O
ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, empossou, na tarde
desta quarta-feira (30), em Brasília, os superintendentes da pasta em
cinco estados – Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do
Sul e Sergipe - e ainda do Distrito Federal. Presentes em todas as
unidades da federação, as superintendências representam o ministério,
quanto à pesca artesanal, industrial e amadora, além da aquicultura. A
solenidade foi transmitida por videoconferência para as
superintendências dos novos dirigentes. Tomaram posse José Cícero Dantas
(AL), Marlene Alves de Assunção (MT), Luis David Figueiró (MS), Gilmar
da Silva Coelho (RS), Heráclito Oliveira de Azevedo (SE) e Sidemeron
Campos Silva (DF).
Em
discurso, o ministro Marcelo Crivella lembrou a todos que a principal
missão do ministério é “facilitar a vida do aquicultor e do pescador”.
Citou o exemplo de pescadores humildes que têm dificuldade em renovar a
sua carteira e aquicultores que ficam embaraçados com documentos e
exigências. Assim, pediu às superintendências que orientem e valorizem
estes profissionais.
Crivella
salientou que o ministério desenvolverá um programa voltado para a
saúde dos pescadores, que incluirá assistência odontológica. Segundo o
ministro, muitos problemas de saúde são causados pela atividade
profissional, como a excessiva exposição ao sol.
O
ministro recomendou que os superintendentes se inteirassem dos
trabalhos, experiências e avanços de seus antecessores, para que as
ações tenham continuidade. Considerou, porém, natural que as novas
administrações tragam inovações e ideias. Marcelo Crivella afirmou ainda
que o Brasil tem na aquicultura um “segundo pré-sal”. Para ele, o País
precisa produzir mais pescado, com maior qualidade e melhor preço.
Potencialidade
O superintendente Heráclito Azevedo, que estava
presente na posse, informou que Sergipe conta com 25 mil pescadores
artesanais e desenvolve aquicultura, sobretudo na bacia do rio São
Francisco. Lembrou que Sergipe figura hoje como um dos grandes
produtores de alevinos (filhotes de peixe) do País, em especial de
tilápia e tambaqui. A produção atende a demanda de diversos estados. A
aquicultura no estado é realizada através de viveiros escavados na área
da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba
(CODEVASF) e em barragens do Departamento Nacional de Obras Contra as
Secas (DNOCS). As gaiolas (tanques-rede) nos reservatórios estão
cultivando 600 peixes por m³. Após quatro a seis meses de cativeiro, os
peixes são retirados com 600 a 800 gramas.
Para
ele, a piscicultura em Sergipe ainda tem muito espaço para crescer. E
um estímulo para isto será a inserção do peixe na alimentação das
escolas públicas, uma grande meta de sua gestão.
Por
sua vez, Sidemeron Campos informou que a superintendência federal do
Distrito Federal tem importantes eventos previstos para este ano, como a
Feira de Pesca e Náutica do Distrito Federal. A superintendência atua
em toda a Rede Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e
Entorno (RIDE), que compreende o Distrito Federal e alguns municípios de
Minas Gerais e Goiás. Segundo Simenon, as perspectivas são boas para a
expansão da aquicultura nesta região integrada de desenvolvimento
econômico.
Compareceram
à solenidade de posse, o secretário executivo do MPA, Átila Maia da
Rocha, a chefe de gabinete, Margarett Cabral, e os três secretários da
pasta, Maria Fernanda Nince Ferreira (Aquicultura), Américo Ribeiro
Tunes (Monitoramento e Controle) e Eloy de Sousa Araujo (Infraestrutura e
Fomento). Também prestigiaram o evento os deputados federais Vitor
Paulo (RJ), Márcio Marinho (BA) e Heleno Silva (SE). Elediak Cordeiro,
assessor parlamentar, representou Evandro Garla, deputado distrital e
secretário nacional do PRB.
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