GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer

GACC - Grupo de Assistência à Criança com Câncer
Desde o início de suas atividades, em 1996, o GACC - então Grupo de Apoio à Criança com Câncer - existe para aumentar a expectativa de vida e garantir a oferta e a qualidade global do tratamento oferecido integral e indistintamente a crianças e jovens com câncer, diagnosticados com idades entre 0 e 19 anos incompletos, independente de sexo, cor, religião ou posição socioeconômica.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Chove na Cidade do Rock e ambulantes vendem capas de plástico por R$ 5

Fotos: Guilherme Araújo

Chove torrencialmente na zona oeste do Rio de Janeiro. E, dentro da Cidade do Rock, ambulantes já vendem capas de chuva a R$ 5. Nos camarotes, os vips recebem gratuitamente as capas.
O guarda-chuvas, que foram “supostamente” proibidos de entrar pela organização do evento, começam a aparecer no público.

Fotos: Guilherme Araújo

Cidade do Rock tem nova tentativa de invasão e mobiliza a PM


 Mais de 30 viaturas da Polícia Militar e do Batalhão de Choque fazem o patrulhamento no entorno da Cidade do Rock. Durante o show do grupo Evanescence, um grupo de 30 pessoas tentou derrubar uma das grades que cercam o local. De acordo com o major Assis, para conter o tumulto, foram usadas bombas de gás lacrimogêneo. Policiais que faziam o patrulhamento a cavalo chegaram a disparar balas de borracha. “Não vi quem fez o disparo. Só ouvi os estampidos”, informou o major.

Uma das balas atingiu a mão da estudante Ana Olivetti, de 21 anos, que prestou queixa no container da Polícia Civil. O namorado dela, o estudante Daniel Levy, de 23, disse que os dois estavam do lado de fora do festival quando a confusão começou. “Nós dois estávamos com ingressos. Ela entrou primeiro e foi furtada. Quando saiu para fazer uma ocorrência, não conseguiu entrar novamente. Aí, decidi vender meu convite e assistir o show com ela do lado de fora. Foi quando a confusão começou”, explicou o rapaz, que mora no Recreio, na zona oeste do Rio de Janeiro.

O menor D., de 17 anos, estava dentro da Cidade do Rock, mas próximo à grade na hora em que a confusão começou. “Meus amigos e eu levamos spray de pimenta na cara. Não estava entendendo o que estava acontecendo”, contou.

O juiz de plantão, Marcelo Rubioli, assistiu toda a ação. “As pessoas querem entrar de qualquer jeito. Tem gente que vem até aqui dizendo que foi furtado e na verdade, não foi. Eles dizem que foram vítimas, mas estão com celular, carteira no bolso e óculos da moda. As pessoas fazem isso para entrar no festival, mas é bom lembrar que falsa comunicaçãode crimes também é crime”, observou.

Marcelo contou que viu alguns feridos durante a confusão com a Polícia Militar. E Marcelo faz mais uma observação: “Acho muito estranho em sete dias de show com 100 mil pessoas em cada dia, só existirem duas ocorrências relacionadas a drogas”, ponderou Marcelo.

O juiz disse que, como o evento é controlado por uma firma privada de segurança, a recomendação é que os seguranças conduzam os usuários de drogas até o container da Polícia Militar instalado do lado de fora da Cidade do Rock. “Os seguranças não têm mesmo poder de polícia. Mas o mínimo que se espera é que eles ajam da forma correta, que é encaminhar as pessoas que estejam usando entorpecentes até as autoridades. Pode ser a Polícia Militar ou até mesmo o Jecrim”, informou Marcelo.

Trezentos homens da Polícia Militar estão no entorno da Cidade do Rock. Segundo um inspetor da Polícia Civil, até a meia-noite, foram registrados 117 furtos, um roubo e 7 extravios de documentos.

Mais cedo, essas mesmas pessoas tentaram invadir a Cidade do Rock e foram contidas com spray de pimenta. “Fomos acionados pela segurança local, mas o tumulto já estava formado. Jogamos o spray para dissipar o grupo, mas vamos manter a vigilância porque eles podem voltar”, disse ao UOL o soldado Gleyco do Batalhão de Choque.

