O ex-presidente da Colômbia e senador eleito Álvaro Uribe denunciou nesta sexta-feira supostas ações de fraude e abuso de poder feitas pela campanha do presidente do país e candidato à reeleição, Juan Manuel Santos, antes do segundo turno de domingo.
Como líder do movimento opositor Centro Democrático, do qual Óscar Iván Zuluaga é candidato presidencial, Uribe considerou em comunicado que essas práticas 'não têm antecedentes no país'.
Uribe destacou um 'assunto muito grave: o abuso de publicidade na Copa do Mundo', e observou que na quinta-feira, durante a transmissão da cerimônia de abertura no Brasil, 'abundaram os avisos publicitários da campanha de Santos, que são legítimos, e os avisos ilegítimos do governo'.
O ex-presidente criticou dessa maneira o anúncio no qual aparece o chefe negociador do governo no diálogo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Humberto de la Calle, explicando em tom pedagógico os avanços do processo que acontece em Havana.
'Chegaram ao ponto de colocar o doutor Humberto de la Calle para violar a lei. Ele hoje está exercendo uma função pública de negociador com o terrorismo por autorização do governo. Ele está proibido ética e legalmente de intrometer-se em publicidade política', criticou Uribe.
O ex-presidente também denunciou uma suposta reunião na cidade de Barranquilla, no dia 30 de maio, na qual supostamente foi decidido triplicar a votação no segundo turno do próximo domingo aumentando o montante da compra de votos de 30 mil para 50 mil pesos (entre R$ 30 e R$ 50).
Uribe reportou, além disso, um suposto encontro entre o companheiro de chapa de Santos e candidato à vice-presidência, Germán Vargas Lleras, no município de Corozal, com um grupo de congressistas eleitos cuja votação foi questionada por suposta compra de votos.
Uribe também denunciou irregularidades na votação de colombianos residentes na Venezuela.
'O Centro Democrático denuncia perante os colombianos que é difícil encontrar um momento na história da Colômbia no qual tenha havido esta quantidade de dinheiro ilegítimo, este abuso de poder do presidente-candidato à reeleição e esta fraude', enfatizou o ex-presidente.
Uribe acrescentou que seguirá pendente das possíveis denúncias de coação ao eleitor, enquanto Zuluaga afirmou em entrevista coletiva que essa situação evidência 'um abuso que o país tem que conhecer porque se está tentando influir nas decisões do povo'.
Santos e Zuluaga disputarão no domingo o segundo turno das eleições presidenciais e o ganhador exercerá o poder na Colômbia durante o período 2014-2018.
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