GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Câmara paga até pipoca e refrigerante em cinema de ministro


Pipoca
Câmara dos Deputados ressarciu a compra de um combro de pipoca grande e dois copos de refrigerante de 700 ml do ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra (PMDB-RS).

De acordo com o jornal Destak, a compra foi feita no dia 27 de setembro do ano passado, ao custo de R$ 26, no cinema Kinoplex, em Brasília.
O ministro, que é deputado, tem o hábito de apresentar notas de baixo valor com alimentação à Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, da Câmara dos Deputados. Segundo a Folha, em abril, ele pediu o reembolso de R$ 7,80 no supermercado Coppeti, em Santa Maria (RS). Pediu ainda R$ 12,50 de uma compra no MC Donalds.
De 2015 até assumir o ministério, Terra pediu ressarcimento de R$ 6,5 mil de gastos com alimentação. Há despesas com rodízios em galeterias e churrascarias, além de um mojito. A Câmara proíbe ressarcimento de gastos com bebida alcóolica, mas não fica claro se a bebida continha ou não álcool.
Segundo a assessoria do MDS, a nota do combo "foi entregue por engano junto com outros recibos de alimentação que periodicamente apresentava para ressarcimento, todos dentro das regras legais. Esse é um caso isolado”.
Cartão corporativo
Em 2008, o então ministro do Esporte, Orlando Silva deixou o comando da pasta após ser flagrado usando o cartão corporativo do governo para comprar uma tapioca de R$ 8,30. Silva nega participação no caso.

"Temer cortou até o almoço de Dilma", diz Lula no Rio


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em manifestação pró-governo em São Paulo. 18/03/2016Na primeira manifestação pública após o impeachment, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou dos cortes na alimentação e nas viagens em aviões da FAB, decididos pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer, em relação à presidente afastada Dilma Rousseff.
Mas reconheceu falhas na gestão da sucessora e disse esperar que ela volte ao cargo. "Não estou dizendo que Dilma não cometeu erros, cometeu. Mas queremos que ela volte para corrigir os erros que cometemos", disse.
No discurso, Lula fez poucas referências à sucessora. "Temer deu um golpe não na Dilma, mas na decisão do Senado que o colocou como interino. Temer não tinha o direito de fazer o que fez. Ele cortou até o almoço da Dilma. Amanhã vamos comer marmitex", ironizou o ex-presidente, em ato organizado por centrais sindicais no centro do Rio.
Segundo Lula, as medidas adotadas contra Dilma, como a restrição ao uso de aviões oficiais, "não vão impedir (a presidente afastada) de sair pelo País para denunciar esse governo".
Mais magro e com voz ainda mais rouca que o habitual, Lula avaliou que tem uma "dívida com a sociedade brasileira", mas evitou se posicionar sobre as eleições de 2018.
"Estão me acusando de tudo quanto é nome, divulgando as bobagens que falo. É medo de eu voltar. Ainda é muito cedo para pensar em 2018. Já estou com idade de me aposentar. Mas não pensem que vão destruir aquilo que nós construímos", afirmou.
Lula criticou a escolha do ministério do governo provisório, acusando a suposta influência do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele ironizou manifestantes pró-impeachment.
"Os coxinhas agora estão com vergonha por que foram para a rua bater panela e o resultado não foi um risoto, foi Temer. Os coxinhas sabem que o ministério de Temer é o ministério do (Eduardo) Cunha. Mas sempre haverá nesse País mais gente de cabeça erguida, decente, do que coxinhas."
Na única referência direta à Lava Jato, o ex-presidente indicou que a operação "submeteu os petroleiros a condições humilhantes".
Lula afirmou que ter sido o presidente que mais investiu na companhia e que a descoberta do pré-sal foi "seu maior orgulho como presidente e como cidadão".
O petista também afirmou que a "elite nunca aceitou a Petrobras" e teceu diversas críticas às "elites", discurso comum em seu governo.
"A elite brasileira, incompetente para governar este País, achava que tudo iria se resolver se a gente vendesse as empresas. Eu queria provar que o peão seria capaz de pensar politicamente o Estado brasileiro melhor do que toda a elite", completou.
Lula defendeu ações de seu governo junto ao BNDES e demais bancos públicos. O ato "Se é público, é para todos" defendeu a mobilização da sociedade contra a privatização de empresas e serviços públicos, além de criticar a agenda econômica do governo Temer.
A manifestação ocorreu na Fundição Progresso, na Lapa, região central do Rio, com público reduzido apesar do acesso liberado. Não houve estimativa de quantas pessoas estiveram no evento.

