Metroviários, movimentos sociais e entidades sindicais realizam, na próxima quarta-feira, 14, em São Paulo, um ato de protesto contra a suspeita de formação de cartel no Metrô e nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O ato está marcado para as 15 horas, no Vale do Anhangabaú, região central.
Após a concentração, os manifestantes devem fazer uma passeata pelas ruas da região central de São Paulo até a sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, para entregar uma pauta de reivindicações ao titular da Pasta, Jurandir Fernandes. Assinado por 21 entidades, entre elas o Movimento Passe Livre (MPL) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o documento pede que o destino do dinheiro supostamente desviado das licitações de trens seja destinado à redução da tarifa até zero do Metrô e da CPTM, à ampliação das redes e da integração com o ônibus, além da redução de falhas e acidentes.
"A ideia é brigar por outro tipo transporte (de melhor qualidade), pauta que é antiga, mas que ganhou força após as denúncias de corrupção", disse Narciso Soares, diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
A pauta está em uma carta aberta entregue nas estações no início desta semana e na próxima terça-feira, com uma tiragem de 200 mil exemplares. Segundo Lucas Oliveira, do MPL, as investigações feitas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pelo Ministério Público do Estado de São Paulo "evidenciam que mesmo sendo público o setor privado dá as diretrizes no transporte do Estado".