Brasília - Representantes de quatro países africanos - Gana, Quênia, Ruanda e Zimbábue - participam hoje (11) de um encontro, em Brasília, sobre a política de segurança alimentar do governo federal, sobretudo o Programa Alimentar de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA).
De acordo com a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Maya Takagi, o programa tem um potencial enorme, com possibilidade de ter excelentes resultados nos países africanos. 'Nosso foco é colaborar com a diminuição da pobreza nos países africanos, além de apoiar o desenvolvimento da agricultura familiar' disse.
O evento integra a programação do Diálogo Brasil - África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural. O governo brasileiro se propôs a cooperar com os africanos no intercâmbio de conhecimento, tanto no que se refere a políticas públicas para a agricultura familiar quanto em questões relacionadas ao associativismo e ao cooperativismo.
Amanhã (12) os representantes de países africanos viajam para a Bahia e Sergipe, onde conhecerão a experiência de alguns municípios no combate a fome e na diminuição da pobreza.
O Blog do Guilherme Araújo é um canal de jornalismo especializado em politicas publicas e sociais, negócios, turismo e empreendedorismo, educação, cultura. Guilherme Araújo, CEO jornalismo investigativo - (MTB nº 79157/SP), ativista politico, palestrante, consultor de negócios e politicas publicas, mediador de conflitos de médio e alto risco, membro titular da ABI - Associação Brasileira de Imprensa.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Psicólogos e assistentes sociais da Clínica da Família atendem familiares e alunos de escola em Realengo | Agencia Br
Rio de Janeiro - Funcionários da Clínica da Família, da prefeitura do Rio, em Realengo, na zona oeste da cidade, estão prestando assistência psicológica para os alunos da Escola Tasso da Silveira e parentes. A clínica fica na Rua Olímpio Esteves, próximo à escola, palco de um massacre promovido pelo atirador Wellington de Oliveira na última quinta-feira (7) que deixou 12 crianças mortas e 12 feridas.
A clínica conta com uma equipe de seis psicólogos, cinco assistentes sociais, dois médicos, quatro enfermeiros e quatro técnicos em enfermagem. O coordenador da clínica, Carlos Pujol, informou que o tempo de tratamento vai depender da necessidade do paciente e que inclui atividades lúdicas como jogos, músicas e conversas.
As consultas podem ser agendadas hoje (11) e amanhã pelo telefone 3309-3487 ou pessoalmente.
A secretaria municipal de Educação informou que também está sendo oferecida assistência psicológica na própria escola Tasso da Silveira.
A clínica conta com uma equipe de seis psicólogos, cinco assistentes sociais, dois médicos, quatro enfermeiros e quatro técnicos em enfermagem. O coordenador da clínica, Carlos Pujol, informou que o tempo de tratamento vai depender da necessidade do paciente e que inclui atividades lúdicas como jogos, músicas e conversas.
As consultas podem ser agendadas hoje (11) e amanhã pelo telefone 3309-3487 ou pessoalmente.
A secretaria municipal de Educação informou que também está sendo oferecida assistência psicológica na própria escola Tasso da Silveira.
FMI: Economia mundial crescerá 4,5% em 2012 apesar de terremotos e revoltas
EFE
FMI: Economia mundial crescerá 4,5% em 2012 apesar de terremotos e revoltas
Segundo o último relatório sobre as "Perspectivas Econômicas Mundiais", divulgado nesta segunda-feira, a organização avalia um panorama de recuperação mundial que se estende tanto pelas economias avançadas como pelas emergentes, embora carregado de incertezas.
Após a grave crise financeira de 2009, o mundo viu em 2010 uma expansão geral de 5%, mas com grandes diferenças entre ricos e pobres. Para 2011 e 2012, opina o Fundo, estas duas velocidades terão se aproximado um pouco mais, ou seja, as nações ricas crescerão mais intensamente, entretanto as emergentes terão que fazer frente a grandes riscos, entre eles o do superaquecimento econômico.
Para as economias avançadas, o FMI prevê para este ano uma alta de 2,4%, e para o próximo, de 2,6%. O mundo em desenvolvimento e os países emergentes aumentarão sua riqueza em 2011 e 2012 em 6,5% por ano. O principal destaque vai para dois gigantes, China e Índia. O primeiro deve crescer 9,6% e 9,5% neste ano e no próximo, enquanto o segundo crescerá 8,2% e 7,8%, respectivamente.
O crescimento mundial, aponta o Fundo, não estará isento de riscos. Os mais imediatos para os países ricos são o alto desemprego, do qual não conseguem escapar, assim como as reformas do sistema financeiro e o corte dos gastos públicos.
Para os países emergentes, e especialmente os da América Latina, o maior perigo é o do superaquecimento, ou seja, crescer acima de suas capacidades, o que poderia levar a uma disparada dos preços, comprometendo seu bom momento econômico.
O FMI recomenda às autoridades da região a adoção de medidas para controlar as pressões inflacionárias motivadas pela "forte entrada de capitais". No entanto, adverte o Fundo, surgiram outros fatores que, sem ter um impacto forte no crescimento, poderiam criar tensões sociais, como ocorreu no Oriente Médio com a alta nos preços dos alimentos.
