GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

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Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

domingo, 16 de junho de 2019

Mesmo sem coligação, resultado das eleições municipais mudaria pouco, aponta pesquisa Levantamento mostra que nova regra teria baixo impacto nas capitais em 2016 e 2012

Apesar da preocupação de dirigentes partidários, a proibição das coligações nas eleições para as câmaras municipais no próximo ano não deve provocar profundas mudanças no quadro de representação das legendas , pelo menos nas capitais. É o que mostra uma simulação de como teriam sido as disputas de 2016 e 2012 se a nova regra estivesse em vigor.

Organizado pelas pesquisadoras Lara Mesquita e Gabriela Campos, do Centro Estudos de Política e Economia do Setor Público da FGV, a pedido do GLOBO, o levantamento mostra que o número de partidos com presença nos parlamentos municipais nas 26 capitais passaria de 32 para 33 se a regra já tivesse sido aplicada em 2016. Em 2012, haveria queda de 28 para 26.


No ranking dos cinco partidos com mais representantes nas câmaras das capitais em 2016, haveria apenas uma mudança. O quinto lugar deixaria de ficar com o PSD, que perderia duas cadeiras, e seria ocupado pelo PT, que ganharia seis postos. Em 2012, só o PDT entraria na lista dos cinco partidos com mais vereadores, tirando o PP.

Saldo geral dos partidos

Pela simulação, haveria mudança em 16,5% (134 das 811) das vagas de vereadores em capitais se o fim das coligações já estivesse em vigor em 2016. Quatro anos antes, a alteração seria de 12,1% (98 de 811). Como os partidos ganham vagas em algumas cidades e perdem em outras, é importante também, dizem as pesquisadoras, prestar atenção no saldo geral.
Para Lara Mesquita, a diferença do poderio das legendas em cada região do país ajuda a explicar os dados da simulação.
Os partidos não são igualmente grandes em todo o território nacional. Eles ganham onde são fortes e perdem onde são fracos, afirma a pesquisadora.
Um outro fator citado por Lara foi a permissão dada, junto com o fim das coligações, para que partidos que não atingissem o quociente eleitoral (divisão entre votos válidos e número de cadeiras) pudessem entrar nas disputas por cadeiras. Antes, se a soma dos votos de todos os candidatos do partido com os votos na legenda não chegasse ao quociente, a sigla estava desclassificada da eleição para o Parlamento. A partir do ano que vem, elas podem ficar com as cadeiras que sobram após a divisão das vagas entre as que atingiram o coeficiente. Em 2016, por exemplo, essa mudança permitira que o PSTU, partido de extrema esquerda, elegesse Amanda Gurgel vereadora em Natal.
— Foi uma troca com os partidos menores. Sem essa mudança, o impacto seria um pouco maior.
Apesar da perspectiva de pouca mudança, os partidos planejam novas estratégias para a eleição do próximo ano. O PSD lançou só oito candidatos a prefeito em capitais na disputa de 2016 e, agora, determinou em resolução que sejam apresentados nomes para as disputas em todas cidades com mais de cem mil habitantes.

— Para o PSD, como para todos os partidos, é ruim, porque vai dar trabalho fazer chapa própria de vereadores em todas as cidades. Mas para democracia, é positivo. Os partidos vão ter que andar com as próprias pernas — diz Gilberto Kassab, presidente da legenda.
Presidente do Democratas, um dos partidos que mais perderiam cadeiras em 2012 se o fim das coligações estivesse em vigor, o prefeito de Salvador, ACM Neto, também prevê mudanças de estrategia
— Os partidos vão ter que apostar em candidatos a prefeito que impulsionem a chapa de vereadores.

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