Laudo de perícia do Senado recebe 76 questionamentos



Presidente afastada Dilma Rousseff em conferência em Brasília, dia 13/05/2016A Comissão Processante do Impeachment já recebeu 76 questionamentos sobre a perícia realizada por servidores do Senado relativos aos atos da Presidência da República que embasaram o pedido de impedimento da presidente afastada Dilma Rousseff.
Diante do grande número de perguntas, o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), mudou o horário para que os peritos entreguem as respostas, de 10h para as 20h de sexta-feira (1º).
Relator da comissão, o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) fez três questionamentos, enquanto a presidente Dilma apresentou 12 pontos a serem respondidos sobre o laudo.
O principal questionamento de Anastasia é se os decretos de crédito suplementar que embasam a acusação contra Dilma poderiam ter tido outro tipo de tramitação, como projeto de lei, por exemplo, que garantisse um efeito neutro sobre a meta fiscal.
De acordo com o laudo pericial, tais decretos tiveram impacto negativo no cumprimento da meta fiscal aprovada em janeiro de 2015 e que se encontrava vigente no momento da assinatura dos atos, em julho e agosto.
O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, pediu à junta pericial – composta pelos servidores João Henrique Pederiva, Diego Prandino Alves e Fernando Álvaro Leão Rincon – que esclareça os fundamentos legais que levaram à conclusão de que os decretos de crédito suplementar tiveram impacto negativo na meta fiscal.
Entre outras perguntas, Cardozo destacou trechos do laudo pericial informando que decretos de contingenciamento de gastos editados pelo governo garantiram o cumprimento da meta fiscal de 2015. Ele pediu que os peritos confirmem as alegações.
A Secretaria da Comissão Especial de Impeachment do Senado recebeu ainda questionamentos enviados pela senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) e pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), mas, até a publicação da reportagem, os responsáveis pela acusação no processo não haviam protocolado perguntas à junta pericial.
Após a apresentação das repostas pelos peritos, os auxiliares técnicos designados por defesa e acusação terão até as 18h de segunda-feira (4) para analisá-las.

Efeito Tia Eron pode anular votação contra Cunha na Câmara



Deputada federal Tia EronNo último dia 14, o futuro do processo de cassação do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estava confinado nas mãos de uma única pessoa: a deputada federal Tia Eron (PRB-BA), que manteve segredo sobre seu voto no Conselho de Ética até o último minuto.
Vinte dias depois, o efeito da decisão dela em outros membros do colegiado pode anular a votação que recomendou a cassação do mandato do peemedebista.
Em relatório apresentado à Comissão de Constituição e Justiça hoje, o relator do caso, deputado Ronaldo Fonseca (PROS-DF), recomenda que seja anulada a votação do relatório do Conselho de Ética que decidiu pela cassação do mandato do peemedebista.
Motivo: a votação por chamada dos deputados permitiu uma espécie de “efeito manada” entre os membros do conselho.
"Tomando-se os votos um a um, ao invés de colhê-los todos ao mesmo tempo (como é a regra estabelecida pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados), acabou-se por, aparentemente, influenciar o voto de ao menos um parlamentar", afirma o deputado no parecer.
Ele se refere ao deputado Wladimir Costa (SD-PA) que votou pela cassação embora tenha declarado anteriormente que votaria com Cunha. 
A mudança da orientação de Costa se deu depois que Tia Eron (PRB-BA) proferiu seu voto, contrário ao presidente afastado da Câmara. O placar final ficou com 11 votos favoráveis à cassação e 9 contra.