A organização reconhece que esta elevação "representa uma ameaça para as famílias pobres e exacerba as tensões socioeconômicas, particularmente no Oriente Médio e no Norte da África".
O Fundo reconhece estar vigiando de perto a propagação das revoltas sociais, que por enquanto estão elevando o prêmio de risco da dívida soberana, freando o turismo e reduzindo os investimentos estrangeiros dos países afetados.
A região do Oriente Médio e o Norte da África crescerá neste ano 4,1%, um décimo a menos que o projetado faz há seis meses, embora o Fundo tenha corrigido amplamente as previsões para o Egito, cuja economia crescerá 1% em 2011, e a Tunísia (1,3%).
Outro fator que será acompanhado com atenção é a alta do preço do petróleo, mas os analistas da organização apontam que, pelas informações que têm até o momento, "os transtornos ocorridos até agora terão apenas efeitos mínimos sobre a atividade econômica".
Sobre o devastador terremoto e posterior tsunami que atingiu o Japão em 11 de março, o Fundo disse que seu "impacto macroeconômico projetado é limitado", embora reconheça que as "projeções estão cercadas de grande incerteza". De fato, o FMI elevou em três décimos as expectativas de crescimento do Japão para 2012 - 2,1% -, embora a deste ano tenha sido rebaixada em dois décimos, para 1,4%.
Polícia portuguesa investiga se morte de modelo brasileira foi homicídio
"Modelo vivia em Portugal com a família"
O corpo de Jeniffer foi encontrado na manhã de sexta-feira (hora local) por seguranças do edifício onde, segundo o jornal português Correio da Manhã, mora o ex-namorado da modelo, o empresário Miguel Alves da Silva, de 31 anos.
De acordo com o Correio da Manhã, a Polícia Científica encontrou hematomas e escoriações, principalmente no peito da modelo, que vivia com a família na capital portuguesa. Conforme o jornal, vestígios foram coletados no local onde Jeniffer caiu e de dentro do apartamento de Miguel, que não deu declarações a imprensa.
Dentre o material coletado está uma carta que teria sido deixada pela modelo. No documento, Jeniffer diz 'estar farta da situação de violência' e que se 'sentia culpada pelo fim do relacionamento'. A mãe dela diz, no entanto, não reconhecer a filha na mensagem. Apesar disso, Solange Viturino prefere aguardar a autópsia antes de falar em culpados.
Violência. Mesmo com o fim do namoro de aproximadamente um ano, a mãe de Jeniffer disse ao Correio da Manhã que a filha continuava a se encontrar com Miguel 'por paixão'. Além disso, ela confirmou que houve cenas de violência entre o casal durante o relacionamento, como em uma vez que voltou para casa chorando, após uma festa, dizendo ter sido espancada pelo ex.
Para Solange, Miguel diz que teve uma discussão com a modelo e que foi dormir, sozinho, no quarto, enquanto a brasileira ficou na sala, e que no dia seguinte não a encontrou no apartamento. Quando olhou pela janela, viu o corpo de Jeniffer caído no térreo.
Berlusconi admite que deu dinheiro a jovem pivô de escândalo
"Berlusconi discursa para correligionários do lado de fora de tribunal em Milão, no dia 11 de abril de 2011 (Foto - Reuters)"
O premiê italiano disse que deu à jovem marroquina Karima El-Mahroug dinheiro para comprar um equipamento de depilação a laser, o que teria dado a ela a oportunidade de entrar como sócia em um negócio.
'Dei a ela a possibilidade de entrar num centro de estética por 45 mil euros (cerca de R$ 107 mil). No entanto ela declarou que eram 60 mil euros (aproximadamente R$ 138 mil)', afirmou Berlusconi.
'Autorizei que lhe dessem este dinheiro para evitar que ela passasse qualquer necessidade e para que não fosse obrigada a se prostituir', disse.
O premiê também rebateu a acusação de ter mantido relações sexuais com Karima, afirmando que a própria jovem, conhecida na Itália como Ruby, desmentiu estas afirmações sob juramento.
Grampos
O primeiro-ministro italiano, de 74 anos, é acusado de ter mantido relações sexuais com Ruby enquanto ela era menor de idade entre setembro de 2009 e maio de 2010.
Karima teria participando de festas eróticas, chamadas de 'bunga bunga', na residência do premiê na cidade de Milão (norte da Itália), juntamente com outras jovens. Algumas delas eram brasileiras.
No processo, a promotoria se baseia, entre outros documentos, em escutas de telefones do premiê e dos de algumas moças que participavam das festas.
Na avaliação de Berlusconi, os grampos não podem ser usados como prova porque são manipuláveis e nem sempre retratam a realidade.
'Quando se fala ao telefone de madrugada, estamos numa zona onírica mais do que real', disse.
Berlusconi também é acusado de abuso de poder por ter telefonado para a Secretaria de Segurança de Milão, em maio de 2010, pedindo que a polícia soltasse Ruby, presa numa delegacia da cidade após ter cometido um furto. Ele disse às autoridades locais que Ruby era sobrinha do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak.
'Não existe abuso algum de poder, pedi informações preocupado por um possível incidente diplomático', rebateu Berlusconi.
