GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

‘Queriam eliminar o combate à corrupção feito no meu governo', diz Dilma sobre Jucá



Em conversa com internautas nesta quarta-feira (15), a presidente Dilma Rousseff disse que usará o diálogo de Romero Jucá com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado na sua defesa. Segundo ela, fica clara a intenção de acabar com o combate à corrupção.
"Na defesa, que será apresentada no Senado, no dia 1º de junho, nós trataremos desta questão. Desde o início, temos alegado que este processo de impeachment foi realizado com desvio de poder, ou seja, buscando-se finalidades totalmente estranhas à lei. Agora, com estas gravações, isto fica ainda mais claro. Se pretendeu o impeachment para impedir que as investigações da operação Lava Jato prosseguissem normalmente. Queriam, com um novo governo, eliminar o combate à corrupção que foi feito durante todo o meu governo. A gravação da conversa mantida pelo Senador Romero Jucá com o ex-senador Sérgio Machado deixa isto muito claro. Por esta razão, vamos usar sim na nossa defesa. Tornou-se agora indiscutível a ilegalidade deste processo e o caráter abusivo de uma acusação de crimes que não ocorreram para afastar do cargo quem foi eleito por 54 milhões de votos.”
A presidente e seu advogado, José Eduardo Cardozo, explicaram ainda que a defesa se concentra nos órgãos nacionais. "Todavia, já fomos informados que parlamentares brasileiros manifestaram desejo de questionar este processo na corte interamericana de direitos humanos, esta é uma questão que será decidida por eles de forma autônoma”, acrescenta.
Nos áudios obtidos Jucá aponta como alternativa para “estancar a sangria" da Lava Jato.
"Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra. Tem que mudar o governo para estancar essa sangria”, disse.

O senador Aécio Neves (PSDB) é hostilizado na praia do Leblon, na zona sul da cidade do RJ

Aécio Neves: O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente da sigla

Circula nas redes sociais um vídeo em que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) é hostilizado e chamado de golpista por uma mulher na praia do Leblon, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. Pelo celular, ela filmou Aécio e a família na praia, no feriado de ontem, dia 26, ao mesmo tempo em que hostilizava o senador. 



“Aqui a gente está vendo um golpista na praia, com os filhos. Pouco se lixando com o Brasil, que está pegando fogo. O golpista está aqui na praia, gente, olha. Parabéns pelo você está fazendo pelo Brasil”, diz a mulher que gravou o vídeo e não teve o nome identificado.
Aécio ignora as provocações e caminha para deixar a praia, enquanto sua mulher, Letícia Weber, responde: “Você não sabe do que está falando”. Ao que a mulher replica: “Eu falo o que eu sei. Eu tenho certeza”. 
O nome de Aécio apareceu, na última semana, nas gravações do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (PMDB-CE), que, em conversas com outros políticos do PMDB, sugere o envolvimento do senador nos esquemas de corrupção investigados pela Polícia Federal, na Operação Lava Jato.

Aécio Neves é hostilizado e chamado de golpista na Praia do Leblon no Ri...

'Renan, o Senhor dos Anéis, deve cair', ataca Delcídio

O senador Delcídio do Amaral, durante reunião do Conselho de Ética, em Brasília (DF) - 09/05/2016

