A baixa demanda nas investigações de crimes denunciados pelo Disque 100, serviço de utilidade pública nacional destinado a receber casos relativos a violações de direitos humanos, levou o líder do PRB na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Carlos Alberto, a cobrar maior celeridade dos órgãos de segurança do Estado.
“O Amazonas figura no último lugar no ranking de denúncias sobre a violação dos direitos da criança e adolescentes. Dos 887 casos recebidos no ano passado, apenas 103 geraram processo de investigação, ou seja, somente 12% dos denunciantes do estado tiveram algum tipo de retorno sobre os fatos relatados”, declarou o parlamentar republicano.
O deputado do PRB lembrou que o Disque 100 foi criado para funcionar diariamente pelo período de 24h, incluindo sábados, domingos e feriados. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel.
Dados da secretaria de Direitos Humanos, ligada à presidência da República, registrou uma queda no número de ligações e esse fato, segundo a instituição, acontece em razão da demora no retorno às denúncias encaminhadas.
“A população está ligando e está sem resposta e isso desmotiva o denunciante. Muitas pessoas vieram até mim reclamar da demora do serviço e por isso estou aqui nesta tribuna para pedir aos órgãos vinculados a este serviço, que verifiquem o que está acontecendo, para que as denúncias do nosso estado sejam averiguadas e solucionadas com maior rapidez, pois só o Amazonas registrou mais de 3 mil casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, de janeiro a junho deste ano. Esses dados foram publicados no sistema e-siga do governo do estado”, disse Carlos Alberto.
Campanhas
A Comissão de Jovens, Crianças e Adolescentes, presidida pelo deputado Carlos Alberto, tem participado de diversas campanhas educativas nas ruas, realizadas pelos órgãos estaduais ligados à segurança dos menores, inclusive na divulgação do Disque 100.
“A minha grande preocupação é que as vítimas não podem esperar, pois são crianças indefesas e que, na maioria das vezes, sofrem a violência dentro da própria casa e não têm a quem pedir ajuda. Por isso, aqui deixo o meu registro, porque vejo nesse serviço uma solução para sanar esse mal que assola milhares de famílias”, concluiu o parlamentar.