Fraude fiscal
Berlusconi fez as declarações antes de entrar em um tribunal em Milão onde participou de uma audiência de um outro processo em que responde, juntamente com outras 11 pessoas, à acusação de fraude fiscal.
No chamado Caso Mediaset, os acusados, segundo a promotoria, teriam montado um sistema para inflar os preços dos direitos de filmes que seriam transmitidos pelas emissoras de TV que pertencem à família de Silvio Berlusconi.
A diferença entre o preço normal e o preço inflado teria sido enviada para um caixa dois do grupo em paraísos fiscais.
Segundo Silvio Berlusconi, estas acusações não tem qualquer fundamento e seriam mais uma invenção de 'juízes que fazem política com processos midiáticos'.
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Suspeito de matar irmãs em Cunha é preso e confessa crime, diz polícia
DIvulgação
"Antes de ser apontado como suspeito, Ananias chegou a pedir ao pai das jovens para guardar uma arma "
Segundo a polícia, Santos teria abordado as meninas, no dia 23 de março, logo que elas desceram do ônibus escolar, próximo de onde residiam, e apontado a arma, obrigando-as a ir até o matagal onde foram encontradas mortas. O crime teria sido motivado pela hostilidade que as irmãs vinham demonstrando em relação a ele, que teria confirmado ter atração por Juliana, a menor das irmãs.
Ananias, fugiu do Presídio Edgar Magalhães Noronha, de Tremembé, depois de uma saída temporária de Páscoa, há dois anos. Ele passou a morar com os pais em Cunha, no mesmo bairro das vítimas. Com o crime, ele entrou para a lista dos mais procurados pela polícia de São Paulo.
Ananias esteve na casa das adolescentes um dia após o sumiço das irmãs, pedindo que o pai das jovens guardasse uma arma. Segundo a polícia, essa pode ter sido uma tentativa de incriminar o pai das vítimas, caso a arma fosse encontrada mais tarde no imóvel.
O suspeito foi encontrado na residência da irmã dele, no bairro de Jacuí. Segundo a polícia, ele não reagiu à abordagem e foi levado à carceragem da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Guaratinguetá.
Brasileiro preso na Suíça pede R$ 200 mil por ''condição desumana'' de celas
Um jovem brasileiro de 20 anos, preso desde 2009 em Genebra, na Suíça, acaba de entrar na justiça contra o Estado pedindo indenização por conta da condição considerada 'desumana' da prisão. O jovem exige quase R$ 200 mil. O prisioneiro só foi identificado por 'C'.
O brasileiro foi condenado a três anos depois de ter violentado uma pessoa com uma faca. Ele acusa estar em uma prisão com capacidade esgotada. 'Os detentos são obrigados a dormir três ou quatro em celas previstas para uma pessoa', afirmou a acusação ao Tribunal.
Na Suíça, a polêmica foi recebida com certa ironia, principalmente por membros do partido de direita, o UDC, que querem que estrangeiros cumpram penas de prisão em seus países.
O brasileiro foi condenado a três anos depois de ter violentado uma pessoa com uma faca. Ele acusa estar em uma prisão com capacidade esgotada. 'Os detentos são obrigados a dormir três ou quatro em celas previstas para uma pessoa', afirmou a acusação ao Tribunal.
Na Suíça, a polêmica foi recebida com certa ironia, principalmente por membros do partido de direita, o UDC, que querem que estrangeiros cumpram penas de prisão em seus países.
Embraer fecha acordo e evita saída da China
Depois de muitas idas e vindas, a Embraer chegou a um acordo com o governo chinês para produzir no país o jato executivo Legacy, o que evitará o fechamento da fábrica que a fabricante brasileira possui desde 2002 com a estatal Avic, na cidade de Harbin. A companhia conseguiu ainda a liberação da venda de dez aviões EMB-190, fechada em janeiro, e a promessa de novas encomendas do mesmo modelo.
A manutenção das operações da Embraer na China é um dos principais objetivos da visita de seis dias que a presidente Dilma Rousseff iniciou hoje ao país asiático. O governo brasileiro também quer a garantia de que os contratos fechados entre Embraer e empresas aéreas chinesas sejam cumpridos, com a concessão das licenças de importação pela China.
Dilma desembarcou hoje em Pequim acompanhada de cinco ministros e da única filha, Paula. A presidente deseja mudar o perfil da parceria comercial com a China para que o país passe a comprar produtos manufaturados do Brasil.
Huawei
A empresa chinesa Huawei anunciou um investimento de US$ 350 milhões para a construção de um centro de Pesquisa e Desenvolvimento na cidade de Campinas (SP). Dilma se reuniu com Ren Zhengfei, CEO e fundador da Huawei, logo após sua chegada a Pequim e ouviu do executivo que a companhia pretende expandir seus negócios no Brasil. Líder no mercado de banda larga fixa e móvel e atuando no Brasil desde 1999, a Huawei também anunciou a doação de equipamentos de computação de última geração para universidades brasileiras, no valor de US$ 50 milhões.
