GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O que será que esta acontecendo?

Após as mudanças de cargos e da saída do ex-secretario senhor Cristian Bota do comando da secretaria municipal de TURISMO de Caraguatatuba eu pude observar que acontecerão algumas mudanças e em especial no que se refere ao no comportamento e na forma de atendimento ao publico. 


Antes o cidadão chegava e tinha acesso, era tratado com mas carinho, humanidade, respeito e hoje por uma determinação sabe-se lá de quem, pede-se para esperar do lado de fora. 

Estou triste e sem palavras com este fato...



No domingo dia 04/10/2015, por volta das 21h20minh do dia 04/10/2015 as minhas amigas Dra. Maira Aparecida residente em SJC em que estava de passeio e a sua amiga moradora do bairro Ipiranga Sra. Regina foram violentamente assaltada por 02 (dois) marginais que portavam armas de fogo. (os 02 (dois) bandidos têm as seguintes características: moreno claro, 175 de altura, magro, um usava um casaco de moletom cinza claro de capuz e o outro um casaco azul marinho de capuz e ambos estavam de bicicleta. O assalto aconteceu quando conheciam as instalações da nova ACADEMIA que fica ao lado da Praça de skate no Centro de Caraguatatuba. A policia militar foi acionada através da central 190 que chegou e prestou todo apoio através de seus policiais. O BO feito na delegacia do Centro. Foram roubados documentos, 04 (quatro) celulares, 02 (duas) bolsas, chaves de carro, cartões de créditos e outros pertences. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Crivella recebe as reivindicações dos moradores de Campo Grande‏

O senador Marcelo Crivella esteve, na manhã deste sábado (03), com o cantor e ator Theo Becker, recém-filiado ao PRB, no Calçadão de Campo Grande. Crivella conversou com a população sobre as demandas da região e recebeu diversas reivindicações sobre a falta de transporte, o descaso com a segurança e o abandono da saúde pública.
"Na Zona Oeste têm poucos ônibus e a população é muito grande. Não tem transporte para atender todo mundo e ficamos horas no ponto esperando", disse o aposentado Manoel dos Santos, de 67 anos.
Segundo a cozinheira Ana Célia dos Santos, de 48 anos, "a escada rolante  de Campo Grande está sem funcionar há quatro meses, obrigando os idosos e portadores de necessidades especiais a usarem as escadas se arriscando".
O aposentado Nerval Ribeiro, de 68 anos, destacou a postura ética do senador. "O Crivella luta para a nossa situação melhorar, mas ele é sozinho nessa empreitada. A saúde e a segurança estão jogadas no lixo, os outros políticos só pensam neles e na Zona Sul", declarou.
Crivella recebeu as demandas da região e ressaltou a lei de sua autoria, que garante adicional de periculosidade para mototaxistas, motoboys e carteiros. "A lei que apresentei no Senado para considerar perigosa a atividade dos trabalhadores em motocicleta demorou 11 anos para ser aprovada. Temos que votar em quem vota com o trabalhador para conquistarmos nossos direitos", alertou.
Imagem inline 1

Bispo X Jogador - Coluna Boechat na Isto É independente‏

A eleição para prefeito do Rio de Janeiro segue polarizada entre dois senadores, a um ano do pleito: Marcelo Crivella (PRB) atingiu 26% da intenção de voto em pesquisa que o Instituto Gerp concluiu no último dia 23. Já Romário (PSB) alcançou 20%. A situação de Crivella ê mais confortável: subiu nos quatro levantamentos feitos desde março, quando teve 21% – Romário à época exibiu 18%. O provável candidato do prefeito, Eduardo Paes (PMDB), segue no limo: o deputado federal Pedro Paulo tem 1% de preferência.

Agora é com você...


Requerimentos aprovados na 32ª Sessão Ordinária de 2015‏

REQUERIMENTO Nº 111/15 – Ver Pedro Ivo de Sousa Tau – Requer ao Executivo informações sobre o Plano de Obras do Município em especial da construção de uma nova UBS no Bairro Jetuba.
REQUERIMENTO Nº 113/15 – Ver Wenceslau de Souza Neto – Requer ao Executivo informações sobre a possibilidade de implantar uma segunda rotatória no Poiares próxima ao Spani Atacadista.
REQUERIMENTO Nº 114/15 – Ver Wenceslau de Souza Neto – Requer ao Executivo informações sobre a existência de estudos visando a contenção do avanço da maré, na Praia do Massaguaçu, através da criação de arrecifes artificiais.
REQUERIMENTO Nº 115/15 – Ver Vilma Teixeira de Oliveira Santos – Requer ao Executivo informações sobre o cumprimento da Lei nº 1875/10, sobre ações de conscientização e prevenção do câncer de mama.
REQUERIMENTO Nº 116/15 – Ver Petronílio Castilho dos Santos – Requer ao Executivo informações sobre a possibilidade de repintar faixas de pedestres e lombadas nos bairros da região sul.
REQUERIMENTO Nº 118/15 – Ver Francisco Carlos Marcelino – Requer ao Executivo informações sobre o acolhimento de imigrantes refugiados no município de Caraguatatuba.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Maior hospital privado da América Latina dedica 50% dos seus leitos para o atendimento filantrópico. São quase 1 milhão de atendimentos por ano

