prestar esclarecimentos aos investigadores. Os indiciados irão responder pelos crimes de fraude e dispensa indevida de licitação, peculato, falsificação de documento público e formação de quadrilha.

Para Serra, aprovação de terreno para Lula 'não é nada demais'

O pré-candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, disse na quinta-feira, 19, que 'não vê nada de mais' na aprovação do projeto que contempla a concessão de um terreno para o Instituto Lula. O tucano participou de um encontro com empresários na Associação Comercial de São Paulo, na Lapa (zona oeste de SP). A proposta foi encaminhada pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD) até a Câmara.
O pré-candidato mostrou cuidado para tratar do assunto conduzido pelo prefeito, que é seu aliado na campanha e cujo partido disputa espaço na vaga de vice na chapa. Além do PSD, estão na briga o DEM e também o próprio PSDB.
Por outro lado, o líder tucano na Câmara, o vereador Floriano Pesaro, não mostrou a mesma preocupação e considerou a cessão do terreno 'um desrespeito à democracia'. 'É um desrespeito à democracia ter o Instituto Lula como dono do espaço', argumentou Pesaro, adiantando que o substitutivo propõe que o terreno seja cedido através de concessão onerosa, para que haja então licitação e compra do espaço.
Pesaro ainda afirmou que a área desapropriada pela prefeitura só poderia ser doada na condição de que a entidade que a ganhasse fosse sem fins lucrativos e de direito público. O vereador destacou que não é o caso do Instituto Lula, que é de direito privado.

Novo Código Penal deve endurecer pena de servidor que abusar de sua autoridade

A comissão de juristas que discute no Senado Federal a reforma do Código Penal aprovou nesta sexta uma proposta para endurecer as punições dos servidores públicos que tenham sido condenados por cometer abuso de autoridade. Pelo texto, o funcionário público poderá ser condenado à pena de até cinco anos de prisão.
Atualmente, o servidor é enquadrado pela Lei de Abuso de Autoridade, criada na época da ditadura militar (1965). Por essa lei, a pena máxima aplicada em um processo pode chegar a seis meses de prisão. Não haveria mudanças entre a proposta aprovada pela comissão e a lei atual quanto à possibilidade de se aplicar também uma pena de demissão ao funcionário que tenha se excedido em suas funções.
'Hoje a pena é insuficiente. Não se pode coonestar com essas condutas. O funcionário público tem que se pautar pela legalidade', afirmou o procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves, relator da comissão.
Advogados. A comissão também aprovou uma proposta que cria o crime o abuso das prerrogativas do advogado, inexistente hoje. Estão sujeitos à pena de seis meses a dois anos de prisão policiais, promotores, delegados, juízes e quaisquer outros agentes que atuem para dificultar o trabalho do advogado. Pelo texto, será considerado crime, por exemplo, a autoridade ou servidor público impedir acesso aos autos de uma investigação ou processo, negar-se a entregar ou esconder documentos e proibir o advogado de se encontrar com seu cliente.
'Esse crime é muito importante porque é através dele que a gente vence uma justiça ditatorial. Na ditadura, o advogado não tinha prerrogativas, a gente não tinha habeas corpus, a gente era completamente cerceado na liberdade', afirmou Juliana Belloque, defensora pública do Estado de São Paulo e integrante da comissão. 'Uma democracia que se preze precisa respeitar a atuação do advogado e é isso que a gente busca', disse.
As sugestões feitas pela comissão devem ser apresentadas ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), até o final de maio. Caberá a Sarney decidir se propõe um novo código ou se inclui as sugestões em projetos já em tramitação. As mudanças, se aprovadas pelos senadores, terão de passar ainda pela Câmara.