O senador cassado Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) reagiu às citações feitas a ele pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-Al), em conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que fechou acordo de delação premiada com a força-tarefa da Lava Jato. "O Renan, como o Eduardo Cunha (presidente afastado da Câmara), deve sair urgentemente. Ele deve cair. Renan é o Senhor dos Anéis, faz o que quer, manipula tudo, usurpa", afirmou Delcídio.
Em aúdio revelado nesta quinta-feira pelo Jornal Hoje, da TV Globo, Renan aparece orientando um suposto representante de Delcídio a respeito do processo por quebra de decoro parlamentar contra o ex-petista que corria no Conselho de Ética do Senado. "O que que ele (Delcídio) tem que fazer... Fazer uma carta, submeter a várias pessoas, fazer uma coisa humilde... Que já pagou um preço pelo que fez, foi preso tantos dias... Família pagou... A mulher pagou...", orienta Renan a um homem chamado Vandenbergue, que responde: "Ele (Delcídio) só vai entregar à comissão, fazer essa carta e vai embora". O ex-presidente da Transpetro entregou os áudios à Procuradoria-Geral da República em seu acordo de delação premiada, homologado ontem por Zavascki.
Delcídio ficou indignado com o teor das conversas e afirmou que a sua cassação foi "manipulada" pessoalmente por Renan. "Ele (Renan) tinha medo da minha delação, ele tinha comprometimento com o Palácio do Planalto". O ex-senador também explicou quem era o interlocutor do presidente do Senado nas conversas: "Esse Vandenbergue é um cara que eu conheço há muito tempo. Ele é diretor da CBF, mas se criou sempre no PMDB. Começou como chefe de gabinete do Marco Maciel no Ministério da Educação (governo Sarney) e depois fez carreira no PMDB, especificamente com o Renan", afirmou.
O ex-senador relata que "tinha boas relações" com Vandenbergue. "Mas achei estranho que ele ia ao meu gabinete aparentemente para prestar solidariedade, para me visitar e o caramba, mas agora percebo que ele ia a mando do Renan para sondar, para saber se eu ia mesmo fazer delação premiada. Vandenbergue sempre frequentava o meu gabinete, sempre uma relação boa, amistosa, mas o interesse dele era efetivamente me monitorar. Não só a mim como a minha família. A mando do Renan."
"Fomos perceber mais na frente um pouco que não era solidariedade do Vandenbergue. Ele estava sendo mandado pelo Renan para me monitorar. Como eu tinha uma boa relação com o Vandenbergue, me foi oferecido para minha defesa o filho dele, que é advogado. Ele se apresentou para advogar de graça para mim. Mas ele não é meu advogado", completou Delcídio.
Na avaliação de Delcídio, o diálogo entre Renan e Vandenbergue revela a preocupação do presidente do Congresso em tirar seu mandato, o que ocorreu no dia 10 maio por um placar devastador - 74 dos senadores votaram a favor da saída de Delcídio e nenhum contra.

Guilherme Araújo - O numero (12) 78138947 desapareceu 24horas após a den...

Senhor ANTONIO CARLOS DA SILVA - prefeito
de Caraguatatuba o mínimo que o senhor deveria fazer neste momento é exonerar
este servidor e respeitar a lei,

CONSIDERANDO QUE: O uso de bem
público por funcionário público para fins particulares, qualquer que seja a
hipótese, caracteriza ato de improbidade administrativa, previsto no art. 9°,
IV, da Lei n. 8.492/92.


O que me impressiona é que em pleno século.XXI as pessoas ainda tentem culpar a vítima.


Acabei de sair de um grupo onde alguns estudantes de direito, que Deus queira nunca se formem ou amadureçam, culpabilizavam a menina.

Ela poderia ser viciada, prostituta, adepta de sexo grupal, rainha da orgia. Podia estar transando com 32 homens e não quisesse dar para o 33°, ainda assim seria estupro, ainda assim seria crime. 

Tem a história de uma atriz pornô que transou com 250 homens para bater um record e não foi crime, foi noticiado como proeza, esdrúxula mas proeza porque havia o consentimento da atriz.

Ninguém pode possuir o corpo do outro, seja homem ou mulher, sem o seu consentimento.

É óbvio que serve de alerta e de exemplo para os adolescentes que gostam da aventura e o risco de lidar com traficantes, acham isso irado, ser chegado do tráfico. Pena que a maioria dos jovens insistem em aprender com os próprios erros.

Mas com tudo, não dá para aceitar que culpem agora a vítima por ter seu corpo invadido, corrompido, violado, dilacerado, estuprado.

Reflitam quando forem atirar as suas pedras, pode estar um dos seus no caminho.

Guilherme Araújo investiga denuncia de que bem público é usado para fins...

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Senhor ANTONIO CARLOS DA SILVA - prefeito de Caraguatatuba quem esta usando o numero (NEXTEL) - (12) (12) 78138947?

