A Delta encerrou nesta semana as atividades do primeiro avião Boeing 747-400 construído para uma companhia aérea comercial. O último voo do jumbo foi realizado de Honolulu para Atlanta, nos Estados Unidos.
A estreia do avião ocorreu em dezembro de 1989, em um voo da Northwest Airlines – a fusão com a Delta veio em 2008. Com a aposentadoria, o avião ficará em exposição no museu da companhia aérea, em Atlanta, a partir do ano que vem.
Quando o modelo de quatro motores da Boeing fez seu primeiro voo comercial, há 45 anos, os críticos diziam que o avião, chamado de “Rainha do Céu”, iria se tornar obsoleto em pouco tempo. Acreditava-se que os jatos supersônicos dominariam o mercado. A história, contudo, tomou um caminho diferente.
Ao anunciar o último voo do primeiro 747-400 construído, a Delta relembrou algumas características que o modelo trouxe para o mercado ao ser lançado, como um novo cockpit de vidro, tanques de combustível na cauda, além de inovações em viagens internacionais de luxo, como escadas em espiral para a parte superior do avião.
Despedida: Depois de 61 milhões de milhas percorridas ao longo de 26 anos – suficientes para 250 viagens até a lua –, o primeiro 747-400 completou o voo 836 na última quarta-feira. O piloto-chefe do 747 da Delta, Steve Hanlon, disse que o modelo era conhecido entre os pilotos como “A Baleia”. “Mesmo sendo tão grande, a Baleia era uma aeronave surpreendentemente manobrável e rápida”, observou.
Futuro: A Delta planeja encerrar a operação dos doze 747s restantes em sua frota até 2017, substituindo-os por modelos menores e mais eficientes em termos de combustível. Outras companhias aéreas também encerraram os voos com o 747, como a Japan Airlines, que deixou de usar o avião em 2011. As empresas têm dado preferência aos modelos de duas turbinas, porém, a British Airways parece estar indo na contramão desta tendência e mantendo seus 747 para voos com passageiros, como informou recentemente a Bloomberg.
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