Em atividade desde 1859, a Beneficência Portuguesa de São Paulo é considerada uma das maiores instituições privadas da América Latina. Com um corpo clínico formado por renomados especialistas, reúne uma equipe de cerca de 3.000 médicos e 7.500 colaboradores, que atendem mais de 1,8 milhão de pessoas por ano.
Há 156 anos o hospital segue o modelo filantrópico e se tornou referência no atendimento médico em mais de 50 especialidades, entre as quais se destacam a cardiologia, a neurologia e a oncologia.
Com uma gestão baseada na qualidade assistencial, humanização, ensino e pesquisa, a instituição conta atualmente com 3 unidades hospitalares, que somam 1.100 leitos. Seguindo as diretrizes do seu forte compromisso social, a instituição dedica aproximadamente 50% dos seus leitos à assistência filantrópica.
A principal e mais antiga unidade hospitalar, localizada no bairro do Paraíso, no coração da cidade de São Paulo, conta com 855 leitos e realiza atendimentos ao Pronto Socorro, UTIs, Internações e Cirurgias. Atende a convênios e pacientes particulares e tem uma parte de sua assistência dedicada à filantropia.
Em 2013, a instituição inaugurou a unidade Hospital Santo Antônio, que atende exclusivamente pacientes oriundos do SUS (Sistema Único de Saúde), reforçando seu caráter beneficente. Em 2014, o complexo hospitalar foi considerado um dos três melhores do estado a realizar atendimentos para encaminhamentos feitos pelo SUS.
Completa o quadro a unidade Hospital São José, considerada o hospital premium da rede e que atende apenas pacientes oriundos de convênios e particulares.
Os números dedicados à atividade filantrópica impressionam. Cerca de 81 mil internações foram realizadas nos hospitais da Beneficência Portuguesa de São Paulo entre os anos de 2010 e 2014. Também pelo SUS, foram realizadas no período 54 mil cirurgias (sendo 36 mil cardíacas), mais de 20 mil quimioterapias, 307 mil radioterapias e 2,2 milhões de exames laboratoriais, além de 355 transplantes de órgãos, sendo 61% de rins, 21% de fígado e 6% de pâncreas.
Esses dados reforçam o compromisso em atender a todos os segmentos da sociedade, um dos pilares da instituição, ao oferecer assistência médico-hospitalar para todas as camadas da população. Toda a receita proveniente de pacientes particulares, convênios e doações é reinvestida para oferecer saúde de qualidade para todos, caracterizando assim a Beneficência Portuguesa de São Paulo como uma entidade que une atendimento de qualidade de alto nível com um sério comprometimento social de caráter humanista.

Em MG, professor universitário é encontrado morto com pés e mãos amarrados

O professor universitário Rafael Adriano de Oliveira Severo, 37, foi encontrado morto neste sábado
O corpo do professor universitário Rafael Adriano de Oliveira Severo, 37, foi encontrado na manhã do ultimo sábado (3), amordaçado, com as mãos e pés amarrados, em seu apartamento em Contagem (MG), região metropolitana de Belo Horizonte.
De acordo com a PM (Polícia Militar), o professor pode ter morrido por estrangulamento. O corpo foi encontrado por uma professora da Faculdade de Ciências Sociais de Belo Horizonte (Facisa-BH), que estranhou a ausência do colega nas aulas no período da manhã deste sábado. A docente chamou a polícia. 
O corpo de Severo estava sobre a cama, as pernas amarradas com uma sacola de pano, as mãos presas com uma cueca rasgada e a boca amordaçada com uma fronha, e o rosto machucado. A primeira suspeita da polícia é de que o crime tenha sido cometido por uma pessoa conhecida do professor, pois a porta do apartamento estava aberta e sem sinais de arrombamento.
A perícia da Polícia Civil esteve no imóvel e verificou que não havia indícios de luta corporal no imóvel. Durante as buscas, a polícia também descobriu que havia R$ 600 no apartamento e o carro da vítima estava na garagem.
Vizinhos disseram à polícia não ter ouvido nenhum barulho vindo do apartamento e também não perceberam nenhuma pessoa em atitudes suspeitas. A polícia vai analisar imagens do circuito de segurança do prédio.
O corpo do professor foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Belo Horizonte e ainda não foi liberado. Não há informações sobre o enterro de Severo.