A manutenção das operações da Embraer na China é um dos principais objetivos da visita de seis dias que a presidente Dilma Rousseff iniciou hoje ao país asiático. O governo brasileiro também quer a garantia de que os contratos fechados entre Embraer e empresas aéreas chinesas sejam cumpridos, com a concessão das licenças de importação pela China.
Dilma desembarcou hoje em Pequim acompanhada de cinco ministros e da única filha, Paula. A presidente deseja mudar o perfil da parceria comercial com a China para que o país passe a comprar produtos manufaturados do Brasil.
Huawei
A empresa chinesa Huawei anunciou um investimento de US$ 350 milhões para a construção de um centro de Pesquisa e Desenvolvimento na cidade de Campinas (SP). Dilma se reuniu com Ren Zhengfei, CEO e fundador da Huawei, logo após sua chegada a Pequim e ouviu do executivo que a companhia pretende expandir seus negócios no Brasil. Líder no mercado de banda larga fixa e móvel e atuando no Brasil desde 1999, a Huawei também anunciou a doação de equipamentos de computação de última geração para universidades brasileiras, no valor de US$ 50 milhões.
Vizinhos pintam de branco casa da família do atirador do Realengo
"A casa da família de Wellington ontem, antes de ser repintada"
'A culpa não é do Estado, a culpa não é dos parentes, a culpa não é das crianças, a culpa não é dos funcionários da escola. A dor é de todos. Nosso bairro é pacífico', diz o cartaz. Uma patrulha da Polícia Militar está estacionada em frente à casa para evitar que novos atos de vandalismo ocorram.
Até o dia do massacre, quando Wellington invadiu a escola com dois revólveres, entrou nas salas de aula e atirou na direção de crianças, a casa era ocupada pela família da irmã de Wellington, que desde então não foi mais vista.
A escola também passa uma limpeza. Garis da Companhia de Limpeza Urbana (Comlurb) do município, começaram a limpar o interior da escola. Eles estão lavando as manchas de sangue nas paredes, portas, no chão das salas, corredores, escada e na entrada do prédio. A calçada do colégio continua tomada por flores, velas, cartazes e até brinquedos.
Transferência. O local continua fechado, e o acesso só é permitido a professores e funcionários. Pela manhã, dois responsáveis foram à escola pedir a transferência dos netos, mas ouviram do porteiro que talvez não fosse possível conseguir o documento nesta segunda-feira. Os pais que chegam para pegar as mochilas e material escolar das crianças estão sendo orientados a retornar a partir das 14 horas.
Ubiratan Soares, de 65 anos, disse que a neta, que estuda na Tasso da Silveira à tarde, não quer mais entrar no colégio e que por isso foi pedir a transferência da menina. 'Ela não quer mais voltar para essa escola. Ela não consegue dormir, fica vendo televisão a noite toda', desabafou.
Ana Maria Alves Pinheiro também foi hoje de manhã à Escola Tasso da Silveira pedir a transferência da neta de 13 anos e que, apesar de estudar à tarde, conhece as vítimas da tragédia. 'Ela está muito perturbada, fica chorando o tempo inteiro. Ela não dorme, ri à toa. Ela não está bem. A gente está precisando de um psicólogo', disse a senhora.
Noeli Rocha, mãe da menina Mariana, morta pelo atirador, foi à escola buscar o material escolar da filha, mas terá que voltar à tarde. 'Não é coisa de importância. É só uma mochila, mas para mim é importante. O que será que ela sentiu, eu não estava aqui para defendê-la. Eu ainda escuto minha filha me chamar', disse com a voz embargada.
Wellington Oliveira entrou na Escola Municipal Tasso da Silveira, na rua General Bernardino, em Realengo, zona oeste da cidade, e, com dois revólveres, entrou nas salas de aula e atirou na direção de crianças. Doze morreram e dez continuam internadas. As informações são da Agência do Brasil.
Economia brasileira cresceu 7,8% em 2010, mas esfriou no fim do ano
A economia brasileira cresceu em torno de 7,8% no ano passado, mas já rodava a um ritmo menor e mais próximo de sua capacidade de expandir sem pressionar a inflação no último trimestre. É o que apontou ontem o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que fechou o mês de dezembro em 140,6 pontos, praticamente estável ante novembro, já com os ajustes de fatores típicos do período.
O IBC-Br é um indicador antecedente do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que vem sendo divulgado pelo Banco Central desde 2010.
Olhando-se apenas os dados do último trimestre de 2010, o IBC-Br mostra que houve crescimento, na média, de 1,02% ante o terceiro trimestre do mesmo ano. Em termos anualizados, essa taxa representa pouco mais de 4% de alta. Isso evidencia uma aceleração no fim do ano em comparação com o ritmo dos três meses anteriores, quando o crescimento sobre o segundo trimestre foi de apenas 0,3%.
Na comparação com o quarto trimestre de 2009, o IBC-Br apresentou, na média, alta de 5%, taxa abaixo do resultado do ano, que ainda mostra um ritmo de crescimento econômico significativo da economia brasileira.
Os resultados apontados pelo indicador do BC, segundo economistas ouvidos pelo Estado, já sinalizam que o País entrou em uma rota de crescimento menos intensa e não colocará em risco os índices de inflação, o que pode representar menor carga de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne no início de março.
