O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), solicitou ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos a inclusão do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel e de seus familiares no programa de proteção às testemunhas, com direito à proteção e ajuda de custos.
A defesa de Witzel enviou à CPI requerimento pedindo proteção para que possa depor em sessão secreta da comissão. Ele já prestou depoimento em junho, mas disse que poderia apresentar novos elementos sobre corrupção envolvendo hospitais federais no Rio e também OS (Organizações Sociais). No entanto, disse que concordaria em colaborar apenas em uma sessão secreta.
Em ofício encaminhado ao ministério, Aziz pede a inclusão no programa de Witzel, sua esposa e seus três filhos menores de idade.
"Evidencia-se que o depoente, em razão dos fatos graves que tem a revelar à comissão, encontra-se em situação de expressivo risco a sua integridade física e à integridade de seus familiares, em especial, porquanto os referenciados fatos envolvem agentes dotados de relevante poderio político e econômico, bem como podem trazer à baila irregularidades concernentes a desvios de finalidades e à captura política de instituições de Estado", afirma Aziz no ofício.
O ofício requisita segurança, proteção e amparo a Witzel e seus familiares, segurança nas residências, incluindo o controle de telecomunicações, escolta e segurança nos deslocamentos, ajuda financeira mensal para prover as despesas necessárias à subsistência individual ou familiar, apoio e assistência social, médica e psicológica e custeio total de assessoramento jurídico em caso de processos movidos contra o ex-governador por conta de seu depoimento.
A solicitação de Witzel foi assinada pelo advogado Diego Pereira, que elogia a decisão da CPI e pede a compreensão da ministra Damares Alves, responsável por conceder a proteção.
"Com muita assertividade o senador Omar Aziz deferiu nosso pedido. Agora, esperamos que a ministra Damares tenha sensibilidade com a situação, e também defira o pedido com a urgência que o caso requer", diz.
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