Trio vence Nobel de Medicina por tratamentos contra infecções parasitárias

O irlandês William Campbell, o japonês Satoshi Omura e a chinesa Youyou Tu foram anunciados nesta segunda-feira (5) como os vencedores do prêmio Nobel de Medicina pelo desenvolvimento de tratamentos contra infecções parasitárias e a malária.
Campbell e Omura foram recompensados em conjunto por seus "trabalhos sobre um novo tratamento contra as infecções provocadas por vermes", enquanto Youyou Tu foi premiada por suas "descobertas sobre uma nova terapia contra a malária", anunciou o júri do Nobel em Estocolmo.
"As doenças provocadas por parasitas têm sido um flagelo para a humanidade durante milhares de anos e são um problema de saúde global significativo", afirmaram os integrantes do júri.
Para o Comitê Nobel, "as enfermidades parasitárias afetam especialmente as populações mais pobres do mundo e representam um enorme obstáculo para melhorar a saúde e o bem-estar humano".
"Os vencedores do prêmio Nobel este ano desenvolveram terapias que revolucionaram o tratamento de algumas das doenças parasitárias mais devastadoras", afirma o Comitê Nobel do Instituto Karolinska.
William C. Campbell, que trabalhou para companhias farmacêuticas privadas, e Satoshi Omura descobriram um novo medicamento, a Avermectina, "cujos derivados reduziram drasticamente a prevalência da 'cegueira dos rios' (oncocercose) e a filariose linfática", afirmou o júri.
Youyou Tu, de 84 anos, que tinha o nome cogitado há vários anos na Academia, desenvolveu um tratamento particularmente eficaz contra a malária com um extrato da planta 'Artemisia annua'.
Tu iniciou a pesquisa com a combinação de antigos textos médicos chineses e remédios populares. Ela coletou 2.000 "remédios" potenciais, a partir dos quais sua equipe produziu 380 extratos de plantas.
Um dos extratos da planta do absinto ('Artemisia absinthium') mostrou que era promissor nos ratos. Inspirada em um texto antigo, Tu modificou o processo de extração da substância para que se tornasse mais efetiva antes de isolar, no início dos anos 70, o princípio ativo do absinto, o seja, a artemisinina.
A artemisinina é o tratamento mais eficaz e seguro contra a malária, uma doença que afeta quase 200 milhões de pessoas por ano e mata mais de 500.000, principalmente crianças africanas.
Desde a criação do prêmio, em 1901, 210 pessoas receberam o Nobel de Medicina. Youyou Tu é a 12ª mulher a entrar para a lista.
Campbell, nascido em 1930 em Ramelton (Irlanda), é pesquisador emérito na Universidade Drew, de Madison, no Estado americano de Nova Jersey. Já Omura, nascido em 1935 em Yamanashi (Japão), é desde 2007 catedrático emérito da Universidade Kitasato, de seu país.

Youyou Tu, nascida em Ningbo (China) em 1930, é cientista médica e química farmacêutica, e atualmente é diretora científica da Academia de Medicina da China.

Os três vencedores dividirão o prêmio de oito milhões de coroas suecas (cerca de R$ 3,8 milhões). Campbell e Omura ficam com 25% cada e Youyou Tu com metade do valor.

No ano passado, o britânico-norte-americano John O'Keefe e os noruegueses May-Britt Moser e Edvard Moser ganharam o prêmio pela descoberta de uma espécie de "GPS interno", células que ajudam os seres humanos a se nortearem.
O prêmio de Medicina é a primeira das honrarias do Nobel concedidas a cada ano. Prêmios para realizações na ciência, literatura e paz foram concedidos pela primeira vez em 1901, seguindo as determinações do testamento do inventor da dinamite, o empresário Alfred Nobel.

Sheik atrai brasileiros para islamismo com 'zoeira', redes sociais e discurso de tolerância

O xeque gaúcho Rodrigo Rodrigues, 38, na mesquita no Pari (SP) e com seus alunos

Em português e árabe, o sheik gaúcho Rodrigo Rodrigues, de 38 anos, fala sobre a crise de refugiados sírios na Europa na mesquita do Pari, no centro de São Paulo, ao meio-dia de uma sexta-feira - compromisso para os muçulmanos equivalente à missa de domingo dos católicos.

"Alá não vai perguntar pessoa por pessoa: O que você fez lá no Iraque? O que você fez na Síria? O que você fez na Palestina? Porque não está em nossas mãos. Mas Alá vai perguntar a você: o seu coração estava com quem? Com a criança que morreu na praia, que poderia ser seu filho? Com as crianças em Burma (Mianmar), na África, no Haiti ou com os tiranos?"

Suas pregações têm feito cada vez mais sucesso entre muçulmanos em São Paulo. Segundo a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), a oração da sexta-feira no Pari era frequentada por cerca de 300 pessoas há seis meses. Hoje, são cerca de 1.200.

Mas o jeito "moderno" do sheik também tem atraído mais brasileiros recém-convertidos à mesquita. Ensinando religião para adolescentes em uma escola islâmica na Vila Carrão, zona leste paulistana, ele usa gírias, tira selfies e diz nas redes sociais que "não basta ser professor, tem que ser da zoeira".

No YouTube, ele publica vídeos com ensinamentos religiosos e conselhos. No Twitter, escreve principalmente em árabe para mais de 12 mil seguidores. No Facebook, alterna entre mensagens religiosas, memes e comentários sobre seu time preferido de futebol, o Internacional. Ainda tira dúvidas pelo WhatsApp e posta fotos da "zoeira" com os alunos e com seus filhos no Instagram.

"Procuro ser acessível para as pessoas por causa da dificuldade que tive no começo para encontrar um muçulmano que me ensinasse a religião", disse à BBC Brasil.

"Quis criar um meio que desse às pessoas esse acesso a um sheik, que não tive. Eu queria ter alguém que me escutasse, me indicasse livros."