'Algo acontecendo'. O professor de economia da Universidade de São Paulo, Fábio Kanczuk, disse que esperava um resultado muito forte no quarto trimestre, até por causa do fraco desempenho nos três meses anteriores. 'Mas os números mostram a economia andando mais lentamente do que se imaginava', afirmou. Ele projeta um aumento do PIB de 3,5% em 2011.
Para ele, é possível que as medidas macroprudenciais tenham impactado a economia em dezembro, afetando o IBC-Br. O professor considera que os dados de janeiro servirão para consolidar tal percepção.
'Já tem algo acontecendo. A economia está trabalhando em nível mais próximo do seu potencial.' Kanczuk diz que, ante esse quadro, o BC pode fazer um ajuste menor que o antecipado na Selic - os analistas esperam que os juros saiam dos atuais 11,25% para 12,5% ao ano -, de modo a evitar que a economia não desacelere demais.
Juros. O ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas concorda que a situação permite antever um ajuste menos intenso da Selic. 'O IBC-Br já mostra a economia se desacelerando, por isso o ciclo de juros deve ser mais curto.' Na sua visão, a indústria tem mostrado enfraquecimento e o comércio, com base nos resultados de dezembro, exibe um ritmo menos intenso. Além disso, o governo está atuando para conter a expansão com aperto fiscal, monetário e creditício.
'O crescimento econômico mudou de faixa. A partir de agora está mais na casa dos 4%, o que não é um resultado ruim, já que o País cresceu demais em 2010', afirmou Freitas. Ele destaca que o real valorizado deve manter o estímulo às importações, garantindo uma perda de crescimento ainda significativo em 2011.
O IBC-Br é um indicador antecedente do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), que vem sendo divulgado pelo Banco Central desde 2010.
Olhando-se apenas os dados do último trimestre de 2010, o IBC-Br mostra que houve crescimento, na média, de 1,02% ante o terceiro trimestre do mesmo ano. Em termos anualizados, essa taxa representa pouco mais de 4% de alta. Isso evidencia uma aceleração no fim do ano em comparação com o ritmo dos três meses anteriores, quando o crescimento sobre o segundo trimestre foi de apenas 0,3%.
Na comparação com o quarto trimestre de 2009, o IBC-Br apresentou, na média, alta de 5%, taxa abaixo do resultado do ano, que ainda mostra um ritmo de crescimento econômico significativo da economia brasileira.
Os resultados apontados pelo indicador do BC, segundo economistas ouvidos pelo Estado, já sinalizam que o País entrou em uma rota de crescimento menos intensa e não colocará em risco os índices de inflação, o que pode representar menor carga de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), que se reúne no início de março.
'Algo acontecendo'. O professor de economia da Universidade de São Paulo, Fábio Kanczuk, disse que esperava um resultado muito forte no quarto trimestre, até por causa do fraco desempenho nos três meses anteriores. 'Mas os números mostram a economia andando mais lentamente do que se imaginava', afirmou. Ele projeta um aumento do PIB de 3,5% em 2011.
Para ele, é possível que as medidas macroprudenciais tenham impactado a economia em dezembro, afetando o IBC-Br. O professor considera que os dados de janeiro servirão para consolidar tal percepção.
'Já tem algo acontecendo. A economia está trabalhando em nível mais próximo do seu potencial.' Kanczuk diz que, ante esse quadro, o BC pode fazer um ajuste menor que o antecipado na Selic - os analistas esperam que os juros saiam dos atuais 11,25% para 12,5% ao ano -, de modo a evitar que a economia não desacelere demais.
Juros. O ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas concorda que a situação permite antever um ajuste menos intenso da Selic. 'O IBC-Br já mostra a economia se desacelerando, por isso o ciclo de juros deve ser mais curto.' Na sua visão, a indústria tem mostrado enfraquecimento e o comércio, com base nos resultados de dezembro, exibe um ritmo menos intenso. Além disso, o governo está atuando para conter a expansão com aperto fiscal, monetário e creditício.
'O crescimento econômico mudou de faixa. A partir de agora está mais na casa dos 4%, o que não é um resultado ruim, já que o País cresceu demais em 2010', afirmou Freitas. Ele destaca que o real valorizado deve manter o estímulo às importações, garantindo uma perda de crescimento ainda significativo em 2011.
Socorro ameaça império de Silvio Santos
O Grupo Silvio Santos pode vender o controle do Banco Panamericano para honrar arte do empréstimo de R$ 2,5 bilhões concedido à holding do apresentador pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). A instituição ainda não foi colocada à venda oficialmente, segundo fontes próximas à companhia. Mas essa pode ser a primeira - e a mais rápida - solução para começar a arrecadar o dinheiro.
Silvio Santos deu como garantia do empréstimo todas as 44 empresas da holding. O banco, na visão do grupo, é um bom negócio. Seu problema era contábil. Com a capitalização anunciada ontem, voltaria a atrair compradores. Silvio Santos estaria disposto a se desfazer do Panamericano, segundo o Estado apurou. Desde que o Banco Central apurou a fraude contábil, há cinco semanas, o empresário tem adotado uma postura bastante pragmática. Todas as opções de venda de patrimônio serão analisadas.