"Mudar abruptamente e à mingua de norma legal ou regimental a sistemática de votação representou um prejuízo enorme para o representado, em face do inegável efeito cascata, reconhecido até mesmo pelos seus opositores", afirma o relator no parecer.
De acordo com Fonseca, a votação do dia 14 de junho deve ser anulada e repetida novamente por meio do sistema eletrônico de votos, seguindo orientação do regimento interno da Casa.
Segundo ele, a ordem dos deputados chamados também foi arbitrária. Em vez de chamar por bloco e ordem alfabética, o presidente do Conselho de Ética deveria ter feito a chamada “alternadamente, do norte para o sul e vice-versa”.
Esse foi o único argumento acolhido por Fonseca de um total de 15 apresentados por Cunha e aliados. O parecer apresentado hoje ainda deve ser votado pelos membros da CCJ. A previsão é de que a análise aconteça somente na próxima semana. 
Antes de começar a ler seu voto, Fonseca disse que levou em conta a defesa do "Estado democrático de direito" e que não é papel da CCJ dizer se Cunha recebeu propina em contas no exterior, mas apenas violações no processo. "Sei o quanto serei cobrado pela minha posição, não tenho receio, minhas convicções defenderei sempre", afirmou.
O QUE PESA CONTRA CUNHA 
Com cerca de nove meses de idas e vindas, o processo de cassação de Eduardo Cunha já é o mais longo da história da Câmara. O peemedebista é acusado de mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ao afirmar, em depoimento, não ter contas no exterior em seu nome.
As investigações da Lava Jato, no entanto, contrariam a versão apresentada por Cunha. Primeiro político a virar réu no âmbito da operação que apura a corrupção na Petrobras, o peemedebista é acusado de ter recebido, ao menos, 5 milhões de dólares de pagamentos em propina para facilitar dois contratos entre o estaleiro Samsung e a Diretoria Internacional da estatal.

Guilherme Araújo apresenta alguma sugestões para escolher a franquia certa numa cidade pequena

Dúvida do leitor: Moro numa cidade com 100 mil habitantes. Como pesquisar para encontrar a franquia certa para mim?
Respondido por Guilherme Araújo, especialista em franquias
Vamos adotar a máxima para instalar um negócio: nunca procure um negócio para o seu ponto, mas procure um ponto para o seu negócio!
É fácil, basta seguir algumas regras para não cair em armadilhas, que muitas vezes você mesmo monta.
Regra 1 – tenha clareza com que negócio você se identifica
Se estiver pensando: “Na minha cidade está faltando este ou aquele negócio!” Pare já!
De nada adianta se você não tiver uma forte identificação com este negócio que falta na sua cidade. Não adianta gostar de comer pizza, você precisa saber se gosta de fazer, servir, entregar, cobrar e manter o local que faz a pizza.
Regra 2 – É pizza! Agora sim vamos ver o tamanho de seu mercado
Para medir o potencial de seu mercado para, por exemplo, uma pizzaria, vá ao site do IBGE e veja quantas famílias residentes há na sua localidade (vamos calcular que dos 70 mil habitantes tenhamos 15 mil famílias).
Entenda que nem todas essas famílias estarão dispostas a consumir a sua pizza. De um mercado potencial de 22.500 pizzas (15 mil famílias multiplicado por 1,5 pizzas por mês de consumo médio), você conseguirá conquistar no máximo 3%. Ou seja, nada mais que 675 pizzas mensais.
Considerando um ticket médio de 45 reais, você terá um faturamento estimado em 30 mil reais por mês. Nada mal, existe mercado para o seu sonho. Mas lembre-se que 78% dos consumidores de um estabelecimento não se deslocam mais de 1 km para consumir. Localização perto de seu público alvo será fundamental.
Regra 3 – Buscar um negócio com o qual você se identifica e com mercado na sua localidade
Dê um Google e busque franquias de pizza, veja todas e comece uma seleção visitando o franqueador e conhecendo pessoalmente o negócio.
Esta visita pode sair cara, mas é absolutamente fundamental para você eliminar aquelas franquias que:
• Possuem modelos de negócios fora do conceito que você deseja;
• Você não tenha sido bem atendido pelo franqueador, ou mesmo que tenha sido atendido por intermediários (consultores/corretores), o que define o tipo de atendimento quando você for franqueado;
• A COF (Circular de Oferta de Franquias), documento de oferta do negócio, não corresponde exatamente com o que lhe falaram, e mais, nada tem em comum com as unidades que você visitou;
• Os franqueados ou ex-franqueados (a lista deve estar na COF) visitados (pelo menos 4 de cada franquia) não lhe estimularam a entrar no negócio ou mesmo lhe passaram informações que não combinam com o estipulado na COF;
• Possuem vários modelos que tentam se adaptar a vários mercado – você vai comprar a experiência de um franqueador que conheça profundamente um negócio, e não vários;
• O franqueador não tem unidades próprias (onde ele testa primeiro para depois passar aos franqueados) em funcionando há mais de 2 anos;
• O franqueador não faz um cuidadoso estudo de mercado e localização para garantir que o negócio tenha sucesso, ou mesmo lhe diga que o modelo dele funciona em qualquer mercado ou ainda que você poderá adaptar o negócio ao mercado local.
Regra 4 – Agora o seu capital x A necessidade daquela sua franquia escolhida
Agora o drama! O capital exigido para abrir aquela sua franquia escolhida é superior à sua disponibilidade. Bom, duas coisas podem estar acontecendo: uma é que o modelo de negócio não é adequado ao mercado (que lhe dará um faturamento estimado de R$30 mil no exemplo), exigindo um investimento muito alto sem o retorno prometido.
Outra: o modelo e o investimento são adequados, mas você não possui os recursos exigidos. Não desista, passe o “chapéu” pela família, amigos e, lembre-se que você deverá ter uma reserva para o Capital de Giro pelo menos para os primeiros seis meses do negócio.
Regra 5 – Sucesso antes de trabalho somente no dicionário
É franquia, e boa! Foi muito bem selecionada e você treinou muito. Mas não funciona sozinha, você vai ter que trabalhar e muito. Sabe aquela boa vida que uma cidade de 100 mil habitantes lhe oferece? Acabou!
Mas uma promessa de vida estressante dirigindo e operando uma franquia, associada a sucesso e felicidade, vale a pena.
Guilherme Araújo é sócio- fundador da consultoria GAA.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Informações sobre as Eleições 2016 para prefeito, vice-prefeito e vereador