'Me chamavam de Saddam Hussein'

Rodrigues converteu-se ao Islã em 1991, ainda adolescente de família católica em Porto Alegre. "Meus pais estranharam, me levaram para psicólogo e tudo. Havia essa ideia de 'o menino quer ser muçulmano, deve ser violento'. Mas o psicólogo disse 'não, isso é coisa de jovem, normal'", afirma.
Instagram
Aulas para adolescentes são "onde me realizo", segundo o xeque Rodrigo



O interesse pela religião, segundo ele, foi despertado pela guerra do Golfo (1990-1991), que teve início quando o Iraque, sob o comando de Saddam Hussein, invadiu o Kuwait. "Eu quis saber o que era aquele povo que estava sempre em guerra. Perguntava aos professores, comecei a ir na biblioteca pública, me fascinei e me converti assim, sozinho."

"Eu sofri muito bullying no começo. Até meus professores me chamavam de Saddam Hussein e de Khomeini. Mas essa fase passou. Hoje a gente sofre e às vezes não percebe", diz o sheik.

Rodrigues estava estudando no Catar quando ocorreram os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. "Os sheiks falavam 'isso não é problema nosso, não é com a gente, é problema dos americanos'. E comecei a questionar bastante o por quê disso."

Preocupados com a impressão que seus questionamentos poderiam causar no país, que tem uma relação próxima com o governo americano, os professores o acabaram convencendo a voltar para o Brasil.

"Eu ficava querendo saber de tudo e acho que eles pensaram: 'ele está tão empolgado que é melhor sair daqui, porque aqui vai acabar procurando problema'. Me disseram para amadurecer, focar nos estudos."

"Na época pensei mal do professor que me dizia isso, mas hoje dou graças a Deus, e é um conselho que dou para os jovens também. Eles chegam falando de política e eu digo: 'Rapaz, vá procurar um emprego, estudar para o Enem. Se as pessoas de lá estão vindo para cá porque não conseguem resolver a crise, o que faz um brasileiro daqui querendo ir para lá?."

Em 2004, ele se tornou o primeiro brasileiro a estudar educação islâmica na Universidade King Saud, na Arábia Saudita. Hoje, diz que sua fase "revolucionária" ficou para trás, mas usa a experiência para aconselhar jovens convertidos.

"Já passei por todas essas fases que os brasileiros convertidos enfrentam. Querer construir uma mesquita, ir para um país árabe, islamizar o mundo árabe, separar árabes de brasileiros, querer ser revolucionários. Dou meu exemplo, converso. A gente tenta aconselhar, diz para procurar um psicólogo. Não é pecado, é muito bom fazer terapia", afirma.

'Tá me tirando?'

A tarefa de ensinar religião para adolescentes do ensino médio é "desafiadora", segundo o sheik. "Eles acham que aula de religião é para zoar, para ver o sheik constrangido. Eu fazia muito isso com o padre na catequese, estou pagando o preço agora", brinca.

Para constrangê-lo, os alunos fazem perguntas sobre namoro e sexo. Mas Rodrigues já tem a resposta pronta: "Eu digo 'pergunta para seu pai e sua mãe, que eles fazem'. Aí eles ficam envergonhados e eu digo 'o que é, rapaz, tá me tirando?'."

Fotos dos adolescentes colando nas provas ou dormindo em sala costumam ir parar no Instagram do professor, com legendas como "pediu para ser zoado, né?". "Claro que só boto ali porque sei que a diretora não tem Instagram", assegura.

Além das dúvidas dos garotos, o sheik também diz conversar com as garotas sobre a posição da mulher na religião. "Há tabus porque os pais são árabes, mas os filhos já não são. E não viveram em sociedades árabes lá, mais paternalistas e machistas. No Brasil se vive de outro jeito", diz.

"Por exemplo, em algumas sociedade muçulmanas, como na Arábia Saudita, a mulher não pode dirigir. Mas isso não é da religião. Isso é cultura, é tribalismo, é tabu. Tento falar para as meninas que elas tem que questionar mesmo, saber se é religião ou tabu. Não pode misturar."

Segundo o sheik, mulheres e homens têm deveres e direitos iguais no islamismo.

"Em algumas famílias é assim: se a menina namorar é feio, mas se o menino namorar é menos feio. Eu digo que é feio igual. Assim como a mulher tem que se preservar, o homem tem que se preservar também. Tento falar para os jovens: não existe na religião algo que o homem pode e a mulher não pode."

No entanto, as mulheres não podem casar-se com não muçulmanos, enquanto que os homens podem se relacionar com não praticantes da religião. "Aí não é tabu, é religioso", defende. "A família muçulmana ainda é patriarcal. Ainda é a mulher que segue o homem."

Viver com as diferenças

As posições conservadoras também já renderam ao sheik o apelido da moda no Brasil. "Alguns alunos me chamam de coxinha, porque me acham muito careta. Mas fazem isso pra zoar", conta.

Rodrigues se opõe, por exemplo, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Também afirma que punições físicas e prisão para homossexuais e pessoas que cometem adultério estão dentro da lei islâmica - mas não podem ser aplicados por qualquer muçulmano, ou sem o procedimento legal correto.