A confusão aconteceu durante o show do Detonautas, depois que um homem pulou a grade de proteção e foi contido por um segurança do festival. Logo depois, um grupo começou a balançar as grades para poder entrar, sendo atingidos pelo spray de pimenta. Com o vento que fazia na Cidade do Rock, o gás se espalhou e as pessoas que chegavam ao local começaram a correr assustadas, com as mãos no rosto.

“Eu nunca tinha visto isso na minha vida. Uma fumaça branca e as pessoas correndo, fiquei apavorado, meus olhos doeram e fiquei com falta de ar. Fui tomar um copo d’água no posto médico, mas os enfermeiros negaram, dizendo que era só para medicação”, disse o estudante Rodrigo Ribeiro, de 23 anos, que chegava ao local.

O ator Thiago Rodrigues também entrava na Cidade do Rock no momento. “Foi uma confusão, voou spray nos meus olhos e ardeu muito”, disse ao UOL o ator que se dirigia a um dos camarotes do evento.

Muito legal

A chuva castiga a cidade do Rock Rio, mas ninguém se intimida.... 

Parabéns a todos os participantes

Aguardem!!! Guilherme Araújo convida Luciano Huck para vir a Caraguatatuba


Após um breve encontro entre Luciano Huck e Guilherme Araújo nos bastidores do Rock Rio na noite de Sabado o consultor de negócios e Guilherme Araújo convidou Luciano Huck para vir conhecer a linda Caraguatatuba. 

Adivinha a resposta de Luciano Huck, Gui, essa semana nos falamos e vamos agendar sim, apesar de conhecer a Ilha Bela ainda não tive a oportunidade de conhecer Caraguatatuba.

Que legal, mas uma vez Caraguatatuba será visitada por pessoas do bem...

Eu tentei, mas não consegui realizar.... E agora?

Muito Prazer eu sou Lúcia Abadia

Só me resta mas essa

Show do Guns N' Roses no Rock in Rio deve ter mais de 30 músicas Banda deve abrir apresentação com "Chinese Democracy" e tocar até cover do AC/DC

Se o Guns N' Roses cumprir o que está prometido no set list divulgado à imprensa, o show da banda neste domingo (2) no Rock in Rio terá 35 músicas.
A lista inclui desde clássicos como "Welcome to the Jungle" e "Sweet Child o' Mine" até raridades como "Nice Boys" e "Think About You", além de duas covers do AC/DC, "Riff Raff" e "Whote Lotta Rosie".
Melhor, no entanto, não se animar porque a banda é conhecida por não respeitar muito o repertório pré-definido. Em sua apresentação em São Paulo no ano passado, por exemplo, a banda não seguiu o que estava previsto.
Mas, se Axl Rose e companhia decidirem tocar tudo que prometeram, o show deste domingo terá mais de três horas de duração.

Veja abaixo o set list divulgado pelo Guns N' Roses:

"Chinese Democracy", "Welcome to the Jungle", "Mr Brownstone", "It's So Easy", "There Was a Time", "Live and Let Die", "Sorry", "If the World", "Prostitute", "Rocket Queen", "My Michelle", "Street of Dreams", "Knocking on Heaven's Door", "You Could Be Mine", "I.R.S.", "Sweet Child o' Mine", "This I Love", "November Rain", "Shackler's Revenge", "Out Ta Get Me", "Night Train", "Better", "Patience", "Paradise City", "Madagascar", "Catcher in the Rye", "Ain't Going Down", "Oh My God", "Estranged", "Scraped", "Riff Raff", "Whole Lotta Rosie", "Nice Boys", "Used to Love Her" e "Think About You"

Titãs e Xutos juntam repertório pesado e levam fãs à loucura Bandas tocaram bônus não previsto no setlist pois, após encerrar o show, público não se retirou do palco Sunset para ver Evanescence e pediu mais