Quando uma participação minoritária foi vendida para a Caixa, há um ano, o Panamericano foi avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. A venda do banco provocaria um forte impacto em todo o grupo, pois é, de longe, o negócio mais importante e rentável.
No início de 2008, um executivo de um banco americano procurou Silvio Santos para fazer uma oferta pelo Panamericano. Foi recebido na casa do apresentador. Silvio não quis vender e teria dito algo como: 'Trabalho todos os dias na televisão. Chego de manhã e saio tarde da noite. No fim do ano, a TV me rende, no máximo, R$ 40 milhões. Quanto ao banco, nunca fui lá. Mas todo ano me dá até R$ 120 milhões. Não quero vender. E posso correr risco de até uns R$ 2 bilhões no banco'. Na mesma conversa, o banqueiro perguntou por que não vendia um pedaço do SBT para a Televisa. Silvio disse que havia tentado, mas não havia encontrado interessados.
No ano passado, o grupo teve uma receita de R$ 4,7 bilhões e um prejuízo de R$ 8 milhões. O SBT é a divisão mais conhecida, mas não é mais importante. Em 2009, seu faturamento foi de R$ 734,7 milhões e o lucro, de R$ 44 milhões. Neste ano, a previsão do mercado é que ela feche no vermelho.
O grupo tem ainda outros vários negócios, como a empresa de cosméticos Jequiti, a Sisan, de empreendimentos imobiliários e a rede de varejo Lojas do Baú Crediário - em 2009, após 50 anos de operação, o Carnê do Baú foi encerrado e os serviços migraram para o varejo.
Problema familiar. A pessoas próximas, Silvio Santos tem dito que está angustiado e que quer resolver a questão da dívida rapidamente. O apresentador disse a essas fontes que estuda soluções como venda de participação no SBT.
A liquidação do banco foi cogitada no mercado. Mas Silvio Santos preferiu garantir o empréstimo na pessoa física a ver sua imagem manchada pelo episódio. Aos 79 anos e uma das figuras mais populares do País, Silvio Santos não ficou confortável em ter de ir para Brasília passar o pires. Além do rombo, teve de lidar também com um problema familiar. O Panamericano era comandado por um primo da sua mulher, Rafael Palladino, que está no banco desde a sua criação e tem sido apontado como um dos responsáveis pela fraude.
Formado em Educação Física, Palladino já trabalhou como personal trainer, foi professor na Universidade de São Paulo (USP) por 12 anos, gerenciou academias de ginástica e montou uma rede de postos de gasolina. Segundo entrevista dada ao portal da Catho há seis anos, ele foi convidado em 1990 por Silvio Santos para fazer uma assessoria na área imobiliária e acabou contratado como prestador de serviços de uma de suas empresas. Um ano depois, passou a atuar na área financeira do grupo, sendo responsável pelo Banco Financeiro, que passou a se chamar Panamericano.
Procurado pelo Estado, Palladino disse que está 'tranquilo' e que 'vai ter gente para apurar o que houve' (leia entrevista ao lado). Colocar familiares e parentes nas empresas do grupo era mais uma das idiossincrasias do empresário. Isso sempre contribuiu para a construção da figura mítica de Silvio Santos. Mas o que era só uma peculiaridade do apresentador agora pode ter efeitos desastrosos.
ENTREVISTA
'Integridade é o meu máximo'
Rafael Palladino,
EX-PRESIDENTE DO BANCO PANAMERICANO
Primo da mulher de Silvio Santos, Rafael Palladino foi demitido após a descoberta do rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano. Ontem, ele conversou com o Estado por telefone:
O sr é apontado como um dos responsáveis pela fraude. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Eu tenho 20 anos de banco, integridade moral sempre foi o meu máximo. Eu estou super tranquilo. Ontem (terça-feira), quando começaram a sair notas na internet sobre o assunto, minha filha veio me perguntar: papai, que fraude você fez?
E o que o sr. respondeu?
Você não me conhece. Infelizmente não... Mas ela me conhece.
O que houve, então, no banco?
Não posso falar. Estou acabado. Vai ter gente para apurar.
O sr é primo de Íris Abravanel?
Família não tem nada a ver com negócios.
No mercado, dizem que o senhor não tinha a sofisticação que o mercado financeiro exige.
Se você acha que é isso, então escreve. Estou em período de silêncio, não poderia falar com você, mas anote o meu e-mail. Você vai me perguntar por que o e-mail é do Panamericano.Mas eu combinei de ficar com esse e-mail pelo menos dois meses. Senão eu perco contato com o mundo.
Silvio Santos deu como garantia do empréstimo todas as 44 empresas da holding. O banco, na visão do grupo, é um bom negócio. Seu problema era contábil. Com a capitalização anunciada ontem, voltaria a atrair compradores. Silvio Santos estaria disposto a se desfazer do Panamericano, segundo o Estado apurou. Desde que o Banco Central apurou a fraude contábil, há cinco semanas, o empresário tem adotado uma postura bastante pragmática. Todas as opções de venda de patrimônio serão analisadas.