Jaqueline Roriz, mensaleiros e filho de Dirceu não assinaram CPI do Cachoeira

A Mesa do Congresso Nacional divulgou nesta sexta-feira, 20, a lista dos parlamentares que assinaram o requerimento de criação da CPI mista do Cachoeira. Foram 72 dos 81 senadores e 396 dos 513 deputados. Em uma investigação com tanto apoio, chama mais atenção quem não rubricou o requerimento. Neste grupo que não respaldou o pedido de investigação estão alguns personagens de outros escândalos.
Dois réus no processo do mensalão em andamento no Supremo Tribunal Federal não assinaram o pedido: Valdemar da Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT). O deputado paranaense Zeca Dirceu (PT-PR), filho de outro réu, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, foi outro que não assinou. O ex-ministro prestou consultoria à empresa Delta, uma das envolvidas no escândalo que levou à prisão do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A última deputada a ser salva pelos colegas foi outra a não apoiar a investigação. Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi absolvida em plenário mesmo depois de um vídeo no qual aparecia recebendo um pacote de dinheiro de Durval Barbosa, o operador do chamado mensalão do DEM.
Um parlamentar envolvido em outro mensalão, o mineiro, não rubricou o requerimento. O tucano Eduardo Azeredo (PSDB-MG) não deu sua assinatura. Réu em algumas ações no Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-governador Paulo Maluf (PP-SP) também não apoiou a investigação.
Entre os que ficaram de fora da lista está ainda o deputado Sérgio Moraes (PTB-RS). Ele ganhou fama ao dizer que 'se lixa' para a opinião pública quando era relator do processo contra o ex-colega Edmar Moreira, o deputado do castelo que gastava recursos da Câmara com uma empresa de sua propriedade.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que está internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, também não assinou.
Parentes de ministros também não rubricaram: Garibaldi Alves (PMDB-RN), pai de Garibaldi Alves Filho (Previdência), e Lobão Filho e Nice Lobão, filho e esposa de Edison Lobão (Minas e Energia).
Na Câmara, o presidente Marco Maia (PT-RS) e o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já tinham avisado que não assinariam o requerimento devido aos cargos que exercem. O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PSD-BA), e o presidente da CCJ do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), foram outros a não assinar.
Dos parlamentares citados no escândalo que levou a prisão de Carlinhos Cachoeira apenas o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) não rubricou o requerimento. Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO), Jovair Arantes (PTB-GO), Rubens Otoni (PT-GO), Sandes Júnior (PP-GO) e Stepan Necerssian (PPS-RJ) apoiaram a abertura da investigação.
Na 'bancada dos famosos' apenas o deputado Acelino Popó (PRB-BA) ficou de fora. Romário (PSB-RJ) e Tiririca (PR-SP) deram apoio à investigação.

Hospital em SP fica sem gesso e diretor alega boicote

Um possível boicote de funcionários deixou sem suprimento de gesso o Hospital Regional de Sorocaba (SP), o maior hospital público da região. Por falta do produto, usado para corrigir fraturas, pacientes chegaram a permanecer internados até 11 dias a mais que o necessário. Parte dos funcionários aderiu a uma greve estadual convocada pelo Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde). De acordo com o diretor da unidade, Luis Carlos de Azevedo Silva, havia gesso em estoque na quantidade suficiente para atender toda a demanda. 'Há um clima de insatisfação de parte dos funcionários e pode ser boicote', afirmou.
O hospital, mantido pelo Estado de São Paulo, atende três mil pacientes por dia e é referência para 38 municípios da região. Reportagem da TV Tem, da Rede Globo, gravou com câmera escondida depoimentos de pacientes que dependiam da colocação do gesso para receber alta. Um deles contou ter ficado com o braço quebrado sem o gesso durante 11 dias. 'Colocaram só uma faixa, mas era mole', disse. Um rapaz, com uma perna e um braço quebrados num acidente, disse que esperava pelo gesso havia uma semana. 'O médico dispensou da cirurgia, mas não deu alta porque não tem gesso', contou. Funcionários disseram terem sido obrigados a pedir gesso emprestado à Santa Casa, outro hospital da cidade. Alegaram ainda que o gesso para adultos era usado também em bebês.
De acordo com o diretor, havia cerca de mil caixas de gesso no almoxarifado, mas o material não foi colocado à disposição da ortopedia e de outros setores que utilizam o insumo. 'Houve falta pontual de algumas telas de tamanho médio, mas poderiam ser adaptadas as telas maiores', disse. Segundo ele, os responsáveis pelo estoque deixaram de informar a disponibilidade do produto. 'Houve falta de comunicação ou má-fé, por isso vamos fazer uma apuração interna'.
O SindSaúde informou que a falta de materiais no hospital é recorrente e culpar o funcionário é a pior forma de resolver o problema. No ano passado, o hospital esteve sob intervenção, após a prisão de médicos, funcionários e ex-diretores, envolvidos num esquema de fraudes em licitações e pagamentos por plantões não realizados. O processo contra os envolvidos está suspenso por decisão judicial.