Os Titãs, ao lado dos portugueses do Xutos e Pontapés, juntaram tudo que havia de mais pesado no repertório e dispararam contra os tímpanos do público que compareceu ao palco Sunset, antes do início da apresentação do Evanescence. Como nem após os pouco mais de 40 minutos previstos de show o público começou a se dirigir ao palco principal, teve bônus. “Aa Uu” encerrou a fatura com euforia. “Nos vemos em maio, em Lisboa”, disse Paulo Miklos ao sair do palco, se referindo ao show que será repetido em Portugal.
Com “Diversão”, os Titãs começaram a brincar com a plateia, abrindo alas para as várias versões em estilo punk rock que viriam pela frente. Nem é preciso dizer o que aconteceu quando iniciaram “Polícia”, um dos sucessos do disco “Cabeça Dinossauro”. Deste álbum, ainda foram tocadas “Bichos Escrotos” e “Cabeça Dinossauro”, a música que dá nome ao disco.
Além delas, “Lugar Nenhum” e especialmente “Flores” sacudiram o palco Sunset. Ainda houve espaço, a exemplo do Detonautas, para Raúl Seixas, com a música “Aluga-se”, gravada pelos Titãs. Sérgio Britto também encontrou espaço para discurso político, como já havia feito o Capital Inicial. Antes de “Vossa Excelência”, disse: “Essa música é para você, eu, nós que ainda votamos nesses caras, mesmo sabendo o que eles vão fazer. Isso é uma democracia, mas votando em quem a gente sabe que rouba, não melhoraremos nada”.
No final, a sequência “Lugar Nenhum”, “Flores” e “Aa Uu” tirou a plateia do chão e a banda ainda demorou a se retirar agradecendo aos fãs. Como disse Paulo Miklos, “nota 10”.

domingo, 2 de outubro de 2011

Essa eu fiquei sabendo no Rock rio que Rafinha Bastos não apresentará o ‘CQC’ nesta segunda-feira (3)

Essa é inedita confira o que vem por ai esta semana. A Band acabou de bater o martelo: Rafinha Bastos não apresentará o “CQC” nesta segunda-feira (3). A direção da emissora ainda não definiu se ele será afastado da atração em definitivo, mas achou por bem deixá-lo de fora até a repercussão negativa de sua piada infeliz envolvendo Wanessa Camargo diminuir.
Em seu lugar, o “CQC” deve receber na bancada um convidado surpresa. Há quem aposte na própria Wanessa, que receberia pedido de desculpas ao vivo de Marcelo Tas e companhia. A conferir.

'Vassouras contra a corrupção' são roubadas em Brasília Parte das vassouras foram doadas para pessoas que pediram para a organização do protesto

Ambulantes, servidores e até mesmo seguranças dos prédios da Esplanada dos Ministérios roubaram muitas das 594 vassouras nas cores verde e amarelo que desde a manhã de hoje estavam fincadas no gramado em frente ao Congresso Nacional como protesto contra a corrupção.
A organização da manifestação optou por retirar o restante das vassouras após perceber que todas acabariam sendo mesmo arrancadas, mas acabou doando outra grande parte delas às pessoas que pediram para levar para casa uma vassoura novinha em folha.



O gramado do Congresso amanheceu repeleto de vassouras verdes
O gramado em frente ao Congresso Nacional amanheceu hoje com as vassouras. A manifestação também é a favor do voto aberto e da Lei da Ficha Limpa, que torna mais rígidos os critérios para quem quer se candidatar a cargo eletivo. A organização não governamental (ONG) Rio da Paz colocou as vassouras como um simbolismo em favor de uma limpeza no Parlamento brasileiro.
“A vassoura simboliza a exigência da sociedade de que o Congresso esteja ao lado do povo no combate à corrupção no Brasil”, disse o presidente da ONG, Antônio Carlos Costa.
No Rio, a ONG fincou as vassouras na praia de Copacabana.

Esta não é a primeira vez que a ONG faz um protesto cênico em Brasília. Em 2007, cerca de 15 mil lenços brancos foram pendurados em varais na Esplanada dos Ministérios, como forma de representar o número
de brasileiros assassinados no país nos cinco primeiros meses daquele ano.
O grupo pretende, à tarde, entregar uma vassoura para cada um dos parlamentares: 513 deputados e 81 senadores. “Queremos inaugurar uma nova fase da sociedade civil com o Congresso. Dizer que a corrupção vive no pior ambiente possível, gosta de escuridão, de penumbra. E o voto aberto é luz”, comenta Antônio Carlos.
O protesto ocorre no mesmo dia em que o Conselho de Ética da Câmara vai votar o relatório preliminar do deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) no processo contra Valdemar Costa Neto (PR-SP) por quebra de decoro parlamentar.
O PSOL e o PPS pediram a abertura de processo sob a acusação de que Valdemar Costa Neto teria envolvimento em irregularidades no Ministério dos Transportes, pasta comandada pelo PR.

