A junta militar de Mianmar executou 4 ativistas pró-democracia. Segundo a Reuters, eles foram acusados de “atos terroristas” por ajudar no combate ao exército que tomou o poder em um golpe em fevereiro de 2021.
A mídia estatal de Mianmar informou das execuções nesta 2ª feira (25.jul.2022), sem entrar em detalhes. A pena de morte não era aplicada em Mianmar desde 1990. Os 4 ativistas mortos são: Kyaw Min Yu, Phyo Zeya Thaw, Hla Myo Aung e Aung Thura Zaw.
“Essas execuções equivalem à privação arbitrária de vidas e são outro exemplo do histórico atroz de [desrespeito aos] direitos humanos em Mianmar”, disse à Reuters Erwin Van Der Borght, diretor regional da Anistia Internacional.
“Os 4 homens foram condenados por um tribunal militar em julgamentos altamente secretos e profundamente injustos. A comunidade internacional deve agir imediatamente, pois se acredita que mais de 100 pessoas estejam no corredor da morte depois de serem condenadas em processos semelhantes”, continuou.
“Há mais de um ano, as autoridades militares de Mianmar se envolvem em execuções extrajudiciais, tortura e toda uma gama de violações de direitos humanos.”
A AAPP (Associação de Assistência de Presos Políticos) calcula que ao menos 2.114 pessoas foram mortas pelas forças de segurança desde o golpe. Segundo a junta militar, o número é exagerado.
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