O presidente interino do PDT, André Figueiredo (CE), informou hoje (5) que o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi voltará à presidência do partido em janeiro. Segundo Figueiredo, ele pediu um mês de folga para descansar com a família.
'Ele [Lupi] disse que vai ficar este mês [dezembro] com a família e, em janeiro, assumirá a presidência [do PDT]', cargo do qual Lupi está licenciado. Por recomendação da Comissão de Ética da Presidência da República, Lupi teve de deixar a presidência do PDT porque ele não podia acumular a pasta do Trabalho e o cargo de dirigente partidário simultaneamente.
Figueiredo assegurou que o PDT continua na base do governo de Dilma Rousseff, mas ainda não sabe se o partido vai indicar o nome do sucessor de Lupi no Executivo.O presidente interino repetiu o discurso de que a decisão sobre o futuro ministro do Trabalho é da presidenta.
O deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) também evita entrar em conflito com o palácio do Planalto, mas disse que vai defender, na reunião da Comissão Executiva, que o partido continue indicando os comandantes da pasta do Trabalho. 'Depende da [presidenta] Dilma decidir se continuamos com o ministério. Ela é quem tem que medir as consequências. Vou defender que o PDT fique com o ministério, já que vamos continuar na base', disse ele.
Carlos Lupi pediu demissão ontem (4) do cargo de ministro do Trabalho, após uma série de denúncias de corrupção na pasta envolvendo, principalmente, contratos de prestação de serviços com organizações não governamentais para programas de qualificação de mão de obra. Ele também é suspeito de ter sido funcionário fantasma da liderança do PDT na Câmara dos Deputados e, ao mesmo tempo, receber salários da Câmara Municipal do Rio de Janeiro.