Frente parlamentar cobra votação de projetos de combate à corrupção

A Frente Parlamentar de Combate à Corrupção pretende pressionar o Congresso Nacional para aprovar os projetos que propõem medidas para enfrentar a corrupção. Hoje, há na Casa 160 propostas que tratam de temas como aumento do combate e tipificação dos crimes de corrupção, restrições a ocupantes de cargos públicos com informações privilegiadas e maior fiscalização na liberação de recursos públicos na contratação de obras e serviços.
Leia também:De acordo com o presidente da frente, deputado Francisco Praciano (PT-AM), a prioridade é aprovar os projetos que criam varas estaduais exclusivas para crimes de corrupção e câmaras nos tribunais de Justiça, nos tribunais superiores e no Supremo Tribunal Federal para analisar processos de corrupção. “Temos milhares de processos tramitando na Justiça e os que envolvem corrupção ficam parados nessa fila”, disse Praciano.
A frente pretende conversar com os líderes partidários para iniciar um movimento na Casa em favor da análise dos projetos. “Queremos fazer uma espécie de PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] de combate à corrupção com os Três Poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário. A impressão que temos é que estamos sempre esperando o próximo escândalo”, destacou Praciono.
Entre os projetos de combate à corrupção que tramitam na Casa, 23 estão prontos para votação em plenário. Alguns estão na fila de espera há dez anos, como o de autoria do então deputado Custódio Matos, que aumenta a pena para os crimes contra a administração pública. Na mesma situação está a proposta do então deputado Antônio do Valle, que estabelece que o prazo de prescrição da pena começa a partir do momento em que o fato se torna conhecido e não quando o crime foi cometido.

Guilherme Araújo consegue entrevista inedita, veja: Skinheads usam briga política como pano de fundo para violência

Na madrugada do dia 4 de setembro o estudante Johni Raoni Falcão Galanciak, de 25 anos, morreu esfaqueado durante um tumulto envolvendo 200 pessoas, entre punks e skinheads, na frente de uma boate de São Paulo. O caso foi tratado pela mídia e pelas autoridades como mais uma briga entre gangues de arruaceiros. Por trás dessa e de outras barbáries recentes, no entanto, há uma disputa violenta de origem político-ideológica que envolve temas polêmicos – como aborto, união homossexual e legalização de drogas – que influenciaram até no resultado das eleições presidenciais de 2010.
De um lado estão os carecas de extrema direita, cuja orientação deológica vai desde o nacionalismo até o neonazismo. Alguns deles, segundo a Polícia Civil, são responsáveis por agressões recentes a homossexuais, negros, nordestinos. Os mais conhecidos são a Resistência Nacionalista, Ultradefesa, White Power, Carecas do Brasil e Kombat RAC.


Grupo de extrema-direita Resistência Nacionalista

Do outro estão grupos também skinheads de esquerda, comunistas e anarquistas, que se uniram nos últimos meses aos punks anarquistas, para enfrentar nas ruas, com os mesmos métodos violentos, as organizações rivais sob a bandeira da Ação Antifacista. São os antifas, cujos grupos mais conhecidos são RASH (carecas vermelhos e anarquistas) e SHARP (carecas contra o preconceito racial).
“Há motivação política e ideológica na atuação de alguns destes grupos”, disse ao Blog do Guilherme Araújo a delegada Margarete Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi). Em lados opostos, estas organizações tiveram papel central em manifestações políticas como a passeata em defesa do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), a Marcha da Maconha e a Parada Gay.

Doutrina
Nas últimas semanas o Blog do Guilherme Araújo conversou com skinheads – inclusive aqueles que tumultuaram a Marcha da Maconha e a Parada Gay – sobre suas preferências políticas e suas crenças ideológicas. Embora considerem que, de maneira geral, o sistema político-partidário seja ineficaz, os jovens da extrema direita ouvidos pela reportagem disseram apoiar parlamentares que estão minimamente de acordo com o que pregam, a exemplo de Bolsonaro e dos senadores Kátia Abreu e Demóstenes Torres, ambos do DEM.