"Na religião islâmica o adultério e o 'homossexualismo' [sic] são pecados gravíssimos, inclusive no código penal islâmico. Pode até haver condenação à morte. Mas isso é com a Justiça, não com as pessoas na rua, revoltadas. Para essas leis terem fundamento, tem que ter um um sistema judiciário islâmico completo, tem que ser pego em flagrante, ter quatro testemunhas, ter defesa e acusação. E nós não vivemos nesse sistema", afirma.

Ele admite, no entanto, que em alguns países a lei islâmica é usada para perseguir cidadãos ou para justificar violência cometida por civis.

Os atos do grupo autodenominado "Estado Islâmico", que realiza execuções de homossexuais e de pessoas que considera apóstatas (que se afastam da religião) também iriam contra o Islã, segundo Rodrigues.

"O 'EI' está tentando aplicar algo que eles acham que está na lei por si próprios. Mas que autoridade legal eles têm sobre a população para aplicar isso? Em um país em perturbação social e política, como é o Iraque, não se aplicam as leis islâmicas, porque não há autoridade legal estabelecida. Isso é um conceito religioso."

Seu conselho para os pais muçulmanos de filhos homossexuais costuma, também, ir além do âmbito da religião.

"Se o rapaz ou a menina assumiu que é homossexual, enfrentou a sociedade, não vai deixar de ser. Eu falo: olha, é muita oração para que Deus o oriente e você tem que buscar um acompanhamento psicológico para aprender a conviver com isso", diz.

A pregação sobre a tolerância com a diferença é um dos motivos do sucesso do sheik, de acordo com um representante da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil.

"Se perguntar o que eu acho de um homem casar com outro homem, vou dizer que é errado, é pecado. Mas se vêm dois vizinhos homossexuais pegar o elevador comigo eu vou quebrar o elevador pra prejudicar eles? Não. Se a gente se incomoda com a diferença, o problema está mais em nós do que nos outros", afirma o sheik.

"A gente tem que ter simpatia e humildade para aceitar as diferenças, e as outras pessoas vão ver e vão nos aceitar também. Quando falo essas coisas para os alunos, eles dizem 'agora o sheik não está mais coxinha'."

Sem comida árabe

Na mesquita e nas redes sociais, Rodrigues diz que os países europeus e os Estados Unidos são os "principais responsáveis" por conflitos no Oriente Médio, mas também critica os países árabes e de maioria muçulmana que receberam poucos refugiados.

O sheik nega que suas críticas aos EUA e à Europa possam ser interpretadas como sinais de radicalismo.

"É raro ter pessoas que já vêm - desculpe a expressão - meio doidonas, com cabeça radical. Mas quando elas descobrem que aqui não tem nada de radical, ou decidem seguir o Islã ou se afastam, porque essa não é a nossa pregação", diz.

Para Rodrigues, lembrar a todos que ele é brasileiro é essencial para evitar estereótipos sobre o Islã. "As pessoas perguntam: 'Por que ele é convertido, mas tem esse nome, Rodrigo?'. Mas eu me converti ao islamismo, não me tornei um árabe. Eu nem gosto de comida árabe. Sou gaúcho, como churrasco", revela.

"Um sheik saudita me disse: 'se você quer voltar para o Brasil com a cabeça dos brasileiros, muito bom. Se quer voltar com a cabeça dos árabes, fica aqui. Deixe os árabes e leve só a religião dos árabes. Foi um grande conselho."

"Estou mais preocupado que o dólar subiu do que com o 'Estado Islâmico'. É isso que prego para as pessoas. Nós temos que viver nossa realidade. Nenhum católico vive pensando no Vaticano ou na Itália 24 horas. Vai ver o jogo do Corinthians, vai na pizzaria, vai zoar, seja normal", diz.

Para 50%, ‘bandido bom é bandido morto’. Isso vale para PM bandido?

