Motoristas chegaram a demorar três horas para percorrer aproximadamente 15 quilômetros. Reflexo do acidente também prejudicou ruas e avenidas de Caraguatatuba
O trânsito na rodovia dos Tamoios ficou prejudicado durante boa parte do dia de ontem em virtude do acidente envolvendo um caminhão de lixo que quebrou o eixo de direção por volta das 9 horas na altura do quilômetro 71, da pista sentido Caraguatatuba. O veículo, de propriedade da empresa Peralta Ambiental, presta serviço para a Prefeitura de Ilhabela e, na ocasião, estava transportando os detritos para o aterro sanitário de Tremembé, no Vale do Paraíba. De acordo com a Polícia Rodoviária Estadual, um guincho tentou retirar o veículo, mas não conseguiu e um segundo equipamento teria sido acionado para virar o caminhão. Para tentar melhorar a fluidez do trânsito, os policiais implantaram a operação “Pare e Siga” nos dois sentidos. Até o final da tarde de ontem o veículo permanecia no local e, segundo informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) sem previsão de retirada do local.
O interessante é que em menos de uma semana este é o segundo incidente do tipo na rodovia. Na última terça-feira, a estrada também precisou ficar parcialmente interditada devido ao tombamento de outro veículo no mesmo trecho. Assim como ontem, naquele dia ninguém ficou ferido, mas, boa parte do material se espalhou pela pista. Por causa do trabalho de limpeza a pista foi interditada nos dois sentidos por cerca de 20 minutos.
A reportagem do Jornal Imprensa Livre entrou em contato com a empresa Peralta Ambiental, que tem sua sede na cidade de Santo André, no ABC paulista, para tentar saber quantas toneladas de lixo estavam sendo transportadas pelo caminhão, mas, não obteve nenhum retorno dos responsáveis pela empresa.
O problema pegou de surpresa muitos motoristas que deixaram para subir a serra no período da manhã tentando escapar de congestionamentos na tarde do domingo. O publicitário Eduardo Camargo, de 20 anos, foi um deles. Ele que pretendia chegar a São Paulo perto do meio dia já não sabia mais quanto tempo levaria para voltar para casa. “Deixamos para subir hoje (ontem) pela manhã justamente com medo de ficarmos presos na serra, agora, pelo visto não iremos escapar de ficarmos parados”, comentou.
De volta para Mogi das Cruzes, o comerciante Benedito Luiz Bittencourt demorou cerca de 1h30 apenas para percorrer o trecho de serra da rodovia. A viagem, do litoral até a cidade do Alto Tietê – que normalmente demora cerca de duas horas – foi bem mais demorada. “Ficamos parados durante um bom tempo no inicio da serra e com apenas uma pista sendo utilizada para os dois sentidos do fluxo a situação se complicou ainda mais. Curiosamente os veículos que desciam a serra estavam parados até bem próximo a entrada da estrada de Pitas – rota utilizada pelo motorista e que liga Salesópolis a Tamoios – confesso que nunca imaginei um problema deste tamanho”, comentou.
Por volta das 15 horas, alguns motoristas parados próximos ao local do acidente relataram à reportagem que demoraram pelo menos três horas para percorrer o trecho de aproximadamente 15 quilômetros entre a rotatória próxima ao Terminal Rodoviário de Caraguatatuba e o local do acidente.
Reflexos
Não foram somente os motoristas que precisavam subir a serra que sentiram os reflexos do acidente ocorrido na altura do quilômetro 71 da rodovia dos Tamoios. Os moradores de Caraguatatuba também acabaram bastante prejudicados com o aumento no volume de tráfego das ruas e avenidas que dão acesso à saída da cidade. Segundo o secretário municipal de Trânsito João Batista Amandes a pasta chegou a registrar congestionamentos de três quilômetros entre a Casa de Saúde Stella Maris e a Avenida Jundiaí. “O problema não ficou restrito apenas na serra, avenidas como a Frei Pacífico Wagner e a Miguel Varlez os principais acessos da cidade tiveram seus momentos de trânsito parado por conta do fluxo prejudicado no trecho de serra”, explicou.
Amandes disse ainda que para tentar amenizar a situação desvios foram feitos pelos agentes de trânsito para a Avenida Geraldo Nogueira da Silva. “Para os motoristas que vieram da região norte nós acabamos desviando o trânsito para a Avenida da Praia com o intuito de desafogar a rodovia e também dar mais opção aos motoristas de locais com restaurantes e até sanitários”, completou.
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