Gilberto Kassab, em entrevista na sede do
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Depois de uma reunião de uma hora e meia no diretório municipal do Partido Social Democrático (PSD) nesta segunda-feira (30), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, anunciou que a prioridade é ter candidatura própria à sua sucessão à frente do Executivo municipal. Ele aproveitou ainda para apresentar o vice-governador do estado, Guilherme Afif Domingos, como o candidato do partido à Prefeitura.
Apesar disso, Kassab afirmou que o partido não descartou alternativas à candidatura própria. O presidente do diretório municipal, Alfredo Cutait Neto, anunciou que o prefeito foi escolhido "por unanimidade" para negociar as alianças, inclusive com o PT, visando ao pleito municipal deste ano.
O encontro aconteceu na sede do partido, no antigo edifício Joelma, no Centro de São Paulo. "Nós temos ótimos candidatos, mas a preferência de todo o partido recai sobre o nosso vice-governador, Guilherme Afif Domingos. Esse será o nosso esforço, até porque o partido tem legitimidade, tem naturalidade e tem coerência para lutar por uma candidatura própria", afirmou Kassab.
O prefeito ressaltou que a candidatura própria não impede a manutenção da aliança com o PSDB nem a busca por alternativas. "Foi delegada a mim a possibilidade do início de diálogo com outros partidos, para que possamos analisar a conveniência de termos a possibilidade de outro tipo de aliança. Voltaremos para a mesa de reunião para analisar o resultado deste diálogo com outros partidos políticos", disse.
Dentre as possíveis alianças, está uma com o Partido dos Trabalhadores (PT), que faz oposição ao prefeito na capital paulista. "Falaremos com o PT, sim. Falaremos com seus presidentes, com os seus dirigentes, com o candidato Fernando Haddad, para que possa também ser examinada a possibilidade de uma aliança do PSD com o PT", declarou.
Ao ser questionado sobre a oposição dos petistas ao seu governo, Kassab afirmou: "Aliança é feita para se olhar para frente, não para trás. Se você olha para trás, você jamais poderá fazer uma aliança porque no passado estava em uma posição distinta. Em relação ao PT, é natural chegarmos mais desarmados para uma conversa, até porque com o PT nós não temos história aqui em São Paulo. Essa relação está nascendo agora".
Kassab fez questão de elogiar o candidato petista. "O Haddad tem boa formação acadêmica, moral e pessoal. Ao longo destes anos como ministro, não há nada que o desabone. Ele tem uma atuação com espírito público, uma atuação onde mostrou capacidade e competência. E conhece a cidade de São Paulo", destacou.
O prefeito de São Paulo disse que o partido já conversou com o PSDB para manter a aliança na capital paulista, mas que neste caso a chapa terá de ser encabeçada pelo indicado do PSD - no caso, o vice-governador Guilherme Afif Domingos. "Já conversamos (com o PSDB) e eles já sabem da nossa expectativa em relação ao Afif. Mas, por enquanto, não houve manifestação por parte do PSDB", afirmou.
Kassab concluiu dizendo que o "PSD não está fazendo leilão" ao buscar alternativas de alianças para a eleição municipal. "O que o partido está fazendo é formatando as alternativas. Não se trata de aguardar respostas, não se trata de fazer leilão", disse.