Grupo RAC em defesa de Bolsonaro
Estes jovens recebem orientação teórica. As bases são os seminários promovidos pelo Instituto Plínio Correia de Oliveira (criador da extinta TFP, que defendia a Tradição, a Família e a Propriedade) e o jornalista Olavo de Carvalho. Em um áudio publicado no blog da Resistência Nacionalista, Carvalho defende a pena de morte para comunistas, a começar pelo arquiteto Oscar Niemeyer. “Para o Niemeyer uma pena de morte só é pouco. Deveria ter umas três ou quatro”, diz Carvalho.
Já os antifas muitas vezes são filiados a partidos de raízes comunistas, como PCO, PC do B, ou organizações como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), e tem articulações com grupos que defendem os direitos dos gays e a legalização das drogas. A reportagem entrou em contato com membros da facção, mas nenhuma liderança concordou em dar entrevista.

Polarização
A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) registra em São Paulo a existência de 25 gangues, mas segundo o Blog do Guilherme Araújo apurou, há um movimento recente de recrutamento, reagrupamento e polarização dessas gangues. Este movimento começou logo após a passeata em defesa de Bolsonaro, em abril, como uma forma de reação aos grupos de intolerância.
Organizações como RASH e SHARP passaram a arregimentar seguidores e se aliaram a punks com os quais tinham afinidade ideológica. Um destes punks é Johni Raoni. Com a nova configuração, os antifas se tornaram maioria e os extremistas de direita passaram de caçadores de gays, nordestinos e maconheiros a presas dos antifas.
“Estamos sendo caçados. Hoje não podemos mais nos reunir em uma estação de metrô”, disse Antonio Silva, o Vulto, líder da Resistência Nacionalista, grupo que participou da passeata pró-Bolsonaro, da anti-Marcha da Maconha e tinha quatro integrantes envolvidos na briga que levou à morte de Johni.
Em seu blog, os RASH-SP negam enfaticamente responsabilidade pela briga.
No entanto, comentários de integrantes do grupo na página da Resistência Nacionalista mostram a predisposição para a violência. “Na verdade é isso mesmo, fascismo não se discute, se combate com as armas que tem na mão, e espero que eu tenha algo bem pesado nas minhas”, diz um jovem que assina como Antifa Pride (orgulho antifascista).
A briga da madrugada do dia 4 foi o episódio mais visível desta guerra. Antes disso, foram registrados pelo menos quatro episódios de agressões com motivação político-ideológica entre skinheads de facções rivais. Segundo os jovens ouvidos pelo Blog do Guilherme Araújo, essa combinação de briga político-ideológica e predisposição à violência é uma bomba que pode estourar em qualquer esquina. E tudo indica que bombas cada vez maiores estão por vir.



Movimento começou com o ska
Origem proletária
Mas nem sempre foi assim. O movimento skinhead nasceu nos anos 60 entre jovens pobres da Jamaica que migraram para a Inglaterra e, lá, se uniram aos trabalhadores operários britânicos. Curtiam reagge, ska e não tinham posições racistas ou políticas, tampouco violentas. Diz-se que raspavam a cabeça para evitar piolhos. A associação entre skinheads e violência teve início nas décadas seguintes, com o envolvimento do partido nazista inglês nesse movimento.
No Brasil, os skinheads surgiram a partir da década de 80, especialmente entre operários do ABC Paulista, chamados de Carecas do ABC. Eles apoiavam políticas conservadoras, em contraposição ao movimento que se iniciava sob liderança do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os skinheads brasileiros de esquerda, ou antifas, são um fenômeno mais recente, criado no início dos anos 2000 por dissidentes dos Carecas do Subúrbio, e tem como objetivo resgatar os valores originais do movimento.

