A denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser apreciada pelo juiz federal Sergio Moro na próxima semana.
Apesar de ter sido oferecida na última quarta-feira (14), a peça acusatória não pôde ser analisada de imediato por Moro porque ele estava em viagem aos Estados Unidos para participar, na quinta (15), de um evento na University of Pennsylvania sobre direito e ética.
O magistrado era um dos principais palestrantes de um simpósio do curso de direito da universidade, chamado "Produzindo Líderes de Caráter e Integridade".
No site do evento, ele é descrito como um juiz "de fama nacional" que "emergiu como um grande líder brasileiro".
Se o juiz aceitar a denúncia contra Lula, o ex-presidente passará à condição de réu em um processo criminal.
O Ministério Público Federal acusa o petista de corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá, litoral paulista, e o aponta como o "comandante máximo" do esquema de corrupção na Petrobras.
O ex-presidente já havia sido denunciado pelo Ministério Público Federal em Brasília, sob acusação de obstrução da Justiça, ao supostamente tentar interferir na delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Lula nega irregularidades, afirma ser inocente e diz que, caso comprovado contra ele qualquer ato de corrupção, iria a pé até a delegacia.
Ele afirma ser perseguido politicamente pela Lava Jato, e já recorreu à ONU acusando o juiz Sergio Moro de violar direitos e emitir indícios de um juízo de valor desfavorável ao ex-presidente.
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