No momento em que enfrenta uma disputa acirrada contra o ex-aliado Alvaro Dias (Podemos-PR) pela vaga de senador no Paraná, o ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil) fez um sinal de reaproximação com o presidente Jair Bolsonaro (PL), com quem está rompido desde abril de 2020, quando deixou o governo. Aliado de Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol (União Brasil), que disputa uma cadeira na Câmara, se movimenta no mesmo sentido e alinhou o discurso com a narrativa bolsonarista em busca do eleitorado conservador e antipetista.
Enquanto Moro julgava os casos da Lava Jato, Deltan era membro da força-tarefa que investigava os escândalos de corrupção na Petrobras, que atingiram empreiteiros e políticos, entre eles o petista Luiz Inácio Lula da Silva, cujas ações foram anuladas. “Jamais vou estar ao lado do PT ou Lula. Em relação ao presidente Bolsonaro, eu tenho minhas divergências, mas também tenho convergências”, afirmou Moro.