PMs forjam tiroteio. Devem ser mortos? - Foto reprodução

Na semana passada, o deputado estadual Flávio Bolsonaro esperneou contra decisão da Justiça de fechar o Batalhão Especial Prisional, onde estavam em cana 221 PMs do Rio. Eles “são tratados como bandidos'', bronqueou o deputado.
O BEP foi interditado depois de presos agredirem a juíza que coordenava uma vistoria. Os PMs trocaram o batalhão por um complexo penitenciário.
Ao assistir à entrevista de Bolsonaro, pensei cá comigo: os policiais prisioneiros são tratados como bandidos porque, na forma da lei, são suspeitos ou acusados de terem cometido crimes. Noutras palavras, de serem mesmo bandidos.
Lembrei o episódio ao ler hoje o resultado de pesquisa Datafolha em cidades com mais de 100 mil habitantes. Metade dos entrevistados concorda com a assertiva de que “bandido bom é bandido morto''.
Espanto? Nenhum. Talvez os 45% que tenham rejeitado o mantra de esquadrões da morte. A civilização não tem tão poucos partidários como às vezes parece.
É certo que nem todos os 50% necessariamente apoiam execuções à margem da lei e dos tribunais. Nem incentivam justiça com as próprias mãos, olho por olho, dente por dente.
Mas “bandido bom é bandido morto'' consagrou-se como lema de assassinos com distintivo.
Muitos que se guiam por essa regra acham que o melhor a fazer é matar o bandido que outro dia matou o PM Caio César Ignácio Cardoso de Melo. O policial era o dublador brasileiro dos filmes do Harry Potter.
Se a receita vale para bandidos em geral, sem distinção, o mais indicado, de acordo com o raciocínio “bandido bom é bandido morto'', seria os assassinos do pedreiro Amarildo morrerem?
Os assassinos são PMs. Tiraram a vida do Amarildo numa sessão de tortura na Rocinha.
E os PMs que forjaram tiroteio no morro da Providência? Primeiro, eles mataram um adolescente que, de acordo com testemunha, havia se rendido. Em seguida, colocaram uma arma na sua mão e dispararam (foto no alto do post).
PM bandido bom é PM bandido morto?
Nem no caso de bandidos não PMs, como os que calaram a voz do Harry Potter, nem no de bandidos PMs, como os algozes do Amarildo, deve-se aceitar julgamentos extrajudiciais.
Qual o mandato de PMs e não PMs para, não sendo juízes ou membros do tribunal do júri, decidirem sobre castigo a bandidos?
Sem contar que no Brasil inexiste pena de morte (“salvo em caso de guerra'', em “agressão estrangeira'').
A fome de matar, exacerbada pelo espírito de “bandido bom é bandido morto'', leva a ações destrambelhadas _e criminosas_ da PM que resultam em crianças mortas em comunidades pobres e miseráveis.
O critério supremo tem de ser a proteção da vida.
Bandido bom é bandido investigado, julgado e punido, conforme a lei.
Se a lei prevalece e a impunidade fraqueja, é mais provável que menos crimes venham a ocorrer.

Brasileiro discutindo política!

image




Reduzir o “custo-pedestre” deveria ser prioridade na política brasileira

E se as grandes cidades brasileiras fossem feitas para pedestres e não para carros?
A programação da maior parte dos semáforos é feita, hoje, para escoar mais facilmente o fluxo de automóveis. Ou seja, o tempo de verde ou vermelho raramente leva em conta a quantidade de gente a pé, muitas vezes espremida na calçada ou num canteiro central de avenida, esperando para chegar ao outro lado. Pedestres e ciclistas precisam se contentar com as sobras, porque a rua não pertence a eles.
Thiago Guimarães, pesquisador do Instituto de Planejamento de Transportes e Logística de Hamburgo, na Alemanha, e um dos grandes especialistas brasileiros em mobilidade urbana, afirma que “pedestres não têm seus interesses defendidos fortemente e de modo organizado e são os que recebem menor prioridade do poder público e os que mais sofrem em ambientes forjados para atender de modo quase irrestrito os imperativos da motorização''.
“Pedestres não consomem energia fóssil e não alimentam processos produtivos nefastos ao meio ambiente; contribuem para o próprio bem-estar; não requerem pesados investimentos para a construção de infraestruturas e sua manutenção'', afirma Thiago. Apesar disso, “é altíssimo o custo de ser pedestre no país. Em termos morais e do ponto de vista urbanístico, o valor do custo-pedestre é segura e significativamente superior ao custo dos congestionamentos vivenciados pelos motoristas.''
Pedi a Thiago um texto para este blog sobre esse tema, apontando sugestões práticas que os prefeitos e prefeitas podem adotar para melhorar essa situação.
O custo-pedestre no Brasil, por Thiago Guimarães
Foi divulgado, nesta sexta (2), mais um estudo sobre o custo dos congestionamentos em cidades brasileiras. A pesquisa, coordenada pelo professor Eduardo Haddad, da Universidade de São Paulo, retoma uma questão muito querida por economistas e por muitos dos que volta e meia experimentam a tormenta de um homérico engarrafamento: quanto dinheiro é jogado fora quando estamos parados no trânsito?
Não que essa pergunta seja nova. Diversos estudos – talvez os mais famosos recentemente publicados sejam os de autoria de Marcos Cintra, Adriano Murgel Branco e de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP) – já se debruçaram sobre esta questão e muitas farpas foram trocadas sobre o mais adequado método de se traduzir em dinheiro o tempo que a sociedade torra travada nas filas de veículos sobre o asfalto.
beat
Vindo junto ou sozinho, com sol ou não, com algo em vista, tendo entrado pela janela do banheiro, não importa. Pare na faixa para o pedestre atravessar
Embora haja diversas formas de se calcular os ganhos econômicos caso os congestionamentos não existissem ou fossem mais modestos, no geral esses estudos acabam indicando valores casa dos bilhões de reais – cifras à primeira vista assustadoras e que sempre serão capaz de vender jornais.
Há, no entanto, perguntas ainda mais relevante spara as cidades brasileiras e ainda pouco exploradas: Qual o custo que as cidades brasileiras impõem a quem se desloca a pé? O que a sociedade perde ao atormentar quem realiza viagens feitas do modo mais natural e humano possível?
Vale a pena andar a pé? – Nas regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte e Porto Alegre, cerca de um em cada três deslocamentos é feito exclusivamente a pé. Em cidades pequenas e médias, bem como em algumas capitais do Brasil, essa proporção é ainda maior.
Pedestres não consomem energia fóssil e não alimentam processos produtivos nefastos ao meio ambiente. Ao deixar o sedentarismo de lado, contribuem para o próprio bem-estar. Para se locomoverem, não requerem pesados investimentos para a construção de infraestruturas e sua manutenção. São atores sempre presentes em espaços urbanos com vida.
Em comparação com os outros participantes do trânsito, pedestres não têm seus interesses defendidos fortemente e de modo organizado, são os que recebem menor prioridade do poder público e os que mais sofrem em ambientes forjados para atender de modo quase irrestrito os imperativos da motorização.
A mais evidente prova dos altos custos impostos aos pedestres é a baixa qualidade dos passeios públicos. Como calçadas dignas são artigo raro no Brasil, andar a pé significa correr riscos constantemente.
Risco de sofrer uma lesão por conta de uma calçada descontínua, irregular ou esburacada.
Risco de ter restrito seu direito de ir e vir em função de calçadas estreitas ou íngremes demais.
Risco de se sentir desconfortável ou inseguro por problemas de iluminação, falta de arborização e de mobiliário urbano apropriado.
E o risco de fazer tudo certo, ser atropelado e nem ver o motorista infrator punido.
Em suma: independentemente de um valor numérico específico, é altíssimo o custo de ser pedestre no país. Em termos morais e do ponto de vista urbanístico, o valor do custo-pedestre é segura e significativamente superior ao custo dos congestionamentos vivenciados pelos motoristas.
Incentivos ao pedestrianismo – Andar, passear a pé e se sentir livre para escolher um lugar para ficar são atividades que precisam ser incentivadas em locais que almejam mais qualidade urbana. Reduzir o custo-pedestre deveria ser a diretriz número um da política de mobilidade dos municípios brasileiros.
Entretanto, melhorar a mobilidade de pedestres pode incomodar outros interesses (especialmente em situações em que o espaço e o tempo urbano são escassos demais) e exige algum investimento. Refazer ou alargar as calçadas é muito caro? Criar calçadões vai atrair a fúria de comerciantes, que ainda crêem que vaga de estacionamento para cliente na porta é um grande diferencial? Sem problema, prefeito.
Aqui seguem duas sugestões práticas e baratas para estimular o pedestrianismo em sua cidade.
a) Reajustar os tempos semafóricos de modo a aumentar o tempo de verde ou reduzir o tempo de espera para pedestres
Seguindo tradição da engenharia de transportes, os procedimentos amplamente adotados para a programação semafórica têm como um objetivo central fazer escoar as filas de veículos motorizados. As durações de cada verde e vermelho são calculadas com base em contagens ou estimativas de fluxos de automóveis, não importando a quantidade de gente a pé que se espreme de um lado da rua para chegar ao outro. Pedestres e ciclistas precisam se contentar com as sobras de tempo em cada ciclo. Em certos casos, automóveis têm um eterno verde, só interrompido quando pedestres apertam um botão, pedindo permissão para atravessar a rua.

