Aproveitando-se do quórum alto no plenário do Senado durante a votação das medidas do arrocho fiscal do governo, o senador Romário (PSB-RJ) recolheu rapidamente as assinaturas necessárias à abertura de uma CPI para investigar a CBF, Confederação Brasileira de Futebol. Pelo regimento, o ex-craque precisava de 27 rubricas. Em menos de 2 horas, obteve 52 jamegões.
Mais cedo, ao saber que o ex-presidente da CBF José Maria Marin fora preso na Suíça com outros seis dirigentes da Fifa, Romário festejara a novidade como uma oportunidade para “limpar o futebol da corrupção”. Ele presidia uma audiência sobre futebol feminino na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado.
O pedido de CPI já foi protocolado na Mesa diretora do Senado. Antes de saber da coleta de assinaturas, o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), dissera que, havendo apoio mínimo exigido pelo regimento, ele providenciaria para que a CPI da CBF fosse instalada. Romário disse que pedirá para ocupar o posto de relator da nova CPI.
Em texto veiculado nas redes sociais, Romário listou seus alvos: “Conto com a celeridade da Casa para instalar a CPI rapidamente e começarmos a investigação tanto dos contratos de patrocínio e realização de jogos da CBF, como os contratos de realização da Copa das Confederações e Copa do Mundo.”
Noutra manifestação, Romário mostrou-se otimista quanto à possibilidade de obter a colaboração das autoridades americanas resposáveis pela investigação que pendutou a Fifa e seus dirigentes de ponta-cabeça nas manchetes ao redor do mundo. “Não podemos mais esperar, este é o momento”, anotou. “E temos chances de ter colaboração de outros países nessa investigação para, definitivamente, provar os crimes de evasão de divisas, sonegação fiscal, corrupção, extorsão e tantos outros que são praticados à sombra da bandeira do Brasil.”
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