É inaceitável acreditar que o prefeito de Caraguatatuba senhor ANTONIO CARLOS DA SILVA venha manter o SECRETARIO MUNICIPAL DE TURISMO DE CARAGUATATUBA o senhor ANDRÉ ARRUDA PROCÓPIO, após á denuncia no MP no fim da tarde de ontem...

A prova de que neste governo eles pensam que podem fazer tudo é visível e para piorar, alguém tirou o adesivo para tentar apagar as provas das possíveis irregularidades e colocou na manhã de hoje este novo papel com outro numero de celular.

Senhor ANTONIO CARLOS DA SILVA - prefeito de Caraguatatuba o mínimo que o senhor deveria fazer neste momento é exonerar este servidor e respeitar a lei, - CONSIDERANDO QUE: O uso de bem público por funcionário público para fins particulares, qualquer que seja a hipótese, caracteriza ato de improbidade administrativa, previsto no art. 9°, IV, da Lei n. 8.492/92.

Observe as 04 fotos... 

Agora observe as 02 (duas) primeiras tiradas em tirada em 25/05/2016 as 16: horas...



Agora observe as 02 (duas) ultimas tirada em 26/05/2016 as 12:23 horas e comprove a diferença...






Xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii, Vamos enrolar o caiçaras e trocar os numeros de telefones

Antes da denuncia este é o numero que é do NEXTEL  



Após a denuncia no MP alguém tirou o adesivo para tentar apagar as provas das possíveis irregularidades e colocou na manhã de hoje este novo papel coloca com ouro numero de celular.





domingo, 22 de maio de 2016

Anderson Freire - Raridade

Guilherme Araújo visita a Praia do Camaroeiro e denuncia irregularidades...





Após
inúmeras denuncias de moradores e turistas o jornalista e blogueiro Guilherme
Araújo visitou a Praia do Camaroeiro e através deste vídeo vem denunciar supostas
irregularidades e a poluição visual. Atualmente a orla da Praia do Camaroeiro vem
servindo de estacionamento de reboque de embarcação e varias sucatas de barcos
e muito lixo. Total abandono esta a Praia do Camaroeiro em Caraguatatuba neste
momento.

TEMER O NOVO AGENTE DO FORO DE SÃO PAULO,A VERDADE SOBRE TEMER, PT, PMDB E PSDB: Bastou uma semana pro povo entender: O Foro de São Paulo ainda não foi derrotado



Os movimentos Virtuais começam uma mobilização para marcar uma nova data de voltar as ruas. Aos poucos, impeachmistas vão entendendo que a luta do Brasil não é contra o PT, Dilma ou Lula, mas sim contra o Foro de São Paulo.

Após ceder e recriar o MinC, Michel Temer começa a provar o gosto da rejeição. Nós brasileiros de bem, precisamos nos unir mais do que nunca. Nós sabemos do que o Brasil precisa. e não é Comunismo é aplicar as leis e punir todos esses pulhas.



A VERDADE SOBRE TEMER, PT, PMDB E PSDB


Sabem que ambos exploram suas contradições não-antagônicas de modo a consolidar o plano do think thank globalista chamado Clube de Roma, cuja influência de agentes infiltrados no País moldou até mesmo a CF/88? Vejamos o que diz o parágrafo único do art. 4º:

"A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações." http://bit.ly/1ORqWP5

Vejamos, agora, o que disse Michel Temer no ano de 2012, durante na VI Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) em Lima, Peru:

"(...) no Brasil nós levamos tão a sério essa integração latino-americana de nações que nós não ficamos apenas na palavra, nós fizemos inserir na Constituição de 1988 - e eu tive a honra, a satisfação, a alegria de ser o autor desse dispositivo constitucional que me foi proposto por várias instituições científicas do país - a ideia no artigo quarto da Constituição de que o Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Portanto é com fundamento na Constituição brasileira, é com fundamento na estrutura fundante do Estado brasileiro que nós participamos deste organismo - da Unasul - e outros organismos que visem a criação de uma nação latino-americana."http://bit.ly/1XIHnPu

Sejam bem-vindos ao projeto dos Dez Reinos/Zonas administrativas, arquitetado pelo Clube de Roma na década de 70. Agora sugiro que sequem as lágrimas e estudem, porque dar chilique em função de um de jogo de cartas marcadas não vai melhorar em nadinha a situação.

