Não começou bem para o São Paulo a vida depois da eliminação na Copa Libertadores. Neste domingo, no Moisés Lucarelli, a Ponte Preta jogou melhor e fez por merecer a vitória por 1 a 0 pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
O gol da vitória foi marcado por Renato Cajá, o homem da Ponte Preta na partida. Inspirado, ele finalizou de longe contra a meta de Rogério Ceni em quatro oportunidades. O goleiro são-paulino impediu que a derrota fosse por placar maior, mas também falhou no lance que determinou o marcador. Sem grande inspiração na frente, o São Paulo deu pouco trabalho para Marcelo Lomba.
Em razão de tumulto em partida contra o Joinville na última Série B, a Ponte Preta cumpriu punição e enfrentou o São Paulo com portões fechados. O público, dessa maneira, perdeu a chance de acompanhar uma apresentação convincente do time da casa.
Com os pontos somados, a Ponte Preta confirma um início de Brasileiro interessante e termina a rodada na quinta posição, com 4 pontos. O São Paulo tem 3 pontos e ocupa o meio da tabela, com o nono lugar.
Fases do jogo:
Ponte Preta e São Paulo se encontraram com uma cara diferente em relação aos últimos jogos. O time da casa trocou três volantes por três atacantes e Guto Ferreira deu chance ao centroavante Diego Oliveira, herói no empate recente com o Grêmio. Os são-paulinos atuaram com Rodrigo Caio e Hudson na proteção à defesa em razão dos desfalques de Souza e Denílson. Ainda sem boa condição física, Michel Bastos foi preservado.
Mesmo sem torcida, o primeiro tempo foi movimentado em Campinas, principalmente graças a Renato Cajá. Ele anotou aos 13min, com chute de longe, após saída errada de Centurión e reação lenta de Rogério Ceni na defesa. Mas não foi só: Cajá acertou outro chute de fora, bem defendido por Ceni, e ainda cobrou falta com estilo e acertou o travessão. Ainda houve mais uma defesa importante do goleiro são-paulino, esta em conclusão de Biro Biro.
O São Paulo, por sua vez, teve pouca inspiração ofensiva e criou bem abaixo do habitual no primeiro tempo. A melhor oportunidade veio com Alexandre Pato em defesa importante de Marcelo Lomba. Na etapa seguinte, Mílton Cruz tentou deixar o time mais forte na frente, principalmente com Luís Fabiano dentro da área. Não fosse uma finalização de primeira do centroavante, já aos 36min do segundo tempo, e a equipe são-paulina sequer teria levado perigo.
A Ponte Preta, com espaço para contragolpes, foi mais perigosa e fez Rogério Ceni trabalhar bastante. Houve uma série de oportunidades desperdiçadas e boas intervenções, principalmente na quarta finalização que Renato Cajá acertou de fora. Justa, ao fim dos 90 minutos, a vitória da Ponte.
O melhor: Renato Cajá. Anotou gol da Ponte e teve jornada muito inspirada no Moisés Lucarelli. Saiu após 70 minutos.
O pior: Centurión. Segue com oscilações. Errou saída de bola importante e criou pouco na frente.
Chave do jogo: Força ofensiva. A Ponte Preta criou bastante e mereceu o resultado.
Toque dos técnicos: Guto Ferreira armou um time organizado e mais ofensivo que nos últimos tempos. Mílton Cruz não conseguiu fazer o São Paulo se motivar após a queda na Libertadores.
Para lembrar
Vetado de última hora. Souza foi relacionado e tinha presença esperada, mas não jogou em Campinas.
Na seleção. Lucão e Boschilia viajaram para a Austrália para a disputa do Mundial sub-20.
Renda negativa. O serviço de som do Moisés Lucarelli anunciou prejuízo de R$ 35 mil em função do jogo com portões fechados.
FICHA TÉCNICA
PONTE PRETA 1 x 0 SÃO PAULO
Local: Moisés Lucarelli, em Campinas
Data: 17 de maio de 2015, domingo
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse e Daniel Paulo Ziolli (ambos SP)
Cartões amarelos: Felipe Azevedo, Luís Fabiano
Gol: Renato Cajá, aos 13min do primeiro tempo
PONTE PRETA: Marcelo Lomba; Rodinei, Pablo, Renato Chaves e Gílson; Josimar e Fernando Bob; Felipe Azevedo (Juninho), Renato Cajá (Roni) e Biro Biro; Diego Oliveira (Borges).
Treinador: Guto Ferreira
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Bruno, Toloi (Paulo Miranda), Dória e Reinaldo; Wesley (Luís Fabiano), Hudson, Rodrigo Caio e Centurión; PH Ganso; Alexandre Pato.
Treinador: Mílton Cruz
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