A Apple finalmente entrou no mercado de streaming de música, apresentando o Apple Music durante a WWDC. A empresa que revolucionou a música digital com o iPod e o iTunes agora irá correr atrás de concorrentes em um mercado dominado pelo Spotify, Pandora e Rdio.
O serviço irá custar 9,99 dólares por mês, ou 14,99 dólares no plano família, para até seis pessoas. Os três primeiros meses são gratuitos. A Apple diz que o Apple Music estará disponível a partir de 30 de junho, com uma versão para Android a partir do outono americano.
Algumas faixas podem ser ouvidas gratuitamente, mas a maioria das músicas está atrás de um paywall: não existe a opção gratuita, como no Spotify.
O serviço irá combinar downloads de música, streaming de música e rádio, em um único aplicativo, que promete aprender os gostos do usuário e recomendar novas músicas no momento certo.
Tim Cook chamou o fundador da Beats, comprada pela empresa no ano passado, Jimmy Iovine para apresentar o aplicativo. Ele relembrou a história da música digital desde o Napster, passando pela revolução do iTunes, terminando no ecossistema atual, cheio de aplicativos de música com as mais diversas funções. Iovine diz que procurou Tim Cook e Eddy Cue para criar um novo serviço de música online: "Podemos construir um novo aplicativo para fazer tudo que queremos".
Um dos atrativos é o streaming de rádio, gratuito. A Apple reconstruiu o iTunes Radio e contratou artistas como Dr. Dre, Pharell e Drake para trabalharem como DJs da estação.
A primeira estação é chamada BeatsOne e estará disponível em 100 países. Ela irá tocar músicas durante 24 horas por dia e será ancorada por três DJs: Zane Lowe, Ebro Darden e Julie Adenuga. Segundo o executivo Eddy Cue, as músicas recomendadas pelo app "não serão por algoritmos, mas recomendações feitas por nossa equipe de especialistas."
O app também terá a Connect, uma plataforma voltada para os artistas, que poderão enviar diretamente novas músicas, fotos, vídeos e letras diretamente para seus fãs e seguidores, em uma plataforma integrada com Facebook e Twitter desses músicos.
Também haverá uma integração com a Siri. O usuário pode pedir à assistente pessoal para que ela toque uma música ou artista em particular. Mas ela também entenderá perguntas mais amplas, como "qual era a música mais tocada em 1982".
O desafio será entrar no mercado dominado pelo Spotify, que atualmente tem 60 milhões de usuários, sendo que 15 milhões deles são assinantes. Com 800 milhões de pessoas com contas (e cartões de crédito) cadastradas na App Store, a empresa aposta que pode convencer esses usuários a usar o novo Apple Music.