Quando uma participação minoritária foi vendida para a Caixa, há um ano, o Panamericano foi avaliado em cerca de R$ 2 bilhões. A venda do banco provocaria um forte impacto em todo o grupo, pois é, de longe, o negócio mais importante e rentável.
No início de 2008, um executivo de um banco americano procurou Silvio Santos para fazer uma oferta pelo Panamericano. Foi recebido na casa do apresentador. Silvio não quis vender e teria dito algo como: 'Trabalho todos os dias na televisão. Chego de manhã e saio tarde da noite. No fim do ano, a TV me rende, no máximo, R$ 40 milhões. Quanto ao banco, nunca fui lá. Mas todo ano me dá até R$ 120 milhões. Não quero vender. E posso correr risco de até uns R$ 2 bilhões no banco'. Na mesma conversa, o banqueiro perguntou por que não vendia um pedaço do SBT para a Televisa. Silvio disse que havia tentado, mas não havia encontrado interessados.
No ano passado, o grupo teve uma receita de R$ 4,7 bilhões e um prejuízo de R$ 8 milhões. O SBT é a divisão mais conhecida, mas não é mais importante. Em 2009, seu faturamento foi de R$ 734,7 milhões e o lucro, de R$ 44 milhões. Neste ano, a previsão do mercado é que ela feche no vermelho.
O grupo tem ainda outros vários negócios, como a empresa de cosméticos Jequiti, a Sisan, de empreendimentos imobiliários e a rede de varejo Lojas do Baú Crediário - em 2009, após 50 anos de operação, o Carnê do Baú foi encerrado e os serviços migraram para o varejo.
Problema familiar. A pessoas próximas, Silvio Santos tem dito que está angustiado e que quer resolver a questão da dívida rapidamente. O apresentador disse a essas fontes que estuda soluções como venda de participação no SBT.
A liquidação do banco foi cogitada no mercado. Mas Silvio Santos preferiu garantir o empréstimo na pessoa física a ver sua imagem manchada pelo episódio. Aos 79 anos e uma das figuras mais populares do País, Silvio Santos não ficou confortável em ter de ir para Brasília passar o pires. Além do rombo, teve de lidar também com um problema familiar. O Panamericano era comandado por um primo da sua mulher, Rafael Palladino, que está no banco desde a sua criação e tem sido apontado como um dos responsáveis pela fraude.
Formado em Educação Física, Palladino já trabalhou como personal trainer, foi professor na Universidade de São Paulo (USP) por 12 anos, gerenciou academias de ginástica e montou uma rede de postos de gasolina. Segundo entrevista dada ao portal da Catho há seis anos, ele foi convidado em 1990 por Silvio Santos para fazer uma assessoria na área imobiliária e acabou contratado como prestador de serviços de uma de suas empresas. Um ano depois, passou a atuar na área financeira do grupo, sendo responsável pelo Banco Financeiro, que passou a se chamar Panamericano.
Procurado pelo Estado, Palladino disse que está 'tranquilo' e que 'vai ter gente para apurar o que houve' (leia entrevista ao lado). Colocar familiares e parentes nas empresas do grupo era mais uma das idiossincrasias do empresário. Isso sempre contribuiu para a construção da figura mítica de Silvio Santos. Mas o que era só uma peculiaridade do apresentador agora pode ter efeitos desastrosos.
ENTREVISTA
'Integridade é o meu máximo'
Rafael Palladino,
EX-PRESIDENTE DO BANCO PANAMERICANO
Primo da mulher de Silvio Santos, Rafael Palladino foi demitido após a descoberta do rombo de R$ 2,5 bilhões no Panamericano. Ontem, ele conversou com o Estado por telefone:
O sr é apontado como um dos responsáveis pela fraude. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Eu tenho 20 anos de banco, integridade moral sempre foi o meu máximo. Eu estou super tranquilo. Ontem (terça-feira), quando começaram a sair notas na internet sobre o assunto, minha filha veio me perguntar: papai, que fraude você fez?
E o que o sr. respondeu?
Você não me conhece. Infelizmente não... Mas ela me conhece.
O que houve, então, no banco?
Não posso falar. Estou acabado. Vai ter gente para apurar.
O sr é primo de Íris Abravanel?
Família não tem nada a ver com negócios.
No mercado, dizem que o senhor não tinha a sofisticação que o mercado financeiro exige.
Se você acha que é isso, então escreve. Estou em período de silêncio, não poderia falar com você, mas anote o meu e-mail. Você vai me perguntar por que o e-mail é do Panamericano.Mas eu combinei de ficar com esse e-mail pelo menos dois meses. Senão eu perco contato com o mundo.
Fraude no Panamericano foi identificada há cinco semanas pelo BC
A fraude de R$ 2,5 bilhões sofrida pelo Banco Panamericano foi encontrada há pouco mais de cinco semanas por técnicos do Banco Central. O problema foi detectado quando eram analisadas operações de crédito vendidas pela financeira do Grupo Silvio Santos aos grandes bancos de varejo. Na análise feita pelo BC, foi constatado que essas instituições haviam adquirido operações do Panamericano em número menor que o declarado pela financeira do empresário Silvio Santos. É como se o comprador declarasse a aquisição de 10 carteiras, mas o vendedor registrava a venda de 50 operações.