Conheçam as táticas da turma, e não terão nada a temer - e sim a combater. 
Sobre o projeto dos Dez Reinos, você encontra material neste livro:http://bit.ly/1Tv2OAE

Sociedade Fabiana:

Clube de Roma:

Diálogo Interamericano:

Foro de São Paulo:

Bônus: vídeo sobre a "Pátria Grande": 

Desejamos a todos uma semana de luz, paz, amor e solidariedade ao próximo...

Queremos agradecer aos amigos e chegamos neste momento ao fim da nossa reunião semanal do GRUPO PENSANDO EM CARAGUÁ 2016. Esta semana vamos estar atentos muitas articulações políticas que estão em andamentos... 



Observe atentamente a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL de 1988 no seu (Art. 37.) - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).

sábado, 21 de maio de 2016

Ex-goleiro Bruno diz que apanhou muito na prisão e quer dar a volta por cima



O ex-goleiro Bruno está preso na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte há oito meses. Preso desde 2010, Bruno está com 31 anos, já passou por duas penitenciárias e cumpre pena de 22 anos e três meses pela morte de Eliza Samúdio.
Bruno ainda pode pegar progressão de pena por dias trabalhados e a liberdade pode chegar já em 2018, segundo seus cálculos.
A reportagem do GloboEsporte conversou com o ex-jogador. Ele contou sobre as suas atividades na limpeza da capela e a prova de soldador na Apac , uma ONG que administra prisões e trabalha em conjunto com diversos estados e os respectivos tribunais de justiça buscando "a humanização no cumprimento das penas privativas de liberdade".
A rotina de Bruno inicia às 6h. O seu dia é preenchido com orações, refeições e horário de lazer a partir das 18h. A detenção do ex-goleiro já foi marcada por uma tentativa de suicídio, uma facada que deixou marca e depressão tratada com remédios.
Bruno se dedica agora ao trabalho, aos cursos e aos treinamentos na Apac. Lá, o ex-jogador é tratado pelo nome, usa crachá, não enverga uniformes da secretaria penitenciária e não passa pelas privações e lotações do sistema comum.
O ambiente na Apac é bem mais tranquilo do que nos presídios tradicionais. Na Associação não há o contato com armas e algemas, não há polícia e agentes penitenciários. A base da ONG é a religião e a disciplina. No sistema fechado da Apac de Santa Luzia, há espaço para 120, mas atualmente há apenas Bruno e outros 92.
A reportagem explica que cada "recuperando" tem direito a visita íntima a cada 15 dias. O contato com a família por telefone se dá três vezes por semana, com ligações de cinco minutos, tudo dentro da lei de execução penal.
Bruno contou ao GloboEsporte que está escrevendo um livro com a "verdadeira história" sobre o crime de Eliza Samúdio. Segundo ele, a amizade com Macarrão é coisa do passado, e o presente aponta conformismo com a pena.
Durante a entrevista, o ex-goleiro contou sobre os traumas no cárcere. "Quando você chega no sistema convencional, você é muito maltratado pelos agentes penitenciários, pela direção, mas o que dói mais é você receber a sua visita, a sua mãe, a sua esposa, e essas pessoas chegarem chorando. Isso me doía mais, ver o sofrimento da minha família", recordou Bruno.
O ex-jogador também falou sobre a tentativa de suicídio e a perseguição na Penitenciária Nelson Hungria. "Eu sempre fui muito perseguido e maltratado. Os agentes penitenciários faziam muita covardia. A pressão era muito grande. Eu cheguei ao ponto de perder o equilíbrio, acabei tentando o suicídio amarrando um lençol na grade e me joguei. Acabou que Deus botou a mão naquele momento ali e não permitiu que eu tirasse a minha própria vida. Quando eu saltei da ventana, o lençol partiu. Impressionante. Foi um dos momentos mais difíceis da minha caminhada", lembrou Bruno.
Na mesma prisão, o ex-goleiro disse que recebia muitas cartas de fãs. "Nos dois primeiros anos, eu recebia mais de cem cartas por semana. Com o passar do tempo, vai caindo. E hoje, depois de quase seis anos, eu ainda recebo cartas de algumas pessoas. São atitudes como essa que nos fortalecem. Na situação que eu me encontro, a pessoa dar uma palavra de carinho mesmo sem saber se você é inocente ou não, fiquei muito feliz. São pessoas assim que nos motivam a dar a volta por cima", agradece.
Bruno também relatou que sofreu de depressão na prisão. "Eu tive a infelicidade de me deparar com a depressão. Eu tentava dormir, virava para um lado, para o outro, o sono não vinha. Eu tentei procurar uma saída nos remédios. Isso é muito comum nos presídios. Me fez muito mal. Quando a minha família chegava era nítido como eu estava abatido. Minha mãe se deparava com aquela situação e chorava muito".
Ainda em conversa com o GloboEsporte, o ex-goleiro relata que já perdeu todo o dinheiro que havia juntado. "Muitos acham que eu ainda tenho dinheiro. Mas devido aos anos recluso e aos problemas que tive nessa caminhada, perdi tudo. Não tenho vergonha nenhuma de assumir. Tudo que eu tinha conquistado num período de cinco anos de carreira, nesses seis anos eu perdi. O que sobrou é a vontade de dar a volta por cima, de vencer, de lutar, de reconquistar", garante Bruno.

