Nome completo | Ronaldo Luís Nazário de Lima |
Posição | Atacante |
Data de nascimento | 22/09/1976 |
Nacionalidade | Brasileira |
Local de nascimento | Rio de Janeiro (RJ) |
Altura | 1,83m |
Peso | 93kg |
Estreia | Cruzeiro 1 x 0 Caldense (25/04/1993) |
História
- Cruzeiro (MG): 1993 - 1994
- PSV Eindhoven (HOL): 1994 - 1996
- Barcelona (ESP): 1996 - 1997
- Inter de Milão (ITA): 1997 - 2002
- Real Madrid (ESP): 2002 - 2007
- Milan (ITA): 2007 - 2008
- Corinthians (SP): 2009 - 2011
O recorde de gols da história das Copas. Atingir esse feito foi um grande prêmio de consolação para Ronaldo numa Copa em que começou muito gordo e vaiado, acordou e fez três gols para superar a marca do alemão Gerd Müller (o brasileiro chegou a 15 gols, contra 14 do recordista anterior), mas novamente fracassou com a seleção numa partida diante da França de seu amigo Zidane. Se, em 1998, foi vice-campeão, desta vez Ronaldo e a seleção caíram nas quartas-de-final.
Dois fatos amenizaram as críticas a Ronaldo no Mundial da Alemanha: os dois gols marcados contra o Japão estava um pouco mais magro que no início da preparação, mas ainda acima do peso e o tento que deu a ele o recorde de gols em Copas anotado diante de Gana, pelas oitavas de final.
Para deixar no passado a fraca campanha de 2006, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, trocou o comando da seleção ao colocar Dunga na vaga de Carlos Alberto Parreira. E com o capitão do tetra como treinador, Ronaldo deixou de ser chamado à seleção um veto do mandatário da CBF ao atacante foi cogitado pelo próprio atacante, embora o dirigente tenha negado. Polêmicas à parte, o Fenômeno ainda é defendido por muitos para ir à Copa da África do Sul, uma vez que já possui dois títulos mundiais (EUA-1994 e Coreia do Sul/Japão-2002).
O retrospecto de Ronaldo no futebol se confunde com a história recente das Copas. Em 1994, o menino Bento Ribeiro, então com 17 anos, foi levado por Parreira ao torneio nos Estados Unidos. Não teve chances de jogar, mas já estava se habituando ao ambiente de seleção.
Quatro anos mais tarde, Ronaldo chegou à Copa da França como principal estrela do futebol mundial, vindo de dois títulos consecutivos de melhor do mundo da Fifa. Todos os olhos estavam voltados para o então jogador da Inter de Milão.
A estrela do time de Zagallo fez um bom Mundial, mas o desfecho foi quase trágico. Horas antes da final contra os franceses, Ronaldo sofreu uma convulsão na concentração, em circunstâncias misteriosas até hoje. O atacante acabou não relacionado para a partida, mas chegou ao estádio em cima da hora e forçou sua escalação na vaga que era para ser de Edmundo. Na derrota para os donos da casa, Ronaldo não jogou bem. O sonho de brilhar em um Mundial, desta forma, ficava adiado para a Copa de 2002, na Coreia do Sul e Japão.
Mas nesse meio tempo, Ronaldo enfrentou o problema mais delicado de sua carreira, talvez de sua vida. O atacante sofreu duas lesões gravíssimas no joelho direito, ficando ausente dos gramados por praticamente dois anos. Porém, numa reviravolta quase cinematográfica, Ronaldo conseguiu se recuperar para jogar a Copa de 2002, conseguindo o melhor desempenho de sua carreira. Marcou oito gols, dois deles na decisão contra a Alemanha, e ajudou o Brasil a conquistar o pentacampeonato.
O sucesso de Ronaldo no futebol foi precoce. Depois de ver as portas se fecharem no São Paulo e no Botafogo-RJ, que não aceitaram pagar R$ 25 mil por 50% de seu passe, pertencente a Alexandre Martins e Reinaldo Pitta, em 1993, o franzino Ronaldo desembarcou no Cruzeiro. O responsável por sua chegada foi Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, que conseguiu convencer os dirigentes da equipe mineira a pagar US$ 25 mil pelo garoto.
O indiscutível talento precoce logo chamou a atenção do treinador Carlos Alberto Silva, que o colocou entre os reservas da equipe. Em uma excursão do Cruzeiro à Europa, o treinador decidiu colocar Ronaldo, então com 16 anos, em algumas partidas. De volta ao Brasil, foi escalado aos poucos até conquistar definitivamente uma posição no ataque. Em 1993, ao disputar a Supercopa dos Campeões, o atacante foi o artilheiro com oito gols.