Ao se deparar com a diferença de números, técnicos do BC passaram a avaliar carteira por carteira para encontrar a causa do problema. Foi um trabalho de mais de um mês. 'Chegamos à conclusão de que o Panamericano havia vendido operações e não havia dado baixa no balanço. Por isso, o volume declarado era muito maior que o efetivo', diz fonte que acompanhou o processo. O erro se repetiu em várias carteiras especialmente de crédito consignado e financiamento de veículos.
Diante do problema, os administradores do Panamericano foram convocados para prestar esclarecimentos ao BC. De pronto, os gestores da financeira admitiram o problema. 'Eles reconheceram que mantinham no balanço um ativo que já havia sido vendido', afirma a mesma fonte. Ao reconhecer a falha, o controlador do Panamericano, o empresário e apresentador de TV, Silvio Santos, tomou a frente das negociações para recuperar a saúde financeira da instituição financeira.
A venda de carteiras é um negócio comum entre bancos de pequeno e grande porte. No segmento de crédito, as instituições são separadas em dois grandes grupos. No primeiro, chamado de 'originador', ficam as casas de menor porte - como o Panamericano - que têm pessoal de vendas pulverizado e abrangência capaz de gerar grande volume de empréstimos e financiamentos.
Uma vez realizada a operação, a instituição menor vende a operação aos grandes bancos, que passam a administrar a carteira. Esse grupo é chamado de 'gestor' ou 'administrador'. A operação é lucrativa porque o banco pequeno que vende recebe parte do valor total antecipadamente e pode reinvestir o dinheiro em novas operações de crédito. Para o grande, a compra é vantajosa porque ele ganha a rentabilidade dos empréstimos e tem custo administrativo muito menor que a despesa para se oferecer o mesmo crédito em suas próprias agências.
Ao se deparar com a diferença de números, técnicos do BC passaram a avaliar carteira por carteira para encontrar a causa do problema. Foi um trabalho de mais de um mês. 'Chegamos à conclusão de que o Panamericano havia vendido operações e não havia dado baixa no balanço. Por isso, o volume declarado era muito maior que o efetivo', diz fonte que acompanhou o processo. O erro se repetiu em várias carteiras especialmente de crédito consignado e financiamento de veículos.
Diante do problema, os administradores do Panamericano foram convocados para prestar esclarecimentos ao BC. De pronto, os gestores da financeira admitiram o problema. 'Eles reconheceram que mantinham no balanço um ativo que já havia sido vendido', afirma a mesma fonte. Ao reconhecer a falha, o controlador do Panamericano, o empresário e apresentador de TV, Silvio Santos, tomou a frente das negociações para recuperar a saúde financeira da instituição financeira.
A venda de carteiras é um negócio comum entre bancos de pequeno e grande porte. No segmento de crédito, as instituições são separadas em dois grandes grupos. No primeiro, chamado de 'originador', ficam as casas de menor porte - como o Panamericano - que têm pessoal de vendas pulverizado e abrangência capaz de gerar grande volume de empréstimos e financiamentos.
Uma vez realizada a operação, a instituição menor vende a operação aos grandes bancos, que passam a administrar a carteira. Esse grupo é chamado de 'gestor' ou 'administrador'. A operação é lucrativa porque o banco pequeno que vende recebe parte do valor total antecipadamente e pode reinvestir o dinheiro em novas operações de crédito. Para o grande, a compra é vantajosa porque ele ganha a rentabilidade dos empréstimos e tem custo administrativo muito menor que a despesa para se oferecer o mesmo crédito em suas próprias agências.
PF prende três por desvio de R$ 6 milhões da Funasa
A Polícia Federal prendeu três pessoas de uma quadrilha acusada de fraudar mais de R$ 6 milhões de recursos da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) destinados a organizações não governamentais (ONGs) indígenas. Dois deles foram presos em Salvador, no sábado, dia 9, e o terceiro suspeito foi preso no dia 7, em Macapá. Os mandados de prisão preventiva para a Operação Carniça foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Macapá.
Segundo as investigações, os recursos financeiros da Funasa eram destinados à compra de medicamentos, atendimento médico, pagamento dos salários dos agentes indígenas de saúde, serviço de transporte dos doentes e para obras de saneamento e tratamento de água nas aldeias.
Pela perícia realizada, foi constatado que entre 2006 e 2008, mais de R$ 6 milhões foram desviados. Nesse período houve falta de medicamentos vitais, como soro antiofídico (contra o veneno de cobras). Os presos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de peculato e estelionato, podendo cumprir pena de até 12 anos de reclusão.
Segundo as investigações, os recursos financeiros da Funasa eram destinados à compra de medicamentos, atendimento médico, pagamento dos salários dos agentes indígenas de saúde, serviço de transporte dos doentes e para obras de saneamento e tratamento de água nas aldeias.
Pela perícia realizada, foi constatado que entre 2006 e 2008, mais de R$ 6 milhões foram desviados. Nesse período houve falta de medicamentos vitais, como soro antiofídico (contra o veneno de cobras). Os presos foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) pelo crime de peculato e estelionato, podendo cumprir pena de até 12 anos de reclusão.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
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