Cidades que queiram considerar mais as pessoas precisam dar alguns passos para reverter essa lógica semafórica. Em diversos cruzamentos de Graz, a segunda maior cidade da Áustria, a redução do tempo máximo de espera para pedestres a 50 segundos não prejudicou significamente a vida de motoristas. Em alguns casos, pedestres têm sempre sinal aberto. Quem tem que pedir permissão são os carros.
b) Fiscalizar o trânsito com foco no pedestre
Nunca vi um agente de trânsito controlando velocidade em área residencial. Rodar a 70 km/h ou a 90 km/h em uma via expressa (como a Marginal do Pinheiros em São Paulo, onde a decisão de reduzir o limite de velocidade gerou a ira da Ordem dos Advogados do Brasil) faz muito menos diferença para a vida humana do que trafegar a 30 km/h ou a 50 km/h em uma via que serve o interior de um bairro.

No primeiro caso, a probabilidade de morte no caso de um choque entre um automóvel e uma pessoa é praticamente certa. Já no segundo, há uma grande diferença entre os riscos de fatalidade entre os dois níveis de velocidade.
Está com dúvida sobre onde radares de velocidade devem ser posicionados? Fácil. É só descobrir as ruas próximas de onde crianças costumam brincar e mapear escolas. O futuro de sua cidade com certeza agradecerá.