Informações recentes/mais acessadas
Candidaturas: Escolha e registro

Outros temas 
Urna eletrônica: Simulador de votação

Simulador de votação na urna eletrônica – Primeiro turno

Para simular a votação para prefeito, vice-prefeito e vereador, selecione o link Eleição 2016 – Brasil.
Clique nos links a seguir para fazer o download dos arquivos PDF com os partidos e candidatos fictícios utilizados no simulador para o primeiro turno.


Confira abaixo as instruções para simular seu voto


Como votar
Usando o teclado da urna, que é similar ao do telefone, digite o número do candidato ou do partido de sua preferência. Na tela, aparecerão a foto, o número, o nome e a sigla do partido do candidato.
Se as informações estiverem corretas, aperte a tecla verde CONFIRMA.
Após o registro do voto para todos os cargos, a urna emitirá um sinal sonoro mais intenso e prolongado e aparecerá na tela a palavra FIM.

Como corrigir o voto
Se não aparecerem na tela todas as informações sobre o candidato escolhido, aperte a tecla laranja CORRIGE e repita o procedimento anterior.
Como votar em branco
Para votar em branco, aperte a tecla BRANCO. 
Confirme o seu voto apertando a tecla verde CONFIRMA.
Cuidado!
Seu voto poderá ser nulo se você digitar um número de candidato ou de partido inexistente e depois apertar a tecla verde CONFIRMA.

Utilize o simulador


Simulador de Votação na Urna Eletrônica

Seja bem-vindo à página do simulador de votação na urna eletrônica. Aqui, você poderá treinar a votação para todos os cargos em disputa nas eleições municipais de 2016 da mesma maneira que ocorrerá no dia do pleito, como se estivesse diante de uma urna eletrônica.
Desenvolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o software apresenta, para cada cargo, uma lista de candidatos e partidos fictícios (Partido dos Esportes, Partido dos Ritmos Musicais, Partido das Profissões, Partido das Festas Populares e Partido do Folclore). Você poderá navegar pelos partidos usando as setas para a direita e para a esquerda na filipeta de candidatos no alto da página.
No fim da votação, ou a qualquer momento, você poderá retornar à página inicial, escolher o turno e reiniciar a votação (basta clicar no link nova simulação).
Devido a sua característica didática, caso o usuário realize um procedimento incorreto durante a votação, o simulador apresentará uma mensagem explicativa e a tela será bloqueada até que o usuário clique na mensagem apresentada.
Escolha o turno e simule uma votação na urna de forma rápida, didática e divertida.

TSE encerra semestre com 2.417 processos julgados e projeta maior celeridade

Ao final da sessão de julgamentos desta sexta-feira (1º), o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, apresentou um balanço dos processos julgados durante o primeiro semestre de 2016. Os ministros da Corte analisaram 2.417 processos, incluindo decisões monocráticas, liminares, resoluções e acórdãos.
Para o segundo semestre, o presidente do TSE fez uma projeção de uma celeridade ainda maior. “No início de agosto vamos tomar medidas que, dentro do possível, racionalizem as nossas atividades”, disse ele ao citar a possibilidade de antecipação da pauta de julgamentos para que todos possam se preparar com antecedência ainda maior. Gilmar Mendes solicitou aos colegas que apresentem sugestões para serem discutidas nesse mesmo sentido de dar celeridade ao andamento dos trabalhos na Corte. O objetivo é dinamizar os trâmites “para o processamento adequado das matérias no âmbito do tribunal, uma vez que estamos em constante aprendizado e há esse espírito de entendimento e cooperação entre nós”, acrescentou.