A primeira-dama e o hacker

Marcela Temer: Irmão pagou 15 000 reais a hacker que ameaçava divulgar fotos íntimas da mulher do presidente interinoO hacker que, no início de abril, clonou o celular de Marcela Temer e chantageou sua família com a ameaça de divulgar fotos íntimas dela afirmou à polícia que, num primeiro momento, não sabia que sua vítima era a mulher do então vice-presidente da República. Em depoimento a que VEJA teve acesso, Silvonei José de Jesus Souza, de 35 anos, contou que pinçou o nome de Marcela de um HD pirata que continha dados pessoais de assinantes de um portal da internet. Ele confessou que, depois de invadir os arquivos da hoje primeira-dama, extorquiu 15 000 reais do irmão dela, Karlo Tedeschi. Disse ainda que, ao saber quem era Marcela, tentou avançar na extorsão e obter mais 300 000 reais. Souza foi detido no último dia 11 em Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, em uma operação de cinema, que envolveu quarenta agentes à paisana em onze carros. Ele está preso na carceragem da Divisão Antissequestro e deve ser indiciado por extorsão. O caso corre sob sigilo de Justiça.
O hacker disse que teve acesso a fotos de Marcela quando explorava aleatoriamente os arquivos do HD pirata, que ele adquiriu no bairro paulista de Santa Efigênia, reduto de comércio de eletrônicos. De posse de agenda de contatos de Marcela, clonou seu celular e escreveu a Karlo Tedeschi fingindo ser a primeira-dama. Na mensagem, a falsa Marcela dizia ao irmão estar sendo chantageada por um hacker que teria em seu poder duas fotos íntimas dela e pedia que depositasse 15 000 reais em uma conta bancária para que o bandido não divulgasse o material. Karlo Tedeschi caiu no trote e fez o depósito dos 15 000 reais no dia seguinte.
Duas semanas depois, ao saber que sua vítima era a mulher do então vice-­presidente da República, Souza decidiu partir para um ataque mais ambicioso. Passou a ouvir todas as mensagens de áudio do celular de Marcela armazenadas em sua conta no Whats­App. Selecionou trechos que julgou comprometedores e, desta vez, procurou a própria Marcela, de quem exigiu 300 000 reais sob pena de divulgar uma mensagem em que ela dava conselhos políticos ao irmão. Karlo Tedeschi é filiado ao PSDC e está em pré-campanha para vereador no município de Paulínia, berço da família Tedeschi. Nesse momento, quando Souza abordou Marcela, o impeachment de Dilma Rousseff estava prestes a ser votado no Senado, e Temer já começava a montar seu ministério.
Em uma das viagens que fez a São Paulo, no fim de abril, o vice teve um encontro reservado com o então secretário de Segurança Pública do estado, Alexandre de Moraes - que acaba de tomar posse como titular do Ministério da Justiça. No encontro, Temer contou o que estava ocorrendo e pediu que prendessem o hacker chantagista o mais rápido possível. Moraes recrutou policiais de estrita confiança no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e determinou que a operação fosse conduzida pelo delegado especial Rafael Correa em absoluto sigilo.
