Dois caminhões foram queimados neste sábado (23.fev.2019) na fronteira da Colômbia com a Venezuela, quando tentaram romper os bloqueios militares para fazer entrar a ajuda humanitária.
Os caminhões faziam parte de uma caravana de 4 automóveis que tentava passar pela ponte Santander, que liga Cúcuta (Colômbia) à Ureña (Venezuela). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a informação foi confirmada pelo Departamento de Migração da Colômbia.
Assista ao vídeo do incêndio de 1 dos caminhões, em Ureña:
Fortes confrontos estão ocorrendo nas fronteiras entre Venezuela, Brasil e Colômbia para tentar conter a entrada da ajuda humanitária. Gás lacrimogêneo e balas de borracha estão sendo usados nos conflitos.
O presidente Nicolás Maduro fechou as fronteiras com Brasil e Colômbia na 6ª feira (22.fev.2019). Para ele, o envio das doações é uma interferência externa na política e soberania da Venezuela.
Nesta tarde, Maduro afirmou que os Estados Unidos são imperialistas e que enviam ao país comida “podre e cancerígena que sobrou do Exército”.
O presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, que coordena a ação de chegada de suprimentos à Venezuela em diversos locais da fronteira, chamou o regime de “usurpador” pelo Twitter.
Mais tarde, postou imagens das manifestações a favor da saída de Maduro.
Ajuda brasileira
O governo brasileiro enviou à Venezuela 2 caminhões com alimentos básicos –arroz, feijão, café, leite em pó, açúcar e sal– e kits de primeiros-socorros por meio de Pacaraima.
No fim da tarde deste sábado, a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência divulgou nota (íntegra) dizendo que os caminhões “cruzaram a fronteira, adentrando o país vizinho, sem incidentes na travessia”.
“Inicia-se uma segunda fase da operação com os últimos preparativos de logística para a entrega dos produtos que se encontram armazenados na capital do estado [Roraima], Boa Vista”, diz.
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