Meu Deus, aonde vai parar a falta
de compromisso dos vereadores de Caraguatatuba? Na semana passada o vereador
Omar Kazon teve seu requerimento de CPI indeferido pela maioria dos vereadores.
É que ele pedia para que se instalasse uma sindicância em uma nota fiscal da
FUNDACC do ano de 2004, em que havia denúncia de que um serviço de 5 mil reais
teria sido faturado por 55 mil reais, de lanches fornecidos por uma empresa de
eventos. Na ocasião o vereador Celso Pereira fez uso do microfone, em
“aparte” para dizer que era governo e não poderia investigar os atos do
prefeito e de seus assessores. No caso, o problema iria recair sobre a
presidenta da FUNDACC à época, hoje principal assessora do prefeito Antônio
Carlos. O fato gerou uma representação ao Ministério Público encaminhada pelo
cidadão Odilon, conhecido como Miau que pediu ao promotor que investigue a nota
fiscal tida como superfaturada, e também o comportamento do vereador Celso que
ao se negar publicamente a promover a investigação por se dizer “governo”,
estaria, segundo a representação do Miau, renunciando o seu dever de ofício, de
órgão de controle dos atos de poder executivo. O fato é novo e ao que parece,
tem fundamento e pode gerar ao vereador algum problema, se o Promotor entender
que no caso o vereador estaria se negando a realizar uma apuração que é seu
dever.
Temos pelo Vereador Celso, grande
apreço, mas parece que a omissão pode render dor de cabeça.
Na sessão de ontem na câmara o
Vereador Celso manifestou desagrado com a atitude do Miau, e segundo consta
chegou até a desferir frases fortes com tons de ameaça.
Quem conhece o Celso sabe que o
seu temperamento é mesmo assim, ele fica bravo, mas acaba tranqüilo no final.
O fato que chama a atenção, neste
caso, é o cidadão pretender exigir que vereador fiscalize o prefeito. Os
vereadores terão que pensar muito quando deixarem de fiscalizar o executivo.
Aguardemos o desfecho do inquérito da promotoria.