Dilma recebe visita de ministro argentino

A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta sexta o ministro do Planejamento e Investimentos Públicos da Argentina, Julio De Vido, que está em visita ao Brasil. De Vido estava acompanhado do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que já se reuniu hoje pela manhã com o colega argentino.
O governo argentino quer que o Brasil amplie os investimentos da Petrobras naquele país. Pela manhã, após encontro com Lobão, De Vido negou, no entanto, qualquer movimento no sentido de a empresa brasileira comprar participação na petrolífera argentina, ocupando espaço da Repsol.

Rio tem primeiro casamento gay oficializado

Um casal homossexual carioca conseguiu na Justiça a oficialização do casamento após oito anos vivendo juntos. Este é o primeiro caso de conversão da união homoafetiva estável para o casamento registrado no Rio de Janeiro. O pedido foi aceito por unanimidade pelos desembargadores da 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça (TJ-RJ) após ter sido negado, em outubro, pela Vara de Registro Público.
A decisão foi publicada na última quinta-feira. Os nomes dos beneficiados com a medida não foram divulgados pois o processo correu em segredo de Justiça. De acordo com a decisão, publicada na última quinta-feira, ficou comprovada a convivência 'contínua, estável e duradoura' do casal. O relator do caso, desembargador Luiz Felipe Francisco, levou em consideração o parecer do Superior Tribunal Federal (STF) de 2011 que determinou que não há distinção entre as uniões hétero e homoafetivas.
'Ao se enxergar uma vedação implícita ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, estar-se-ia afrontando princípios consagrados na Constituição da República, quais sejam, os da igualdade, da dignidade da pessoa humana e do pluralismo', afirmou Francisco. Para ele, o Direito não é estático e deve 'caminhar com a evolução dos tempos, adaptando-se a uma nova realidade'.

Novo Código Penal deve endurecer pena de servidor que abusar de sua autoridade

A comissão de juristas que discute no Senado Federal a reforma do Código Penal aprovou nesta sexta uma proposta para endurecer as punições dos servidores públicos que tenham sido condenados por cometer abuso de autoridade. Pelo texto, o funcionário público poderá ser condenado à pena de até cinco anos de prisão.
Atualmente, o servidor é enquadrado pela Lei de Abuso de Autoridade, criada na época da ditadura militar (1965). Por essa lei, a pena máxima aplicada em um processo pode chegar a seis meses de prisão. Não haveria mudanças entre a proposta aprovada pela comissão e a lei atual quanto à possibilidade de se aplicar também uma pena de demissão ao funcionário que tenha se excedido em suas funções.
'Hoje a pena é insuficiente. Não se pode coonestar com essas condutas. O funcionário público tem que se pautar pela legalidade', afirmou o procurador regional da República Luiz Carlos Gonçalves, relator da comissão.
Advogados. A comissão também aprovou uma proposta que cria o crime o abuso das prerrogativas do advogado, inexistente hoje. Estão sujeitos à pena de seis meses a dois anos de prisão policiais, promotores, delegados, juízes e quaisquer outros agentes que atuem para dificultar o trabalho do advogado. Pelo texto, será considerado crime, por exemplo, a autoridade ou servidor público impedir acesso aos autos de uma investigação ou processo, negar-se a entregar ou esconder documentos e proibir o advogado de se encontrar com seu cliente.
'Esse crime é muito importante porque é através dele que a gente vence uma justiça ditatorial. Na ditadura, o advogado não tinha prerrogativas, a gente não tinha habeas corpus, a gente era completamente cerceado na liberdade', afirmou Juliana Belloque, defensora pública do Estado de São Paulo e integrante da comissão. 'Uma democracia que se preze precisa respeitar a atuação do advogado e é isso que a gente busca', disse.
As sugestões feitas pela comissão devem ser apresentadas ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), até o final de maio. Caberá a Sarney decidir se propõe um novo código ou se inclui as sugestões em projetos já em tramitação. As mudanças, se aprovadas pelos senadores, terão de passar ainda pela Câmara.