Ronaldo conquistou então uma merecida vaga na seleção que disputaria a Copa dos Estados Unidos. Por causa da presença do zagueiro Ronaldão, o atacante passou a ser conhecido no Brasil como Ronaldinho. O Cruzeiro acabou decidindo vendê-lo ao PSV Eindhoven por US$ 6 milhões. Na Europa, o goleador foi submetido a um tratamento físico para ganhar massa muscular.
Em 71 partidas, marcou 66 gols, ajudando o time a conquistar a Copa da Holanda, em 1996, e tornando-se o ídolo maior da equipe. Em março do mesmo ano, operou o joelho direito para retirar fragmentos de cartilagem que haviam aderido ao tendão da patela.
Na Olimpíada de Atlanta, em 1996, foi destaque da seleção, com cinco gols. Mas, como o restante da equipe, ficou marcado pela perda da medalha de ouro após queda diante da Nigéria nas semifinais.
O seu talento, no entanto, ganhava admiradores por todo o mundo, e, ainda em 1996, Ronaldo foi vendido ao Barcelona, da Espanha, por US$ 20 milhões. Na equipe catalã, o artilheiro ganhou a idolatria dos torcedores, exibindo uma velocidade cada vez maior e impressionando as platéias com seus dribles e gols fantásticos.
A Fifa acabou elegendo Ronaldo o melhor jogador do mundo em 1996. No ano seguinte, o atacante deixou-se levar por uma oferta milionária da Inter de Milão. O negócio de US$ 32 milhões foi realizado, e o atacante, chamado então pela imprensa italiana de "Fenômeno", não demorou a quebrar recordes. Marcou 25 gols, tornando-se o estrangeiro com a melhor artilharia em uma primeira temporada na Itália.
Depois dos anos se recuperando das cirurgias no joelho e da conquista da Copa do Mundo, Ronaldo alegou falta de compatibilidade com o então técnico Héctor Cúper para deixar a Inter. Numa das mais polêmicas transferências da história moderna do futebol, o brasileiro foi parar no Real Madrid.
De volta ao futebol espanhol, Ronaldo manteve a média goleadora de toda sua carreira. Mas os títulos secaram. Depois de vencer o Mundial Interclubes e a Liga da Espanha nos seus primeiros meses no Santiago Bernabéu, o brasileiro não ganhou mais nada com o Real. No clube, frequentemente enfrentou cobranças, que variam sobre sua forma técnica ou seu estado físico.
A desconfiança dos torcedores e da imprensa do país acumulou, até que o técnico Fabio Capello resolveu afastá-lo do time após um início de trabalho irregular. Como não tinha mais clima para seguir no time espanhol, acertou a sua transferência para o Milan por US$ 9,7 milhões e assinou contrato de um ano e meio.
Porém, no Milan, Ronaldo teve poucas chances devido às constantes lesões que atrapalham a sua carreira. Em fevereiro de 2008, o atacante sofreu mais uma grave contusão, agora no joelho esquerdo, semelhante à que havia sofrido no direito.
Submetido a nova cirurgia, Ronaldo ficou afastado dos gramados durante todo o restante do ano, até reiniciar sua preparação física no Flamengo. Longe de sua melhor forma, o atacante repetiu inúmeras vezes que seu objetivo era atuar pelo clube carioca, mas, em dezembro de 2008, acertou com o Corinthians. Logo na primeira temporada, conquistou os títulos do Paulista e da Copa do Brasil.
Na sequência, o atacante não conseguiu manter o mesmo rendimento dentro de campo e voltou a sofrer com lesões mais leves. Em 2011, Ronaldo voltou do período de férias e não conseguiu pegar ritmo de jogo. Atuou apenas em quatro partidas até fevereiro, sendo a última delas a mais dolorosa - a derrota para o Deportes Tolima por 2 a 0 e a eliminação da Libertadores.
O fim do maior sonho corintiano gerou muitos protestos da torcida, em momentos até violentos, e Ronaldo virou um dos principais alvos da fúria da torcida, que contestava a sua forma física. O grande amigo Roberto Carlos deixou o clube alegando que estava sendo perseguido por torcedores e poucos dias depois foi a vez do Fenômeno anunciar a sua saída. No entanto, Ronaldo não deixou apenas o time alvinegro, anunciou o fim da sua vitoriosa carreira.
Durante o anúncio, o agora ex-jogador revelou que sofre de hipotireoidismo e culpou as constantes dores no corpo para antecipar o adeus, que deveria acontecer apenas no final do ano.