Um dos principais cotados para assumir a presidência da Petrobras, Paulo Leme, presidente do Goldman Sachs no Brasil, já defendeu a privatização da estatal petrolífera.
Em janeiro de 1999, logo depois da desvalorização do Real do início do segundo governo Fernando Henrique Cardoso, que levou a uma crise cambial, Leme afirmou que a privatização da estatal, do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal seriam medidas de “grande impacto” para restabelecer a confiança internacional no Brasil.
Na época diretor de mercados emergentes do Goldman Sachs, Leme disse que o mero anúncio da medida teria efeito “extremamente positivo” para, além de reconquistar a confiança externa, gerar receita para abater parte substancial da dívida interna.
O banco de investimentos chegou a lançar um relatório defendendo a privatização. “Quando há mudança de regime cambial, é muito importante restabelecer a confiança. No caso do Brasil, são necessárias medidas de grande impacto, como a inclusão da Petrobrás, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil no programa de privatizações”, dizia o texto.
Leme chegou a estimar que, dependendo da parcela da estatal a ser vendida, o governo poderia arrecadar entre US$ 20 bilhões e US$ 60 bilhões com a privatização da Petrobras.
O fantasma da privatização da Petrobras tem sido arma de discurso do PT de Dilma Rousseff em campanhas eleitorais desde 2002. No ano passado, a presidente voltou a usar o risco para atingir o tucano Aécio Neves.
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