Presidente ou presidenta? O iG esclarece a dúvida Linguistas explicam a correção da palavra presidenta e mesmo a oposição vê no seu uso uma evolução dos costumes

A palavra “presidenta” existe na língua portuguesa desde 1872. E desde 1925 ela consta como verbete do dicionário Caldas Aulete, revela, com exclusividade para o Blog do Guilherme Araújo, um estudo feito pelas lexicógrafas Marina Baird Ferreira e Renata de Cássia Menezes da Silva, da equipe do dicionário Aurélio. Mas quase um século depois de ser dicionarizado, o substantivo feminino de presidente ainda causa estranhamento e leva muitos leitores do Blog do Guilherme Araújo, que adota o uso do termo, a questionar sua correção ortográfica.
O principal argumento contra o uso de presidenta se baseia no fato de que na língua portuguesa existem os particípios ativos como derivativos verbais. Assim, quem ataca é “atacante” e não “atacanta”, mesmo em uma partida de futebol feminino. Dessa forma, o particípio ativo do verbo ser, que é “ente”, também não permitiria a flexão de gênero. Ela se daria apenas pelo artigo feminino que antecede a palavra.
Portanto, a forma correta, segundo essa teoria, seria sempre a presidente, como é a estudante ou a gerente. “Não existe estudanta porque ninguém reivindicou”, diz o linguista Marcos Bagno, professor da Universidade de Brasília. “Mas à presidenta, por ser um cargo único e muito importante, é mais do que justo que seja dado este direito.”
De acordo com as lexicógrafas Marina Baird Ferreira e Renata de Cássia Menezes da Silva, a origem de presidenta prende-se, é claro, ao vocábulo presidente, mas não por flexão e, sim, por derivação. “Houve a substituição da vogal temática (-e) pela desinência formadora do feminino em português (-a). Fato que se deu por analogia com inúmeras outras palavras da língua, como chefa e governanta”, escreveram elas no estudo publicado agora pelo Blog do Guilherme Araújo.
Para elas, não se trata de exceção, mas de uma possibilidade reconhecida pela história da língua. “Tal processo é possível no nosso idioma desde sempre, como se vê no substantivo feminino infanta, registrado na língua desde o século 13”, diz o parecer das lexicógrafas.
Para o professor da Universidade de Campinas Sirio Possenti a discussão é absurda. “Você tem um dicionário bom aí? Então, pronto”, responde à reportagem. Segundo ele, os termos “correção e aceitabilidade” não são universais, pois envolvem cultura ou política. “É correto? Pelos critérios das gramáticas e dos dicionários, sim. Mas é curioso que os que apelam para gramáticas para criticar “os livro” não aceitam as gramáticas quando abonam presidenta”, diz.
Possenti se refere à polêmica causada por um livro utilizado em 4.236 escolas públicas do País que considera como válida a expressão “nós pega o peixe”. Se outras palavras que ganharam o feminino por derivação, como mestra, monja, governanta e infanta não causam a mesma estranheza, qual o problema com a palavra presidenta?
A primeira resistência de muitas pessoas está na sonoridade. Como até hoje foi uma palavra pouco pronunciada, presidenta enfrenta uma barreira natural a ser superada pelo costume. Na Argentina, Cristina Kirchner prefere ser chamada de “presidenta” ou ainda “chefa de Estado”. No site da Casa Rosada, sede da Presidência argentina, ela é sempre tratada como “presidenta”.
Mas lá, talvez por já ter tido outra presidenta, a palavra não suscita o mesmo debate: praticamente todos os veículos de comunicação a adotam, mesmo os jornais de oposição, como o Clarin, chamam Cristina Kirchner de “presidenta”. “Os argumentos contrários (à palavra presidenta) podem vir da sua conotação política ou feminista”, diz o professor Possenti. “Se se tratar de problemas “de ouvido”, há duas soluções: ler mais ou ir ao otorrinolaringologista”.
De fato, menos de um ano depois do discurso da vitória de Dilma Rousseff, quando ela se anunciou publicamente como presidenta eleita, gerando a primeira onda de debates sobre o tema, a palavra começa a cair na rotina. Entre os políticos, poucos são os que não usam “a presidenta” (ou pelo menos não a usam ocasionalmente). A grande maioria o faz de forma natural, como o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB). Mas outros dão a ela um sentido irônico, como um cacique do PMDB, descontente com Dilma, que se refere a ela como “essa presidenta”.