A gata mais quente do hóquei sobre o gelo A lindíssima Ciara Price é namorada Tyler Seguin, jogador da NHL, liga de hóquei norte-americana, e está derretendo o gelo com tanta sensualidade

‘Presente’ de despedida do Ricardo Teixeira deve durar até 2018

 
Ricardo Teixeira assinou seu último contrato um pouco antes de sair
Ricardo Teixeira deixou a CBF, mas antes de se retirar por completo, o cartola fez seu último negócio a frente da entidade. Ele vendeu os direitos de transmissão das eliminatórias da Copa do Mundo de 2018 e da Copa de 2014  da seleção masculina  e da feminina  para a empresa de marketing do seu compadre, Kleber Leite.
A informação vazou e dá conta que a negociação ocorreu um pouco antes do cartola deixar o cargo, conforme o balancete da CBF.
A CBF recebeu R$ 4, 025 milhões referentes a 'antecipação pela cessão de direitos comerciais e outras pela Klefer Ltda pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018. A mesma empresa pagou R$ 1, 335 milhão como adiantamento pelas duas versões da Copa do Mundo de 2014 (edição masculina) e 2015 (edição feminina).
Kleber Leite  se notabilizou por ser um dos ex-presidentes mais controversos do Flamengo e por ser o candidato de Teixeira à presidência do Clube dos 13 quando foi derrotado por Fábio Koff.  A Klefer organizou os últimos amistosos da seleção no Brasil e o Superclássico das Américas contra a Argentina.

Romário visita o ex-presidente Lula e o presidente do Senado, José Sarney

Hoje fui a São Paulo para uma reunião e aproveitei a oportunidade para visitar o ex-presidente Lula e o presidente do Senado, José Sarney. A visita foi rápida, mas o pouco tempo que estive no hospital Sírio-Libânes me deixou muito feliz por ver que os dois estão se recuperando muito bem. Sarney com muita vontade de voltar ao Senado e Lula também querendo muito voltar aos palanques para falar sobre política.

Desejo uma boa recuperação, saúde e muita força aos dois!
 

Romário para o Blog do Guilherme Araújo: 'A política me fez muito bem'

O consultor de negocios e politicas Guilherme Araújo congue uma entrevista inedita com o Deputado Federal Romario eleito com mais de 146 mil votos, o ex-craque Romário não é um homem de meias palavras. Em entrevista ao Blog do Guilherme Araújo, o Baixinho dá vários chutes certeiros, como sempre fez: bate na organização da Copa de 2014, critica a reforma do Maracanã, reclama do presidente do próprio partido (PSB) e, após avisar que continua falando palavrão, diz que o Brasil, hoje, seria eliminado na primeira fase do Mundial, já que o time, segundo ele, “está uma m...”. Magoado porque a presidenta Dilma não o recebeu até hoje, Romário admite que até sente falta da política quando está de folga.