Agradecimentos
O presidente do TSE agradeceu a colaboração e participação de todos os ministros e servidores para o bom desenvolvimento e segmento das sessões judiciais e administrativas, bem como para todo o trabalho que se exerce no âmbito da Justiça Eleitoral.
Ele destacou também a parceria com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e ressaltou que o ano que precede as eleições não é um ano vazio. “É o ano que se prepara as eleições, inclusive, com um trabalho imenso de elaborar resoluções com as alterações vindas da legislação. É preciso que se tenha essa visão da Justiça Eleitoral. Talvez, no passado, tenha se pensado a Justiça Eleitoral como instituição de caráter sazonal, mas, na verdade, nos tornamos uma instituição de atividades permanentes e com características de uma instituição com forte atividade administrativa normativa”, disse ele ao destacar que o trabalho dos ministros não se resume a leitura, preparação e debate nas sessões, pois há um forte trabalho subjacente que envolve todas essas questões administrativas.
Maria Thereza
A ministra Maria Thereza também fez um agradecimento em nome da Corregedoria Eleitoral e destacou o apoio que tem recebido por parte da Presidência do Tribunal. “Terminamos o período do fechamento do cadastro eleitoral na mais absoluta normalidade, todos os prazos vêm sendo cumpridos de maneira que, da parte da Corregedoria, as eleições estão garantidas com a maior normalidade, contando sempre com o apoio da Presidência e isso nos dá muita segurança no nosso caminho e nas nossas atividades”.
Advogados
A advogada Ângela Cignachi falou da tribuna em nome da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Instituto Brasileiro de Direito Eleitoral (Ibrade). “Os advogados que militam nesse TSE e o Ibrade se juntam às manifestações de vossa excelência e deseja a todos um bom descanso aos ministros e servidores depois de tanto trabalho no primeiro semestre na preparação das eleições. No segundo semestre teremos a grande festa da democracia com as eleições municipais com mais de 140 milhões de eleitores e mais de 500 mil candidatos, isso significa que a Justiça Eleitoral terá muito trabalho”, disse ela.
MPE
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, também cumprimentou os integrantes do tribunal pelo trabalho desempenhado no primeiro semestre. “Foram 3.977 processos recebidos e 3.784 pareceres. Também estamos procurando nos consorciar nessa tarefa, que é difícil e árdua, de prestar o atendimento ao cidadão e oferecer o que é de melhor do Ministério Público no sentido de fazer com que a ordem jurídica seja preservada e realizada”, disse ele.
Diálogo com Congresso Nacional
O ministro Gilmar Mendes lembrou que se reuniu, na manhã de quinta-feira (30), com líderes parlamentares para conversar sobre as questões que dizem respeito à Justiça Eleitoral e à vida política da instituição. “A intenção é mostrar as preocupações que temos em relação a limites de campanha, responsabilidade institucionais com temor de um excesso de judicialização, encurtamento dos prazos, que vai fazer com que muitas candidaturas fiquem subjudice e que os resultados sejam provisórios e, portanto, decorre da mudança do sistema, e não de vontade da Justiça Eleitoral”.
“Coloquei, inclusive, o tribunal à disposição do Congresso Nacional para contribuir com as reformas eleitorais que estão sendo discutidas. O presidente do Congresso Nacional disse que estima que em outubro haverá espaço para discussão de alguns pontos da reforma político eleitoral”, disse o presidente ao solicitar que os ministros tragam ideias que possam ser discutidas e, eventualmente, submetidas ao Congresso Nacional.
“Em todos os momentos históricos relevantes a Justiça Eleitoral tem dado contribuições efetivas para o aprimoramento do sistema democrático brasileiro”, destacou o ministro.