No mesmo PMDB, tanto o vice-presidente Michel Temer como o presidente do Senado, José Sarney, integram a lista dos que hesitam entre “presidente” e “presidenta”. Sarney já levou até bronca da senadora Marta Suplicy (PT-SP), primeira vice-presidenta do Senado. Em fevereiro, Sarney chamou Dilma de “presidente” e Marta pediu para corrigi-lo. "Pela ordem! É presidenta", disse em plenário. Já o vice-presidente Temer chama Dilma de “presidenta” quando se lembra, segundo seus assessores. Na maioria das vezes, contudo, diz “presidente”.
“Sou contra o uso, embora ache legítimo, porque tem um sentido político, não partidário com o governo, mas em relação à posição feminista”, diz o professor de linguística da Universidade Federal do Paraná Bruno Dallari. Dallari acrescenta que considera ruim quando “presidenta” é usado de forma isolada, apenas para tratar de Dilma Rousseff. “Se a flexão fosse atribuída a todas as funções com a mesma terminação, como assistenta ou gerenta, seria uma reforma maior”, afirma.
Provavelmente a língua portuguesa não sofrerá tamanha reforma. Mas a popularização da palavra presidenta e o seu significado político estão vencendo outras barreiras.
No PSDB, maior partido de oposição ao governo federal, a deputada estadual de São Paulo Maria Lúcia Amary defende o uso do gênero feminino. Presidenta da Comissão de Constituição de Justiça da Assembleia Legislativa, Maria Lúcia diz que o uso de “presidenta” é uma forma de as mulheres ocuparem mais espaço na política, com maior visibilidade.
A tucana não acredita que o tratamento “presidenta” signifique alinhamento com o governo Dilma. “Desde que a presidenta Dilma foi eleita, existe uma tendência a forçar esse tratamento. Eu gosto da expressão pela questão da luta pelo gênero feminino. A briga partidária fica em segundo lugar”, afirma. Das 15 comissões da Alesp, apenas a CCJ tem uma mulher na presidência.
“As pessoas que são contra o termo presidenta estão defendendo um machismo ou colocando partidarismo em uma questão linguística”, afirma o linguista Marcos Bagno, da Universidade de Brasília.
Pioneirismo
A chegada de mulheres ao poder nas últimas décadas resultou não apenas na adoção do gênero feminino para a descrição de cargos públicos, como também em adaptações de protocolo e cerimonial. As mudanças ocorreram, por exemplo, quando Luiza Erundina (PSB-SP) tornou-se a primeira mulher a comandar a Prefeitura de São Paulo, em 1988. O mesmo aconteceu nove anos antes no Senado. Em 1979, a amazonense Eunice Michiles foi a primeira senadora eleita no Brasil.
A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que atuou como deputada na Constituinte entre 1987 e 1988, lembra que na época não havia, no plenário, banheiro privativo para as parlamentares, mas apenas para os parlamentares. Em seu site, a senadora relata o preconceito que enfrentou. “Nós chegamos num Congresso que não tinha sequer banheiro feminino. O plenário só tinha banheiro de homem, um banheiro único porque a presença da mulher era tão minúscula que não se fazia necessário esse tipo de equipamento”.
O Blog do Guilherme Araújo concorda com os linguistas que entendem o português como uma língua viva, capaz de incorporar novas expressões de acordo com as transformações da sociedade. Além disso, em todas as cerimônias públicas, a ordem do cerimonial é tratar Dilma como presidenta. Adotar “a presidente” levaria o leitor a ver duas formas de tratamento quando o Blog do Guilherme Araújo transmitisse eventos oficiais ou publicasse algum discurso presidencial com referência ao termo. Por isso, as reportagens se referem a Dilma Rousseff como “presidenta”.
Mas o uso diário do termo que há 139 anos consta da língua portuguesa e há mais de oito décadas faz parte da norma culta não implica qualquer alinhamento partidário. Da mesma forma que os veículos que preferem usar “a presidente” não estão fazendo campanha contra Dilma, adotar o termo “presidenta” não significa ser oficialista.