Romário posou com uma bola de futevôlei na Barra da Tijuca | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
Romário posou com uma bola de futevôlei na Barra da Tijuca | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
Blog do Guilherme Araújo: Depois que você foi eleito deputado federal pelo PSB, em 2010, sua rotina mudou radicalmente? Você já se acostumou?
ROMÁRIO: Ela mudou no começo do ano passado. Agora, já me sinto bem tranquilo. Essa coisa de sair toda terça-feira de manhã daqui e voltar na quinta-feira realmente, no começo, foi meio complicado e entediante. Mas, depois do primeiro ano de mandato e no começo deste ano agora, já até me acostumei. Sinto meio que falta. Eu gostei de estar na política, me fez muito bem.
Por quê?
Porque eu estou conseguindo, através das minhas bandeiras, que são as pessoas com deficiência; as crianças e jovens, principalmente, de comunidade, que estão aí metidos com crack; e essa coisa da Copa, tenho podido esclarecer muitas coisas pro povo não só do Rio como do Brasil. Tenho dado muito depoimento em cracolândias, em centros de tratamento para essas pessoas. A minha rotina na política tem sido bem positiva, tenho gostado bastante.
Do Romário craque, tinha sempre alguém para falar mal...
Espero que tenha sempre. A partir do momento que você se torna unanimidade, não é bom.
Como deputado, só se ouvem elogios porque você trabalha e não falta...
Não tem tido tanta crítica, mas sempre tem algumas coisas. Eu tenho aprendido bastante. Vou te dar um exemplo. Eu jogo futevôlei aqui (na Barra da Tijuca). Então, sai uma foto minha jogando futevôlei aqui. Por mais que seja domingo. Aí: “Pô, Romário, em vez de estar trabalhando, está jogando futevôlei.” É uma crítica. Por exemplo, eu já não jogo mais futevôlei terça, quarta e quinta. Quinta-feira, depois das quatro, eu não tenho mais meu compromisso com política em Brasília. Eu poderia jogar aqui, mas já evito. Eu estou dentro do meu direito, mas eu já evito pra não ter problema, entendeu?
Romário sorri durante entrevista | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
Romário sorri durante entrevista | Foto: Maíra Coelho / Agência O Dia
Onde tem mais mau caráter: na política ou no futebol?
Cara, essa pergunta é difícil. Hoje em dia, o mau caratismo está generalizado. Está no jornalista, no médico, no advogado, no dono de construtora, na política, no esporte... Está reinando o mau caratismo. O pior é que é tanta coisa ruim que a gente vê que a gente imagina assim: “P..., cara, essa p...não vai ter fim?” A gente espera que tenha fim. Mas está f... Está difícil pra caramba. Por exemplo, corrupção. Acredito que na política tenha muito mais corrupção do que futebol. Não sei se vocês reparam, o Romário político é o mesmo Romário, que fala palavrão igual, não vai mudar nunca.
Como você está vendo o caso do envolvimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira?
Eu conheço o Demóstenes apenas como senador. Ele foi um cara que sempre pregou uma coisa que hoje a gente sabe que não era verdade. Então, isso é meio que uma decepção, principalmente prum político novo, como eu. Eu tinha o cara como um dos ídolos da política. Claro, pô: o cara sempre foi um cara firme nas palavras, que sempre brigou pelo seu ideal. Foi uma decepção.
Em quem você nunca votaria?
Tem muitos. Só não vou te falar o nome porque...
Um só... Só daquele que você não votaria, mesmo, de jeito nenhum...
(O governador) Sérgio Cabral.
Por quê?
Por tudo isso que a gente está vendo aí, no nosso estado, cheio de coisa errada. Particularmente? Pelo nosso Maracanã, desculpa, é que eu sou esportista. O que o cara fez com o Maracanã... Isso aí não tem.. não tem volta. Vai ficar marcado eternamente.
Dá uma dor no coração?
P...! Desfigurou o Maracanã. Deu mais de R$ 1 bilhão num estádio igual ao Maracanã. Não votaria nele nunca mais.
Objetivamente, o que você acha que Cabral fez de errado no Maracanã?