Em coletiva, presidente do TSE aborda financiamento eleitoral, tempo de propaganda e lei de abuso de autoridade

Entrevista coletiva com ministro Gilmar Mendes

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, recebeu jornalistas de diversos veículos da imprensa para uma entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (1º). A coletiva foi concedida após a sessão de encerramento do primeiro semestre de 2016.
Na abertura da entrevista, Gilmar Mendes teceu considerações sobre os desafios enfrentados pela Justiça Eleitoral na preparação das Eleições Municipais de outubro que, segundo ele, serão as maiores da história. “As eleições municipais são, para nós, as mais desafiadoras, mais complexas. Nós estamos estimando que vamos ter nestas eleições municipais algo em torno de 530 a 580 mil candidatos”, disse.
As novidades trazidas pela Reforma Eleitoral e sintetizadas na Lei nº 13.165/2015 também forma abordadas pelo presidente do TSE em sua fala inicial. Questões como a vedação ao financiamento de campanhas eleitorais por parte de pessoas jurídicas, o limite de gastos das campanhas e o encurtamento do período da campanha eleitoral no rádio e na televisão, segundo ele, são importantes mudanças de paradigma e poderão acarretar uma maior judicialização do processo eleitoral. Para ele, as eleições de outubro servirão como um aprendizado para o processo de reorganização eleitoral em curso no país após a Reforma Eleitoral. “Nós não precisamos ficar assustados. Tomemos estas eleições municipais, em vários sentidos, como um experimento institucional. Certamente, elas vão fornecer bases para reformas que, inevitavelmente, deverão ocorrer a partir de outubro deste ano e certamente terão efeito já para as Eleições de 2018”, completou.
No que se refere à proibição das doações eleitorais por pessoas jurídicas, o presidente do TSE declarou acreditar que a evolução  no processo de prestação de contas eleitorais e a criação de um sistema de inteligência da Justiça Eleitoral servirá para coibir a ocorrência de práticas ilícitas, como o caixa-dois e a manipulação de números de CPF para forjar doações individuais legais. “Estamos nos preparando para isso. Criamos um conselho de inteligência no âmbito da Justiça Eleitoral, no TSE, composto por pessoas do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], do Banco Central, da Receita Federal, do Tribunal de Contas da União. Estamos fazendo esse esforço, tendo feito, inclusive, um convênio com o Ministério Público Federal (MPF). Hoje, as prestações de contas já vão ser feitas de maneira digital, virtual, e nós vamos ter condições de fazer esses batimentos e vamos aprimorar [o processo de prestação de contas]”, disse.
Para o ministro, a mudança no sistema de financiamento de campanhas não significou mudanças no sistema eleitoral, e isso pode acarretar problemas no futuro. As eleições municipais, no caso dos vereadores, seguirão o sistema proporcional em lista aberta. “No debate que tivemos no Supremo Tribunal Federal, eu disse que, independentemente do modelo que quiséssemos desenhar, primeiro teríamos que definir qual era o sistema eleitoral, para depois então definirmos qual seria o modelo de financiamento”, lembrou.
O ministro também foi questionado sobre se o projeto de lei que trata do abuso de autoridade, cuja tramitação foi retomada nesta quinta-feira (30) no Senado Federal, tem alguma correlação com os desdobramentos da Operação Lava Jato. Gilmar Mendes respondeu que o projeto de lei foi elaborado em 2009 pelo ministro Teori Zavascki, portanto, muito anterior à Operação Lava Jato, que iniciou em 2014. Ele lembrou que esse projeto é fruto dos trabalhos do grupo de notáveis criado em virtude do “II Pacto Republicano por uma justiça mais acessível, ágil e efetivo”, convocado pelo então presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, que também produziu a regulamentação do mandado de injunção, sancionado pelo presidente da República em exercício, Michel Temer, na semana passada.