Projeto de lei propõe que você informe seu CPF para acessar um site

Nem bem o Marco Civil da Internet foi aprovado e congressistas já tentam desvirtua-lo. O projeto de lei 215/2015 pode obrigar sites a cadastrarem todos que os acessarem e deve ser analisado, nesta terça (6), no Congresso Nacional. Pedi para Veridiana Alimonti, integrante da Coordenação Executiva do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social e representante do terceiro setor no Comitê Gestor da Internet no Brasil, entre 2011 e 2013, uma análise para este blog sobre o PL, que pode facilitar a vida de autoridades que querem espionar a sua vida e censurar reportagens na rede.
Quer acessar este blog? Seu CPF, por favor, por Veridiana Alimonti
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados pode considerar constitucional a obrigação dos sites realizarem cadastro prévio de todos os internautas nesta terça (6). Assim, para você acessar um blog, publicar sua opinião online por qualquer tipo de aplicação ou até, quem sabe, consultar se vai chover amanhã, terá que informar sua qualificação pessoal, filiação, endereço completo, telefone, CPF e conta de e-mail. Esse é o projeto de lei PL 215/2015, que ficou conhecido na rede nas últimas semanas como #PLEspião, de relatoria do deputado federal Juscelino Filho (PRP-MA), e que representa tremendo retrocesso em relação às garantias conquistadas com o Marco Civil da Internet (Lei n. 12.965/2014).
O apelido não se deve apenas ao cadastro geral de usuários de Internet, mas à autorização de a polícia ou o Ministério Público obterem diretamente, sem a necessidade de ordem judicial, o endereço IP, a data e hora da conexão e o que foi acessado por esse endereço IP. O cruzamento dessas informações permite a identificação de um usuário na rede. No último acordo feito na CCJC, essa parte foi retirada, embora a dispensa de ordem judicial permaneça para o acesso aos dados cadastrais mencionados acima. Em versões anteriores, o projeto permitia que “autoridade competente” verificasse o conteúdo das comunicações privadas sem ordem judicial, isto é, suas conversas por Skype ou mensagens de e-mail e Whatsapp. Tudo isso para combater os crimes contra a honra, ou melhor, as críticas e informações incômodas publicadas na rede que tanto cutucam os deputados e deputadas.
O texto original do PL 215/2015, do deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), era sucinto e se limitava a aumentar em um terço as penas dos crimes de calúnia, injúria e difamação, quando cometidos por meio de redes sociais. A ele foram apensados o PL 1547/2015, do deputado Expedito Netto (SD-RO), e o PL 1589/2015, da deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), essa última da mesma turma do presidente da Câmara. Não à toa, foi ela que introduziu no PL as modificações ao Marco Civil da Internet, lei cuja aprovação desceu atravessado no então apenas deputado e atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Para completar, o PL 215/2015 facilita que qualquer interessado requeira a remoção de conteúdo de sites, blogs, redes sociais e etc que associe seu nome ou imagem a fato calunioso, difamatório ou injurioso, outra alteração no Marco Civil. Com isso se fecha o ciclo da censura e da perseguição online daqueles que criticam políticos e figuras públicas. Se aprovado na CCJC, ele segue direto para votação em plenário, já que não foi pautado para nenhuma outra comissão, a despeito dos pedidos feitos a Eduardo Cunha, o único capaz de autorizar a tramitação em novas comissões.
Após seguidos adiamentos, novos pareceres do relator e alguns votos em separado, essa aprovação pode ocorrer nesta terça (6), à tarde. Tais alterações e adiamentos se devem também à mobilização da sociedade contra o #PLEspiao, por meio de nota pública e diferentes manifestações veiculadas na imprensa, agitação nas redes sociais, e-mails enviados aos deputadospetição online e presença ativa no Congresso. Todas essas ações devem ser mantidas e fortalecidas para barrar o PL 215/2015.
Seu contexto não é isolado. A proposição e tramitação desse projeto de lei estão inseridas na onda extremamente conservadora que se espalha pelo Congresso Nacional, com maior foco na Câmara dos Deputados. Ao Estatuto da Família, à redução da maioridade penal e à reforma política às avessas se soma a retomada da visão da Internet, não como ambiente potencializador de direitos, mas comolocus instigador de crimes, sendo todos os seus usuários criminosos em potencial. Na mesma linha, temos o PL 2390/2015, que pretende criar um Cadastro Nacional de Acesso à Internet, que conterá a relação de todos os usuários da Internet no Brasil, com nome, endereço, RG e CPF. Foi justamente o combate a essa visão que aglutinou forças em torno do Marco Civil, agora gravemente ameaçado.
Iniciativas dessa natureza subvertem os princípios e conceitos fundamentais da Internet, como ressaltado em resolução do Comitê Gestor da Internet no Brasil, e nos fazem mais uma vez ter de afirmar a cidadania em reação à truculência.
Para saber mais sobre o tema, o Intervozes organiza hoje (05/10), às 19h, bate papo online com Virgílio Almeida, coordenador do CGI.br e Secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia, Joana Varon, do Coding Rights e especialista em privacidade, e Pedro Paranaguá, pesquisador e assessor técnico da Câmara dos Deputados. Acompanhe aqui.

Que situação, mas o chefe secreto se emociona após revelar disfarce


No domingo (4), o Fantástico exibiu mais um episódio da série 'Chefe Secreto'. No episódio anterior, o disfarce de Pedro Stivalli, de 46 anos, sócio-diretor da Adezan, caiu. Ele fez bronzeamento, colocou manchas no rosto, mas não teve jeito. "O meu maior medo aconteceu. Ser descoberto," revelou Pedro. 


A experiência começou em São Vicente, litoral de SP. Como Eduardo, um funcionário recém contratado, o sócio-diretor da Adezan descobriu que o sistema que ele ajudou a desenvolver não funcionava conforme ele havia planejado. "Eu percebi que algumas funções poderia ser modificada e ficaria bem mais simples", contou Pedro Stivalli.


Depois de convocar uma reunião de diretoria, Pedro Stivalli contou aos funcionários que ele era o Chefe Secreto.