Não é de hoje que centenas de ativistas e jornalistas vem sendo assassinado em várias cidades brasileiras. Hoje a realidade é que todos os jornalistas e ativistas correm risco de vida e nada é feito para proteger estas pessoas e profissionais. Se há cidades perigosas, é porque temos autoridades frouxas e não tomam as atitudes que deveriam, já que sabido por eles sobre a real situação. Em Caraguatatuba, ativistas e jornalistas vem sendo ameado de forma velada e, há caso de vereador usar a tribuna para agredir blogueiros, jornalistas e ativistas políticos e tudo parece normal.
Na semana passada, comentei com um amigo sobre as declarações do presidente Jair Bolsonaro e do vice dele, Hamilton Mourão, que falaram hoje sobre o desaparecimento do jornalista inglês Dom Philips e do indigenista Bruno Pereira. Para o primeiro, "a Amazônia é muito grande, as pessoas abusam e coisas acontecem". Para o segundo, "a região é inóspita, afastada de tudo e entrar nela sem pedir escolta é correr um risco".
Concordo em partes com as falas, Bolsonaro e Mourão ao admitirem que a região é perigosa e dão ao caso proporções de crueldade, somadas a informações desencontradas dadas aos familiares dos desaparecidos.
É desesperador constatar que o próprio Estado admite que vivemos em uma terra sem lei, como se fosse algo natural. Afinal, onde não se pede licença para ir, podemos ser condenados à pena de morte assim como em várias cidades brasileiras.
Pensar no perigo pode ser algo aceitável para um cidadão comum, que tem a tendência de analisar o que faria em casos como esse e se estivesse no lugar daquelas pessoas. Mas a mesma opinião vinda de cima é algo inadmissível, já que se há locais perigosos, é porque temos autoridades frouxas. Estamos acostumados a naturalizar esse tipo de pensamento porque a vida no Brasil não vale nada, já há muito tempo, basta relembras os jornalistas assassinados por apenas fazer uma matéria e divulgar no pleno exercício da função.
E para apimentar, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que classificou o caso dos desaparecidos como uma ofensa gravíssima ao Estado brasileiro e às instituições e, não podemos esquecer sobre o bate-boca entre juíza e advogados durante o primeiro interrogatório do ex-vereador Jairo Souza Santos, o Dr. Jairinho, acusado do assassinato de Henry Borel, de 4 anos.
Eita Brasil nosso de cada dia, Senhor livrai-me do mal todos os jornalistas e ativistas.
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