Na manhã do último dia 11, quando a mulher de Souza se dirigia a uma creche em Heliópolis onde diariamente deixa seus filhos, foi surpreendida por um vasto cerco policial. Detida, ela conseguiu enviar uma mensagem ao celular do marido, avisando que a polícia estava no seu encalço. Souza, então, sem saber que seu telefone já estava sendo monitorado, ligou para um advogado amigo. A ligação permitiu que a polícia o localizasse e o hacker foi preso logo depois da mulher, ainda nas proximidades de seu apartamento. A polícia prendeu outros dois homens, um deles dono da conta bancária que recebeu os 15 000 reais depositados pelo irmão de Marcela. À exceção do hacker, os detidos já estão em liberdade. A investigação encontra-se agora no Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária (Dipo), nas mãos do coordenador da divisão, o juiz corregedor Antonio Maria Patiño Zorz. De lá, a peça será encaminhada ao Ministério Público, onde poderá ser oferecida como denúncia à Justiça ou arquivada. O promotor que pegar o caso pode ainda achar que faltam provas suficientes para transformar o hacker em réu e pedir novas diligências.
Um dos envolvidos na operação relatou a VEJA que os investigadores chegaram a cogitar a possibilidade de que por trás da ação do hacker estivesse uma organização partidária interessada em causar danos políticos a Temer. Nada encontraram nesse sentido. "Vasculharam a vida dele (Souza) de cabo a rabo. Quando o prenderam, sabiam desde a data de nascimento da sua mãe até o dia do falecimento da sua avó." Os cuidados para manter total sigilo sobre a investigação incluíram até mesmo a omissão do nome dos envolvidos nas principais peças do inquérito policial.
No depoimento dado por Souza, por exemplo, todos os nomes que ele citou foram substituídos por codinomes. Quando o hacker fazia menção a Marcela, o escrivão registrava "Mike". Quando o hacker se referia a ele próprio, o nome que ia para os autos era "Tim". Karlo, o irmão da primeira-dama, virou "Kilo".
Segundo consta no depoimento do hacker, as fotos íntimas apenas mostravam a primeira-dama de lingerie. Não é nada devastador, mas só exibicionistas não se incomodam em ter sua intimidade exposta dessa forma. O trecho do áudio, no entanto, é intrigante porque não parece justificar uma chantagem. No depoimento, o hacker diz que a gravação mostraria Marcela dizendo ao irmão que ele precisa "fazer como Michel, se aproximar dos pobres". Fica difícil entender o motivo pelo qual uma frase tão inofensiva como essa - ou melhor, até elogiosa - poderia ser usada contra alguém. Um participante do episódio mencionou a VEJA uma mensagem de conteúdo diferente, mas essa versão não consta nos autos.
Os áudios usados por Souza para extorquir Marcela Temer dificilmente virão a público. Mesmo que a Justiça decida na próxima semana suspender o sigilo do caso, o que é praxe ao término das investigações, é provável que os advogados de Marcela peçam a destruição das provas, incluindo fotos e áudios. Esse tipo de pedido costuma ser aceito pelos juízes, já que, em casos como esse, o que se julga é a prática de extorsão, e não o objeto dela. A medida é justa. Afinal, Marcela e seus familiares são vítimas e não precisam passar por novos constrangimentos.