Perguntado sobre os preparativos da Justiça Eleitoral para o pleito de outubro, o ministro Gilmar Mendes enalteceu o empenho do corpo de servidores para o sucesso do pleito. “Trata-se de um grupo significativo de pessoas que dá a alma para realizar esse trabalho. Luiz Holanda, que é meu colega e amigo há tantos anos, falava que ‘o jornal é o milagre de todo dia’. No TSE, as eleições são milagres bienais – na verdade, milagres de todo dia, porque começamos a preparar uma eleição quando encerramos aquela. Encerramos o primeiro turno e já estamos preparando o segundo turno; encerramos o segundo turno e já estamos pensando nas próximas eleições. Este ano, supostamente vazio, já envolve trabalho. E agora, o grande desafio é nos adaptarmos e tornarmos efetivas as deliberações do Congresso: prazo curto para a realização de campanha, registros e tudo o mais”, lembrou.
A alteração da Instrução nº 53.850, discutida na sessão plenária extraordinária da manhã desta sexta-feira (1º) e que tratou da distribuição do tempo de propaganda no rádio e na televisão para partidos políticos que receberam deputados federais que trocaram de legendas desde as eleições de 2014 também foi mencionada pelo presidente da Corte Eleitoral. Segundo o ministro Gilmar Mendes, esses partidos não poderão se beneficiar do Fundo Partidário e do tempo de TV e rádio em decorrência das novas filiações. “É fundamental que nós tenhamos essa visão didático-pedagógica. Então, é preciso dar seriedade a isso. Estamos atentos a toda essa realidade política. Os desafios não são pequenos. Mas nós estamos nos preparando de forma muito enfática e dedicada para enfrentar não só pequenos desafios. E nós não devemos também vender ilusões”, declarou.
Ao falar sobre a questão da quantidade de partidos políticos registrados – são 35 atualmente – e das negociações que costumeiramente costumam ser feitas entre as agremiações para a distribuição das fatias do Fundo Partidário e do tempo de rádio e TV, o presidente do TSE foi enfático: “Eu sou contra a criação generosa de partidos políticos. Eu acho que nós erramos na ampliação desse modelo. Nós estamos brigando aqui para que os diretórios se instalem de maneira definitiva. Os partidos hoje têm donatários, donos. A Justiça Eleitoral está tentando encerrar aquela fase em que a prestação de contas era um faz de contas. Os partidos recebiam em torno de R$ 120 milhões do Fundo Partidário; agora estão recebendo quase R$ 1 bilhão. É uma quantia significativa em qualquer lugar do mundo. Isso, para partidos que não têm nenhuma função, é um desperdício de dinheiro. É uma alocação de dinheiro para fins privados.”
As ações da Corte Eleitoral para combater o uso de partidos políticos para fins não republicanos foram destacadas pelo ministro Gilmar Mendes. “As agremiações que estão manipulando estão tendo seu Fundo Partidário bloqueado. Mas mais do que isso: acho que devem perder o Fundo. Isso não pode ser uma atividade de caráter lucrativo, comercial. A atividade política é nobre. Nós não queremos satanizar a atividade política. Mas sem a atividade política saudável, normal, nós não atingimos o bem público, não realizamos o fim elevado da vida pública. Portanto, é preciso que os veículos, que são os partidos, nessa mediação entre o poder e o cidadão, tenham o mínimo de higidez. Quando isso se manifesta de maneira flagrantemente doentia, é preciso que nós tenhamos uma ação efetiva, antecipadora e não repressiva”, ressaltou.
Sobre a consulta elaborada para tratar do financiamento coletivo de campanhas eleitorais, por meio de aplicativos e páginas na internet ou outras modalidades do chamado crowdfunding (ou, como é comumente conhecido em português, “vaquinha virtual”), o ministro Gilmar Mendes esclareceu que essa matéria ainda não foi examinada e que, portanto, carece de amparo legal. Ele ressaltou que mecanismos que possam ser criados para arrecadar recursos não podem servir de disfarces para doações de pessoas jurídicas, que são vedadas por lei. “Nós temos um entendimento, que já é antigo, de não respondermos a consultas em ano eleitoral e também não respondermos a consultas que não possam ser claramente respondidas de forma assertiva: sim ou não. Portanto, é preciso que haja essa clareza e, por isso, então, nós optamos por não conhecer [da consulta]. Certamente, estamos preocupados com os modelos que se estão desenhando de financiamento. Nós vamos já em agosto discutir matérias e estamos nos preparando para fiscalizar de maneira adequada as doações”, completou.
Segundo o ministro Gilmar Mendes, a Justiça Eleitoral está aberta para novidades tecnológicas que venham a aprimorar a fiscalização das eleições. Ele mencionou a iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul (TRE-MS) de desenvolver um aplicativo para smartphones para que o próprio cidadão possa denunciar ao Ministério Público Eleitoral abusos que sejam verificados no decorrer do processo eleitoral. “Nós estamos pedindo que esses mecanismos sejam universalizados e que o TSE coloque isso à disposição de todo o sistema de Justiça Eleitoral e do Ministério Público”, concluiu.