Casa de delator do escândalo do DF é leiloada por R$ 3,5 milhões Imóvel de Durval Barbosa, construído com dinheiro desviado dos cofres públicos, seria usado para eventos sociais

A empreiteira Dharma, com sede em Minas Gerais, arrematou nesta tarde uma das mansões do delator do esquema de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM, Durval Barbosa. O diretor-procurador da empresa, Carlos Evandro de Oliveira, pagou R$ 3,5 milhões pelo imóvel, situado em área nobre de Brasília e avaliado pela Justiça em R$ 4,3 milhões.
O leilão do imóvel aconteceu pela primeira vez há 10 dias. Na ocasião, nenhum lance foi feito. Nesta tarde, com preço mínimo de 60% do avaliado (R$ 2,5 milhões), os lances foram feitos e a casa foi arrematada.
O dinheiro do leilão será revertido para os cofre os públicos. A ação visa recuperar uma pequena parte dos R$ 2,7 bilhões que, segundo o Ministério Público, foram desviados pela quadrilha chefiada pelo então governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.
A casa vendida está localizada no Lago Sul de Brasília e fica ao lado de outra mansão de Durval, onde ele residia com a ex-mulher e filhos. A construção do imóvel leiloado, que nunca foi habitado, teve início em 2008. A intenção do delator era usar o ambiente para a realização de coquetéis e eventos sociais.
Com a Operação Caixa de Pandora, Durval, que está colaborando com as investigações, revelou à Polícia e ao Ministério Público que também era proprietário da casa vizinha à sua. Disse também que a mesma foi construída com recursos públicos desviados no esquema do qual era operador. Devido a essa colaboração o imóvel pode ser leiloado sem maiores entraves judiciais.
A mansão leiloada conta com área construída de 862 metros quadrados. Tem dois pavimentos, piscina e churrasqueira. Além de cozinha planejada, lavanderia e ar-condicionado em todos os cômodos.
Comprador
De acordo com o diretor-procurador da Dharma, Carlos Evandro de Oliveira, a mansão deve ser usada para abrigar a assessoria jurídica do grupo em Brasília. Apesar disso, ele comentou que pode vender o imóvel caso alguma boa oferta seja feita.
Ele também negou qualquer receio de adquirir um imóvel que pertenceu ao operador do mensalão do DEM. “O que importa é que hoje o imóvel está todo regularizado”, disse ele logo após arrematar a casa.

Líderes do PDT divergem sobre eventual apoio a Serra Carlos Lupi discorda de apoiar tucano na corrida pela Prefeitura de São Paulo, enquanto Paulinho da Força não faz veto ao seu nome




José Serra durante palesta em Porto Alegre sobre reforma política (11/5)
A possibilidade de o tucano José Serra ser candidato à prefeitura de São Paulo no próximo ano é interpretada de maneiras distintas por alguns dos principais nomes do PDT. Para o atual ministro do Trabalho e presidente licenciado do partido, Carlos Lupi, um eventual apoio ao político do PSDB está descartado.
Por outro lado, o presidente estadual do PDT, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, não faz veto ao nome de Serra. Paulinho foi indicado nesse sábado como pré-candidato do PDT à prefeitura de São Paulo e, na sua visão, possíveis parcerias devem ser analisadas somente em um eventual segundo turno.
O líder do PDT, entretanto, já iniciou conversações com o atual prefeito paulistano Gilberto Kassab, cujo apoio a uma candidatura de Serra é declarado oficialmente. "Tenho conversado com o Kassab e há uma série de partidos que estão na base do prefeito que analisam a possibilidade de ter uma candidatura", revelou Paulinho.
A princípio, o plano do PDT é manter o nome de Paulinho como cabeça de chapa, mas até o próximo mês de junho as conversações entre os partidos devem traçar um cenário mais claro de coligações. Em meados do ano que vem serão realizadas as convenções definitivas para a indicação dos candidatos ao principal cargo da cidade de São Paulo. "A disposição do PDT é manter o candidato. E, se tivermos que apoiar alguém, caso não estejamos no segundo turno, a decisão de apoiar um ou outro será somente em outubro do próximo ano", disse Paulinho.
Lupi, entretanto, não cogita a possibilidade de apoio a José Serra. Perguntado sobre o tema, o ministro do Trabalho foi enfático: "Não há hipótese", disse. Pouco antes, Kassab, que também discursou na Convenção Estadual do PDT, afirmou que o político do PSDB seria seu primeiro nome para a corrida municipal.