Ele fez tudo errado. Desfigurou o Maracanã... O Maracanã precisava de obra, de uma reestruturação, mas já vem essa reestruturação feita nos últimos 10 anos, principalmente quando ele assumiu, cada ano ele faz uma obra no Maracanã. P... Não sei se já está, mas vai passar de R$ 1 bi. R$ 1 bilhão é dinheiro para c... R$ 1 bilhão equivale a esses hospitais públicos que não têm leitos, onde falta mão de obra qualificada, aparelhagens modernas que são necessárias para a vida das pessoas... Você vê nas escolas — não têm ar condicionado, não têm luz, não têm comida, não têm professores capacitados... Mas tem R$ 1 bi pra botar no Maracanã, pra desfigurar o maracanã, pra ficar a m... que está. Vai ficar bonito? Vai ficar maravilhoso, lindo, só que não vai ser mais o Maracanã.
Você está com raiva ou está triste?
Raiva, não. Eu fico triste como carioca. Não tenho raiva desse cara, não. Quem é ruim se destrói sozinho, tem essa frase. Na frente, ele paga.
Você já recebeu alguma proposta indecente no Congresso ou no futebol?
Não. Eu acho que essa coisa de proposta indecente está muito na cara de cada um: “Esse f. d. p. ali tem cara de ser corrupto, vou lá”. Pelo que eu já fiz, pelo que eu já representei, pelo que eu já falei, acho que as pessoas não me veem assim. Pelo contrário: “Não vamos mexer com o Romário, não, porque vai dar m...”
“Vai dar m...” quer dizer que você denunciaria quem tentasse te corromper?
Claro. Na hora, p... Eu, como tenho poder, é arriscado até eu dar uma voz de prisão. No ato. Eu não compactuo com sacanagem, nem com corrupção.
Qual sua relação com a presidenta Dilma Rousseff?
Nenhuma. Eu vi a Dilma uma vez, ela se pronunciando em relação a um pacote que vai beneficiar diretamente as pessoas com deficiência. Até levei minha filha (Ivy, que tem Síndrome de Down). Foi um posicionamento dela (da presidenta) muito legal, muito positivo, realmente a política pública em relação a essas pessoas começou a mudar. Mas, de lá pra cá, pedi audiência com ela no começo do meu mandato... Mas... também f... Não preciso dela para p... nenhuma. Vou continuar fazendo o meu papel.
E com seu partido?
Meu mandato podia ser muito mais produtivo. Eu podia fazer muito melhor a esse segmento, que são pessoas com deficiência, à Copa do Mundo e às crianças e jovens carentes, principalmente, de comunidade e essas pessoas que estão envolvidas com drogas, principalmente o crack, se meu partido me ajudasse. Não a liderança do meu partido — as pessoas da liderança do meu partido, se não fossem eles, eu não andava. Sou grato pra caramba. Mas os grandes do meu partido não me atendem. O presidente do meu partido (o governador de Pernambuco, Eduardo Campos), estou há sete meses pra falar com ele, não consigo falar nem “bom dia”. Aí, amanhã ele quer vir (concorrer) pra presidente da República, não vou ajudar. Vou logo avisando, não me peça ajuda.
Você pensa em mudar de partido?
Não, em princípio, não.
Você sempre falou que sexo era importante, que, se fizesse sexo antes dos jogos, você ficava mais inspirado. E agora? Isso também vale para antes de uma votação importante na Câmara, por exemplo?
Também. Sexo é primordial na vida de qualquer um. Principalmente na minha. Muito importante. Mas é uma mudança radical (de assunto): de PSB pra sexo. (Risos)
O que você acha da noite em Brasília?
É interessante. Muito boa. Adoro Brasília. Tudo o que eu gosto tem em Brasília: futevôlei, altos restaurantes, shows... Sou apaixonado por Brasília.
O Supremo Tribunal Federal decidiu que o aborto de fetos anencéfalos (sem cérebro) não é mais crime. Qual a sua opinião?
Isso é uma coisa polêmica e individual. Eu acho o seguinte: você que é mãe, ter o direito de poder tirar ou não, eu sou a favor disso. O outro (aborto) não. O aborto eu sou contra. Em casos de estupro, sou 100% a favor. Agora, por exemplo, eu tive uma filha que tem Síndrome de Down. Pô, eu vou abortar por quê? Claro que não. Sou totalmente contra. Em situações extremas, sou a favor. Em situações normais, mesmo que sejam pessoas que você saiba que vem com um tipo de deficiência, sou contra.
O consultor de negocios e politicas Guilherme Araújo agradece ao amigos Dep. Federal Romario, Ronaldo, Zé do Teffe e o leiloeiro publico André Gil.