Eleições 2016: agentes públicos devem respeitar regras de boa conduta

A legislação eleitoral proíbe aos agentes públicos, servidores ou não, diversas condutas passíveis de alterar a igualdade de oportunidades entre os candidatos nas eleições. As vedações estão no artigo 73 da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97) e são replicadas na Resolução TSE nº 23.457/2015, que trata da propaganda eleitoral, do horário gratuito no rádio e na TV e das condutas ilícitas na campanha de 2016. O artigo estabelece penalidades que vão desde multa até a cassação do registro ou do diploma do candidato eleito que desrespeitar as proibições impostas.
Entre as restrições contidas no artigo, o agente público não pode ceder ou usar, em benefício de candidato, de partido ou de coligação, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. No caso, aqui é aberta uma ressalva para a realização de convenção de partido.
Também não é permitido o uso de materiais ou serviços, custeados pelos governos ou casas legislativas, que ultrapassem as limitações contidas nos regimentos e normas dos órgãos que integram. E ainda ceder servidor público ou empregado da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal do Poder Executivo, ou usar de seus serviços, para comitês de campanha eleitoral de candidato, de partido ou de coligação, durante o horário de expediente normal, salvo se o servidor ou o empregado estiver licenciado.
O agente público não pode fazer ou permitir uso promocional em favor de candidato, de partido ou de coligação, de distribuição gratuita de bens e serviços de caráter social, custeados ou subvencionados pelo poder público.
Julho                                                                                                                                                                                   
A partir deste sábado (2 de julho) até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito, o agente público está proibido de nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ou impedir o exercício funcional. E, ainda, “ex officio”, remover, transferir ou exonerar servidor público, na circunscrição onde ocorrerá a eleição.   
Também a partir desta data até a eleição, o agente público está impedido de realizar transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios, e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade de pleno direito. A legislação estabelece, nestes casos, como ressalvas, os recursos destinados a cumprir obrigação formal preexistente para a execução de obra ou serviço em andamento e com cronograma prefixado, e os destinados a atender situações de emergência e de calamidade pública. O ministro do TSE, Henrique Neves, citou como exemplo os convênios realizados entre uma prefeitura e o governo estadual ou governo federal . “Nesses três meses que antecedem a eleição, ou os convênios já estão firmados a muito tempo, com previsão orçamentária e já estão em execução, e então deve-se continuar realizando o que já está contratado, ou não é possível a transferência voluntária, ou seja, aquela que não tinha qualquer previsão até então, a não ser nos casos de calamidade ou urgência que sejam reconhecidos pela Justiça Eleitoral”, explicou.
Ainda a partir de 2 de julho, em inaugurações, é vedada a contratação de shows artísticos pagos com recursos públicos. Também é proibido a qualquer candidato comparecer a inaugurações de obras públicas.
Com exceção da propaganda de produtos e serviços que tenham concorrência no mercado, é proibido ao agente público autorizar publicidade institucional de atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública, assim reconhecida pela Justiça Eleitoral. E fazer pronunciamento em cadeia de rádio e televisão fora do horário eleitoral gratuito, salvo quando, a critério da Justiça Eleitoral, tratar-se de matéria urgente, relevante e característica das funções de governo. “Nada impede que o governante procure o juiz eleitoral, explique as razões porque a situação é emergencial, qual a calamidade, e a justiça autorize. Em eleições passadas o TSE autorizou várias publicidades institucionais neste período proibido, porque se tratava, por exemplo, de uma campanha de vacinação, algo que é completamente sem qualquer relação coma eleição e que é de uma necessidade urgente da população ter ciência de um surto ou de uma campanha de vacinação que esteja sendo realizada”, ressaltou Henrique Neves.
É vedada a realização, no primeiro semestre do ano de eleição, de despesas com publicidade dos órgãos públicos ou das respectivas entidades da administração indireta, que superem a média dos gastos no primeiro semestre dos três últimos anos que antecedem o pleito.
Outras restrições
Desde 5 de abril deste ano até a posse dos eleitos, o agente público não pode fazer, na circunscrição do pleito, revisão geral da remuneração dos servidores públicos que supere a recomposição da perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano da eleição.
E desde 1º de janeiro está proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior. Nestes casos, o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa. Em anos eleitorais, os programas sociais não poderão ser executados por entidade nominalmente vinculada a candidato ou por ele mantida, ainda que autorizados em lei ou em execução orçamentária no exercício anterior.
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos.
Acesse aqui a íntegra da resolução sobre propaganda eleitoral, utilização e geração do horário gratuito e condutas ilícitas em campanha eleitoral.