Segundo Gilmaci Santos, líder do PRB na Assembleia, o acordo feito entre o governo do Estado e a associação que representa os supermercadistas com o intuito de banir as sacolas plásticas gratuitas tem gerado muitas reclamações.
Recente pesquisa do Datafolha indica que 57% dos entrevistados são a favor do acordo, mas 66% são contra a cobrança da versão biodegradável. Por isso, na última semana, o deputado apresentou o Projeto de Lei 87/2012, que torna obrigatório o fornecimento gratuito de embalagem ao consumidor para acondicionamento de produtos comprados em supermercados, hipermercados e demais estabelecimentos comerciais.
Para o parlamentar, o acordo é interessante do ponto de vista ambiental, mas negativo para o consumidor. "Não podemos esquecer que o consumidor brasileiro já é obrigado a pagar impostos altíssimos, arcar com a embalagem dos produtos seria mais um ônus", explica.
Quando surgiram, no fim da década de 50, as sacolas plásticas eram motivo de orgulho para as empresas, mas, após meio século, passaram a ser consideradas vilãs do meio ambiente. Tudo isso porque o plástico demora pelo menos cem anos para se degradar. "Não coloco em questão o malefício que este produto pode causar ao meio ambiente, mas é injusto fazer com o que consumidor pague a conta e ainda por cima seja obrigado a comprar sacolas plásticas para descartar o lixo doméstico, que poluem até mais porque costumam ser ainda mais resistentes", afirma.
Para Gilmaci, cabe ao Poder Público a garantia da preservação do meio ambiente. "Cabe também ao legislador proteger o consumidor do abuso escondido sob a bandeira de minimização de danos ao planeta", justifica.
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