Sabe quando seu gerente de banco define seu perfil de investimentos como conservador? Pois bem, ter perfil conservador de investimentos hoje, no Brasil, é uma ótima opção. E ser conservador não implica deixar seu dinheiro “rendendo" na poupança que, cá entre nós, é o último lugar onde você deveria deixar seu suado dinheiro.
Julia fez 18 anos em 3 de julho do ano passado. Nesse dia resolveu colocar um dinheiro na poupança. O objetivo era não gastar esse dinheiro e deixar o mesmo rendendo. Só que a notícia em julho desse ano não foi nada boa. Ao colocar esses R$ 1000 na poupança, considerando a taxa deste ano de 7,7% ela ganhou R$ 77. Mas, na verdade, a conta não é tão simples assim. Julia viu nos jornais que a inflação anual está em torno de 9,5%, ou seja, maior que o rendimento da poupança. Então, no fim das contas, os R$ 1000 se transformaram, em apenas um ano, em R$ 983.
Agora, se ela tivesse investido no Tesouro Selic, por exemplo, o resultado seria positivo. O mesmo valor colocado no Tesouro, descontando a inflação do período e o imposto de renda, o montante seria de R$ 1033,20.
Então, ser conservador significa escolher investimentos disponíveis que trazem rendimentos maiores que a poupança e que ao mesmo tempo ofereçam baixo risco. Para quem nunca ouviu falar sobre Tesouro Direto, explicamos: é um programa de venda de títulos públicos do Tesouro Brasileiro para pessoas físicas, como eu e você.
Os títulos públicos são instrumentos financeiros de renda fixa emitidos pelo governo federal. O objetivo do governo é obter dinheiro de qualquer pessoa ou empresa para financiar suas despesas. Ou seja, você “empresta dinheiro” ao governo e ele te devolve este montante depois de um tempo com um adicional de pagamento de juros, que é o seu retorno do investimento.
Todos os títulos do Tesouro Direto têm uma data de vencimento, que é a data em que o Tesouro Nacional quita suas obrigações financeiras com os investidores. É o dia do resgate do valor do título. Mas isso não quer dizer que você não possa sacar seu dinheiro antes. Sim, você pode. E sabemos que o país está em uma situação bastante complicada, mas ainda indicamos o Tesouro.
Quando falamos do Tesouro Direto, enxergamos boas oportunidades e sugerimos, neste momento, opções como o Tesouro IPCA 2050 (NTNB 2050), que oferece proteção da inflação, juros reais ainda altos e possibilidade de se apropriar na veia da esperada redução dos prêmios de risco associados a Brasil.
Veja abaixo as modalidades vendidas pelo Tesouro Nacional:
Além de ser uma opção de investimento muito segura, o Tesouro Direto tem outras vantagens:
- Desde 2015 o Tesouro passou a ter liquidez diária, ou seja, você pode vender no mesmo dia em que decidir fazê-lo.
- O Tesouro Direto permite programar o investimento, o que ajuda na disciplina para investir. Em contato com o banco ou com a corretora, você pode programar uma espécie de “débito automático”, ou “aplicação automática”.
- O rendimento do investimento é bom. Como o Brasil tem atualmente uma alta taxa básica de juros (Selic) e também uma alta inflação, os títulos do Tesouro que acompanham Selic e inflação pagam bem.
- É bem fácil de aplicar e você pode fazê-lo por conta própria. Você precisa apenas ter uma conta em um banco ou em uma corretora para começar.
- O site oficial do Tesouro Direto é bastante claro e explica detalhes sobre seu funcionamento. Você pode olhar os títulos atualmente disponíveis para compra, como o Tesouro IPCA+ (que antes se chamava NTN-B) ou o Tesouro Selic (que antes se chamava LFT). Não se assuste com os preços de compra, que superam os R$ 500. É possível comprar apenas uma fração dos títulos.
Mas quais são os riscos do Tesouro Direto? Deve-se investir pelo banco ou pela corretora? O Tesouro é melhor que a poupança? Qual o melhor título para você? Hoje você vai encontrar essas respostas e algumas outras, afinal, construir riqueza depende do seu planejamento e das suas escolhas sobre onde investir e como poupar.
Um abraço,
Bruna Bessi