Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo, disse que proposta de José Serra, do PSDB, para violência nas escolas, pode "esbarrar em preconceito". Na segunda-feira, Serra declarou pretender formalizar parceria com a Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) para "identificar quem tem potencial para ir ao crime". Na tarde desta terça-feira, em Cachoeirinha, na zona norte, o ex-ministro da Educação criticou a possibilidade e respondeu com uma ironia.
"Imagino que ele deva recuar dessa proposta. O que significa monitorar jovens propensos ao crime? Não consigo compreender o que significa propensão. Cabe a pergunta: monitoramento para rico ou para pobre? Só da periferia ou vai entrar em escolas particulares? Ele também vai levar a Febem para as escolas particulares para monitorar quem tem propensão à droga ou ao crime? Não consigo compreender a execução e os objetivos dessa proposta", afirmou Haddad.
Em debate da última semana, promovido pelo TV Bandeirantes, José Serra usou a questão "para rico ou pobre" também em tom irônico ao candidato do PT, já que Haddad costuma repetir que o adversário tucano tem ideias elitistas. Serra chegou a enumerar realizações à frente da prefeitura e do governo de São Paulo e questionou ao petista se seriam "para rico ou para pobre". Haddad disse nesta terça que a ideia do adversário "pode esbarrar em precoceito e uma série de coisas".
Haddad se declara contra mudar lei do psiu
Haddad ainda comentou a possibilidade de mudança na chamada lei do psiu, que fiscaliza a emissão de ruídos em cultos religiosos. José Américo, vereador do PT e coordenador da campanha do próprio Haddad, já se declarou favorável a rever esta legislação. Na segunda, o candidato petista recebeu apoio de 20 líderes evangélicos.
Haddad ainda comentou a possibilidade de mudança na chamada lei do psiu, que fiscaliza a emissão de ruídos em cultos religiosos. José Américo, vereador do PT e coordenador da campanha do próprio Haddad, já se declarou favorável a rever esta legislação. Na segunda, o candidato petista recebeu apoio de 20 líderes evangélicos.
"Recebi ontem (segunda) um documento de apoio e nele havia uma queixa que pedi para verificarem a procedência. A queixa é que (...) muita gente reclama da maneira como a lei é aplicada, não a lei em si. E ela vem sendo alterada. Não pretendo mudar a lei. Se tem abusos, devemos fiscalizar. Da minha parte não houve compromisso de mudar a legislação", declarou. A intenção de líderes evangélicos é aumentar a tolerância atual e permitir cultos e outros tipos de encontros religiosos em volume mais alto.
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